Atos 15:4

Atos 15:4 - E, quando chegaram a Jerusalém, foram recebidos pela igreja e pelos apóstolos e anciãos, e lhes anunciaram quão grandes coisas Deus tinha feito para com eles.

E, QUANDO CHEGARAM A JERUSALÉM. Este era um momento decisivo para as igrejas gentílicas que já estavam espalhadas por várias partes do mundo, e que por meio das atividades de Paulo ainda iriam crescer muito mais, fora dos termos de Israel. Os indicativos nos mostra que Jerusalém ainda era o núcleo principal do cristianismo e que de Jerusalém partiam as principais ordenanças quanto ao funcionamento da igreja de Cristo. Apesar que, em Antioquia da Síria haviam lideranças fortes do cristianismo. FORAM RECEBIDOS PELA IGREJA. As lideranças de Jerusalém vinham acompanhando tudo que estava acontecendo com o movimento do cristianismo por todas as partes, por isso que Paulo e Barnabé contaram com uma boa recepção pela igreja de Cristo na igreja matriz. No caso de Paulo, mais ou menos três anos depois de sua conversão esteve em Jerusalém e nem lhe deram muita atenção, mais agora a coisa era diferente. E PELOS APÓSTOLOS. Quando da primeira vez que Paulo esteve com os apóstolos apenas Pedro forneceu um pouco de atenção ao desconhecido Saulo de Tarso, tendo este apresentado a Tiago, mas os demais não deram o devido valor a Paulo. Agora, como Paulo e Barnabé vinham representando a igreja cristã de Antioquia da Síria, então os apóstolos deram mais atenção aos missionários do reino de Deus e de Cristo. E ANCIÃOS. A título de hoje, nas principais denominações cristãs, a figura do pastor é quem recebe o maior destaque entre as lideranças da igreja moderna, mas não foi assim no primeiro século de nossa era cristã, em que a figura do pastor não tinha tanta importância como nos dias de hoje. Pelo que se percebe, depois da assunção de Cristo foram os apóstolos os líderes sendo auxiliados pela figura de um presbítero local. E LHES ANUNCIARAM QUÃO GRANDES COISAS. Verdade é que muitos milagres, prodígios e sinais Deus havia operado por intermédio dos missionários por onde eles passaram pregando o evangelho do reino de Deus. Todavia, o mais importante para Paulo e Barnabé era o fato de que Deus havia aberto a porta da salvação para com os gentios. Portanto, podemos conjecturar que Paulo dava testemunho da salvação. DEUS TINHA FEITO. Tudo que havia acontecido, nenhum mérito deveria ser atribuído a Paulo ou a Barnabé, mais sim ao Deus Todo-poderoso que havia realizado coisas grandes em apoio aos trabalhos realizados pelos missionários. De fato, quando qualquer um dos servos de Cristo fizer alguma coisa dentro da esfera do reino de Deus, não pode e nem deve dizer que é por sua capacidade, mas tudo é Deus quem faz. PARA COM ELES. A verdade é que Deus derramou em plenitude o seu Espírito Santo sobre a vida de Paulo e de Barnabé para que eles fossem instrumentos do poder divino a fim de fazer com dignidade a obra do reino de Cristo. A bíblia afirma que Deus não dá sua glória a ninguém, desta forma, se faz necessário que os obreiros do reino dos céus tenham cuidado em render a devida glória a Deus, e não buscar para si mesmo a glória que só pertence ao Senhor. Deus é quem usa seus servos nesta terra para sua glória.

Atos 15:3

Atos 15:3 - E eles, sendo acompanhados pela igreja, passavam pela Fenícia e por Samaria, contando a conversão dos gentios; e davam grande alegria a todos os irmãos.

