2 Coríntios 11:19-20

2 Coríntios 11:19-20 - Porque, sendo vós sensatos, de boa mente tolerais os insensatos. Pois sois sofredores, se alguém vos põe em servidão, se alguém vos devora, se alguém vos apanha, se alguém se exalta, se alguém vos fere no rosto.

PORQUE, SENDO VÓS SENSATOS. Enquanto alguém dizia na igreja de Corinto que Paulo era insensato, ele ao contrário chama aos seus leitores de pessoas inteligentes, de raciocínio perfeito, que agem dentro da razão e com sabedoria. Porque era justamente desta forma que o apóstolo dos gentios via seus filhos na fé. Sem se importar se os seus opositores estavam infiltrados naquela igreja tentando denegrir seu nome, sua imagem e principalmente seu ministério para com aquela igreja.

DE BOA MENTE TOLERAIS OS INSENSATOS. Agora, quanto aos seus adversários Paulo os classifica de insensatos, porque eles estavam agindo como pessoas loucas, indo contra a verdade, porque estavam sendo injustos contra o fundador daquela comunidade cristã. Há nesta frase do escritor, ainda que indiretamente, uma cutucada de leve, ao afirmar que os coríntios estavam sendo coniventes com seus opositores.

POIS SOIS SOFREDORES. Nem mesmo os que faziam parte daquela igreja tinham a percepção do quanto estavam sendo vítimas, daqueles falsos líderes que estavam se aproveitando dos irmãos, para tirarem proveito religioso deles. Por serem estes tais obreiros fraudulentos pessoas importantes do ministério da igreja matriz de Jerusalém, então os seguidores de Cristo não queriam tomar qualquer atitude oposta.

SE ALGUÉM VOS PÕE EM SERVIDÃO. Percebe-se nesta frase que, os falsos apóstolos que estavam infiltrados na igreja de Corinto eram do partido dos cristãos legalistas de Jerusalém, eles que tentavam a tudo custo, fazer com que os novos convertidos guardassem a legislação de Moisés, como se do judaísmo fizessem parte e não do cristianismo. Para Paulo, se submeter aos ditames da lei era um tipo de servidão.

SE ALGUÉM VOS DEVORA. Neste mesmo capítulo de sua carta Paulo pergunta: Pequei contra vós por ter vos pregado o evangelho de graça? Os obreiros fraudulentos que estavam rondando a igreja de Corinto, cobravam pelos seus serviços prestados a comunidade cristã, é o que se pode dizer sobre a venda das indulgências, ou seja, vender os serviços religiosos prestados ao próximo. É o chamado comercio da fé.

SE ALGUÉM VOS APANHA, SE ALGUÉM SE EXALTA. A observação de Paulo é que os irmãos estavam se tornando vítimas fáceis destes charlatões do outro evangelho, pregado pelos obreiros fraudulentos. E para encantar os mais simples, estes enganadores se exaltavam a se mesmos, se gabando de pertencerem às lideranças vindas da igreja matriz de Jerusalém, dizendo-se obreiros de Cristo, mas era falsários.

SE ALGUÉM VOS FERE NO ROSTO. Tudo que estava acontecendo, dos falos apóstolos e obreiros fraudulentos, contra a igreja de Cristo em Corinto era um tapa na cara, dos irmãos que se achavam tão inteligentes. O escritor percebe que os falsos mestres, que estavam enganando os líderes daquela igreja, usavam dos mais diversos artifícios para encantar ao povo de Deus, e com isso, ele sente a necessidade de dar uma sacudida naquela gente, dizendo: Acordo povo de Deus, vocês estão sendo enganados.

2 Coríntios 11:17-18

2 Coríntios 11:17-18 - O que digo, não o digo segundo o Senhor, mas como por loucura, nesta confiança de gloriar-me. Pois que muitos se gloriam segundo a carne, eu também me gloriarei.

O QUE DIGO, NÃO O DIGO SEGUNDO O SENHOR. Em várias partes dos seus escritos, o apóstolo dos gentios fala esta mesma coisa, em que ele, no ato de sinceridade declara que está expondo suas ideias e não mandamentos ou ordenanças do Senhor. Baseados em declarações como estas é que alguns defendem que a bíblia contém a palavra de Deus e não que ela em sua totalidade seja a palavra de Deus. Este Senhor, sobre o qual fala o autor, diz respeito ao Senhor Jesus Cristo, que também é Rei dos reis.

