Comentário Expositivo do Novo Testamento - Neste perfil, fazemos a exposição exegética de cada versículo, frases e palavras, com detalhes. Este comentário não é um tratado teológico para acadêmicos, mas sim para os leitores amantes da palavra de Deus. Usamos uma linguagem bem compreensível para quem ainda não é profundo no conhecimento bíblico. Qualquer membro do corpo de Cristo tem a capacidade de aprender com os ensinos simples deste Comentário Expositivo do Novo Testamento.
segunda-feira, 12 de julho de 2021
Atos 21:5
Atos 21:5 - E, havendo passado ali aqueles dias, saímos, e seguimos nosso caminho, acompanhando-nos todos, com suas mulheres e filhos até fora da cidade; e, postos de joelhos na praia, oramos.
E, HAVENDO PASSADO ALI. Conforme já comentamos no versículo anterior, não temos como saber quais os reais motivos que deteve o apóstolo Paulo e seus amigos de viagem nesta cidade de Tiro, o que podemos conjecturar é que ainda haviam alguns dias até que se tivesse cumprimento o dia de Pentecostes em Jerusalém, onde Paulo desejava passar os seus dias. Certamente, estes dias foram de repouso para a equipe, bem como para Paulo, eles que já vinham de viagem por alguns dias a fins.
AQUELES DIAS, SAÍMOS. No versículo anterior fala-se de sete dias, o que podemos chamar de uma semana, tempo o suficiente para que o apóstolo conhecesse os líderes da comunidade cristã local, bem como a todos que eram discípulos de Cristo Jesus. Mas, agora chegava o momento de partir, a fim de cumprir o que já estava determinado por Deus na cidade de Jerusalém, o que era de conhecimento de Paulo.
E SEGUIMOS NOSSO CAMINHO. Lucas fala a respeito da trajetória traçada por Paulo e seus amigos de viagem até a cidade de Jerusalém. É claro que grande parte do material catalogado pelo escritor deste livro foi juntado pelas pesquisas feitas pelo Dr. Lucas, porém, neste momento e em muitos outros, ele mesmo pode presenciar os fatos narrados por ele próprio. A maior parte desta trajetória já havia sido percorrida, o que nos leva a perceber que o caminho chegava perto de seu término, que era Jerusalém.
ACOMPANHANDO-NOS TODOS. Não temos como saber da quantidade de cristãos que haviam na cidade de Tiro, o que podemos aceitar é que em pouco tempo o apóstolo dos gentios já havia conseguido juntar a todos. Esse era um bom costume da igreja primitiva, de quanto algum missionário visitava uma comunidade cristã, em sua partida, todos que faziam parte da igreja de Cristo o acompanhavam no caminho.
COM SUAS MULHERES E FILHOS. O cristianismo teve um avanço significativo no que diz respeito a participação das mulheres em seus direitos e deveres religiosos. No judaísmo isso não era possível, porque os homens judeus não permitiam, de acordo com as tradições dos hebreus, que suas mulheres participassem de atos públicos. Como também, nas culturas pagãs, as mulheres eram absolutamente descriminadas ao ponto de ocuparem apenas o lugar de procriadoras ou ainda de concubinas do lar.
ATÉ FORA DA CIDADE. Tiro era uma grande cidade, com uma população enorme neste período, e a comunidade cristã deu uma demonstração linda de unidade e de amor fraternal para com Paulo e seus amigos de viagem. Provavelmente houve um grande movimento em toda a cidade por ver que os líderes cristãos e suas respectivas famílias saíram as ruas em apoio a visita cordial do apóstolo e sua equipe de missionários.
E POSTOS DE JOELHOS NA PRAIA, ORAMOS. Lucas não descreve o teor da oração feita por Paulo, seus amigos de viagem e de todos os irmãos que estavam presentes neste momento. No entanto, podemos prever que houve um instante de agradecimento a Deus, mas também de pedidos para que tudo desse certo com Paulo em Jerusalém.
Atos 21:4
Atos 21:4 - E, achando discípulos, ficamos ali sete dias; e eles pelo Espírito diziam a Paulo que não subisse a Jerusalém.
