2 Coríntios 9:6

2 Coríntios 9:6 - E digo isto: Que o que semeia pouco, pouco também ceifará; e o que semeia em abundância, em abundância ceifará.

E DIGO ISTO. Dentro deste assunto, o apóstolo agora procura levar uma mensagem aos seus leitores de incentivo, já que o ser humano por natureza, tem lá no seu íntimo seus interesses em receber. Mas para receber, o autor diz e afirma que, primeiro tem que haver a boa vontade em oferecer. Como este era um trabalho feito em favor dos judeus, convertidos é claro ao cristianismo, certamente o apóstolo se lembra do mecanismo condicional da legislação de Moisés, e explica aos seus leitores.

QUE O QUE SEMEIA. Como sempre em seus escritos, o apóstolo se utiliza de mais uma de suas alegorias, tentando explicar melhor para seus leitores, como funcionava este serviço de ação social em benefício dos carentes, diante do coração de Deus. Paulo compara o ato de fazer o bem para quem mais precisa, como a atividade agrícola, entre os que faziam grandes plantações, e os que plantavam pouco.

POUCO. Dentro deste assunto, não é preciso ser muito inteligente para compreender que, o agricultor que planta apenas um litro de milho em seu campo, é claro que ele vai colher pouco milho no final de seus trabalhos. Por mais que o terreno seja fértil, mas não tem como colher muito. No caso em foco, semear pouco era fazer uma doação pífia, diante do que o apóstolo dos gentios esperava da igreja de Corinto.

POUCO TAMBÉM CEIFARÁ. No caso da plantação de apenas um litro de milho, o resultado seria muito pouco, e o tal agricultor nem poderia dizer que fez uma plantação de verdade. Em se tratando das doações que faziam parte desta campanha levantada por Paulo com o envolvimento de Tito e outros dois emissários, se os irmãos fechassem suas mãos para doarem pouco, é porque não queriam ser abençoados por Deus, ele que recompensa de maneira abundante aqueles que fazem o bem.

E O QUE SEMEIA. De repente, o escritor muda sua visão, daquele pequeno agricultor que apenas tinha plantado um litro de milho em seu rosado, e olha em outra direção para um grande produtor de milho, em que em suas terras plantou cem litros de milho. É bem provável que Paulo neste momento pensasse no que ele escreveu em (Gálatas 6:6-7) que fala justamente da colheita, conforme a semeadora.

EM ABUNDÂNCIA. Plantar em abundância é justamente ter a certeza de que sistematicamente vai colher com fartura. Era efetivamente o que o escritor esperava dos seus filhos na fé, quanto a este serviço de ação social em prol dos seus irmãos nas igrejas da Judeia. Essa mensagem não funcionava como pressão em cima dos leitores desta carta, até porque Paulo conhecia a todos e sabia que eles tinham condições.

EM ABUNDÂNCIA TAMBÉM CEIFARÁ. Se as leis da natureza, neste particular são justas, no sentido de que, aquele que planta pouco, ceifa pouco, e aquele que planta muito, a tendência é colher na medida da proporcionalidade. Então, o que dizer do Deus da justiça? Paulo mostra por meio de seus argumentos que, se os seguidores de Cristo na cidade de Corinto fizessem uma campanha generosa de volumosas doações para os carentes de Jerusalém, podiam esperar que Deus lhes recompensariam.

2 Coríntios 9:5

2 Coríntios 9:5 - Portanto, tive por coisa necessária exortar estes irmãos, para que primeiro fossem ter convosco, e preparassem de antemão a vossa bênção, já antes anunciada, para que esteja pronta como bênção, e não como avareza.

PORTANTO, TIVE POR COISA NECESSÁRIA. O apóstolo estava agindo com cautela e cuidado, a fim de que, não fosse uma surpresa para a igreja de Cristo em Corinto, se porventura, as igrejas da Macedônia ou de Jerusalém enviassem uma comitiva para fiscalizar se o que Paulo falava a respeito deles era realidade ou não. Isso nos faz perceber que o apóstolo fez uma propagando além da conta a respeito de Corinto.