E ELES, SENDO ACOMPANHADOS PELA IGREJA. O Dr. Lucas escreve a respeito de Paulo e Barnabé, eles que representavam nesta incursão a Jerusalém as igrejas gentílicas, que eram compostas de pagãos convertidos ao cristianismo. Mas também foi com eles um grupo de legalistas que desejavam impor o judaísmo para a igreja gentílica. Era costume das igrejas do primeiro século de nossa era cristã acompanhar os missionários até a próxima cidade em demonstração de apoio e companheirismo. PASSARAM PELA FENÍCIA. Esta era uma grande região que cobria mais de duzentos quilômetros na costa oriental do Mediterrâneo para onde fugiram os cristãos que tiveram de sair de Jerusalém logo após a morte de Estêvão. Por incrível que parece, estes mesmos que fugiram de Jerusalém até a Fenícia eram também judeus, um povo que perseguia os seus próprios irmãos por questões meramente ligadas a religião. E POR SAMARIA. Este distrito ficava encravado entre a Judéia e a Galiléia, considerada como uma região também gentílica pela mistura de povos ali residentes. Desde a época do próprio ministério do Senhor Jesus que esta região já vinha sendo evangelizada, portanto, é dado por certo que em Samaria já havia nesta época um bom número de discípulos do Senhor Jesus. A evangelização de Samaria era profética. CONTANDO A CONVERSÃO. O ministério de Paulo aos gentios cada vez mais se robustecia em que Deus lhe concedia graça aos gentios que lhe ouviam pregar as boas novas do evangelho de Cristo. Fazia parte do plano de Deus que os gentios se convertessem para Cristo, até porque, até a vinda do Messias de Deus somente Israel estava voltado para o Deus dos céus, mas com a vinda de Cristo a coisa mudou muito. DOS GENTIOS. Como de início os judeus endureceram seus corações para a mensagem do evangelho de Cristo, então, a graça de Deus foi derramada abundantemente sobre os demais povos daquela época, ao ponto de mais tarde a igreja de Cristo ser composta em sua grande maioria de gentios convertidos ao cristianismo. A esperança brotou nos corações daqueles que antes não buscavam de forma alguma a Deus. E DAVAM GRANDE ALEGRIA. Apesar da descriminação usual dos judeus quanto aos gentios, principalmente na sua participação no tradicional judaísmo, porem, o cristianismo chegou como um farol iluminador em que colocava todos os povos no mesmo trilho de volta para Deus, mediante a mediação de Cristo Jesus. O testemunho de Paulo e Barnabé servia de bálsamo para os corações dos gentios na igreja. A TODOS OS IRMÃOS. O cristianismo veio justamente para melhorar o relacionamento entre todos os seres humanos, os colocando no mesmo nível diante de Deus, porque depois da vinda de Cristo, o evangelho afirma que todos quantos recebem a Cristo como Senhor e Salvador se tornam filhos de Deus, aos que creem no nome bendito de Cristo Jesus. Era costume nos começos da igreja de Cristo que todos se considerassem irmãos uns dos outros, porque fazemos parte da família de Deus por meio de Cristo.

Atos 15:2

Atos 15:2 - Tendo tido Paulo e Barnabé não pequena discussão e contenda contra eles, resolveu-se que Paulo e Barnabé, e alguns dentre eles, subissem a Jerusalém, aos apóstolos e aos anciãos, sobre aquela questão.

