quarta-feira, 30 de março de 2016

1 João 1:9

1 João 1:9 - Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça.
SE CONFESSARMOS. A confissão dos pecados a Deus é o reconhecimento de que somos falhos em tudo. A hipocrisia religiosa da falsa santidade de vida é quem leva as pessoas a não reconhecerem de que são seres humanos sujeitos a praticarem erros na vida. Porque o conforto mental, e não a realidade, provoca nos que são dominados pela auto justificação o sentimento de que são perfeitos e não nunca erram. Mas todos que são conscientes dos seus erros e falhas recorrem ao Deus de perdão em busca de aliviar o peso de sua consciência causado pela percepção de sua culpa. Há uma necessidade indispensável de que sempre devemos recorrer a este mecanismo da confissão perante Deus, porque a consciência às vezes tenta nos enganar.

OS NOSSOS PECADOS. O que leva o ser humano a confessar suas culpas perante o Criador é justamente à percepção dos erros e falhas. Se alguém pensa que é perfeito, não recorre a esta esfera de ação, porque sua consciência adormecida ou morta não lhe acusa de culpa, mesmo sendo tão culpado quanto qualquer outro pecador. A tentativa de querer ou achar que se pode justificar-se pelo que faz de “certo” leva determinadas pessoas a se esquecerem de que somos todos pecadores e que precisamos do perdão de Deus em Cristo para sermos justificados perante a justiça divina. A salvação não é pelo que a pessoa aparentemente faz de bom ou certo, mas depende plenamente do sacrifício justificador do Cordeiro de Deus, Jesus Cristo.

ELE É FIEL E JUSTO. Esta frase tanto pode ser direcionada a Cristo quanto a Deus Pai, porque ambos possuem estas características, fiel e justo. A fidelidade de Deus com relação ao seu tratamento com os seus filhos é incondicional, isto porque faz parte de sua essência ser fiel em tudo. Sua fidelidade pode ser vista no cumprimento de sua palavra em nossas vidas e de suas promessas feitas e cumpridas. Ainda que sejamos infiel, Deus permanece fiel, porque não pode negar-se a se mesmo. E o Senhor é justo em todas as suas ações e atos quando aplica de forma imparcial a sua justiça. E na nova aliança essa justiça de Deus é representada pela justificação dos pecadores pelo sacrifício de seu Filho Jesus, em lugar dos remidos pelo seu sangue.

PARA NOS PERDOAR OS PECADOS. A regra é simples e importante ao mesmo tempo, conforme o texto, se confessarmos os nossos pecados ao Senhor, ele é fiel e justo para nos perdoar os nossos pecados. Em nenhum momento o texto defende a confissão auricular a um líder religioso, mas nos põe frente a frente com a possibilidade direta de termos acesso ao Deus perdoador. O único Mediador entre Deus e os homens é Jesus Cristo, é o que esta determinado no evangelho das boas novas de Cristo. O que passa disto é ideologia religiosa das mentes humanos distorcida, uma vez que ninguém é capaz de substituir a Cristo, ele é insubstituível.

E NOS PURIFICAR DE TODA INJUSTIÇA. Quando confessamos a Deus os nossos pecados em um verdadeiro arrependimento e humildade, ele nos perdoa e nos justifica perante a justiça divina. Foi para isto que o Messias de Deus veio cumprir sua importante missão de nos justificar perante Deus. Todos, temos pecados, mas somos justificados gratuitamente pela redenção que há em Cristo Jesus.

1 João 1:8

1 João 1:8 - Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós.
SE DISSERMOS. O autor continua com suas citações em aberto, apontando a possibilidade do sim ou do não aos seus leitores. Ele não está afirmando que entre aqueles que receberão o conteúdo de sua carta haja quem se negue a dizer que não tem pecado, nem também descarta a possibilidade de que entre eles houvesse daqueles que se achavam perfeitos ao ponto de defenderem a impecabilidade humana. Certamente há nesta mensagem um combate, ainda que indireto aos gnósticos que defendiam de que o espírito humano não se contamina, ainda que o corpo do pecado seja instrumento das mais vis promiscuidades. Os mais céticos deste grupo chegavam a afirmar de que a prática do pecado libertava o espírito.

