segunda-feira, 31 de agosto de 2015

1 Tessalonicenses 2:15

1 Tessalonicenses 2:15 - Os quais também mataram o Senhor Jesus e os seus próprios profetas, e nos têm perseguido; e não agradam a Deus, e são contrários a todos os homens.
OS QUAIS. O escritor se refere aos judeus, eles que em nome do judaísmo maltrataram os seus próprios profetas, que anunciavam a chegada de um novo tempo, com a manifestação do Messias de Deus e com a implantação de uma nova aliança de Deus com a igreja por meio do evangelho da graça. Os judeus puritanos e ortodoxos nunca aceitaram a possibilidade de Deus estabelecer um novo pacto com os homens, porque eles se achavam melhores do que todas as nações do mundo. Como Cristo é Mediador de uma nova aliança, por isso mataram o enviado de Deus, Jesus de Nazaré.

TAMBÉM MATARAM. A morte de Cristo foi uma injustiça praticada pelos judeus contra, o Messias prometido, e teve motivações política-religiosa, e por inveja e ciúmes crucificaram aquele que só fez o bem a todos. Como a elite religiosa de Israel ficou carregada de ciúmes pelos feitos de Cristo e dominada pela inveja, porque Jesus era querido do povo, incitaram as autoridades romanas, que por motivos políticos condenaram a morte o Filho de Deus. Isso porque Cristo Jesus era Sacerdote e Rei.

O SENHOR JESUS. Antes mesmo do nascimento de Jesus, o Cristo, Deus já havia prometido que o seus Messias seria Rei da descendência de Davi. Como também um dos profetas menores havia vaticinado que o Cristo teria um governo mundial com temporalidade eterna (Daniel 7:14). O Senhorio de Cristo é confirmado nas páginas do Novo Testamento de forma abundante (Filipenses 2:9-11). O nome “Jesus” quer dizer: Aquele que veio salvar o seu povo dos seus pecados (Mateus 1:21).

E OS SEUS PRÓPRIOS PROFETAS. Certamente, estes profetas sobre os quais se refere o escritor dizem respeito a todos os profetas que vieram antes do Messias, bem como aqueles que depois de Cristo foram mortos por pregarem sobre a nova aliança de Deus com a igreja de Cristo, por meio do evangelho das boas novas. Provavelmente os profetas antigos foram aqueles que anunciaram a vinda do Messias e os novos foram aqueles que morreram por amor a Cristo e o evangelho.

E NOS TEM PERSEGUIDO. O apóstolo Paulo e todos os seus companheiros de ministério, sempre foram vítimas das perseguições dos judaizantes. O escritor por ser o apóstolo de Cristo enviado ao mundo gentílico, nunca foi aceito pelos judeus como um servo de Deus, e nem também foi apoiado pelos líderes do cristianismo de Jerusalém, o chamado grupo dos doze. O apóstolo sofreu perseguições dos judaizantes e também dos líderes do cristianismo que seguiam o legalismo da lei de Moisés.

E NÃO AGRADAM A DEUS. Desde a rejeição do Messias de Deus pelos seguidores do judaísmo que os judeus passaram a ser rejeitados por Deus e perderam a chance de reconciliação estabelecida pelo Cristo, Salvador. Deus enviou seu filho para o seu povo, porem, o povo da antiga aliança deram as costas para o seu próprio Messias, o rejeitando, e o condenando a morte e morte de Cruz, isso foi o cúmulo da injustiça.

E SÃO CONTRÁRIOS A TODOS OS HOMENS. Como a nova aliança de Cristo é com todos os homens, os judaizantes passaram a perseguir a todos que confessassem a Cristo como Mediador de uma nova aliança. Perseguiram a Cristo, e o mataram, depois passaram a perseguir os seguidores de Cristo em toda parte do mundo.

1 Tessalonicenses 2:14

1 Tessalonicenses 2:14 - Porque vós, irmãos, haveis sido feitos imitadores das igrejas de Deus que na Judéia estão em Jesus Cristo; porquanto também padecestes de vossos próprios concidadãos o mesmo que os judeus lhes fizeram a eles.
PORQUE VÓS, IRMÃOS. Como o escritor conhecia bem os seus leitores, mais uma vez se dirige diretamente a eles para lhes falar sobre seus problemas, que eles estavam enfrentando naquele momento. O fato de o apóstolo chamar os seguidores de Cristo de Tessalônica de irmãos segue uma tradição antiga do cristianismo. Já no judaísmo era uma tradição, porque os judeus se consideravam irmãos por meio dos patriarcas. No cristianismo, é que todos os convertidos em Cristo se consideravam irmãos, conforme o que está escrito em (João 1:12) e filhos de um mesmo Pai que é Deus.