E, ACHANDO. O que o escritor diz para nós neste texto é que na cidade de tiro havia uma comunidade cristã. Quando o missionário Paulo chegava em uma nova cidade, uma das primeiras atitude dele era justamente procurar os seguidores de Cristo, ou quando não havia cristãos, ele procurava seus conterrâneos os judeus. Não temos como saber como e nem quando surgiu a comunidade cristã em tiro, mas o que podemos supor é que durante as perseguições contra Estêvão, muitos se espalharam.
DISCÍPULOS. Esta é uma palavra que descreve absolutamente uma das primeiras designações para os chamados seguidores de Cristo Jesus, o grande Mestre. Esta alusão a cristãos na cidade de Tiro, nos faz pensar que, além do país de Israel, como também no mundo gentílico mais distante, porém, na própria Palestina, o cristianismo se encontrava em plena expansão, com a pregação do evangelho de Cristo, o Salvador.
FICAMOS ALI SETE DIAS. É difícil prever qualquer coisa que possa determinar o motivo pelo qual o apóstolo e sua equipe tenha ficado durante este tempo na cidade de Tiro. Há quem diga que a causa seja mesmo por conta do descarregamento e da mesma forma o carregamento do navio em que os missionários estavam usando como transporte. O que podemos conjecturar é que ainda havia tempo o suficiente antes do dia de Pentecostes. Se antes, Paulo tinha mais pressa, agora, ele se sentia mais leve.
E ELES PELO ESPÍRITO. Antes, por onde Paulo passava, o Espírito de Deus usava alguém para falar com Paulo sobre as perseguições em Jerusalém. Atos 20:22 - E agora, eis que, ligado eu pelo espírito, vou para Jerusalém, não sabendo o que lá me há de acontecer. Senão o que o Espírito Santo de cidade em cidade me revela, dizendo que me esperam prisões e tribulações. Mais uma vez Deus fala com o apóstolo Paulo.
DIZIAM A PAULO. A palavra de Deus afirma que, Deus não fará nada com seus servos, sem que antes os revelem. O apóstolo dos gentios já havia realizado uma grande obra em prol do reino de Deus, e com isso, o Criador de todas as coisas se antecipava em preparar ao seu servo para os eventos que em breve lhe sucederiam. Os passos de um homem bom são confirmados pelo Senhor, e no caso de Paulo, seria para ele um grande privilégio servir a Deus com sua vida, como o foi para muitos líderes cristãos.
QUE NÃO SUBISSE. Talvez, esta palavra da parte dos discípulos para a vida de Paulo, o fizesse demorar um pouco mais na cidade de Tiro, como preparação do seu espírito para as contrariedades que logo mais surgiriam em seu caminho. Quem sabe o desejo dos cristãos desta cidade é que o apóstolo ficasse com eles, evitando assim o inevitável na cidade de Jerusalém, porque tudo já estava determinado para acontecer.
A JERUSALÉM. Cristo falou sobre esta cidade como quem matava os seus próprios profetas, isso aconteceu com vários profetas da velha dispensação, aconteceu com João Batista, com o próprio Messias de Deus, Cristo Jesus e outros. Os judeus mais radicais foram grandes perseguidores contra os líderes do cristianismo, e no caso de Paulo, eles sempre o perseguiram, e em Jerusalém não seria diferente desta vez.
Atos 21:3
Atos 21:3 - E, indo já à vista de Chipre, deixando-a à esquerda, navegamos para a Síria e chegamos a Tiro; porque o navio havia de ser descarregado ali.
E, INDO. Paulo tinha presa em chegar à cidade de Jerusalém, e não sabemos quanto tempo ainda restava até a celebração da festa de Pentecostes, mas, o desejo do homem de Deus era justamente estar presente nesta festividade dos judeus. Agora em um outro navio, porque o primeiro havia terminado sua trajetória ou destino em Pátara. Os ventos e as condições do mar eram favoráveis, por isso que a comitiva aproveitava para adiantar o percurso da viagem já se aproximando da Palestina.