QUE NÃO TEMOS PECADO. O fanatismo religioso é uma das facetas na atualidade que vem encorajando este tipo de afirmativa por parte de muitos religiosos. O chamado santarrão se deixa dominar pelo sentimento da hipocrisia religiosa ao ponto de pensar de que é perfeito e que não pratica nenhum tipo de pecado. O pecado é em uma definição bem compreensível a transgressão da palavra de Deus, neste sentido, não existe nenhum ser humano que tenha condições de guardar tudo que esta escrito nas sagradas escrituras. Portanto, de todas as formas, seja por pensamentos, por atos ou palavras, sempre nos deparamos com a possibilidade de praticarmos deslizes em nossa vida diária. O único homem que não pecou foi Jesus.

ENGANAMO-NOS. O engano religioso é um dos maiores desvio de conduta que alguém pode praticar. A falsa religiosidade tanto vem de influencias externas quanto e principalmente pelo conforto mental de que tudo esta correto. É até certo ponto fácil enganar ao nosso próximo, a Deus todos são conscientes de que ninguém consegue enganar, assim como enganar a si mesmo é tentar se eximir de suas responsabilidades individuais. A mensagem do escritor nos deixa transparecer de que alguém tenta enganar a si próprio quando confessa de que é perfeito, que não erra, que não falha, e nisto se acha melhor do que os outros. A amnésia da consciência se torna perigosa, porque a pessoa chega a pensar que não precisa do perdão de Cristo.

A NÓS MESMOS. Sempre que invocarmos ao Deus santo e poderoso, se torna indispensável lhe pedirmos perdão pelas nossas falhas, pecados cometidos e transgressões aos seus mandamentos. Tem muita gente se enganando a si mesmo quanto age em suas orações e falácias como se fossem perfeitos e impecáveis. Nesta dimensão estão aqueles que vivem julgando a vida dos outros e esquecendo-se de que é tão pecador quanto qualquer outro. Enganar a se mesmo é achar que é imune ao pecado e viver se gabando de sua aparente santidade de vida. Tem pessoas que por fazer parte de uma denominação religiosa pensam que são perfeitos em tudo.

E NÃO HÁ VERDADE EM NÓS. O que mais se houve nas igrejas são pessoas contando vantagens e auto se promovendo com o discurso do perfeccionismo. Quando na realidade Cristo exortou e reprovou aqueles que se exalta a se mesmo. Dificilmente se houve testemunho de pessoas para de forma humilde e simples confessarem as suas culpas e falhas. Quem se gaba de sua falsa santidade não está com a verdade de Deus.

1 João 1:7

1 João 1:7 - Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o pecado.
MAS, SE ANDARMOS NA LUZ. Continua o autor em sua linguagem alegórica, falando do andar cristão, assim como ele também repete a sua condicional “se”, coisa que ele vai até o final deste primeiro capítulo. Esta condicional coloca diante dos seus leitores a possibilidade positiva, e se eles quiserem também, a opção de se negarem a fazer conforme o seu conselho. Ninguém é obrigado, mas se assim o desejar andar na luz, o resultado é plena comunhão com o seu próximo e, por conseguinte com Deus. Este andar na luz é viver de forma digna na presença do Deus Criador de todas as coisas.

COMO ELE NA LUZ ESTÁ. “Ele” fala do Deus que é plena luz e que habita na luz inaccessível. Quando se fala que Deus está na luz isso se refere ao seu mais alto padrão de santidade e pureza. Também diz respeito a sua característica de viver na verdade e para a verdade, é tanto que se afirma de que Deus não pode mentir, porque ele é a verdade em essência. A luz está em todos os lugares, com isso entende-se que Deus também esta presente em todos os lugares, até porque ele é Onipresente. A luz não se contamina, Deus também não se macula com nada que possa ser chamado de sujo. A luz é vida, e onde Deus está ele transmite vida e vida com abundância.