TENDO TIDO PAULO E BARNABÉ. Não temos como saber se os missionários tinham conhecimento do que estava acontecendo em Antioquia da Síria de quando eles estavam nos campos missionários pregando o evangelho de Cristo para a libertação dos gentios do paganismo. Agora, podemos conjecturar que foi grande a decepção de Paulo e Barnabé ao retornarem e ver com os próprios olhos o que os cristãos legalistas estavam implantando na igreja gentílica, transformando em sinagoga judaica. NÃO PEQUENA DISCUSSÃO E CONTENDA CONTRA ELES. Observamos que Paulo já tinha neste momento uma compreensão profunda do que seriam as igrejas formadas por judeus convertidos ao cristianismo, bem como e principalmente como seriam as igrejas formadas por gentios convertidos ao cristianismo. Tem-se então um verdadeiro combate entre Paulo e Barnabé contra os líderes invasores da igreja em Antioquia. RESOLVEU-SE QUE PAULO E BARNABÉ. Tudo indica que as defesas feitas por Paulo e Barnabé não foram o suficiente para convencer aos cristãos legalistas que os modos operantes nas igrejas gentílicas eram deferentes das igrejas em Israel. Estas mesmas controvérsias aconteceram mais tarde nas igrejas da Galácia, motivo pelo qual o apóstolo Paulo escreveu sua carta severa, combatendo o legalismo naquelas igrejas. E ALGUNS DENTRE ELES. De um lado, estavam Paulo e Barnabé, que tinham trabalhado na construção desta comunidade cristã, mesmo que Barnabé tenha sido enviado como missionário pelos líderes de Jerusalém. Do outro lado, estes “alguns dentre eles” que representavam os apóstolos de Jerusalém foram também acompanhando a comitiva até Jerusalém, a fim de resolver este impasse religioso. SUBISSEM A JERUSALÉM. Os líderes religiosos vindos de Jerusalém e que haviam se infiltrado na igreja gentílica de Antioquia da Síria não reconheceram a autoridade de Paulo e de Barnabé sobre as igrejas de Cristo no mundo gentílico. Por isso que foi decidido que eles subissem a igreja matriz de Jerusalém para que os apóstolos resolvessem este problema. Paulo e Barnabé para o bem da igreja foram com eles. AOS APÓSOLOS E AOS ANCIÃOS. Verdade é que as igrejas gentílicas ainda não tinham um núcleo forte o suficiente para que tomassem suas próprias decisões, por isso que Paulo ainda se submetia as autoridades da igreja em Jerusalém. Não está muito claro, mais ainda que indiretamente, Lucas nos deixa escapar que haviam dois tipos de lideranças na igreja de Jerusalém e em Israel, que eram os apóstolos e os presbíteros. SOBRE AQUELA QUESTÃO. O escritor fala diretamente sobre o primeiro concílio da igreja primitiva que teve uma importância fundamental no que diz respeito à unidade e união do cristianismo. Decisões importantes foram tomadas neste momento, apesar de que, os problemas não foram resolvidos, até porque a balança pesou mais em favor do legalismo do que da liberdade defendida por Paulo. A história futura demonstra que na prática Paulo venceu, e que as igrejas gentílicas foram libertas do legalismo.

Atos 15:1

Atos 15:1 - Então alguns que tinham descido da Judéia ensinavam assim os irmãos: Se não vos circuncidardes conforme o uso de Moisés, não podeis salvar-vos.