HAVEIS SIDO FEITO IMITADORES. Nos dias de hoje é mais difícil se ter unanimidade de liturgia e igualdade de costumes entre todas as igrejas espalhadas em todo o mundo, porque é grande a quantidade de denominações com suas disparidades habituais. Porem, na época da igreja primitiva se podia ter um controle, no sentido de todas as comunidades cristãs serem imitadoras uma das outras, até porque o número de igrejas eram muito menores do que nos dias de hoje e daqui para frente.

DAS IGREJAS DE DEUS. Essa expressão usada pelo autor não está se referindo a várias denominações com suas ramificações locais, até porque neste tempo, em que esta carta foi escrita, as igrejas ou comunidades cristãs eram uma só. Há quem diga que as igrejas fundadas por Paulo eram diferentes das igrejas fundadas pelos demais apóstolos originais do Senhor Jesus, porem, se o eram em termos de doutrinas, não o eram em termos de sofrimentos e perseguições que tiveram de enfrentar por Cristo.

QUE NA JUDEIA ESTÃO EM CRISTO JESUS. Quem conhece bem a mensagem do Novo Testamento sabe que o ministério de Paulo tinha um direcionamento diferente dos demais apóstolos de Cristo. Isso porque o apóstolo Paulo foi chamado e enviado a fundar igrejas no mundo gentílico, enquanto que a maioria dos apóstolos concentraram suas atividades em Israel e na Palestina. Agora, tantos as igrejas fundadas por Paulo, quanto às fundadas pelo grupo dos doze eram igrejas de Deus.

PORQUANTO TAMBÉM PADECESTES. No tempo da igreja primitiva, alguém se converter ao cristianismo era sinônimo de problemas, porque assim como perseguiram, prenderam e mataram o fundador do cristianismo, Cristo Jesus, não era diferente com os seus seguidores. De forma que os Tessalonicenses que aceitaram a nova religião, o cristianismo, estavam tendo que enfrentar dificuldades naquela época.

DE VOSSOS PRÓPRIOS CONCIDADÃOS. Os judeus foram carrascos contra Jesus Cristo e contra os que deixavam o judaísmo pelo cristianismo. Da mesma forma, os cidadãos Tessalonicenses que deixavam suas antigas religiões pelo cristianismo passavam a serem perseguidos, tinham seus bens confiscados e eram presos e até mortos. As perseguições contra a igreja de Cristo se tornara generalizada por todas as partes.

O MESMO QUE OS JUDEUS FIZERAM A ELES. Desde a época de João Batista e do próprio Senhor Jesus, que os seguidores do judaísmo se levantaram contra tudo e contra todos que tentassem defender a nova dispensação da graça implantada pelo Messias de Deus. Até que culminou na destruição de Jerusalém no ano setenta, onde o foco principal era tentar acabar de uma vez por todas a igreja matriz em Israel.

1 Tessalonicenses 2:13

1 Tessalonicenses 2:13 - Por isso também damos, sem cessar, graças a Deus, pois, havendo recebido de nós a palavra da pregação de Deus, a recebestes, não como palavra de homens, mas (segundo é, na verdade), como palavra de Deus, a qual também opera em vós, os que crestes.
POR ISSO TAMBÉM DAMOS GRAÇAS A DEUS. Era de fato motivo de muita alegria para o autor, a forma graciosa com que os seus leitores (que no início de seus trabalhos em Tessalônica eram seus ouvintes) haviam recebido a mensagem do evangelho das boas novas por ele transmitida naquela cidade. O apóstolo rende graças a Deus pelo fato de ter sido bem recebido naquele lugar, porque o Senhor Deus de misericórdia tinha colocado graça nos corações de todos pelo missionário. Com isso, facilitou os trabalhos de pregação que ele tinha que fazer naquela região.

POIS, HAVENDO RECEBIDO DE NÓS. Antes de chegar a Tessalônica, o apóstolo havia sido expulso da cidade de Filipos, por conta de representar uma ameaça para as seitas pagãs que haviam naquela cidade. Até porque a mensagem do evangelho estava agindo poderosamente na vida das pessoas e muitos estavam se convertendo ao verdadeiro cristianismo. Já com a chegada do apóstolo em Tessalônica foi diferente, porque ele e seus amigos foram bem recebidos naquele lugar, como servos de Deus e mensageiros das boas novas de Cristo, que representa a nova aliança de Deus com a igreja de Cristo.