EXORTAR ESTES IRMÃOS. Desta forma, o escritor sem vacilar, teve uma reunião com a comitiva e aconselhou a Tito, bem como aos dois outros seus companheiros, que não sabemos quem eram, com o objetivo de que eles reforçassem a campanha junto aos seus filhos na fé na cidade de Corinto, isso com o intuito de que este trabalho de ação social fosse bem feito, e que a arrecadação fosse muito maior que a esperada.

PARA QUE PRIMEIRO FOSSEM TER CONVOSCO. O autor fala do que está escrito em 2 Coríntios 8:6,18,22 - De maneira que exortamos a Tito que, assim como antes tinha começado, assim também acabasse esta graça entre vós. E com ele enviamos aquele irmão cujo louvor no evangelho está espalhado em todas as igrejas. Com eles enviamos também outro nosso irmão, o qual muitas vezes, e em muitas coisas, já experimentamos ser diligente, e agora muito mais diligente ainda pela muita confiança que em vós tem. Essa foi à comitiva que Paulo enviou até aos coríntios.

E PREPARASSEM DE ANTEMÃO A VOSSA BÊNÇÃO. Paulo já fazia seus planos de viajar até a igreja de Corinto para ver em loco este trabalho que seria feito pelos seus emissários e desenvolvido na comunidade cristã de Corinto. Como antes ele frisou, poderia ser que as igrejas mandassem outra comitiva de representantes juntamente com Paulo. Quando o apóstolo chegasse lá, ele queria já ver os bons frutos de todos.

JÁ ANTES ANUNCIADA. Não se sabe se este anuncio sobre o qual o apóstolo se reporta esteja se referindo aos tempos em que ele fundou aquela igreja, ou em sua viagem posterior aquela cidade. Mas pode ser que, o escritor esteja alertando aos seus filhos na fé, que quando eles já tivessem uma boa quantidade de alimentos já recolhidos, mandassem um mensageiro avisando para que ele lá fosse visitar pessoalmente.

PARA QUE ESTEJA PRONTA COMO BÊNÇÃO. O que Paulo quer dizer é que esta campanha feita pela igreja de Corinto, deveria ser algo que causasse admiração, pela força de vontade deles em contribuir com os carentes de Jerusalém de forma voluntária, mas com muita disposição e ânimo. Se este serviço tinha que ser como bênção, isso nos faz entender que o sentimento de generosidade tinha que reinar.

E NÃO COMO AVAREZA. Por outro lado, se eles fechassem as mãos em não contribuírem com boa vontade, então, eles teriam se deixado levar e dominar pela avareza, que é o sentimento de querer somente para si mesmo, sem, no entanto, usar de benevolência para com os que mais precisam. Paulo esperava que seus filhos na fé fossem generosos na medida certa, com os seguidores de Cristo em Jerusalém. Como o apóstolo conhecia a todos ele, também sabia que tinham condições financeiras.

2 Coríntios 9:4

2 Coríntios 9:4 - A fim de que, se acaso os macedônios vierem comigo, e vos acharem desapercebidos, não nos envergonharmos nós (para não dizermos vós) deste firme fundamento de glória.

A FIM DE QUE. O alerta do escritor era de que os seus filhos na fé que faziam parte da igreja de Cristo em Corinto estivessem prontos para executar este importante serviço de ação social, em prol dos carentes de Jerusalém. Até porque, a parte de divulgação deste trabalho entre os coríntios já havia sido feita, desde o ano anterior, agora era o momento de por em prática o que eles já eram conhecedores sobre este projeto.

SE ACASO OS MACEDÔNIOS. Os macedônios eram aqueles que no capítulo anterior o autor teceu rasgados elogios, porque neste particular, em termos de doações para as igrejas carentes da Judeia, foram gigantes, uma vez que, fizeram suas doações além do que Paulo esperava, apesar da situação financeira deles serem não tão confortável quanto a dos moradores de Corinto. Os macedônios eram muito mais pobres.