EMTÃO ALGUNS. Enquanto Paulo e Barnabé estavam fazendo missões em muitos lugares, pregando o evangelho do reino de Deus para os gentios, e Deus fazendo maravilhas por intermédio deles. A sede das igrejas gentílicas, que não era em Jerusalém mas em Antioquia da Síria era invadida por alguns que tentavam levar da igreja legalista de Jerusalém, costumes que eram dos seguidores do judaísmo, ou do cristianismo legalista de Jerusalém. Não temos como saber quem eram estes alguns. QUE TINHAM DESCIDO. Era um modo de falar quase que automática ao se afirmar que quem ia de algum lugar para Jerusalém se dizia que estava subindo para Jerusalém, como também se alguém ia de Jerusalém para qualquer lugar se dizia que este alguém estava descendo de Jerusalém para qualquer lugar. E isso era assim porque os judeus supervalorizaram a cidade do rei Davi, que era Jerusalém, por causa do judaísmo. DA JUDÉIA. Lucas quis escrever sobre alguns que tinham descido de Jerusalém para Antioquia da Síria para fiscalizar de como funcionavam as coisas nas igrejas gentílicas. Provavelmente, estes que chegaram na igreja de Antioquia da Síria eram representantes do grupo apostólico, porque se não fossem, não tinham provocado o movimento que aconteceu em Antioquia da Síria. Neste caso, Judeia era Jerusalém. ENSINAVAM ASSIM AOS IRMÃOS. Estes invasores vindos da igreja matriz de Jerusalém pregavam o evangelho da circuncisão, que era diferente do evangelho da incircuncisão. O evangelho da circuncisão deveria ser pregado para os seguidores do judaísmo para que estes se convertessem ao cristianismo. Enquanto que o evangelho da incircuncisão era pregado para os gentios ou incrédulos para que se convertessem de suas falsas religiões ou do ateísmo ao verdadeiro cristianismo fundado por Cristo. SE NÃO VOS CIRCUNCIDARDES. É notório que já neste momento da igreja de Cristo haviam dois núcleos administrativos do rebanho de Cristo, em que de Jerusalém partiam as decisões quanto aos judeus convertidos ao cristianismo, em que os apóstolos defendiam um momento de transição entre o judaísmo e o cristianismo, que estava em momento de construção. Este era o partido legalista da igreja de Jerusalém. CONFORME O USO DE MOISÉS. Na verdade, a circuncisão teve início muito antes da promulgação da lei de Moisés, quando ainda no tempo do patriarca Abraão, amigo de Deus, em que houve uma aliança de Abraão com Deus. Porem, antes da lei de Moisés a circuncisão era um compromisso oral, vindo a legislação de Moisés a circuncisão passou a ser regulamentada, sendo então uma obrigação para o povo judeu, Israel. NÃO PODEREIS SALVAR-VOS. Essa tese defendida pelos invasores na igreja de Antioquia, também era defendida pelas principais lideranças do cristianismo entre os judeus convertidos ao cristianismo. Parece-nos que essas lideranças ainda não haviam recebido uma iluminação maior quanto a salvação pela graça de Deus, ao ponto de imporem que os novos convertidos guardassem a lei de Moisés como meio de Salvação. Esse ponto de vista era contrário ao que Paulo defendia para os gentios.

Atos 14:27-28

Atos 14:27-28 - E, quando chegaram e reuniram a igreja, relataram quão grandes coisas Deus fizera por eles, e como abrira aos gentios a porta da fé. E ficaram ali não pouco tempo com os discípulos.

E, QUANDO CHEGARAM E REUNIRAM A IGREJA. Paulo e Barnabé estavam de volta, justamente de onde partiram para as missões, com o compromisso de pregar o evangelho das boas novas de Cristo aos gentios. Atos 13:2-3 - E, servindo eles ao Senhor, e jejuando, disse o Espírito Santo: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado. Então, jejuando e orando, e pondo sobre eles as mãos, os despediram. Era um momento feliz, de a igreja receber de volta a Paulo e a Barnabé. RELATARAM QUÃO GRANDES COISAS. Esta primeira reunião ministerial da igreja com os missionários depois deles voltarem da missão tinha como um dos principais objetivos a prestação de contas, não financeira, porque esta missão não era de cunho econômico, mas para que os missionários contassem para a igreja de Cristo em Antioquia da Séria, quantas coisas maravilhosas Deus havia realizado em suas vidas. DEUS FIZERA POR ELES. O escritor deste livro histórico do Novo Testamento deixa bem claro que os prodígios não foram feitos pelos missionários, que eram homens limitados, mas que tudo foi prodigalizado pelo Deus Todo-poderoso, que era o maior interessado na pregação do evangelho para os gentios. Quem faz de forma legítima a obra de Deus, e não do reino dos homens, tem a certeza que pode contar com Deus. E COMO ABRIRA AOS GENTIOS. Os judeus não quiseram de forma alguma que Deus atentasse para os demais povos do mundo, e a prova disto é que monopolizaram o judaísmo para eles mesmos. Mas, na verdade, já era o abrangente plano de Deus estender sua graça salvadora a todas as nações do mundo, e isso o Senhor falou muito antes ao seu amigo Abraão. Agora, já era comprovada a missão de Paulo aos gentios. A PORTA DA FÉ. Houveram dispensações em que Deus deixou todos os povos a vontade para fazer o que bem quisessem. Já na dispensação da lei, era requerido dos filhos de Israel, que eles guardassem a legislação de Moisés. Depois da vinda do Messias de Deus, Jesus Cristo, é requerido dos filhos dos homens que exerçam a fé cristã no nome de Cristo Jesus e em sua perfeita obra de redenção pela sua igreja. E FICARAM ALI NÃO POUCO TEMPO. Não temos como saber quanto tempo os missionários ficaram com a igreja da Antioquia da Síria depois que retornaram da primeira viagem missionária de Paulo, desta vez que Barnabé. Não podemos deixar passar despercebido o quanto Barnabé se comportou como um grande homem de Deus, em que desde o começo ele procurou apoiar e ajudar ao apóstolo Paulo. COM OS DISCÍPULOS. Pelos relatos historiados por Lucas, em quase todos os momentos Paulo assumiu a liderança da missão, sendo, portanto, o pregador oficial da equipe, mas Barnabé em nenhum momento sentiu ciúmes ou inveja por isso. É notório, e precisamos destacar isso, que o cristianismo, agora, tinha dois núcleos, quanto as suas lideranças, que era o primeiro em Jerusalém, e o segundo em Antioquia da Síria. Estes discípulos dizem respeito a todos os seguidores de Cristo em Antioquia.