TEMOS COMUNHÃO UNS COM OS OUTROS. A probabilidade de que alguém esta vivendo e andando na luz é quando ele tem comunhão com o seu próximo. A lei de Cristo se baseia sob duas colunas principais, amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo. Esta comunhão que devemos ter uns com os outros se traduz pela paz estabelecida entre todas as pessoas. Ter comunhão com o nosso semelhante é sempre procurar fazer o bem a todos, sem olhar a quem. Ter comunhão com os nossos irmãos é viver em harmonia, mesmo pensando diferentes.

E O SANGUE DE JESUS CRISTO. Quando o evangelho nos fala sobre o sangue de Cristo, ele está nos ensinando sobre o seu eficaz sacrifício em nosso favor. A morte expiatória do Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo teve e tem um efeito poderoso em termos do perdão dos nossos pecados. Quando o seguidor do Senhor Jesus segue o conselho dado pelo apóstolo e procura viver em comunhão com o seu próximo, o resultado é o perdão dos seus pecados, pelo sangue de Cristo Jesus. Jesus é o nome próprio do Filho de Deus e Cristo fala da missão do Messias de Deus.

SEU FILHO. Jesus é Filho de Deus. Já nas profecias messiânicas as promessas do Pai eram de que o Messias seria Filho de Deus. Em vários momentos da vida de Cristo e do seu ministério isso foi confirmado pelo Senhor. Tanto em seu batismo como no Monte da Transfiguração ouviu-se uma voz do céu que dizia: Este é o meu Filho amado em quem me comprazo. Na realidade Jesus foi gerado pelo Espírito de Deus.

NOS PURIFICA DE TODO PECADO. Se vivermos e andarmos na luz, gozando de plena comunhão com o nosso semelhante e principalmente com os domésticos da fé, o poderoso sangue de Cristo nos purifica de todos os nossos pecados. Este é um dos principais e mais importantes conceitos transmitido pelo evangelho das boas novas de Cristo. É justamente o perdão dos pecados pelo sacrifício perfeito do Filho de Deus.

1 João 1:6

1 João 1:6 - Se dissermos que temos comunhão com ele, e andarmos em trevas, mentimos, e não praticamos a verdade.
SE DISSERMOS. O autor aponta para a possibilidade da falsa religiosidade na vida daqueles que vivem apenas de palavras e não da prática do que diz. O “se” condicional do escritor nos deixa transparecer de que alguns dos seus leitores eram seguidores do reino de Deus de faixada e não de verdade. Uma vez que é melhor não falar, mas fazer, do que viver se gabando de que é seguidor de Jesus, enquanto que o testemunho de vida não condiz com o que prega ou fala. Palavras sem ação ou prática é testemunho falso de si mesmo. Até porque a Deus ninguém consegue enganar, e isso é fato.

QUE TEMOS COMUNHÃO COM ELE. O que João quis passar com esta frase é que; Se alguém diz que é um servo de Deus, que é um discípulo de Cristo, que é cristão, que é evangélico, que é um religioso, mas não é praticante do que fala, esse tal não esta na luz de Deus. Somos convidados a sermos sinceros em nosso agir para com Deus, porque não adianta viver de aparência diante das pessoas, mas no fundo saber que está sendo reprovado pelo Deus que tudo ver e que tudo sabe, porque ele é a própria verdade em essência. Esta é na realidade uma mensagem de reflexão introspectiva.

E ANDARMOS EM TREVAS. Esta é uma linguagem figurada que representa bem aqueles que vivem dupla personalidade no aspecto religioso. Tem muitos que durante o seu dia a dia, com quem convive, não dar testemunho de que segue realmente a Cristo, mas quando coloca o pé dentro de um templo religioso se transforma. Andar nas trevas é justamente essa duplicidade de vida, a maioria das horas de um dia, dá mau testemunho, mas perante os que fazem parte da sua denominação é outra pessoa. Isto não convém para quem diz que anda na luz de Deus.