JÁ A VISTA DE CHIPRE. Esta colocação feita por Lucas já nos dá uma orientação bastante importante, quanto a viagem de Paulo até a cidade de Jerusalém, porque a ilha de Chipre fica exatamente ao limite noroeste de Israel. A título de hoje, esta ilha do Mar Mediterrâneo é um lugar de alta densidade populacional, estando ao lado da Turquia, do Egito, da Síria, do Líbano, da Grécia fazendo parte da União Europeia.
DEIXANDO-A À ESQUERDA. O escritor nos faz saber que o navio não fez parada na ilha de Chipre, talvez porque seu destino era a Síria, ou porque Paulo havia fretado este navio e não queria se demorar em Chipre, por ter presa em seguir viagem. Onde Paulo chegava ele não tinha como sair as presas porque se encontrava com as lideranças da igreja ou se ocupava na evangelização dos nativos e assim se demorava em suas atividades em prol do reino de Deus, sempre foi assim em suas viagens pelo mundo.
NAVEGAMOS PARA A SÍRIA. Passando ao lado da ilha de Chipre, o navio segue em frente até chegar a um novo destino, desta vez já na Palestina, portanto, bem próximo de Israel. O território sírio faz fronteira com o Líbano e o Mar Mediterrâneo a oeste, a Turquia ao norte, o Iraque a leste, a Jordânia ao sul e Israel ao sudoeste, e isso demarca a aproximação final da viagem de Paulo a Isael, com destino a Jerusalém.
E CHEGAMOS A TIRO. Mais uma parada é feita pela comitiva de Paulo cumprindo assim o roteiro de sua viagem à cidade de Jerusalém, onde desejava ardentemente participar da festa de Pentecostes, até porque já havia muito tempo que o apóstolo não pisava nesta parte da terra santa. Tiro era uma cidade antiga, muito conhecida de todos, com dois portos, em que um deles era na própria cidade e outro mais adiante.
PORQUE O NAVIO. Este tipo de transporte era muito utilizado naquele tempo, até porque não havia neste momento da história da humanidade outros meios como contamos nos dias de hoje. Portanto, a indústria naval já era bastante desenvolvida naquele tempo, em que se faziam transporte de cargas, bem como de passageiros. A rota feita pela equipe de Paulo tinha que ser feita em grandes navios, porque nesta região as ondas, em determinados períodos eram perigosas, com ventos fortes.
HAVIA DE SER DESGARREGADO ALI. Esse indicativo nos leva a pensar que este navio que transportava a equipe de missionário também era um grande navio de carga, em que poderia carregar certo número de passageiros. Tiro era um grande centro comercial, bem como um centro de distribuição de produtos para a palestina, além de funcionar como porto de embarque e desembarque de passageiros e viajantes.
Atos 21:1-2
Atos 21:1-2 - E aconteceu que, separando-nos deles, navegamos e fomos correndo caminho direito, e chegamos a Cós, e no dia seguinte a Rodes, de onde passamos a Pátara. E, achando um navio, que ia para a Fenícia, embarcamos nele, e partimos.
E ACONTECEU QUE, SEPARANDO-NOS DELES. Era um tempo favorável para que o navio continuasse seu trajeto, e há quem diga que a presa de Paulo poderia ser pelo fato que o comandante da embarcação tivesse seu próprio roteiro, ou que os ventos fossem favoráveis para atravessar tranquilamente de Mileto a Cós. Mais uma vez o Dr. Lucas se inclui no próprio evento, porque ele fazia parte da equipe de missionários que neste momento estava com Paulo, de caminho para a cidade santa de Jerusalém.
NAVEGANOS E FOMOS CORRENDO CAMINHO DIREITO. Essa era a rota ou direção correta pela qual o navio tinha que percorrer, seja pelo comando de Paulo ou porque esta era a sua rota comercial. Mais um ou dois dias foram o suficiente para que a comitiva chegasse a mais um destino rumo a cidade de Jerusalém, porque este era o desejo do apóstolo dos gentios, comemorar o dia de Pentecostes em seu país, Israel.
