sábado, 24 de março de 2018

1 Coríntios 11:28-29

1 Coríntios 11:28-29 - Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e assim coma deste pão e beba deste cálice. Porque o que come e bebe indignamente, come e bebe para sua própria condenação, não discernindo o corpo do Senhor.
EXAMENE-SE, POIS, O HOMEM. A celebração da ceia do Senhor para a igreja de Cristo deve ser um momento de reflexão para os que dela participam ou não. O apóstolo pede aos seus leitores que eles antes de participarem do pão e do cálice, que eles fizessem um exame de consciência, a fim de descobrirem se estavam ou não dignos de participarem deste evento tão importante para o cristianismo. Quando se fala sobre “o homem”, isso não significa que, as mulheres não podiam participar da ceia do Senhor.

A SI MESMO. Paulo pressupõe então que, ninguém tem o direito de proibir quem quer que seja de participar da ceia do Senhor, mas que somente a própria pessoa é que deve fazer um autoexame de sua condição, e então, participar do pão e do cálice ou se recusar a participar deles. Existe dentro de algumas denominações muitos que mais parecem juízes em busca de réus, proibindo os irmãos de participarem da ceia.

E ASSIM COMO DESTE PÃO E BEBA DESTE CÁLICE. Neste caso, aquele irmão ou irmã que fizessem um autoexame e vendo que estavam dignos de participarem do pão e do cálice, então, não tem porque não participarem. A título de hoje, uma das condições para que alguém possa participar da ceia do Senhor é que este alguém seja membro efetivo de uma denominação, mas no começo será que era assim?

PORQUE O QUE COMO E BEBE. O escritor esta se referindo aqueles que de fato participavam da celebração da ceia do Senhor, comendo do pão que era servido para todos e bebendo do cálice que também era distribuído. Percebe-se que a celebração da ceia do Senhor e a participação do pão e do cálice, não é simplesmente um ato cerimonialista, mas que tem implicações positivas, mas também negativas para alguns.

INDIGNAMENTE. As duas cartas escritas por Paulo à igreja cristã de Corinto nos faz saber que esta comunidade cristã era cheia de problemas. Havia muitos dos que faziam parte daquela comunidade cristã, mas que viviam como se fossem mais do mundo do que da igreja de Cristo. O que se espera de alguém que confessa o nome de Cristo como Senhor e Salvador é que tal pessoa viva uma vida digna perante Deus.

COMO E BEBE PARA SUA PRÓPRIA CONDENAÇÃO. Para Paulo, seria melhor que a pessoa não comesse do pão, nem provasse do cálice, se sua própria consciência lhe acusasse de algum pecado grave contra a dignidade de Deus e de Cristo. Por isso que o apóstolo dos gentios exorta que todos, antes de participarem da ceia do Senhor fizessem um exame de consciência, a fim de não se prejudicarem a si mesmo.

NÃO DISCERNINDO O CORPO DO SENHOR. Alguns acham que Paulo está falando sobre a igreja de Deus, que é o corpo de Cristo, que não deixa de ser uma verdade. Porem, não é sobre isso que escreve Paulo, mas ele está realmente falando sobre o sacrifício de Cristo, que serviu de expiação e propiciação pela sua igreja. Portanto, participar de forma indigna da ceia do Senhor é uma falta de respeito para com o Cordeiro de Deus, ele que deu a sua vida pelo benefício dos seus queridos remidos.

1 Coríntios 11:27

1 Coríntios 11:27 - Portanto, qualquer que comer este pão, ou beber o cálice do Senhor indignamente, será culpado do corpo e do sangue do Senhor.
PORTANTO, QUALQUER. O que o escritor deseja mesmo é que seus leitores tomem consciência que, a celebração da ceia do Senhor é um ato de comunhão coletiva de todos que fazem parte da igreja de Cristo. Não importa a posição de destaque que alguém ocupa perante a comunidade cristã, o mais valioso é que todos de igual modo possam estar de forma digna participando deste ato solene e precioso. Até na celebração da ceia do Senhor na igreja de Corinto havia partidarismo e faccionismo.