MAS COMO POR LOUCORA. Não que o escritor estivesse realmente fora do seu juízo,
Mas, ele que admite que o fato de alguém se gloriar de si mesmo, seja uma insensatez. Paulo sabia que, se alguém deve se gloriar, que isso seja no Senhor e não em seus próprios argumentos. No entanto, os seus adversários estavam o forçando a agir com tamanha insensatez, bem como a reação dos seus leitores também.

NESTA CONFIANÇA. Agora, o apóstolo ameniza um pouco sua colocação, ao afirmar que tinha tal ousadia para falar um pouco sobre seu testemunho, de como Deus vinha tratando com ele, desde os primeiros momentos em que deixou o judaísmo pelo cristianismo. Esta confiança se entende como liberdade que o autor tinha diante da igreja de Corinto para expor seus argumentos, e isso como fundador daquela igreja.

DE GLORIAR-ME. O que Paulo passa a chamar de gloriar-se é o seu testemunho em defesa de sua autoridade apostólica. Autoridade esta que vinha sendo ameaçada pelos seus algozes adversários naquela igreja. O autor acha que não devia fazer isso, mas se fazia necessário demostrar porque ele se tornou o grande apóstolo dos gentios, dadas as suas experiências com Deus e tudo que já havia passado em seu ministério.

POIS QUE MUITOS SE GLORIAM. Se a igreja de Cristo estava aceitando que os oponentes de Paulo naquela igreja usassem de se gloriarem do que supostamente eram, por que não suportar o mesmo de Paulo. Os opositores de Paulo se vangloriavam de pertencerem e virem da igreja matriz de Jerusalém, diziam que eram apóstolos de Cristo e obreiros do Senhor. Com isso queriam desfazer de Paulo.

SEGUNDO A CARNE. O que os adversários de Paulo em Corinto estavam fazendo contra ele, não estavam agindo no espírito, mas sim pelas concupiscências da carne. Ao que tudo indica, estes opositores de Paulo se vangloriavam de suas estaturas, em detrimento aos aspectos físicos deficitários do apóstolo dos gentios. Ainda por cima se jactanciavam de serem judeus, de pertencerem à igreja matriz de Jerusalém.

EU TAMBÉM ME GLORIAREI. Na realidade, o escritor desta carta em nada era inferior aos seus oponentes, e isso ele passa a demostrar por meio de sua defesa e pela aprovação de Deus a sua chamada e ao seu ministério. Não que Paulo estivesse fazendo isso de boa vontade, e ele demonstra um certo peso de consciência nisto, mas se sentia pressionado a agir desta forma. Falar do que ele já havia passado de experiência de vida e com Deus, era uma forma de se defender das injustiças.

2 Coríntios 11:16

2 Coríntios 11:16 - Outra vez digo: Ninguém me julgue insensato, ou então recebei-me como insensato, para que também me glorie um pouco.

OUTRA VEZ DIGO. Não que o apóstolo dos gentios faça uso das mesmas palavras, mas o que ele deseja pedir aos seus leitores é que tenham paciência com ele, no sentido de suportarem seus desabafos. As notícias que chegaram até o escritor eram de que, os seus adversários estavam dizendo um monte de inverdades a seu respeito, e os irmãos de Corinto estavam ouvindo tudo isso de maneira pacífica, sem, no entanto, combaterem as injustiças conspiradas contra Paulo, mesmo o conhecendo de perto.

NINGUÉM. Se os falatórios contrários Paulo, fossem no território de Israel, ou mesmo na Palestina, tudo bem, porque o apóstolo não era bem conhecido naquela área. Porem, em se tratando da cidade de Corinto, era inadmissível que os falos testemunhos contra Paulo fossem aceitos, uma vez que, quase todos que faziam parte daquela igreja eram seus filhos na fé, e sabiam do bom comportamento de Paulo.

ME JULGUE. O autor não aceitava que ninguém, nem seus próprios oponentes, nem mesmo que os tais fossem autoridades vinda de Jerusalém, o julgassem, pela sua defesa, ao seu ministério, e a sua autoridade apostólica. Como também, o escritor pede de seus leitores respeito, a tudo que ele passa a dizer em sua defesa, mesmo que tais colocações aparentemente tivessem conotação de vanglória pessoal.