VIEREM COMIGO. Quando o apóstolo dos gentios cuidava em fazer a devida publicidade deste serviço entre os macedônios, certamente fez grandes elogios a respeito da igreja de Corinto, que eles iriam abraças esta causa e provavelmente seria a igreja que mais apoiaria este serviço. Com isso, pode ter gerado a expectativa nos macedônios de quererem ver com os próprios olhos isto. Para tanto, eles poderiam eleger uma delegação ou comitiva para acompanhar a Paulo até a cidade de Corinto.

E VOS ACHAREM DESAPERCEBIDOS. E se os macedônios resolvessem mandar representantes com Paulo para irem até a cidade de Corinto, chegando lá, se os irmãos daquela igreja não tivessem preparados, seria uma decepção para o apóstolo Paulo, ele que falou muito bem a respeito da generosidade dos seus filhos na fé naquela igreja. O autor era um homem experiente, e com isso também muito cuidadoso.

NÃO NOS ENVERGONHARMOS NÓS. Paulo foi um dos principais fundadores daquela igreja, conhecia de rosto os que dela faziam parte, tinha certeza de que eles eram pessoas generosas. Mas de repente, se ele chegasse com a comitiva dos irmãos da Macedônia e a igreja em Corinto não estivesse pondo em prática o serviço de ação social em benefício dos necessitados, isso seria uma vergonha para o apóstolo Paulo.

PARA NÃO DIZERMOS VÓS. Porem, a vergonha maior seria para os próprios irmãos de Corinto, se eles não correspondessem às expectativas que sobre eles foram espalhadas pelo próprio Paulo em outras igrejas. Eles não poderiam se justificar que não sabiam das intenções de Paulo, quanto a este trabalho de ação social, porque desde o ano anterior, que foram avisados, além de que Tito lá chegaria com este propósito.

DESTE FIRME FUNDAMENTO DE GLÓRIA. O firme fundamento é que o apóstolo havia feito uma boa publicidade nas igrejas a respeito dos seus filhos na fé da cidade de Corinto, tomando como exemplo de que seria uma igreja que se daria neste serviço para suprir as necessidades dos carentes da Judeia. E esta glória sobre a qual fala o escritor diz respeito à confiança que o apóstolo depositava nos irmãos de Corinto de que eles fariam uma grande campanha, superando as demais comunidades cristãs.

2 Coríntios 9:3

2 Coríntios 9:3 - Mas enviei estes irmãos, para que a nossa glória, acerca de vós, não seja vã nesta parte; para que (como já disse) possais estar prontos.

MAS ENVIEI. Acredita-se que Paulo estivesse bastante ocupado na região da Macedônia para que não fosse pessoalmente neste momento até a cidade de Corinto, com o objetivo de fazer o que tinha de ser feito em termos de convencimento daquela igreja a participar deste serviço de ação social. E não podendo fazer isso, ir pessoalmente, enviou seus cooperadores, que quando ele não podia viajar contava com eles para que em seu nome e com sua recomendação o representasse.

ESTES IRMÃOS. O autor fala de Tito, que provavelmente seria neste trabalho o coordenador da comitiva, ele que bem à pouco tempo, foi enviado por Paulo para resolver graves problemas naquela mesma igreja. Bem como de mais dois embaixadores das igrejas, eles que foram aprovados pelas igrejas, que não se sabe quais, se das igrejas da Judeia ou das igrejas da Macedônia, onde Paulo se encontrava.

PARA QUE A NOSSA GLÓRIA. O apóstolo dos gentios fala a respeito dos rasgados elogios que ele mesmo havia dado nas demais igrejas a respeito da generosidade dos seus filhos na fé, que faziam parte da igreja de Cristo em Corinto. Neste caso, a própria autoridade apostólica do escritor ficaria desgastada, porque ele havia falado bem demais sobre os irmãos de Corinto, e sua prontidão em fazer o bem ao próximo.