A PALAVRA DA PREGAÇÃO DE DEUS. A forma como a mensagem pregada por Paulo e seus companheiros de ministério foi recebida pelos moradores de Tessalônica, teve um impacto muito forte na vida das pessoas, porque eles entenderam que a palavra transmitida por aqueles mensageiros era de fato a palavra de Deus. Os missionários estavam apenas sendo porta vozes de Deus, em que suas pregações chegavam aos corações dos ouvintes como uma comunicação direta do trono de Deus aos homens.

A RECEBESTES, NÃO COMO PALAVRA DE HOMEM. O escritor se recorda muito bem a maneira como as boas novas do evangelho de Cristo foram recebidas no coração dos seus ouvintes naquela cidade e como isso produziu mudanças positivas na vida daqueles que creram na palavra de Deus. Os que chegaram a se converter ao cristianismo entenderam de que a mensagem pregada pelos missionários não era uma comunicação meramente humana, mas sim, como sendo Deus falando com eles.

SEGUNDO É NA VERDADE, COMO PALAVRA DE DEUS. Cristo se manifestou como sendo o Messias de Deus e enviado do Senhor para transmitir à mensagem das boas novas de salvação a humanidade, e ele cumpriu com sucesso seu ministério de pregação. Porem, com a morte de Jesus de Nazaré, e sua ascensão para se assentar a Destra de Deus, ele escolheu e chamou a Paulo como seu mensageiro ao mundo gentílico. Portanto, a mensagem pregada pelo apóstolo era a mensagem de Deus.

A QUAL TAMBÉM OPERA EM VÓS. Primeiro, essa palavra da parte de Deus operou na vida de Paulo, quando ele se converteu ao verdadeiro cristianismo. Da mesma forma, esta mesma mensagem ou palavra de Deus estava operando na vida dos que nasceram de nova na cidade de Tessalônica, porque eles receberam de bom grado o evangelho da libertação.

OS QUE CRESTES. Estes representavam todos àqueles que foram transformados em uma nova criatura, porque se converteram ao cristianismo pelo poder impactante das boas novas de Cristo. Eram todos os seguidores da nova religião anunciada pelo evangelho, como fazendo parte da nova dispensação da graça de Deus.

1 Tessalonicenses 2:12

1 Tessalonicenses 2:12 - Para que vos conduzísseis dignamente para com Deus, que vos chama para o seu reino e glória.
PARA QUE. Todo o trabalho desenvolvido pelo apóstolo e seus companheiros de ministério dentro da área da cidade de Tessalônica e todas as fadigas pelas quais eles tiveram que passar, tinha objetivos e finalidades bem definidos. A vida santa e justa que eles procuraram se aplicar no meio dos irmãos, seus esforços e trabalhos, renúncia da ajuda financeira da igreja, trabalhando noite e dia para não depender de ninguém financeiramente, os ensinos em forma de conselhos e consolação, tudo tinha alvos a serem alcançados, que este texto que estamos comentando coloca em pauta e explica.

VOS CONDUZÍSSEIS. Neste ponto, o autor declara suas metas pelas quais ele e seus amigos suportaram tantas coisas para levarem o evangelho das boas novas aos moradores de Tessalônica, bem como seus esforços por prosseguirem com os trabalhos de discipulado com os convertidos ao cristianismo. Era como se essas atividades levassem em seus braços os novos convertidos ao coração do próprio Deus, guiando seus passos ao encontro com Cristo para participarem da nova aliança da graça divina, tendo então, efeitos bem definidos com a obra de reconciliação com Deus.

DIGNAMENTE. O apóstolo tinha um cuidado especial em preparar os seguidores de Cristo, que eram os novos convertidos, para que vivessem, agora, de conformidade com as doutrinas da nova aliança, e com isso viverem dignamente perante o Senhor. Assim como ele buscava viver uma vida de santidade perante o Criador de todas as coisas, também procurava incentivar as novas criaturas em Cristo Jesus a que se separassem das coisas do mundo, ao mesmo tempo em que se dedicassem para Deus.

