Filipenses 4:12

Filipenses 4:12 - Sei estar abatido, e sei também ter abundância; em toda a maneira, e em todas as coisas estou instruído, tanto a ter fartura, como a ter fome; tanto a ter abundância, como a padecer necessidade.

SEI ESTAR ABATIDO. O momento em que o apóstolo escreve esta carta aos Filipenses não lhe é favorável, até porque, ele se encontrava preso por obedecer à chamada de Cristo para semear as boas novas do evangelho em todo o mundo. Não foram poucos os momentos de perseguição que o apóstolo teve que enfrentar em defesa do cristianismo, dentro e fora da comunidade cristã. E por diversas vezes chegou bem perto da morte, tudo isso para ser o grande apóstolo dos gentios.

E SEI TAMBÉM TER ABUNDÂNCIA. Na realidade o autor não tem por preciosas as coisas matérias desta vida em detrimento dos bens espirituais, porque para ele o mais importante era o reino de Cristo, dos que as riquezas desta vida. Já antes de se converter ao cristianismo Paulo era uma pessoa de grande importância perante a sociedade religiosa do judaísmo, e com isso, gozava de grandes privilégios sociais. Bem como depois de se tornar uma importante liderança do cristianismo não foi diferente.

EM TODA A MANEIRA, E EM TODAS AS COISAS ESTOU INSTRUÍDO. Neste mesmo tempo, o apóstolo contava com muita experiência em sua trajetória de vida e principalmente como servo de Cristo. De maneira que, era de fato um homem que já havia passado por muitas e diversas situações, ao ponto de saber e ter experimentado um pouco de cada coisa. Já havia apreendido o suficiente com a vida e com o Espírito de Deus para afirmar que contava com disciplina em tudo que fazia.

TANTO A TER FARTURA. Desde que se converteu ao cristianismo, que o apóstolo se aplicava com empenho e dedicação na construção de tendas, e com isso ganhava o seu sustento e um pouco mais para ter suas economias. E apesar dele não aceitar ajuda financeira de ninguém, para dar o exemplo, certamente os que faziam parte das igrejas por ele fundadas e que tinham condições financeiras, faziam suas doações financeiras para o seu ministério. O que Paulo não aceitava era ser sustentado pela igreja de Cristo.

COMO A TER FOME. Quando uma pessoa passa fome por falta do seu pão de cada dia, isso quer dizer que, esta pessoa chegou ao seu estudo extremo de necessidade. Hora em viagens ou mesmo trabalhando na obra do evangelho de Cristo, a verdade é que pelo fato de Paulo não aceitar ser sustentado pela igreja, ele chegou a muitas vezes a passar fome. O seu envolvimento com a obra às vezes o impedia de trabalhar.

TANTO A TER ABUNDÂNCIA, COMO A PADECER NECESSIDADE. O autor estava experimentado em todas as situações da vida, seja nos momentos de fartura em que não lhe faltava nada do que necessitava ou nos instantes em que lhe faltava até mesmo às coisas necessárias para seu sustento pessoal. Nada do que viesse lhe era surpresa, porque ele já havia passados por todas as situações possíveis da vida.

Filipenses 4:11

Filipenses 4:11 - Não digo isto como por necessidade, porque já aprendi a contentar-me com o que tenho.

NÃO DIGO ISSO. Paulo estava aceitando a ajuda financeira da igreja de Filipos para não ser mal educado nem mal agradecido. Porem, no fundo no fundo, isso era contra sua vontade e contra os seus princípios, uma vez que, ele tinha dado exemplo de como deveria trabalhar pela igreja e pelo evangelho de Cristo, que era sem receber dinheiro de quem quer que seja. Percebe-se que há um certo constrangimento por parte do apóstolo, em ter que aceitar as doações que a igreja de Filipos estava lhes enviando. Que fique bem claro, que o dinheiro enviado pela igreja de Filipos, era proveniente de doações e de uma campanha, neste sentido, para ajudar ao apóstolo.