QUE COMER ESTE PÃO. Conforme já demostramos em comentários anteriores, no tempo em que esta carta foi escrita, possivelmente nas igrejas gentílicas eram feitas refeições coletivas em que os cristãos tinham a oportunidade de demostrarem sua comunhão com Cristo, comendo do que era servido para todos. Assim sendo, quem participava do comer do pão, era em memória dos sofrimentos que Cristo passou.

OU BEBER O CÁLICE. Assim como nas igrejas administradas pelos apóstolos de Jerusalém, onde o cálice era indispensável na celebração da santa ceia, porque até certo ponto era uma réplica da páscoa judaica. Nas igrejas fundadas por Paulo e seus amigos de ministério, também tinha o cálice como elemento fundamental, até porque o cálice representava o sangue de Cristo que foi vertido em nosso lugar, expiação.

DO SENHOR. Tanto o pão como o cálice era do Senhor, porque estavam ligados diretamente a Jesus Cristo, ele que é Rei dos reis e Senhor dos senhores. O senhorio de Cristo já era previsto mesmo antes de sua manifestação na terra (Daniel 7:14) e nas páginas do Novo Testamento isso é confirmado em inúmeras referências bíblicas. (Filipenses 2:0-11) nos ensina de como Cristo se tornou Senhor de todos e de tudo.

INDIGNAMENTE. A partir de então, Paulo começa a mostrar aos seus leitores que existem formas indignas de alguém tentar participar da ceia do Senhor e isso aponta em direção a um verdadeiro arrependimento para que alguém possa se tornar digna de voltar a participar deste ato solene. Com isso, o escritor aponta de que nem todos podem participar da ceia do Senhor, por isso ele aconselha um autoexame.

SERÁ CULPADO. Participar da ceia do Senhor é também um momento de sinceridade de cada um, no sentido de verificar se a pessoa pode ou não estar digna de receber o pão e o cálice do Senhor. Neste caso, ser culpado do corpo e do sangue de Cristo é a pessoa se encontrar em uma situação de plena desobediência ao evangelho de Cristo, e assim mesmo querer participar da ceia do Senhor, o que não deve fazer. Os celebrantes deste ato não deve ser juiz neste caso, mas a própria pessoa se examine.

DO CORPO E DO SANGUÉ DO SENHOR. No versículo vinte e dois deste mesmo capítulo, Paulo fala sobre aqueles que desprezavam a igreja de Deus, certamente por não respeitarem as normas estabelecidas para a casa de Deus. Agora, o apóstolo dos gentios diz que participar da ceia do Senhor de forma indigna é ser culpado do corpo e do sangue do Senhor. Com isso, Paulo quer dizer que era um desrespeito da parte de tal pessoa em não valorizar o sacrifício de Cristo e a sua vida que ele deu por todos.

sexta-feira, 23 de março de 2018

1 Coríntios 11:26

1 Coríntios 11:26 - Porque todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice anunciais a morte do Senhor, até que venha.
PORQUE TODAS AS VEZES. Existe uma pergunta que sempre vem à mente dos leitores deste texto que é: Em quanto e quanto tempo se deve celebrar a ceia do Senhor? No caso da páscoa judaica era celebrada uma vez no ano. Certamente o Senhor Jesus não fez isso somente uma vez com os seus apóstolos. Porem, no caso de Cristo só está registrada uma vez, porque desta feita foi a substituição da páscoa pela santa ceia do Senhor. Muitas denominações comemoram uma vez no mês e outras uma vez no ano.

QUE COMERDES DESTE PÃO. É provável que no tempo da igreja primitiva se comemorasse a ceia do Senhor uma vez por semana, e com indicativo que isso seria no domingo, que era o dia do Senhor. Comer do pão era participar dos efeitos da redenção produzida por Cristo, de quando em uma obra perfeita ele pagou o alto preço em lugar dos seus remidos. O pão partido é símbolo do sacrifício de Cristo.