E CHEGAMOS A CÓS. Essa é mais uma de muitas ilhas que fazem parte do Mar Egeu e que servia de porto para os grandes navios que circulavam por aquela região. Cós não está muito distante de Mileto, em que dependendo da calmaria dos ventos e das ondas um ou dois diais era o suficiente para ir de uma ilha a outra, porque a distância era de aproximadamente cento e vinte quilômetros. Vários impérios antigos dominaram sobre esta ilha, entre eles: O império romano, bizantino, otomano e etc.
E NO DIA SEGUINTE A RODES. Rodes era uma outra ilha que ficava na mesma direção da viagem de Paulo e seus companheiros de missão, cerca de quase cem quilômetros a Suleste de Cós. Nesta mesma ilha também havia uma cidade antiga chamada pelo mesmo nome da ilha e que esta cidade medieval era a capital da ilha. Rodes também fazia parte do Mar Egeu, como sendo uma das maiores ilhas daquela região, se destacando, naquele mesmo tempo pela sua imagem de colossos de rodes, deus sol.
DE ONDE PASSAMOS A PÁTARA. Não sabemos quanto tempo os missionários ficaram em Pátara, mas certamente o tempo suficiente até que encontrassem um novo navio que dava procedimento a viagem da comitiva. Quanto ao parto de Pátara ele ficava no vale do rio Xantus bem próximo à cidade de Xantus na Lícia. Este era um importante porto da Ásia Menor, por onde passavam grandes navios de cargas e de passageiros.
E, ACHANDO UM NAVIO, QUE IA PARA A FENÍCIA. Neste ponto devemos destar o fato de que existem aqueles que afirma que Paulo e seus amigos de viagem apenas viajavam como se fossem passageiros normais, porém, existem comentaristas que declaram que o navio havia sido fretado por Paulo até a ilha de Pátara. A Fenícia era uma grande região que fazia parte da antiga Canaã, tendo como porto principal, Tiro.
ENBARCAMOS NELE, E PARTIMOS. Outra vez Lucas se inclui como sendo um dos participantes daquela viagem marítima, porque ele fazia parte da comitiva de Paulo que tinha como destino a cidade de Jerusalém. A presença do escritor é importante, porque demonstra que os fatos narrados por ele são todos verídicos e bem aceitos.
segunda-feira, 5 de julho de 2021
Atos 20:38
Atos 20:38 - Entristecendo-se muito, principalmente pela palavra que dissera, que não veriam mais o seu rosto. E acompanharam-no até o navio.
E ENTRISTECENDO-SE MUITO. Os companheiros de ministério de Paulo choraram amargamente até não terem mais lágrimas nos olhos, queriam como que amassar ao apóstolo de tanto o abraçarem, beijaram a Paulo como que já sentindo muita saudade dele. Mas, nem tudo isso foi o suficiente para tirar dos seus corações a tristeza que estava sentindo, por este momento de despedida. A partida de Paulo para os seus filhos na fé era uma perda irreparável, dado o amor que tinha por Paulo.
PRINCIPALMENTE PELA PALAVRA. Foi baseado na revelação de Deus que Paulo fez o seu discurso diante dos líderes cristãos reunidos com ele. Não era de agora que o Senhor já vinha avisando ao apóstolo sobre os últimos acontecimentos do seu ministério, porque onde Paulo chegava, sempre o Espírito Santo usava a alguém para lhe falar sobre sua volta para Jerusalém e sua prisão e deportação para Roma.
QUE DISSERA. Paulo já não suportava mais tanta pressão em seu coração e ele precisava colocar para fora estas palavras, que até certo ponto funcionou como um desabafo. Verdade é que ele não poderia em hipótese alguma partir para Jerusalém sem antes contar para seus amigos de ministério tudo que já estava desvendado sobre seus dias futuros. Os dias seriam muito difíceis para o apóstolo dos gentios, e agora, ele podia contar com as orações dos líderes e bem como da igreja de Cristo.
QUE NÃO VERIAM MAIS. A parte de exortação e de ensino transmitidos por Paulo não era novidade para seus amigos de ministério, até porque eles já estavam acostumados a ouvirem as pregações instrutivos do apóstolo dos gentios. Agora, a despedida melancólica que Paulo fazia neste momento era algo que transtornava o coração de todos os seus amigos, porque na realidade todos amovam ao apóstolo.