PARA COM DEUS. Essa frase tanto se refere ao Deus da antiga aliança, como também ao Deus da nova aliança, Cristo Jesus, porque tudo que o Antigo Testamente atribui a Deus Pai, dentro das páginas do Novo Testamento pode e deve ser também atribuído ao Filho de Deus, Jesus Cristo. O que o escritor tenciona em transmitir aos seus leitores é que, seus esforços no ensino da palavra eram para que pudesse leva-los a ter plena comunhão com Deus, lhes ensinando a buscar o reino de Deus em primeiro lugar.

QUE VOS CHAMA. Este ensino sobre a chamada de Deus na vida dos seguidores de Cristo é recorrente dentro das Sagradas Escrituras, ora falando da Escolha de Cristo na vida dos seus remidos, ora falando da eleição dos salvos para a vida eterna, ora declarando sobre a predestinação dos eleitos de Deus. Salmos 100:3 – nos fez povo seu, Efésios 1:5 – Somos predestinados segundo a sua vontade, Romanos 8:29-30 – Aos que chamou a este justificou, João 15:16 – Escolhidos e nomeados por Cristo.

PARA O SEU REINO. Escrever sobre o reino de Deus é a mesma coisas que falar sobre o governo de Cristo, sobre a vida dos seus escolhidos e sobre todo o mundo e sobre todas as coisas. Antes mesmo de sua vinda, como o Messias de Deus, já havia a promessa do Pai, de que o Cristo de Deus reinaria sobre tudo e sobre todos (Daniel 7:14). Conforme a mensagem do evangelho, Cristo é Rei dos reis e Senhor dos senhores.

E GLÓRIA. Quando fala sobre a glória de Deus e de Cristo está falando do seu poder e seu domínio sobre tudo e sobre todos. Deus é o Todo-poderoso e deu ao seu Filho, Jesus Cristo, todo poder no céu e na terra (Mateus 28:18). Também fala de seu resplendor, luz e majestade.

1 Tessalonicenses 2:11

1 Tessalonicenses 2:11 - Assim como bem sabeis de que modo vos exortávamos e consolávamos, a cada um de vós, como o pai a seus filhos.
ASSIM COMO BEM SABEIS. Novamente o escritor ataca a amnésia dos seus leitores, trazendo a tona tudo aquilo que eles estavam bem informados, sobre o seu comportamento e de seus companheiros de ministério entre eles, como homens de Deus que tudo faziam por amor. A vida do apóstolo, bem como daqueles que lhe ajudaram no começo dos trabalhos evangelísticos em Tessalônica era uma carta aberta diante de todos, porque suas atividades eram transparentes diante de toda a igreja. Diferente dos opositores de Paulo, que se infiltravam no meio da igreja com subterfúgio para enganarem o povo de Deus.

DE QUE MODO. O apóstolo tinha um cuidado todo especial pelos que se convertiam ao cristianismo, porque ele bem sabia do quanto foi importante seu encontro com Cristo quando ia de caminho para Damasco, para perseguir e prender os seguidores do reino de Cristo. Por isso que, em várias partes de suas cartas ele prefere chama-los de meus queridos irmãos, amados, meu filho na fé e outras tantas formas carinhosas e fraternais de tratamento, demonstrando acima de tudo seu apego e cuidado para com os que mesmo deixando suas antigas religiões se decidiram pelo cristianismo.

VOS EXORTAMOS. Essa frase dentro das páginas do Novo Testamento não tem o mesmo peso de quando ela é transliterada para o nosso português, porque em nossa língua ela retrata uma forma mais rígida de transmitir um mandamento. Já na aplicabilidade do evangelho das boas novas ela trata de conselhos cuidadosos do escritor para com os seus leitores. De fato, o autor fazia suas exortações aos seus ouvintes em forma de conselhos orientadores para que se firmassem no evangelho.

E CONSOLÁVAMOS. Os conselhos positivos transmitidos pelo apóstolo e também seus companheiros de ministério eram tão bons que serviam de consolação para os corações e para a alma dos que faziam parte da igreja cristã de Tessalônica. Além do mais, o que o apóstolo já havia passado de perseguição e pressão por pregar as boas novas do evangelho de Cristo, também servia de estímulo para os seguidores do reino de Deus naquele lugar tomarem coragem em continuar no cristianismo.