ACERCA DE VÓS. Sendo, pois, Paulo, o fundador daquela comunidade cristã, ele conhecia a todos o suficiente para testemunhar nas demais igrejas, que este serviço de ação social em benefício dos carentes de Jerusalém seria um sucesso absoluto. Certamente o apóstolo no primeiro momento, não quis levantar este mesmo serviço naquela igreja, mas é provável que ele tenha abordado o assunto, que foi bem recebido por todos, e assim sendo, o apóstolo percebeu que havia disposição de todos.

NÃO SEJA VÃ NESTA PARTE. O que Paulo tentava com estas palavras era ter a certeza que não seria envergonhado diante das igrejas, com o fracasso desta campanha de arrecadação de alimentos, para os irmãos carentes de Jerusalém. Não há dúvida que Paulo também encheu de esperança a Tito, bem como aos demais de sua comitiva sobre que os servos de Cristo em Corinto, aceitariam de bom grado este trabalho.

PARA QUE COMO JÁ DISSE. Não se sabe ao certo, sobre que ocasião o escritor se refere sobre essa sua citação. Se ele havia falado com seus filhos na fé quando ainda da fundação daquela comunidade cristã. Se em uma visita anterior que fez aos irmãos, se na sua primeira carta, no seu último capítulo. Ou ele se reporta a tudo que já escreveu no capítulo oito desta mesma carta, que é mais provável isso mesmo.

POSSAIS ESTAR PRONTOS. Há quem defenda que o apóstolo dos gentios, já vinha preparando os corações dos seus filhos na fé na cidade de Corinto, sobre este serviço que seria feito posteriormente. O que o apóstolo desejava é que com a chegada dos emissários dele e das igrejas, não pegassem a igreja de Corinto despreparada. Pelo contrário, o escritor alerta aos irmãos daquela igreja, que eles surpreendessem aos que faziam parte daquela comitiva, bem como as igrejas que lhes enviaram também.

2 Coríntios 9:2

2 Coríntios 9:2 - Porque bem sei a prontidão do vosso ânimo, da qual me glorio de vós para com os macedônios; que a Acaia está pronta desde o ano passado; e o vosso zelo tem estimulado muitos.

PORQUE BEM SEI. Paulo conhecia muito bem os seus leitores, porque esteve entre eles, por mais de um ano e meio, só de quando fundou aquela comunidade cristã, em suas campanhas evangelísticas, já estivera outra vez em visita, e podia dar testemunho deles por onde passava. Não há dúvida que o autor falava bem dos seus filhos na fé para as demais igrejas, sobre que eles seriam parceiros neste serviço de ação social.

A PRONTIDÃO DO VOSSO ÂNIMO. Quando esteve pessoalmente entre os coríntios, o apóstolo dos gentios percebeu o quanto os irmãos se disponham em fazer a obra de Deus juntamente com o apóstolo e seus amigos de ministério. Bastava o líder dizer vamos fazer tal trabalho, e com prontidão e muita coragem eles todos davam as mãos em executar a vontade de Deus. Essa disposição chamava a atenção de Paulo.

DA QUAL ME GLORIO DE VÓS. O apóstolo tinha um compromisso com a igreja mãe em Jerusalém, por meio de suas lideranças de ajudar dentro do possível aos carentes da Judeia e das igrejas em Israel, porque quando ele esteve pela segunda vez com as colunas da igreja em Jerusalém, eles lhe pediram que se lembrasse dos pobres. Com isso, o escritor por onde passava já dizia que a igreja de Corinto seria uma parceira muito forte neste serviço de ação social. Paulo esperava justamente isso deles todos.

PARA COM OS MACEDÔNIOS. No capítulo anterior o apóstolo falou muito bem dos macedônios como parceiros dele neste trabalho de ação social. Chegando a afirmar que os macedônios, apesar de estarem passando por momentos de dificuldades também, mas eles não só fizeram uma grande campanha de doações, mas também se doaram eles próprios neste trabalho. Eles tiraram de onde não tinha para doar.