O SEU ROSTO. Lucas se refere ao que está escrito em Atos 20:25 - E agora, na verdade, sei que todos vós, por quem passei pregando o reino de Deus, não vereis mais o meu rosto. Este aviso da parte do pregador provocou um choque devastador em todos os seus amigos, até porque esta colocação apontava para algo muito mais sério que os seu ouvintes pudessem imaginar. O próprio Paulo diz que não sabia o que lhe aconteceria em Jerusalém, senão tribulações, prisões ou até mesmo algo mais sério.
E ACOMPANHARAM-NO. Depois de tanto choro, em que todos estavam dominados pela tristeza de alma, da forma mais profunda que se possa pensar, não restava outra coisa senão todos acompanharem ao apóstolo Paulo até ao navio em que ele deveria viajar até a cidade de Jerusalém. Este era um costume das igrejas primitivas.
ATÉ O NAVIO. Este era o mesmo navio que Paulo já vinha de viagem desde a cidade de Assôs e que agora estava aportado em Mileto, que ficava perto de Éfeso, de onde mandou chamar aos líderes da igreja da Ásia Menor para se reunir com ele. Não há dúvida que este foi um momento de dor para aquele que durante muito tempo se dedicou na colheita de vidas para o reino de Cristo e que não mais poderia abraçar os seus filhos na fé. A vida de um missionário não é fácil porque tem estes contratempos.
Atos 20:36-37
Atos 20:36-37 - E, havendo dito isto, pôs-se de joelhos, e orou com todos eles. E levantou-se um grande pranto entre todos eles, lançando-se ao pescoço de Paulo, o beijavam.
E, HAVENDO DITO ISTO. O escritor Lucas se reporta ao discurso de despedida do grande apóstolo dos gentios, bem como todos os seus conselhos aos seu amigos de ministério, porque Paulo sabia o que estava para lhe acontecer na cidade de Jerusalém e sua deportação para a capital do império, que era Roma. Mas, Lucas pode também apenas está se referindo aos últimos conselhos de Paulo aos ministros do evangelho para que não se desviassem do evangelho para o materialismo terreno e mudano.
PÔS-SE DE JOELHOS. A oração sempre foi um bom costume dos filhos de Israel em agradecer a Deus pelos benefícios recebidos ou reivindicar ao Deus dos céus para que atendesse suas necessidades. Esse bom costume também foi seguido pelos cristãos primitivos, principalmente pelas lideranças da igreja, porque aprenderam com Cristo Jesus. Essa forma de orar representa a humildade do Cristão diante do seu Deus.
E OROU COM TODOS ELES. Certamente, quando os amigos de Paulo viram que ele estava prostrado de joelhos em terra, imediatamente tomaram a mesma atitude e todos também se puseram de joelhos para este momento de oração. Acreditamos que o apóstolo dos gentios orava pelos seus filhos na fé, que também eram ministros do reino de Cristo, ao mesmo tempo em que todos que estavam presentes naquela reunião ministerial oravam igualmente por Paulo e seus amigos de viagem.
E LEVANTOU-SE UM GRANDE PRANTO. Este foi um momento em que os sentimentos de todos vieram a flor da pele, em que todos os corações se comoveram de grande amor fraternal, de Paulo por seus amigos, como também dos seus amigos por Paulo. O que o apóstolo acabou de relatar para os seus filhos na fé era algo que deixava corações partidos, até porque, o apóstolo tinha dedicado muito amor pelos irmãos.
ENTRE TODOS ELES. Não teve nenhum dos que estavam presente para que não derramasse muitas lágrimas de seus olhos, por saber que não mais poderiam contar com a presença e com os ensinos transmitidos pelo apóstolo de Cristo. Podemos supor que de grande distância se podia ouvir o pranto em voz alta que se levantar entre todos os presentes neste lugar. Tudo que estava acontecendo deixou Paulo ainda mais de coração partido, pois esta demonstração de amor fraternal era bonita demais.