A CADA UM DE VÓS. Como o escritor se refere ao início de suas atividades na cidade de Tessalônica e quando ele começou a evangelizar aquele lugar, a igreja neste mesmo tempo não era tão grande, ao ponto dos missionários terem contatos pessoais com cada um dos membros do corpo de Cristo naquela cidade. Além do mais, a comunidade cristã daquela época era como uma grande família, onde cada um cuidava um do outro, praticando na realidade o amor fraternal mandado por Cristo.

COMO PAI. Como o apóstolo era de fato o líder principal deste trabalho missionário na cidade de Tessalônica, ele era considerado por todos como um pai da grande família chamada igreja crista, ou comunidade cristã de Tessalônica. E como liderança daquele movimento evangelizador e também como administrador da igreja local, o apóstolo agia como um pai de família que aconselhava e consolava seus filhos na fé.

A SEUS FILHOS. Na verdade, desde este tempo, e até os dias de hoje, existe no cristianismo um costume de se chamar de “filhos na fé”, aqueles que são alcançados pelas boas novas do evangelho e se tornam uma nova criatura. Portanto, os irmãos de Tessalônica eram considerados por Paulo como seus filhos na fé, gerados pelo evangelho e nascidos de cima, pelo Espírito de Deus.

1 Tessalonicenses 2:10

1 Tessalonicenses 2:10 - Vós e Deus sois testemunhas de quão santa, e justa, e irrepreensivelmente nos houvemos para convosco, os que crestes.
VÓS E DEUS. Boa parte dos comentaristas bíblicos são unânimes, em concordarem de que neste tempo, alguns vindos da parte da igreja mãe de Jerusalém tentavam invadir e dominar os campos missionários e as igrejas já fundadas por Paulo e seus companheiros de ministério. Razão porque o apóstolo usa de sua defesa pessoal, o testemunho dos próprios irmãos de Tessalônica e a aprovação de Deus para sustentar a tese de que ele e seus companheiros de ministério eram quem deviam continuar administrando aquelas comunidades cristãs, que foram fundadas por eles.

SOIS TESTEMUNHAS. A igreja de Cristo que estava na cidade de Tessalônica bem como o próprio Deus testemunhavam em favor do ministério de Paulo e de seus companheiros, a respeito dos seus trabalhos e intenções naquele campo missionário. Todavia, nem os cristãos daquele lugar nem Deus poderiam dar o mesmo testemunho a respeito dos cristãos judaizantes, que buscavam se infiltrar no meio da comunidade cristã para tirarem proveitos financeiros do povo de Deus, o que Paulo reprovava.

DE QUÃO SANTA. O escritor faz lembrar aos seus leitores, bem como o próprio Deus dava testemunho, do tipo de vida que o apóstolo e seus companheiros de ministério viveram entre os que faziam parte da igreja de Cristo naquela cidade. A santidade cristã é caracterizada pela separação do mundanismo, como também pela dedicação as coisas do reino de Deus. Já a santidade religiosa é diferente, porque é um tipo de vida artificial, sem prática, voltada para ativismo religioso e não para o amor a Deus e o próximo.

E JUSTA. Esse tipo de vida que o apóstolo e seus companheiros de ministério procuraram viver entre os que faziam parte da igreja de Cristo em Tessalônica, se caracterizava pela prática de uma vida justa, em que dava o devido valor a Deus as coisas do seu reino e a prática do amor fraternal para com todos sem distinção de cor, raça ou posição social. Para o autor desta edificante carta do Novo Testamento, não havia ninguém melhor do que ninguém, porque todos eram considerados iguais, como servos de Cristo.

E IRREPREENSIVELMENTE. Ninguém, nem mesmo os opositores de Paulo e dos seus auxiliares podiam acusa-los de qualquer tipo de comportamento inadequado dentro e fora da comunidade cristã de Tessalônica. Pelo contrário, a vida que eles viviam, enquanto estavam entre os seguidores de Cristo naquele lugar, era para glória, honra e louvor do nome de Cristo. Eles procuraram viver de forma digna e irrepreensível.

NOS HOUVEMOS PARA CONVOSCO. Essa frase nos leva a pensar da forma justa e equilibrada de como o apóstolo e seus amigos de ministério buscaram administrar a igreja de Cristo naquela cidade, desde os primeiros momentos, quando eles chegaram para evangelizar aquele lugar e depois da comunidade cristã já fundada. O apóstolo, como o mais importante fundador de igrejas no mundo gentílico da era apostólica tinha muita experiência em como se comportar no meio do povo de Deus.