INSENSATO. Com isso, o escritor afirma que não estava agindo de forma imatura, nem fora da razão, qualquer um que estivesse na sua posição ou condição faria o mesmo que ele. Até porque, tremendas injustiças estavam sendo açacaladas contra ele, que só fez o bem aos seus leitores. Os irmãos de Corinto deveriam mesmo era considerar insensatos, os que estavam se levantando contra o apóstolo dos gentios, por estarem levantando calúnias contra um homem, que deu tudo de si para o bem daquela igreja.

OU ENTÃO RECEBEI-ME COMO INSENSATO. Paulo não estava agindo com insensatez, mas dentro da lógica e da razão. Porem, se os seus leitores não vissem desta forma, mas que julgassem que ele estava agindo com insensatez, que assim, o recebessem. Este receber expresso pelo autor, pode se referir à próxima visita de Paulo aquela igreja, ou ainda pode está em vista esta sua carta, que representava sua pessoa.

PARA QUE TAMBÉM ME GLORIE. Os opositores de Paulo estavam lá, naquela igreja, estufando o peito e se gloriando de se mesmos, de serem autoridades vindas de Jerusalém, mesmo sendo eles falsos apóstolos e obreiros fraudulentos. Enquanto que, Paulo, já tendo demostrada naquela igreja ser um verdadeiro apóstolo de Cristo, enviado aos gentios. Além de ter dado um fiel testemunho de ser um ministro do evangelho de Cristo, será que ele não tinha o direito de falar do seu testemunho?

UM POUCO. Desta forma, o escritor coloca nesta sua carta, apenas uma pequena fagulha das muitas tribulações que ele teve que passar por ser um representante do reino de Cristo e ministro do evangelho da nova dispensação. O que ele vem expondo e passa a revelar sobre seu testemunho, não representa quase nada da totalidade de problemas que teve que enfrentar, em suas atividades em prol das igrejas gentílicas.

2 Coríntios 11:15

2 Coríntios 11:15 - Não é muito, pois, que os seus ministros se transfigurem em ministros da justiça; o fim dos quais será conforme as suas obras.

NÃO É MUITO, POIS. O que o autor afirma neste texto é algo muito sério, principalmente nos dias de hoje, quando sabemos que existem muitos falsos ministros, se fazendo de servos de Cristo, mas que na realidade estão no ministério para tirarem proveitos pessoais na exploração do povo de Deus. Os adversários de Paulo em Corinto cobravam da igreja somas financeiras pelas suas pregações e ensinos, enquanto isso, acusavam a Paulo por ele não receber ajuda financeira da igreja para fazer a obra.

QUE OS SEUS MINISTROS. Os falsos apóstolos que estavam infiltrados na igreja de Corinto, na realidade não eram ministros de Cristo nem do seu evangelho, mas se comportavam como ministros do diabo. Isso porque, faziam do seu ministério uma profissão e do evangelho uma mercadoria, além de pregarem sobre um outro Cristo, bem como sobre um outro evangelho e não viviam para o espírito, mas para a carne.

SE TRANSFIGUREM. Estes obreiros fraudulentos estavam lá na igreja de Cristo na cidade de Corinto, tudo de acordo com suas credenciais de apóstolos vindos da igreja matriz, com carta de recomendação das autoridades da igreja de Jerusalém, tinham a aprovação das demais autoridades da igreja sede. Mas estavam transfigurados de ministros do diabo e a serviço dos demônios e não do reino de Deus e de Cristo.

EM MINISTROS. Isto que Paulo declara neste texto é algo a se pensar pela igreja de Cristo, e se chegar à conclusão de que, nem todos que são enviados pelas lideranças das organizações religiosas, são de fato ministros de Deus. Muitos se transfiguram em ministros do evangelho, mas suas intenções é tirar proveito próprio da igreja de Cristo. As igrejas estão cheias de charlatões, falsos ministros, obreiros fraudulentos, que não estão a serviço do reino de Cristo, mas nó pensam no comercio da fé.

DA JUSTIÇA. Os inocentes que olham para estes falsos ministros e obreiros fraudulentos, até acham que eles são pessoas corretas, porque eles têm lábia para enganar até se possível os escolhidos. Aparentemente estão corretos, porque são enviados pelo corporativismo denominacional. Mandam e desmandam nas atividades da igreja local, como se fossem o próprio Cristo, mas são falsos “enviados e ungidos”.

O FIM DOS QUAIS SERÁ. Logo quando chegam, como enviados e ungidos pelas lideranças principais das denominações, agem com autoritarismo como se fossem mais importantes do que o dono da igreja, que é Cristo. Mas, quando saem para outros lugares, geralmente saem rejeitados, de cabeças baixas, muitas vezes humilhados, porque não tem a capacidade de provarem que são ministros de Cristo.