COMO POR. Paulo não mudou de opinião quanto ao que ele achava e ensinava sobre ajuda financeira para quem faz a obra de Deus. Nos seus escritos, ele deixou bem claro de que, não fazia as coisas para o reino de Deus esperando receber de ninguém recompensas financeiras. O entendimento do autor era de que somos na verdade devedores até os cabelos da cabeça a Deus, por tudo que ele tem feito em nosso favor, de maneira que não é justo cobrar da igreja os serviços prestados em prol do evangelho ou da palavra de Deus. O que devemos fazer pela obra do evangelho, isso deve ser feito por amor e não esperando receber salário ou dinheiro por isso.

NECESSIDADE. Enquanto tinha saúde e era mais jovem, com força e disposição, o apóstolo fez o possível para não ser pesado à igreja, em suas necessidades financeiras. Agora, no entanto, estava preso, já com uma certa idade avançada, e não muito bem de saúde. Portanto, impossibilitado de ganhar o seu próprio sustento. Mas nem por isso deixa transparecer de que aceitava recompensas financeiras da igreja de Filipos pelos trabalhos realizados naquela cidade. Estava precisando? Sim! Porem, não era motivo para abrir mão das suas ideias sobre este assunto controverso para seu ministério.

PORQUE JÁ APRENDI. Antes mesmo de se converter ao cristianismo, porque antes ele seguia a judaísmo, Paulo já era um homem disciplinado e sabia o que queria da vida. Depois de seu encontro glorioso com o Cristo glorificado, tudo que ele fazia era dentro de um cronograma de planejamento, seguindo sempre regras e princípios. Quando se encontrou com Cristo no caminho de Damasco, ele seguiu o caminho da contemplação do reino de Deus e passou mais de três anos buscando entender os planos de Deus para sua vida e como executar a vontade do Senhor em seu ministério.

A CONTENTAR. O autor se sentia uma pessoa realizada por tudo aquilo que era e que tinha alcançado da parte de Cristo. Para ele tanto fazia viver em abundância como a padecer necessidade. Se tivesse passando bem, se sentia contente, mas se chegasse a passar necessidade e lhe faltasse às coisas, ele não se deixava ficar abatido, a prova disto é que, quando estava escrevendo esta carta da alegria, se encontrava preso.

COM O QUE TENHO. Financeiramente, certamente ele não tinha nada. No entanto, ele tinha a Cristo em sua vida, e isso era tudo que ele mais precisava e dava valor. Ele tinha realizado já a sua missão como apóstolo dos gentios, levando o evangelho de Cristo a milhares de pessoas e isso produzia em sua alma satisfação e contentamento.

Filipenses 4:10

Filipenses 4:10 - Ora, muito me regozijei no Senhor por finalmente reviver a vossa lembrança de mim; pois já vos tínheis lembrado, mas não tínheis tido oportunidade.

ORA, MUITO ME REGOZIJEI. A partir de então, o apóstolo faz os seus agradecimentos a igreja de Filipos pelas ajudas que os irmãos já lhe enviaram para o seu sustento. E ele começa por demonstrar a sua alegria no Senhor Jesus, tendo em vista o reconhecimento por parte daquela igreja, sobre suas atividades em prol daquela obra já realizada naquele lugar. Não se deve passar despercebido neste texto, o fato de mais uma vez o autor destacar a palavra chave desta carta, que é: Alegria, felicidade, contentamento, e regozijo. Paulo diz está muito alegre com todos, apesar de neste momento ele se encontrar preso em Roma, por amor do evangelho de Cristo.

NO SENHOR. Desde a sua conversão ao cristianismo, porque antes ele fazia parte do judaísmo, que o apóstolo colocava tudo que lhe acontecia na conta de Cristo, Não somente os momentos controversos, mais e principalmente os momentos de alegria que o Senhor lhe proporcionava. O evangelho nos ensina de que tudo que fizermos por palavras ou por obras, que tudo seja feito em nome de Cristo, isso porque a nossa vida deve em todos os aspectos render glórias ao poderoso nome de Cristo Jesus. E certamente na mente de Paulo era Cristo quem movia os corações dos irmãos.