LANÇANDO-SE AO PESCOÇO DE PAULO. Aqueles que eram mais tímidos, porque cada ser humano tem a sua forma de demonstrar seus sentimentos, neste momento se mostraram mais emotivos ao ponto de abraçarem ao apóstolo com lágrimas em seus rostos. Não temos como saber se todos faziam isto ao mesmo tempo ou se eles se organizaram em fila para abraçar aos servo de Deus e mostrarem o quanto o amavam.
O BEIJAVAM. Nós os ocidentais não temos este costume de um homem beijar a face de outro homem, a não ser entre membros de uma mesma família, ou quando são pessoas amigas, mais que irmãs, porque a palavra diz que há amigo mais chegado do que um irmão. Porém entre os judeus e os cristãos isso era a prática do amor fraternal.
Atos 20:35
Atos 20:35 - Tenho-vos mostrado em tudo que, trabalhando assim, é necessário auxiliar os enfermos, e recordar as palavras do Senhor Jesus, que disse: Mais bem-aventurada coisa é dar do que receber.
TENHO-VOS MOSTRADO. Desde os primeiros momentos em que Saulo de Tarso se converteu para o reino de Cristo que ele se deu a si mesmo em prol da obra de Deus, gastando seus recursos pessoais e a sua própria pessoa em prol da igreja do Senhor Jesus Cristo, o Salvador da humanidade. Seu ministério como apóstolo dos gentios, diferente do grupo apostólico, sempre investiu recursos e trabalhos para ver o crescimento do reino de Cristo, não fazendo do ministério uma profissão religiosa.
EM TUDO QUE. O caso de Paulo e seus amigos de ministério, não era apenas uma questão de teoria, como muitos fazem, onde se diz, praticai o que digo, mas não façam o que eu faço. Tudo aquilo que Paulo ensinava nas igrejas, bem como nas escolas de obreiros ele praticava no seu dia a dia, exigindo também que os ministros por ele consagrados e ordenados fizessem da mesma forma, o que viam e sua pessoa.
TRABALHANDO ASSIM. O que o apóstolo fala nesta sua palavra é o que ele um pouco antes já havia expressado, que não cobiçava dinheiro de quem quer que seja, nem muito menos riquezas para esta vida, nem muito menos buscava poder e glória pessoal. Ou seja, Paulo e seus amigos de ministério não aceitavam ganhar salários para fazer a obra de Deus, isso porque não praticavam o comercio da fé, nem muito menos faziam de seus ministérios um profissão para explorar o rebanho de Cristo Jesus.
É NECESSÁRIO AUXILIAR OS ENFERMOS. Ao contrário do que fazem os mercenários, Paulo e seus amigos de ministério praticavam de verdade o amor fraternal para com os que mais precisavam. Neste caso, eles trabalhavam em suas atividades seculares para ajudar aos que eram acometidos pelas doenças e enfermidades. Além dos trabalhos sociais que eram feitos nas igrejas em prol dos carentes e necessitados.
E RECORDAR AS PALAVRAS DO SENHOR JESUS. Na realidade esta declaração direta feita por Cristo, não se encontra escrita em nenhum dos quatro evangelhos, mas quando se interpreta os ensinos do Mestre, então podemos supor que este era o pensamento do Senhor Jesus. Há que diga que Paulo faz uma citação feita por Cristo e que a tradição oral cuidou em levar avante, apesar de não está escrita.
QUE DISSE: MAIS BEM-AVENTURADA COISA É DAR. Realmente, este é um pensamento que tem toda a lógica correta, até porque quem pode dar é porque de alguma forma tem posses. Todos aqueles que possuem um coração generoso para socorrer aos que mais precisam, estes são chamados de bem-aventurados porque já são abençoados de alguma forma por Deus. Os praticantes da generosidade sentem um grande prazer na alma em poder repartir suas posses com todos os que precisam.
DO QUE RECEBER. Quem passa a pedir aos outros, de alguma maneira, assim o fazem de forma humilhada. Depois, se alguém está passando por algum tipo de necessidade é porque enfrenta algum tipo de infortúnio, seja por problema de saúde ou por alguma calamidade natural. Bom é não precisar dos outros, mais poder ajudar ao próximo.
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