CONFORME AS SUAS OBRAS. Grande parte, destes obreiros fraudulentos vivem pulando de lugar para lugar, não tem solidez em seus ministérios, quando submetidos a prova do tempo e de suas próprias obras. São vomitados pelas igrejas locais, porque suas obras são de palha, quando submetidas ao tempo, vem o desgaste, e muitos são transferidos de uma igreja para outra, porque causam mais problemas nas igrejas locais do que soluções. Isso porque suas obras são reprovadas por Deus e pela igreja.

2 Coríntios 11:13-14

2 Coríntios 11:13-14 - Porque tais falsos apóstolos são obreiros fraudulentos, transfigurando-se em apóstolos de Cristo. E não é maravilha, porque o próprio Satanás se transfigura em anjo de luz.

PORQUE TAIS FALSOS APÓSTOLOS. Até então, o escritor vinha falando de forma indireta sobre seus oponentes na igreja de Cristo em Corinto. Porem, a partir deste texto, ele falava de forma mais direta contra aqueles que o estavam prejudicando em suas áreas de atuação, que eram os campos missionários transculturais. Como o autor fala no plural, isso quer dizer que não era somente um dos apóstolos de Jerusalém, mais poderia ser mais de um, que estava invadindo suas igrejas no mundo gentílico.

SÃO OBREIROS FRAUDULENTOS. Tais apóstolos legalistas de Jerusalém além de estarem agindo com falsidade, porque são chamados de falsos apóstolos, eram também obreiros fraudulentos. Certamente, tais adversários de Paulo naquela igreja estavam se infiltrando sorrateiramente nos campos missionários conquistados por Paulo, por meio do engano e da mentira. Usavam a posição para explorar a igreja.

TRANSFIGURANDO-SE. Ainda que tivessem suas credenciais de apóstolos de Cristo, no entanto, para o apóstolo dos gentios, Paulo, eles estavam usando do engano, quando quebravam o acordo firmado com Paulo de que os apóstolos de Jerusalém seriam responsáveis pela evangelização dos judeus, enquanto que Paulo era designado para evangelizar os gentios. Tais apóstolos eram falsários e não verdadeiros apóstolos.

EM APÓSTOLOS DE CRISTO. Se fossem verdadeiros apóstolos de Cristo, não estariam invadindo os campos missionários conquistados pelo apostolo dos gentios. Cristo concentrou suas atividades em Israel, porque veio para os que eram seus. Bem como os apóstolos de Jerusalém também foram designados para o apostolado da circuncisão, como Paulo foi escolhido para o apostolado da incircuncisão.

E NÃO É MARAVILHA. Paulo já esperava isso mesmo dos apóstolos de Jerusalém, por isso que não é de se admirar que estivesse acontecendo justamente isso, a invasão das igrejas por ele fundadas no mundo gentílico. Para o apóstolo dos gentios, estes falsos apóstolos estavam sendo influenciados por uma força negativa do mau, que era justamente o próprio diabo, com os seus demônios. Percebe-se nas páginas da bíblia, que o inimigo pode ter certa influência, na vida de alguns falsos líderes cristãos.

PORQUE O PRÓPRIO SATANÁS. Satanás é a mesma coisa que o diabo, que antes de sua rebelião contra Deus era um anjo de luz, mas que se levantou contra o Criador de todas as coisas, ainda nas regiões celestiais, e por conta disto foi expulso da presença de Deus, sendo precipitado nas trevas. Este mesmo ser que se tornou maligno, para usar de engano se transfigura em anjo de luz, para então atrapalhar a obra de Deus.

SE TRANSFIGURA EM ANJO DE LUZ. O engano é a arte principal do diabo com os seus demônios, mas a finalidade de seus disfarces é justamente para enganar os seres humanos. O ataque de Paulo era contra os falsos apóstolos e obreiros fraudulentos, que estavam prejudicando seus trabalhos no mundo gentílico. Estes adversários do apóstolo dos gentios estavam agindo como mensageiros do império das trevas.

2 Coríntios 11:12

2 Coríntios 11:12 - Mas o que eu faço o farei, para cortar ocasião aos que buscam ocasião, a fim de que, naquilo em que se gloriam, sejam achados assim como nós.