Atos 14:24-26

Atos 14:24-26 - Passando depois por Pisídia, dirigiram-se a Panfília. E, tendo anunciado a palavra em Perge, desceram a Atália. E dali navegaram para Antioquia, de onde tinham sido encomendados à graça de Deus para a obra que já haviam cumprido.

PASSANDO DEPOIS POR PISÍDIA. O escritor começa a fazer uma síntese sobre o caminho de volta dos missionários até chegar à Antioquia da Síria, de onde partiram inicialmente em missão de pregar o evangelho das boas novas. Já no que diz respeito à Pisídia, Essa região ficava em um tabuleiro da Ásia Menor, limitado a leste e a norte pela Licaônia, ao sul pela Panfília e ao norte e oeste pela província da Ásia menor. DIRIGIRAM-SE A PANFÍLIA. No dia de pentecostes haviam pessoas presentes que estavam em Jerusalém vindas da Panfília, que tiveram a oportunidade de ouvirem o evangelho pregado por Pedro, não temos como saber se já existiam igrejas ali. Panfília era uma região muito importante na antiga Ásia, com limites geográficos com o mar Mediterrâneo, Galácia, Cilicia, Capadócia. Esta Panfília era conhecida como Mopsósia. E, TENDO ANUNCIADO A PALAVRA EM PERGE. Mais uma vez os missionários retornaram a Perge para completar os trabalhos de evangelização naquele lugar, e visitando os novos irmãos. Perge era uma localidade que se estendia as margens do rio Cestro, em que contava com um grande teatro, bem como com um enorme estádio esportivo. O povo de Perge era extremamente idólatra, adorando a deusa Artemisa. DESCERAM A ATÁLIA. Segue a rota em que Cruzaram Paulo e Barnabé de Perge para Atália, em que do porto de Perge, numa distancia de quase vinte e seis quilômetros pelo rio Castro abaixo, a fim de encontrarem um navio com destino a Antioquia da Síria, de onde partiram inicialmente na missão. Atualmente essa cidade e chamada Adália, e durante muitos séculos foi o principal porto da costa sul da Ásia Menor. E DALI NAVERARAM PARA ANTIOQUIA. Essa era a Antioquia da Síria, onde os trabalhos de evangelização dos gentios teve início, conforme Atos 11:19, em que os fugitivos de Jerusalém chegaram para pregar o evangelho ali. Foi justamente desta Antioquia que Barnabé e Paulo foram enviados como missionários para fazerem um grande trabalho de evangelização. Agora, estavam de volta com bons resultados. DE ONDE TINHAM SIDO ENCOMENDADOS À GRAÇA DE DEUS. Não temos como saber que tipo de assistência a igreja de Antioquia tinha dado inicialmente aos missionários para que eles pudessem fazer esta tão grande missão. Mas tudo indica que Paulo e Barnabé partiram desta cidade para os campos missionários com um apoio ministerial, o que era suficiente para eles, até porque Paulo não trabalhava na obra por dinheiro. PARA A OBRA A QUE JÁ TINHAM CUMPRIDO. Não há dúvida que os missionários chegaram em Antioquia testemunhando a respeito das maravilhas que Deus tinha feito por intermédio deles. Temos então registrado no livro de Atos dos Apóstolos a primeira viagem missionária de Paulo rumo aos campos missionários dos gentios. Certamente esta obra já realizada produziu para o ministério de Paulo experiência para que durante o resto de sua vida, ele pudesse trabalhar com dedicação na missão.