MENTIMOS. Ou damos um bom testemunho digno de representantes do reino de Deus ou mentimos. E mentir, não é só de palavras, mas pode ser por meio do nosso testemunho de vida. Dizer uma coisa e viver outra totalmente o contrário isso é falsidade. Mentir é querer enganar os outros com uma vida de aparência, e acima de tudo tentar enganar a Deus. Quem assim procede está de fato mentido é para si mesmo. Boa parte dos que se dizem discípulos de Cristo, vivem pregando conserto para a vida dos outros, quando na realidade quem precisa se consertar é ele próprio.

E NÃO PRATICAMOS. Existem muitos cristãos que são relapsos mesmos com as coisas do reino de Deus, porque são convertidos, mas não totalmente por muitos fatores, e por isso não se dedicam as coisas que são de cima. As coisas desta vida são muito atraentes e em muitos casos esses cristãos relapsos se deixam levar pelas coisas terrenas. Mas o pior são aqueles que praticam a hipocrisia religiosa, são os falsos religiosos, que pregam para os outros, mas não vivem aquilo que pregam.

A VERDADE. Praticar a verdade é andar conforme o que nos aconselha o evangelho de Cristo. É viver de forma digna para com todos, sabendo que o nosso testemunho está sendo acompanhado e monitorado pelo Deus que nos criou. Praticar a verdade é dar um fiel testemunho de um verdadeiro seguidor do Senhor Jesus. Esta verdade a que se refere o escritor diz respeito a palavra de Deus e a toda a ética cristã.

1 João 1:5

1 João 1:5 - E esta é a mensagem que dele ouvimos, e vos anunciamos: que Deus é luz, e não há nele trevas nenhumas.
ESTA É A MENSAGEM. As coisas de Deus têm propósitos e objetivos bem definidos, apesar da mente humana não alcançar nem compreender os seus planos. O Velho Testamento foi escrito para Israel e como preparação da chegada posterior do evangelho das boas novas de Cristo. De forma que, as Sagradas Escrituras contem a mensagem de Deus para a igreja de Cristo. A tradição oral por mais consistente que possa ser tem a tendência de cair no esquecimento da humanidade, razão porque o Senhor preparou a sua mensagem, em um contexto de uma nova aliança, o evangelho, para guardar e dar continuidade aos ensinos da nova aliança de Deus. Não somente as cartas de João, o evangelho e o apocalipse, mas o conteúdo literário do Novo Testamento esboça a vontade de Deus para a igreja do Senhor Jesus.

QUE DELE OUVIMOS. João em seu evangelho afirma de que existem muitas coisas que Jesus fez e ensinou que não estão escritas. Com isto entendemos que as coisas que estão escritas além dos quatro evangelhos, Mateus, Marcos, Lucas e João foram ditas por Cristo aos seus apóstolos ou reveladas pelo Espírito do Senhor àqueles que haviam de participarem da escrita do novo pacto de Deus com a igreja de Cristo. Certamente o pensamento deste autor se fazia recordar dos ensinos transmitidos pelo grande Mestre Jesus de Nazaré. Com razão sustentamos a tese de que a mensagem do evangelho poderoso de Cristo não é um escrito meramente humano. Apesar de não ter sido escritor, mas Cristo falou e pregou o que era necessário para a sua igreja.

E VOS ANUNCIAMOS. João, assim como os demais apóstolos foram muito importantes para darem continuidade a obra de Cristo na terra, no que concerne a igreja do Senhor. Mesmo Cristo não estando mais entre eles, mas os seus ensinos precisavam chegar às pessoas que não conviveram com ele e também as gerações futuras até os dias de hoje e sempre. Como mensageiros do reino de Deus eles procuravam a tempo e fora de tempo anunciarem as boas novas do evangelho do Senhor Jesus. E o legado literário que os escritores do Novo Testamento nos deixaram tem um valor incalculável para a igreja de Cristo de todos os tempos. Com certeza a tradição oral não chegaria até nós da forma original, tal qual o que foi escrito sobre a nova aliança de Cristo.