OS QUE CRESTES. À medida que, o apóstolo e seus companheiros de ministério evangelizavam os cidadãos de Tessalônica e as pessoas se convertiam ao cristianismo, estes passavam a fazer parte da igreja cristã daquela cidade. E o apóstolo se dedicou inteiramente na sua organização e também na sua administração, por isso que ele se tornou bem querido e afeiçoado entre todos os que faziam parte daquela igreja.

1 Tessalonicenses 2:9

1 Tessalonicenses 2:9 - Porque bem vos lembrais, irmãos, do nosso trabalho e fadiga; pois, trabalhando noite e dia, para não sermos pesados a nenhum de vós, vos pregamos o evangelho de Deus.
PORQUE BEM VOS LEMBRAIS, IRMÃOS. O que o apóstolo esta relatando aos seus leitores não era algo de invenção própria nem fazia parte de um conteúdo vazio, porque ele chama a memória dos seguidores de Cristo naquela cidade, sobre algo que eles bem sabiam do que tinha ocorrido. O fato do autor chamar os seus leitores de irmãos, primeiro demonstra a sua simplicidade e humildade, porque apesar de ser “o grande apóstolo dos gentios” ele agia com modéstia, e depois era um costume entre os cristãos chamarem uns aos outros de irmãos, por serem todos filhos de Deus.

DO NOSSO TRABALHO E FADIGA. Certamente o apóstolo se refere as suas inúmeras e incansáveis atividades em prol do reino de Cristo na cidade de Tessalônica, juntamente com seus companheiros de ministério. Como esse missionário estava dando início aos seus labores em prol do evangelho das boas novas, ele se esforçava o máximo para pregar a palavra sobre Cristo a todos àqueles que estavam disponíveis a ouvi-lo, além de cuidar dos já convertidos pelo poder do evangelho, e administrar a igreja também.

POIS TRABALHAMOS. A recorrência da palavra “trabalho”, neste ponto, não é a mesma coisa que no caso anterior, porque neste caso, se trata dos trabalhos manuais ou profissionais que Paulo executava para seu próprio sustento e do seu ministério. Na frase anterior ele se refere às atividades evangelísticas em divulgar o evangelho de Cristo para aqueles que ainda não conheciam o Messias de Deus, e Cristo, Salvador, bem como suas atividades em prol da igreja já fundada por ele em Tessalônica.

NOITE E DIA. O apóstolo Paulo, como também aqueles que trabalhavam com ele nas missões transculturais, assim como no cuidado das igrejas, não aceitavam ser sustentados pelas igrejas nem por ninguém. Para tanto, eles trabalhavam em suas próprias profissões para não dependerem nem da igreja, nem de quem quer que seja. No caso de Paulo, ele trabalhava dia e noite na fabricação de tenda para ganhar o seu pão de cada dia, e sustentar seu ministério. E isso ele ensinava aos seus companheiros.

PARA NÃO SERMOS PESADOS. Observa-se que essa regra não era aplicada somente a vida e ministério do apóstolo Paulo, mais sim, a todos aqueles que estivessem ligados ao seu ministério também, que eram seus auxiliares diretos, bem como a todos os ministros que eram consagrados e ordenados por ele. Ao que tudo indica, isso não era seguido pelo ministério ligado a igreja de Jerusalém, que de princípio, estava mesclada com elementos bastante comuns ao judaísmo, eram os Cristãos legalistas, ortodoxos.

A NENHUM DE VÓS. Nem aos cristãos de Tessalônica e nem a nenhum de qualquer cidade aonde havia igrejas fundadas pelo apóstolo Paulo e seus companheiros de ministério. O apóstolo era intransigente quanto a ser sustentado pelas as igrejas ou por qualquer irmão que fizesse parte do corpo de Cristo, e não aceitava ajuda financeira de ninguém, nem da igreja e nem de quem quer que seja.

VOS PREGAMOS O EVANGELHO DE DEUS. Que o testemunho de Paulo e de seus companheiros de ministério sirva de exemplo para aqueles que pregam a palavra de Deus. O apóstolo pregava o evangelho do reino de Deus por amor e não por dinheiro nem recompensas financeiras. Diferente daqueles que hoje fazem do ministério uma profissão para explorarem o povo de Deus com o comercio da fé.

Atos 28.30-31

Atos 28.30-31 - E Paulo ficou dois anos inteiros na sua própria habitação que alugara, e recebia todos quantos vinham vê-lo. Pregando o rein...