E BEBERDES DESTE CÁLICE. Já a participação no cálice na ceia do Senhor era uma comemoração tipológica em que o participante se declarava ser beneficiado pelo preço de sangue, que o Cordeiro de Deus teve que pagar para lhe remir. O Cristo de Deus deu tudo de si mesmo para nos comprar para si mesmo, porque ele deu a sua própria vida em nosso lugar, o seu precioso sangue foi derramado em nosso lugar.

ANUNCIAI. No tempo da igreja primitiva, notadamente nas igrejas fundadas por Paulo no mundo gentílico, sempre que a ceia do Senhor era celebrada pelos líderes do cristianismo, era de costume anunciar o valor da morte do Cordeiro de Deus em lugar dos pecadores. Nos dias de hoje, quase não se ver mais esta tradição posta em prática, porque a liturgia dos cultos estão mais, recheados com outros modismos. O tempo e as inovações tem se encarregado de mudar muita coisa do que se fazia antigamente.

A MORTE. Geralmente, a humanidade ver a morte como algo negativo e destrutivo em si mesmo. Mas no caso da morte biológica de Cristo Jesus não se pode ver da mesma forma como veem os seres humanos. A morte expiatória de Jesus Cristo foi um ato de altruísmo, porque produziu efeitos benéficos incalculáveis para sua igreja e para toda a criação de Deus. Cristo morreu de fato, mas a morte não o matou para sempre.

DO SENHOR. A palavra “Senhor” neste texto, fala da autoridade de Cristo Jesus, o Messias de Deus. Os gnósticos defendiam a heresia de que Jesus havia morrido, mas o Cristo não havia morrido, porque eles afirmavam que o Senhor era Cristo e Cristo não poderia morrer. Mas Paulo afirma que o Senhor morreu, e ele era Cristo Jesus, de forma que, para o verdadeiro cristianismo falar de Cristo é falar de Jesus, o Senhor.

ATÉ QUE VENHA. A recomendação de Paulo é que a ceia do Senhor seja celebrada até a vinda de Cristo Jesus para arrebatar a sua igreja. Bem como se deve anunciar a morte de Cristo até que ele venha buscar os seus remidos. Há uma tese muito forte neste pensamento bíblico que, a ceia do Senhor só vai prevalecer na terra até a volta de Cristo, porque depois do arrebatamento da igreja, o que vai prevalecer é o judaísmo, e com isso, volta-se a celebração da antiga páscoa judaica na terra de Jerusalém.

1 Coríntios 11:25

1 Coríntios 11:25 - Semelhantemente também, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este cálice é o novo testamento no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que beberdes, em memória de mim.
SEMELHANTEMENTE TAMBÉM, DEPOIS DE CEAR. Paulo esta repassando em memória o que lhe foi revelado no dia em que o Senhor Jesus celebrou a última páscoa com os seus apóstolos, substituindo então, a antiga páscoa judaica, pela ceia do Senhor, e isso foi o que passou a vigorar após a sua morte vicária em prol dos seus remidos. Cristo estava obedecendo aquilo que determinavam os costumes do seu povo, os judeus.

TOMOU O CÁLICE, DIZENDO. O primeiro ato foi justamente quando o Senhor tomou o pão, da graças por meio de uma oração de gratidão a Deus, parte o pão com os seus amigos, entregando a cada um deles uma parte. Feito isto, vem à segunda parte da celebração, no que diz respeito ao cálice. Naturalmente este cálice era o suco puro de uva, que era distribuído com os participantes como suplemento alimentar.

ESTE CÁLICE. Conforme a tradição judaica, este era o suco de uva, que era servido entre os membros das famílias. Já na comunidade cristã de Corinto, o suco de uva era distribuído para os membros mais simples da igreja, mas os mais importantes e influentes daquela comunidade cristã tomavam era os melhores vinhos do mercado. Nos dias atuais, a maioria das denominações servem o suco de uva, mas outras servem vinho, e existe supostos ramos do cristianismo, que somente o clero toma o vinho.