POR FINALMENTE REVIVER. Na verdade, Paulo não aceitava ser sustentado pela igreja de Cristo, ele trabalhava com suas próprias mãos, na construção de tendas, e provavelmente outros serviços para não ser pesado a ninguém. Diferente do tempo da lei, e dos tempos de hoje, ao que tudo indica, a igreja primitiva não exigia dos cristãos o pagamento de dízimo. No entanto, em alguns casos, se aceitava ofertas e se fazia campanhas para ajudar os que estivessem passando por dificuldades. De acordo com o evangelho das boas novas, não há como provar que os cristãos primitivos pagavam dízimos, a não ser forçando interpretações de alguns textos do Novo Testamento.

A VOSSA LEMBRANÇA DE MIM. No caso de Paulo, neste momento do seu ministério, ele agora aceitava ajuda financeira da igreja de Filipos por algumas razões. Primeiro, ele já estava um pouco idoso e certamente não tinha mais condições de trabalhar para se manter. Depois, neste momento, ele se encontrava preso por conta de sua defesa em prol do cristianismo, portanto, não tinha como trabalhar para ganhar seu pão de cada dia. Por fim, as doações e as campanhas feitas pela igreja de Filipos, não foram feitas pelo apóstolo, mas sim, pela própria igreja, seria ingratidão dele recusar as doações e a ajuda de amor que os seus amigos estavam lhe enviando.

POIS JÁ VOS TÍNHEIS LEMBRADO. Estes dois tópicos do texto, nos faz refletir que ainda no tempo em que Paulo trabalhava como missionário e fundador da igreja de Filipos, os irmãos procuravam de todas as formas lhe ajudar financeiramente. Os que tinham condições financeiras desejavam compensar os trabalhos do apóstolo, o apoiando em suas atividades em prol das igrejas por ele fundadas.

MAS NÃO TÍNHEIS TIDO OPORTUNIDADE. Todavia, o próprio Paulo é quem não dava oportunidade para que os cristãos de Filipos, e de nenhuma das igrejas por ele fundadas, lhe pagassem pelos seus trabalhos em prol da igreja e do evangelho. Quando alguém trazia dinheiro para ele, Paulo rejeitava, e não aceitava salário para fazer a obra de Deus, isso pode ser visto dentro dos seus escritos.

Filipenses 4:9

Filipenses 4:9 - O que também aprendestes, e recebestes, e ouvistes, e vistes em mim, isso fazei; e o Deus de paz será convosco.

O QUE TAMBÉM APRENDESTES. A igreja de Cristo na cidade de Filipos era plenamente dedicada nas coisas do reino dos céus, e o autor desta carta sabia muito bem disto, porque ele foi de fato um dos principais fundadores daquela igreja. Percebe-se o contentamento do apóstolo pelo fato de que os cristãos de Filipos eram deveras bastante aplicados nas doutrinas do evangelho de Cristo, e com isso já haviam aprendido em verdade como fazer e executarem a vontade de Deus em Cristo.

E RECEBESTES. Os seguidores do Senhor Jesus em Filipos, e a maioria deles eram filhos na fé do apóstolo Paulo, eles eram bastante receptíveis a mensagem do evangelho das boas novas, razão porque aquela era uma grande igreja, que desempenhava papel de fundamental importância na propagação do cristianismo no continente Europeu. Enquanto o povo Judeu não havia recebido ao seu Messias (João 1:11), no mundo gentílico, e especificamente em Filipos ele foi bem recebido.

E OUVISTES. Certamente o autor se recorda de quando chegou naquela cidade com as boas novas do evangelho libertador do Filho de Deus, e a forma receptível em como os cidadãos daquele lugar estavam abertos a ouvirem a palavra de Cristo. É provável também que o apóstolo esteja lembrando-se das grandes pregações que ele fez naquela cidade e na igreja de Cristo, ensinando as coisas do reino de Deus, pregando as novidades da nova dispensação de Deus para a humanidade por Cristo Jesus.