QUE DEUS É LUZ. Esta expressão bíblica fala de Deus no seu mais alto grau de pureza e santidade. Também se refere às características do Senhor como sendo a verdade mais real que se possa imaginar ou pensar. Falar em Deus como luz é se refletir em seu atributo de Onipresença, uma vez que ele esta em todos os lugares ao mesmo tempo, e se refere também a sua forma Onisciente de ser, que conhece todas as coisas até mesmos delas virem à existência. Luz, em termos bíblicos fala de conhecimento.

E NÃO HÁ NELE TREVAS NENHUMA. Sendo Deus a luz em essência e em verdade, onde ele está às trevas não pode prevalecer. As trevas representam tudo àquilo que não procede de Deus. Biblicamente falando, as trevas são representadas pelo mal, pelo pecado, pela rebelião do império das trevas e dos homens. As trevas são tudo aquilo que há de negativo e ruim na face da terra e do universo. Mas aonde Deus habita só acontece cosas boas, obras que convergem para o bem e a santidade.

1 João 1:3-4

1 João 1:3-4 - O que vimos e ouvimos, isso vos anunciamos, para que também tenhais comunhão conosco; e a nossa comunhão é com o Pai, e com seu Filho Jesus Cristo. Estas coisas vos escrevemos, para que o vosso gozo se cumpra.
O QUE VIMOS E OUVIMOS, ISSO VOS ANUNCIAMOS. O apóstolo teve o privilégio de ver coisas extraordinárias realizadas pelo Senhor Jesus, assim como foi um bem-aventurado pelo fato de ter visto o Messias de Deus. Quando meditamos nos milagres de Cristo nos alegramos, imagine ver com os próprios olhos os prodígios que ele realizou. Além do mais, João ouviu as mais belas palavras que o grande Mestre pronunciou em seu ministério de pregação e ensino. Cristo não deixou por escrito nenhuma obra literária, mas o que ele transmitiu por meio dos seus feitos e pregações foram repassados para as gerações futuras, pelos seus apóstolos.

PARA QUE TENHAIS COMUNHÃO CONOSCO. Esta comunhão que devia existir entre a igreja e os ministros do evangelho se traduz em credibilidade que se devia dar aos seus ensinos, pregações e escritos. Até porque o que eles anunciavam como mensagem do evangelho não era fruto de suas ideologias pessoas, mas foram ensinos ouvidos, recebidos e vistos do próprio Cristo Jesus. Esta comunhão devia se refletir em solene aceitação das mensagens transmitidas sobre o Cristo de Deus e a ética cristã. A igreja precisava receber de bom grado os apóstolos como sendo representantes do ministério do Senhor Jesus, haja visto, que Cristo já não mais estava entre eles.

E A NOSSA COMUNHÃO É COM O PAI. O que os apóstolos transmitiam como mensagem das boas novas de Cristo, não era conforme as fábulas judaicas nem de acordo com as filosofias gnósticas, mas sim estava de conformidade com a vontade e o pleno de Deus. Eles não andavam na contramão do que Deus havia determinado, pelo contrário, viviam e ensinavam tudo que Deus tinha programado para esta nova dispensação da graça. Percebe-se que há um certo direcionamento para os leitores Judeus, no sentido de combater algumas heresias que eles falavam sobre os apóstolos.

E COM O SEU FILHO JESUS CRISTO. Esta declaração apostólica era um choque ideológico com o pensamento judaico, porque eles pregavam o politeísmo cristão como sendo contrário ao monoteísmo judaico. No entanto, de acordo com o cristianismo, quando invocamos a Cristo estamos invocando ao Pai, até porque o próprio Senhor Jesus falou: Eu e o Pai somos um. Foi Deus o Pai quem exaltou a Cristo e o colocou na posição que ele ocupa na hierarquia divina. Cristo é o Filho unigênito de Deus Pai e como tal ele está assentado à destra de Deus em posição de destaque.

ESTAS COISAS VÓS ESCREVEMOS. Algumas das cartas do Novo Testamento foram escritas para combater certas heresias judaicas e gnósticas. Tanto os mestres judaizantes quanto os falsos pregadores gnósticos tentavam confundir a igreja, afirmado que os cristãos estavam caindo no pecado da idolatria, por adorarem a Jesus de Nazaré como sendo um Deus. Mas na verdade Cristo era e é Deus.