É O NOVO TESTAMENTO. Neste ponto, o apóstolo dos gentios dá uma explicação sobre o significado espiritual daquele cálice, que passaria a representar, após a morte de Cristo na cruz do Calvário, o novo pacto de Deus com a igreja de Cristo. No tempo da antiga dispensação Deus fez vários pactos com a humanidade, e com Israel fez uma aliança, por meio de Moisés. O Messias veio e fez uma nova aliança com a sua igreja.

NO MEU SANGUE. O cálice que é servido na ceia do Senhor é uma simbologia do sangue de Cristo que foi derramado no alto do Gólgota para servir de expiação em prol dos seus escolhidos. O sangue do Cordeiro de Deus que foi derramado na cruz do Calvário foi a sua vida que ele deu para resgatar almas para o reino de Deus. Não se pode afirmar que o cálice é a essência do sangue de Cristo, mas uma tipologia dele.

FAZEI ISTO, TODAS AS VEZES QUE BEBERDES. O que Paulo estava dizendo para seus leitores é que todas as vezes que eles participassem da ceia do Senhor, ao tomarem o cálice se lembrassem do ato perfeito de propiciação que Jesus realizou em favor dos seus remidos. E que aquele cálice representava seu sangue que foi vertido na cruz do calvário em lugar dos pecados, porque a redenção foi feita pela expiação de Cristo.

EM MEMÓRIA DE MIM. O mesmo que Cristo falou quanto ao pão, ele repete isso quanto ao cálice. A ceia do Senhor é um ato simbólico em memória da morte expiatória de Cristo em prol dos seus remidos, mas com efeitos espirituais, porque tem uma importância muito grande na comunhão da igreja com Cristo. A celebração da ceia do Senhor deve ser vista como algo que nos faz lembrar da obra perfeita de redenção que o Cristo de Deus realizou com sucesso absoluto em prol de sua igreja.

1 Coríntios 11:24

1 Coríntios 11:24 - E, tendo dado graças, o partiu e disse: Tomai, comei; isto é o meu corpo que é partido por vós; fazei isto em memória de mim.
E, TENDO DADO GRAÇAS. Segue então o Senhor Jesus o mesmo ato de que praticavam os judeus a sua páscoa. É preciso lembrar que, o Senhor Jesus veio a este mundo na plenitude dos tempos, nascido de mulher, nascido sob a lei, e isso para cumprir a lei. Além do mais, até que o Cristo de Deus padecesse na cruz do Calvário, o que prevalecia era a antiga aliança de Deus com Israel por meio da lei de Moisés, porem, depois da morte do testador, é que passava a vigorar a nova aliança de Cristo.

O PARTIU E DISSE. Desta forma, o Messias, assim como os judeus procediam, ele deu graças a Deus pelo pão, e depois de sua oração de gratidão, como chefe daquela cerimônia, ele partiu o pão com os demais que fazia parte do seu grupo de apóstolos e amigos. Este partir do pão já apontava para o seu corpo que seria sacrificado em lugar dos pecadores, o que na antiga dispensação judaica representava a expiação.

TOMAI. Não há dúvida que todos que estavam presente com Cristo naquele momento tomaram um pedaço do pão que entre eles fora repartido. Isso também era um ato simbólico no que diz respeito à participação abrangente de todos os homens na nova dispensação da graça de Deus. Na realidade, a nova dispensação não é exclusivista, mas ela abre a possibilidade para todos os filhos dos homens dela participarem por fé.

COMEI. O ato de comer aquele pão oferecido pelo Cristo de Deus falava de vida que estava sendo transmitida para todos os que fazem parte da sua igreja remida. Cristo estava dando a sua vida no sacrifício propiciatório de si mesmo para produzir vida e vida com abundância para todos aqueles que se aproximam dele por ato de fé. A participação na ceia do Senhor produz vida espiritual e também saúde para a alma.

ISTO É O MEU CORPO. Esta frase tem gerado grandes debates, bem como tem sido motivo de inúmeros conceitos sobre o seu significado. Como em nosso comentário buscamos não entrar nas discussões, nem complicar mais ainda os paradoxos, nos limitamos a dizer que esta colocação feita pelo apóstolo Paulo não trata de transubstanciação, mas sim de um ato simbólico em memória da morte expiatória do Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, algo espiritual e não material.