QUE A ACAIA ESTÁ PRONTA. A Acaia compreendia a parte sul da Macedônia, que também era uma província romana, tendo como capital a cidade de Corinto, por ser uma das cidades mais importante daquela micro região. Percebe-se a grande extensão que o apóstolo desejava alcançar com este seu trabalho, atingindo a grande região da Macedônia, a micro região da Acaia e uma das principais cidades daquela região que era a tão conhecida Corinto, que estava muito bem financeiramente no momento.

DESDE O ANO PASSADO. É bem provável, que antes de dá início propriamente dito a este serviço de ação social, em benefício dos necessitados, o apóstolo pessoalmente ou por meio de seus amigos de ministério, fazia um trabalho de conscientização, mostrando a necessidade das igrejas gentílicas cooperarem com as igrejas de Israel, que estavam passando grandes necessidades. Desde o ano anterior que isso foi feito.

E O VOSSO ZELO TEM ESTIMULADO MUITOS. A mesma coisa foi dito quanto aos coríntios, que desde o ano anterior, que eles começaram as atividades de doações em prol dos carentes de Jerusalém. Isso porque, eles já no trabalho de conscientização se dispuseram a colaborar com a campanha. De forma que, a prontidão de ânimo dos seguidores de Cristo em Corinto, servia de exemplo para as demais igrejas.

2 Coríntios 9:1

2 Coríntios 9:1 - Quanto à administração que se faz a favor dos santos, não necessito escrever-vos.

QUANTO. Percebe-se a importância deste assunto para o apóstolo dos gentios, quando ele, tendo escrito um capítulo inteiro, o capítulo oito, agora, no capítulo nove, fala ainda deste mesmo tema, com mais detalhes, expondo o que no capítulo anterior não foi o suficiente. Este texto, ou o versículo primeiro do capítulo nove, alguns comentaristas afirmam que fazia parte do texto anterior, como conclusão do capítulo oito, mas que os tradutores do Novo Testamento o colocaram neste capítulo nove.

A ADMINISTRAÇÃO. Esta palavra demostra também o elevado valor que Paulo dava a este serviço de ação social em benefício dos necessitados, como se fosse tão importante quanto a ministração da palavra do evangelho de Cristo. Para o autor desta carta, este trabalho em favor dos carentes era tão significativo quanto administrar as igrejas por ele fundadas. É tanto que, Paulo chama e classifica de administração.

QUE SE FAZ. E em se tratando desta campanha que seria feita em benefício das igrejas da Judeia, e mais especificamente de Jerusalém, Paulo focou sua atenção redobrada, porque ele achava que as igrejas gentílicas eram bastante devedoras aos judeus, em que o fundador do cristianismo, Jesus Cristo, era um judeu de sangue, o próprio Paulo também era, e de Israel foi de onde surgiu o verdadeiro cristianismo.

A FAVOR. As igrejas em todo o território de Israel estavam passando por momentos de muitas dificuldades. Alias o povo de Israel, desde que voltaram dos cativeiros Assírio e babilônico, viviam de forma precária, em termos financeiros, porque voltaram para suas terras, muito pobres, além do mais, desde então, o império romano vivia a explorar os judeus, por meio de altas taxas tributárias, impostos e tributos diversos. Este serviço na cidade de Corinto seria para ajudar aos judeus convertidos a Cristo.

DOS SANTOS. Estes “santos” a que se refere o escritor, não dizem respeito a pessoas mortas, que haviam sido canonizadas por uma organização religiosa, nem tão pouco seriam os ídolos nem imagens de esculturas. Estes “santos” seriam os seguidores de Cristo vivos, que faziam parte das igrejas na Judeia e em Jerusalém. A palavra santo, não tem nada a ver com os conceitos errados das seitas heréticas do paganismo.

NÃO NECESSITO. Estas duas últimas frases deste versículo é que fazem alguns comentaristas pensarem que este versículo faz parte do capítulo anterior, em que o escritor fazia sua conclusão deste tema. Mas que depois de alguma interrupção do tema, decidiu escrever com mais detalhes sobre este mesmo assunto, foi quando escreveu mais um capítulo de sua carta, abordando algumas coisas importantes.