PARA QUE O VOSSO GOZO SE CUMPRA. Os Judeus monoteístas não receberam ao Cristo de Deus, porque não acreditaram que ele era o Emanuel de Deus, ou seja, Deus entre os homens. João dizia aos seus leitores: Se alegrem porque nós estamos certos. Cristo é o Deus homem, digno de toda adoração, louvor e ações de graças.

1 João 1:2

1 João 1:2 - Porque a vida foi manifestada, e nós a vimos, e testificamos dela, e vos anunciamos a vida eterna, que estava com o Pai, e nos foi manifestada.
PORQUE A VIDA FOI MANIFESTA. A vida que foi manifestada é Cristo Jesus, o Filho de Deus Pai. O mesmo evangelista escreveu: João 1:4 - Nele estava à vida, e a vida era a luz dos homens. É pela vida que é Cristo que vivemos. Efésios 2:5-6 - Estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo. E nos ressuscitou juntamente com ele. 1 João 4:9 Nisto se manifesta o amor de Deus para conosco: que Deus enviou seu Filho unigênito ao mundo, para que por ele vivamos. João 11:25 Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá. E todo aquele que vive, e crê em mim, nunca morrerá.

E NÓS A VIMOS. Uma coisa é dizer que Cristo é a vida, e outra é ter visto a prova maior de que ele realmente é a vida. Não somente João, mas muitos outros tiveram esta comprovação de que Jesus Cristo é a vida. E estas provas podem ser dadas pelo fato de que ele manifestou o seu poder vivificador, quando ressuscitou pessoas de entre os mortos. Mas uma prova ainda maior foi a sua própria ressurreição de entre os mortos, comprovando assim que ele era a ressurreição e a vida. O apóstolo expressa um certo tom de admiração e respeito pelo fato de ter tido o privilégio de ver com os próprios olhos o grande Cristo de Deus. Aquele que venceu a morte, porque ele reviveu.

E TESTIFICAMOS DELA. Os Judeus em sua grande maioria eram pragmáticos em acreditarem somente naquilo que vissem com os seus próprios olhos. Assim como os homens materialistas de todos os tempos, eles só acreditam naquilo que podem tirar o prova dos nove fora. No entanto, o escritor desta carta tinha mais que razão em dar testemunho do que estava sendo escrito, porque ele viu e teve as provas de que o Filho de Deus reviveu de entre os mortos e apareceu a eles com provas irrefutáveis de que não era mais um defunto, mas sim o Senhor da ressurreição e da vida.

E VOS ANUNCIAMOS A VIDA ETERNA. Cristo como Senhor da vida é também aquele que proporciona a vida eterna para os seus remidos. O próprio Cristo é esta vida eterna para a sua igreja. A missão do Messias de Deus em redimir para si um povo seu zeloso de boas obras, foi para que mediante o seu sacrifício nos dar a esperança vida de vida eterna, que é a mesma coisa de salvação. E esta vida eterna que esta em Cristo representa uma vida sem fim, plena de felicidade e alegria sem limites.

QUE ESTAVA COM O PAI. Esta vida que é Cristo estava com o Pai, mas ele nos deu de presente. João 3:16-17 - Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele. Para ter esta vida tem que ter Cristo

E NOS FOI MANIFESTADA. Esta vida eterna da qual o autor fala e que esta em Cristo nos foi manifesta quando da vinda do Messias de Deus, o Emanuel, Deus conosco, o Salvador, o Verbo de Deus, A luz do mundo, o sol da justiça, Jesus de Nazaré, o Filho de Deus, Rei dos reis e Senhor dos senhores. Alfa e Ômega, princípio e fim.

Atos 28.30-31

Atos 28.30-31 - E Paulo ficou dois anos inteiros na sua própria habitação que alugara, e recebia todos quantos vinham vê-lo. Pregando o rein...