QUE É PARTIDO POR VÓS. No caso do pão que Jesus estava em suas mãos, ele realmente foi partido ou dividido para que todos os que estavam presentes pudessem participar daquele ato solene. Quanto ao pão como elemento de participação da celebração da ceia do Senhor, nas igrejas atuais é feito o mesmo, em que os ministros partem o pão e repartem com a igreja reunida em Cristo Jesus como ato de comunhão.

FAZEI ISTO EM MEMÓRIA DE MIM. Não se pode dizer o contrário do que no próprio texto está explicito, que o evento é um ato simbólico em memória da morte expiatória de Cristo em prol dos seus remidos, mas com efeitos espirituais, porque tem uma importância muito grande na comunhão da igreja com Cristo. A celebração da ceia do Senhor deve ser vista como algo que nos faz lembrar da obra perfeita de redenção que o Cristo de Deus realizou com sucesso absoluto em prol de sua igreja remida.

1 Coríntios 11:23

1 Coríntios 11:23 - Porque eu recebi do Senhor o que também vos ensinei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão.
PORQUE EU. Feitas anteriormente as devidas exortações sobre os erros que estavam sendo praticados pelos líderes da igreja de Corinto, quanto a celebração da ceia do Senhor. A partir de então, o escritor começa a mostrar e ao mesmo tempo lembrar aos seus leitores o que realmente deveria ser feito, a fim de que naquela igreja, Cristo fosse glorificado por meio de uma legítima celebração da santa ceia. O “eu” enfático de Paulo era justamente para demostrar seu modo próprio de fazer a coisa certa.

RECEBI. Sabemos que Paulo não conviveu pessoalmente com Jesus, assim como os demais apóstolos que o acompanharam durante o seu ministério terreno. Porem, Ele foi chamado diretamente por Cristo para ser o apóstolo dos gentios. E a partir de sua chamada, Paulo passou a ter plena comunhão com Cristo, ao ponto de receber do Senhor revelações específicas sobre como realizar este evento da ceia do Senhor.

DO SENHOR. Nas páginas do Velho Testamento, quando encontramos a palavra Senhor, ela está diretamente relacionada ao Deus de Abraão, Isaque e Jacó. Mas, dentro do arcabouço do Novo Testamente, na sua grande maioria, se refere ao Senhor Jesus Cristo. O próprio Deus de Israel quem constituiu o seu Cristo como Rei dos reis e Senhor dos senhores, porque assim já estava determinado sobre o seu Messias.

O QUE TAMBÉM VOS ENSINEI. Paulo foi na realidade, o fundador da comunidade cristã de Corinto, onde passou mais ou menos um ano e meio evangelizado aquele povo, e discipulando os novos convertidos. Portanto, não há dúvida que estes mesmos ensinos transmitidos por carta, pelo apóstolo dos gentios, já havia sido ensinados pessoalmente aos seus filhos na fé em Corinto. Certamente outros chegaram naquela igreja pregando outros ensinos, que procuravam distorcer os ensinos de Paulo.

QUE O SENHOR JESUS. O que Paulo ensinava nas igrejas fundadas por ele no mundo gentílico era efetivamente o que tinha acontecido com o Senhor Jesus, quando o Mestre substituiu a páscoa judaica pela ceia do Senhor. A páscoa era um evento celebrado pelos seguidores do judaísmo, enquanto que, a ceia do Senhor deve ser celebrada pelos seguidores do cristianismo, que é a religião fundada por Cristo Jesus.

NA NOITE EM QUE FOI TRAÍDO. Mateus afirma que o momento da ceia em que o Senhor Jesus celebrou a páscoa pela última vez com os seus discípulos se deu durante a tarde. Porem, Paulo está certo no que escreveu, porque depois da ceia foi que Judas Iscariotes foi e vendeu a Cristo por trinta moedas de prata, como dele já dantes estava escrito. A ceia se deu a tarde, mas a traição se deu durante a noite.