E VISTES EM MIM. Não se sabe ao certo, quanto tempo, Paulo esteve em Filipos para fundar juntamente com seus cooperadores aquela igreja, nem tão pouco se sabe quantas vezes ele esteve naquela cidade visitando em campanhas evangelísticas e viagens missionárias. No entanto, é certo dizer que durante as vezes, e o tempo em que ele esteve com aquela igreja, esteve sendo observado em seu comportamento como servo de Deus e pôde dar um bom testemunho como ministro do evangelho.

ISSO FAZEI. O que o escritor pede e chama a responsabilidade dos cristãos de Filipos é de que, eles seguissem o bom exemplo deixado por ele naquele lugar, sempre que esteve entre eles. Escrevendo aos (Coríntios 11:1) o próprio apóstolo solicita que os irmãos sejam seus imitadores, assim como ele era de Cristo. Os irmãos de Filipos não precisavam ser super-heróis da fé, mas bastavam lembrar-se do exemplo de Paulo e seguir nos mesmos passos do discipulador daquela igreja, que foi o próprio Paulo.

E O DEUS DE PAZ. O autor se refere ao Deus único e verdadeiro, que por meio do seu Filho Jesus estabeleceu a verdadeira paz com os homens. Esse é o Deus que cuida dos seus e lhes proporciona todo bem-estar de que os seus servos precisam. Ele tudo executa e faz para que seus servos vivam de maneira tranquila e sossegada.

SERÁ CONVOSCO. O apóstolo garante de que, se os irmãos da igreja de Filipos tomarem seus conselhos, poderão contar com a presença de Deus no meio deles. E a coisa mais importante para o povo de Deus é ter a presença do Senhor no seu meio, porque assim sendo, coisas extraordinárias acontecem na vida de cada um dos que confiam no Senhor.

Filipenses 4:8

Filipenses 4:8 - Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai.

QUANTO AO MAIS, IRMÃOS, TUDO O QUE É VERDADEIRO. Neste ponto de sua carta, o autor esboça um pouco sobre a ética cristã, especificando a forma em que o verdadeiro servo de Cristo deve ter domínio próprio sobre seus pensamentos. O mundo acusa os servos de Cristo de levarem uma lavagem cerebral, quando passam a fazer parte da igreja de Cristo. Porem, o que acontece de fato é que se alguém está em Cristo, nova criatura é as coisas velhas são passadas, e eis que tudo se fez novo.

TUDO O QUE É HONESTO. Quem confessa a Cristo como Senhor e Salvador, tem a obrigação de ser um cidadão de bem, cumpridor dos seus deveres e obrigações, e além de tudo ser uma pessoa honesta. A sociedade espera e cobra dos servos de Cristo uma postura correta e um comportamento exemplar, isso porque somos representantes do reino de Deus, e como tal, devemos ser luz do mundo e sal da terra. Ser honesto é ser uma pessoa que cumpre seus deveres sociais como um bom ser humano.

TUDO O QUE É JUSTO. Ser justo, neste caso, não é ser perfeito, mas sim ser alguém que por meio das palavras e das ações pratica a justiça. Como servos de Cristo e cidadãos que vivem na luz, o cristão verdadeiro deve se esforçar o máximo para cumprir fielmente com os seus compromissos, afim de que alguém olhe para ele e diga: Eu quero ser igual a essa pessoa. No que concerne a medida social, ser justo é não fazer acepção de pessoas, mas perceber que somos todos iguais como seres humanos.

TUDO O QUE É PURO. O autor faz suas recomendações no que concerne a nossa maneira de pensar, porque todos nós sabemos que as nossas ações dependem muito de nossa imaginação e também de nossas ideias. Se nós fizermos um positivo monitoramento dos nossos pensamentos e afastarmos de nós as imaginações impuras, certamente o nosso comportamento vai ser de um bom testemunho de vida.