ESCREVER-VOS. Mas também há quem diga que, Paulo fala desta forma, porque em parte ele já havia pregado sobre este mesmo tema, pessoalmente na igreja de Cristo que estava na cidade de Corinto. Existem aqueles que acrescentam ainda que, este conteúdo não fazia parte da segunda carta de Paulo aos Coríntios, porque seriam recomendações orais feitas pelos seus enviados, mas que mais tarde foram acrescentados a este tratado, mas isso são apenas especulações de alguns.

2 Coríntios 8:24

2 Coríntios 8:24 - Portanto, mostrai para com eles, e perante a face das igrejas, a prova do vosso amor, e da nossa glória acerca de vós.

PORTANTO. O escritor termina este capítulo oito, ainda que pensando no fato de que, o que já expôs até o memento, não é suficiente para que este trabalho de ação social na igreja em Corinto, já estivesse bem esclarecido. É tanto que, ele continua no capítulo seguinte, ainda escrevendo sobre este mesmo assunto, que era a coleta de alimentos para ajudar as igrejas da Judeia, neste momento de dificuldades. E isto nos passa a ideia de quão importante para Paulo e o seu ministério era este serviço social.

MOSTRAI PARA COM ELES. Paulo já sabia de antemão que os seguidores de Cristo naquela igreja eram generosos, mas pede uma prova desta liberalidade, mediante este serviço que seria feito a partir de então com todos. “Eles” se referem a Tito e seus companheiro que faziam parte da comitiva, que foram enviados por Paulo para executar esta missão de arrecadar os alimentos e encaminhar para Jerusalém.

E PERANTE A FACE. O que o escritor deseja expressar com esta frase é que este serviço de ação social feito com a igreja de Cristo em Corinto chegasse ao conhecimento das demais comunidades cristãs com a devida medida que ele, Paulo propagava. É provável que o apóstolo dos gentios já houvesse falado nas igrejas que este trabalho seria um sucesso na igreja de Corinto. É isso que ele quer dizer nestas palavras.

DAS IGREJAS. Quando o apóstolo fala de Igrejas, neste texto, ele não está se referindo a vários templos religiosos dedicados ao cristianismo, até porque nesta época, não era permitido, pelo império romano, se construir igrejas dedicadas ao cristianismo. Também não se sabe quais igrejas se reporta o autor, se as igrejas da Macedônia ou as igrejas da Judeia, que eram as comunidades cristãs beneficiadas com este serviço. Ao se referir as igrejas, o escritor também não está falando de várias denominações.

A PROVA DO VOSSO AMOR. Duas palavras, neste texto são parecidas, mas que têm a mesma conotação, que são: mostrar e provar. No entanto, é certo dizer que, o escritor desta carta pede uma prova, na prática do amor fraternal dos seus filhos na fé, quanto a este trabalho que seria feito por Tito e seus amigos. Para o apóstolo, não bastava o amor apenas de palavras, seus leitores teriam que mostrar o amor em ação.

E DA NOSSA GLÓRIA. O escritor reitera mais uma vez que, por onde passava falava bem dos irmãos de Corinto, como sendo pessoas generosas, e que certamente abraçariam esta causa em favor dos carentes, com todo empenho possível. Seria de fato um contra censo e até certo ponto uma decepção para o apóstolo dos gentios, se este serviço desse errado naquela igreja, Paulo ficaria como mentiroso e enganador.

ACERCA DE VÓS. Uma vez feito e com sucesso este serviço de ação social, entre os que faziam parte da igreja de Cristo em Corinto, as palavras de Paulo seriam confirmadas, e tudo que ele andava falando a respeito da generosidade dos seus filhos na fé seria autenticado. Não há dúvida que Paulo também encheu de esperança e confiança, tanto a Tito, quanto os demais que faziam parte da comitiva, de que eles seriam bem acolhidos pelos coríntios, e que a missão seria um sucesso, como já era esperado.