TOMOU O PÃO. Lucas 22:19 - E, tomando o pão, e havendo dado graças, partiu-o, e deu-lho, dizendo: Isto é o meu corpo, que por vós é dado; fazei isto em memória de mim. O Senhor Jesus procedeu como faziam os judeus na celebração da páscoa, porque a nova aliança da graça de Deus com a igreja de Cristo só teve o seu começo com a morte do testador (Hebreus 9:14-17). A santa ceia também é um ato de celebração da nova aliança de Deus com a igreja remida, por meio de Cristo Jesus.

quinta-feira, 22 de março de 2018

1 Coríntios 11:22

1 Coríntios 11:22 - Não tendes porventura casas para comer e para beber? Ou desprezais a igreja de Deus, e envergonhais os que nada têm? Que vos direi? Louvar-vos-ei? Nisto não vos louvo.
NÃO TENDES PORVENTURA CASAS. Entende-se que a celebração da ceia do Senhor era um momento solene, em que os seguidores de Cristo se reunião para juntos celebrarem a comunhão com o Cristo, que os havia resgatado com sua morte na cruz do Calvário. Mas, neste momento, ao que tudo indica, não estava acontecendo um ato legítimo naquela comunidade cristã, entre os que participavam destes eventos.

PARA COMER. A crítica do autor desta carta nos faz perceber que estava havendo naquela comunidade cristã muita glutonaria, em que aqueles que mais contribuíam tinham mais direito de comerem do que bem quisesse, em detrimento daqueles que eram pobres, e que não tinham condições nem de contribuírem. Para Paulo, estes praticantes da glutonaria, se quisessem afogar-se na comilança, que assim fizessem, porem, em suas próprias casas, e não na santa ceia, que era um momento de respeito.

E PARA BEBER? Por mais que se queira amenizar o que é dito neste texto, não tem como negar que aqueles que eram mais ricos e também os mais influentes da igreja, em vez de usarem o suco de uva, eles se utilizavam mesmo era do vinho. O correto é o uso do suco de uva, no entanto, alguns que tinham mais condições e que eram os mais influentes da comunidade cristã de Corinto, tomavam um porre de vinho.

OU DESPREZAIS A IGREJA DE DEUS. Não há dúvida que era mais que necessário Paulo abordar este tema, no sentido de corrigir algumas distorções, quanto à celebração da ceia do Senhor naquela igreja. A forma como estavam comemorando a ceia na comunidade cristã de Corinto era uma afronta aos ensinos do evangelho, bem como, aqueles que estavam agindo errado, na realidade desprezavam a igreja de Cristo.

E ENVERGONHAIS OS QUE NADA TÊM? Os irmãos pobres da igreja tomavam suco de uva, quando sobrava, enquanto que os mais ricos e mais importantes da igreja, tomavam vinho de uva. Os mais ricos e poderosos escolhiam o melhor dos alimentos expostos, já os mais pobres comiam os restos que sobejavam, isso quando sobrava. Mais uma vez o escritor demostra o quanto aquela igreja estava dividida em classes.

QUE VOS DIREI? LOUVAR-VOS-EI? A forma como o apóstolo dos gentios se expressa nos faz compreender que neste particular ele se encontrava decepcionado com o procedimento de alguns que faziam parte da igreja cristã em Corinto. Tomando conhecimento da desordem que havia no culto de celebração da ceia do Senhor, Paulo desabafa, repreendendo estes desordeiros, que faltavam com respeito a igreja.

NISTO NÃO VOS LOUVO. Em muitos momentos desta carta, bem como da segundo carta aos Coríntios, Paulo chega a elogiar os seus leitores, mas neste assunto, sobre a celebração da ceia do Senhor, nenhum elogio, nenhum louvor, pelo contrário, reprovação, repreensão e exortação. A ceia do Senhor deve ser vista como um momento de muito respeito, porque é uma celebração de comunhão com Cristo, mediante a presença do Espírito Santo de Deus, isso quando há respeito e reverência.

Atos 28.30-31

Atos 28.30-31 - E Paulo ficou dois anos inteiros na sua própria habitação que alugara, e recebia todos quantos vinham vê-lo. Pregando o rein...