TUDO O QUE É AMÁVEL. O amor fraternal faz parte da lei de Cristo, porque ele ensinou que devemos amar ao nosso próximo como a nós mesmos. Por isso que, o servo de Cristo tem o dever de ser uma pessoa gentil para com todos, não fazer acepção de pessoas, precisa ser uma pessoa que faz o bem a todos sem olhar a quem, deve ser alguém educado no trato e nas palavras para com o seu semelhante.

TUDO O QUE É DE BOA FAMA. Certamente o apóstolo está se referindo ao nosso bom testemunho de vida, que precisamos dar perante a sociedade e principalmente dentro da igreja de Cristo. As pessoas tem que nos ver como sendo alguém que provoca admiração perante a sociedade. Quando passarmos em um lugar, alguém tem que nos apontar como alguém que segue os passos de Cristo. Nossa boa fama tem que ser vista.

SE HÁ ALGUMA VIRTUDE E SE HÁ ALGUM LOUVOR, NISSO PENSAI. Em que devemos ocupar os nossos pensamentos e como devemos modular a nossa mente? Quem tem o Espírito de Deus tem o dever de dar bons frutos, o que se traduz por boas virtudes. Quem faz a vontade de Deus é motivado a ter uma vida exemplar como cristão.

Filipenses 4:7

Filipenses 4:7 - E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus.

E A PAZ. O Deus Criador de todas as coisas, inclusive dos homens, sempre buscou ter esta paz com as suas criaturas. Quando o Senhor criou o homem sobre a face da terra e da terra, todos os dias ele vinha ao encontro de Adão e Eva para estabelecer com eles esta paz. Essa paz entre Deus e os homens é traduzida como sendo a harmonia de convivência e de comunhão, onde o homem cumpre o seu papel para o qual foi criado, que é amar a Deus sobre todas as coisas, adorá-lo na beleza de sua santidade e servi-lo com alegria e sinceridade de coração e de alma.

DE DEUS. Um estudo detalhado deste assunto, no que tange ao relacionamento do homem para com Deus, em toda a extensão das Sagradas Escrituras, se percebe que o ser humano falhou da sua parte, nas alianças com o seu Criador, isso pode ser visto no Jardim do Éden, nos pactos pós-diluviano e na aliança com Israel. Todavia, na nova aliança ou nova dispensação, Deus estabeleceu de forma incondicional a paz com os homens, por meio da reconciliação realizada com sucesso por Cristo Jesus.

QUE EXCEDE. Esta paz de Deus com a humanidade vai além do entendimento dos seres humanos, e é algo que a inteligência meramente carnal, adquirida nas escolas e nas universidades não pode compreender. Até mesmo grande parte do povo de Deus, não tem total compreensão da magnitude e dos efeitos positivos desta reconciliação, feita por Deus em Cristo com o mundo. Somente os iluminados pelo Espírito de Deus, tem o privilégio de compreenderem a excelência desta amizade de Deus com os homens.

TODO ENTENDIMENTO. Os homens mais intelectuais do mundo, não tem a capacidade por si só de entrar neste mistério do reino de Deus. Os cientistas por mais renomados e reconhecidos que possam ser, não gozam do privilégio de entenderem a grandeza do resultados benéficos, que esta paz de Deus com os homens pode trazer para a humanidade. Não fora os efeitos positivos desta paz de Deus com os homens, nem terra, nem cosmo havia mais, porque tudo já havia sido destruído.

GUARDARÁ OS VOSSOS CORAÇÕES. O autor procurava tranquilizar os corações dos irmãos, que faziam parte da igreja de Cristo em Filipos, lhes assegurando de que, coisas melhores lhes aguardavam na vida futura, isso pela paz que eles desfrutavam com Deus, pela aliança de fidelidade com Cristo que eles haviam estabelecido. Apesar das perseguições que os cristãos de Filipos estavam enfrentando, eles podiam ficar tranquilos e sossegados de que, todas quantas promessas de Deus para eles seriam cumpridas.