Atos 14:23

Atos 14:23 - E, havendo-lhes, por comum consentimento, eleito anciãos em cada igreja, orando com jejuns, os encomendaram ao Senhor em quem haviam crido.

E, HAVENDO-LHES. Aprendemos com os fatos ocorridos com os líderes da igreja primitiva que as perseguições que houve naquela época não atrapalharam o crescimento da igreja de Cristo, nem muito menos foram motivos para que a obra de Deus não fosse feita. Paulo era consciente que tinha um preço a pagar, pelo fato de antes de ter se convertido ao cristianismo foi um perseguidor contra a igreja de Cristo, agora, o perseguidor estava sendo perseguido. Esta é a lei da colheita e da semeadura. POR COMUM CONSENTIMENTO. Esse detalhe exposto por Lucas nos faz ver que os missionários, e principalmente Paulo começava a se organizar em ternos de ministério, quanto a sua missão aos gentios, em que se tem consciência que sozinha ninguém chega a lugar nenhum, mas que os líderes da igreja precisam se organizar para administrar as coisas de Deus de forma democrática, com a participação de todos. ELEITOS ANCIÃOS. Estes anciãos sobre os quais fala o texto dizem respeito aos presbíteros, ou líderes locais de cada comunidade cristã, mas que em determinados casos eram também supervisores regionais. É perceptível dentro do Novo Testamento que as igrejas eram sempre locais, em que cada comunidade da sociedade se formava um núcleo com seu respectivo ministério local e um presbítero que era o gerenciador. EM CADA IGREJAS. Nesta mesma época, não era permitido pelo império político de Roma a construção de templos dedicados ao cristianismo, porque somente depois de trezentos e doze de nossa era cristã é que o cristianismo foi adotado como religião oficial do império romano. De forma que, ao falar sobre igreja, neste caso, não se trata de templos, como temos nos dias de hoje, mas diz respeito a comunidade dos remidos. ORANDO COM JEJUNS. Desde os começos da historia do povo de Israel que a oração e a prática do jejum sempre foram algo comum entre os seguidores do judaísmo. Como há muitas referências no livro de Atos dos Apóstolos, podemos afirmar que a igreja primitiva também adotou estas tradições dos judeus, como algo que faz parte do verdadeiro cristianismo. A oração comunicação com Deus, mas também adoração. O jejum é a abstinência de alimentos por um determinado tempo, mas com propósito. OS ENCOMENDARAM AO SENHOR. Paulo e Barnabé, depois de pregarem o evangelho da libertação em toda aquela região, tendo organizado as comunidades cristãs em cada cidade e em cada aldeia, agora, precisavam partir para novos campos missionários. Porem, antes de partirem, fizeram campanhas de oração e de jejuns para que Deus por meio do Espírito Santo e dos obreiros locais cuidasse da igreja de Cristo. EM QUEM HAVIAM CRIDO. No tempo da lei de Moisés, se requeria obediência irrestrita aos mandamentos da legislação mosaica, coisa que os seguidores do judaísmo não conseguiram, razão porque Deus estabeleceu a nova dispensação da graça de Deus, por meio de Cristo Jesus. De acordo com os parâmetros da nova aliança da graça de Deus, o evangelho tem como motivação expressa a fé genuína na pessoa bendita de Cristo Jesus, bem como em tudo que envolve sua obra de redenção.