E OS VOSSOS SENTIMENTOS. Nada de tristeza, por conta das tribulações que eles vinham sofrendo por servirem a Cristo. Nada de angústia pelo fato de estarem passando por tantas aflições, porque podiam ter a certeza de que seriam recompensados, por serem afligidos pelo reino dos céus. A salvação era o resultado.

EM CRISTO JESUS. A paz de Deus que guarda os corações e os sentimentos dos remidos foi estabelecida em Cristo. O Messias de Deus em sua missão redentora produziu eficazmente a reconciliação entre Deus e os homens, trazendo a paz. Isso foi possível, Pela propiciação que Cristo fez em lugar dos pecados.

Filipenses 4:6

Filipenses 4:6 - Não estejais inquietos por coisa alguma; antes as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus pela oração e súplica, com ação de graças.

NÃO ESTEJAIS INQUIETOS. A igreja de Filipos, neste tempo, era uma das mais perseguidas dentre todas, porque ela ocupava uma posição de destaque, como porta de entrada para a evangelização de toda a Europa. No entanto, mesmo enfrentando muitas dificuldades, contava com uma palavra de conforto de Paulo, que foi um dos seus principais e mais importantes fundadores. O autor buscava encorajar a igreja de Cristo naquele lugar, tranquilizando a todos e mostrando como eles deveriam superar os problemas, buscando ao Deus que trabalha por aquele que nele espera.

POR COISA ALGUMA. Os problemas enfrentados pela igreja do Senhor Jesus naquela cidade, não era somente de perseguição, porque o império romano confiscava os bens de todos aqueles que se convertessem ao cristianismo, como castigo pela desobediência as autoridades do império. Com isso, a pobreza passou a ser também uma das causas dos sofrimentos dos seguidores de Cristo naquele lugar. Todavia, o grande apóstolo dos gentios lhes encorajavam de que, em nada eles se sentissem preocupados, porque Deus estava com eles para lhes ajudarem a vencer as lutas.

ANTES AS VOSSAS PETIÇÕES. A política e a politicagem neste tempo, estavam em pleno vapor por meio do império romano, que favorecia a uns em detrimento de outros. Quem estivesse do lado do império romano, contava com o apoio das autoridades locais de cada cidade, mas quem se opusessem as ordens do império eram considerados inimigo de Roma, e com isso sofriam as consequências. Paulo recomenda que os cristãos de Filipos não recorressem às autoridades políticas, mas que fizessem suas petições e solicitações ao Deus que tudo pode e que tudo faz pelos seus.

SEJAM EM TUDO CONHECIDAS DIANTE DE DEUS. Qualquer cidadão que estivesse passando dificuldades naquela época, poderia recorrer às autoridades do império, que dentro do possível eram até certo ponto ajudados pelas autoridades. Assim como os menos favorecidos da sociedade, nos tempos de hoje, são ajudados pelo governo, pelos chamados programas sociais. Porem, o império não ajudava ao cidadão que pertencia ao cristianismo, porque os cristãos eram considerados inimigos de Roma, por terem abandonado as religiões oficiais do império romano.

PELA ORAÇÃO E SÚPLICA. Tanto Cristo Jesus, como fundador do cristianismo, quanto os líderes da igreja primitiva, ensinavam a igreja a buscarem ajuda da parte de Deus, por meio das orações e súplicas. A oração é um meio do seguidor do reino de Deus fazer suas petições diante do seu Criador, conforme as suas necessidades. Orar é conversar com Deus e lhe expor o que precisamos. A oração com súplica é justamente clamar com rogos os favores de Deus, no que tange as dificuldades urgentes.

COM AÇÕES DE GRAÇAS. Fazer oração e súplica com ações de graças é colocar diante de Deus as nossas necessidades, e já agradecer antecipadamente por ser atendido, antes mesmo de a oração ser respondida. Isso é ter convicção, fé, confiança e esperança de que o Senhor nos ouve quando oramos a ele, e que a resposta vira, conforme a vontade soberana do nosso Deus. Deus responde as nossas petições.