MAS O QUE FAÇO. Até certo ponto, este texto explica em parte os textos anteriores, em que o missionário vinha falando sobre seus trabalhos evangelísticos rumo ao mundo gentílico, em que ele esteve em Jerusalém, com as principais lideranças do cristianismo na igreja matriz, e ficou acertado que ele, Paulo, seria o responsável pelos trabalhos missionários no mundo gentílico, o que ele vinha fazendo de maneira completa, desde que abraçou esta nobre causa em prol do reino de Deus e de Cristo.

O FAREI. Se nesta mesma época já existiam muitas igrejas fundadas por Paulo no mundo gentílico, a exemplo da grande e importante igreja da cidade de Éfeso, muito mais cidades, e até países seriam ainda alcançados com as boas novas de Cristo, isso por meio das atividades missionárias de Paulo. Apesar das dificuldades que ele enfrentava, por não receber apoio da igreja matriz, nem ajuda das igrejas já fundadas.

PARA CORTAR OCASIÃO. Os adversários de Paulo o acusavam de que ele era lento nos seus trabalhos missionários, por não aceitar ajuda financeiras das igrejas para realizar a obra de Deus. Mas a verdade é que, os oponentes do apóstolo, o acusavam injustamente, por quererem invadir as igrejas já fundadas pelo apóstolo dos gentios. A verdade é que Paulo foi um pioneiro em desbravar novos campos missionários.

AOS QUE BUSCAM OCASIÃO. Estes que buscavam ocasião eram justamente aqueles que acusavam a Paulo de sua lentidão em desbravar novos campos missionários, o que não representava a verdade. O que estes oportunistas estavam fazendo era invadindo os trabalhos de Paulo, principalmente as igrejas já fundadas por ele. Mas isso era a quebra do acordo feito entre Paulo e as principais lideranças de Jerusalém. Portanto, que os líderes legalistas fossem cuidar dos seus trabalhos em Israel e não em Corinto.

A FIM DE QUE, NAQUILO EM QUE SE GLORIAM. As lideranças de Jerusalém se gloriavam de terem já feito os trabalhos de evangelização em todo o país de Israel, enquanto que, Paulo não tinha ainda feito missões em toda a área requerida por ele. Porem, Israel era apenas um pequeno país. Enquanto que, os campos transculturais de Paulo eram continentes inteiros como a Europa e Ásia, com muitos países.

SEJAM ACHADOS. Estes adversários de Paulo apenas diziam de que já haviam evangelizado a todos os judeus em todos os recantos do país de Israel e na Palestina, e que Paulo se defende afirmando que eles não estavam com a verdade, mas que estavam buscando ocasião para invadirem as igrejas já fundadas pelo apóstolo dos gentios. O fato é que, a história do cristianismo diz que Paulo trabalhou mais que eles.

ASSIM COMO NÓS. Até certo ponto, o apóstolo dos gentios admite que ainda não tinha alcançado todos os recantos do mundo com o evangelho da incircuncisão. Mais que, a cada dia avançava cada vez mais, e que até o final de seu ministério cumpriria sua missão de evangelizar a todas as nações do mundo gentílico, o que é verdade. Já em Israel, o mesmo não poderia ser dito pelos líderes da igreja matriz, até porque os judeus eram um povo difícil de ser conquistado porque seguiam a risca o judaísmo.

2 Coríntios 11:10-11

2 Coríntios 11:10-11 - Como a verdade de Cristo está em mim, esta glória não me será impedida nas regiões da Acaia. Por quê? Porque não vos amo? Deus o sabe.

COMO A VERDADE. Os falsos mestres ou como dizem alguns, os falsos apóstolos que atacavam a Paulo na igreja de Cristo que estava em Corinto, tudo faziam de forma enganadora e fantasiosa. Mas, o apóstolo dos gentios representava a verdade, porque ele foi chamado por Cristo para fazer seus trabalhos de evangelização no mundo gentílico, inclusive na cidade de Corinto. Mas os líderes legalistas estavam em uma região ou localidade que não era deles, conforme o acordo com Paulo e Barnabé.

DE CRISTO. A verdade de Cristo pode ser vista como sendo o seu evangelho e a missão transcultural que estava sob a responsabilidade do apóstolo dos gentios e seus amigos de ministério. O sobrenome Cristo nos fala, ainda antes do nascimento de Jesus de Nazaré, sobre o Messias que viria a este mundo, como sendo o enviado de Deus Pai, para implantar a nova dispensação da graça e também o ungido de Deus.

ESTÁ EM MIM. Quando Paulo afirma que a verdade de Cristo estava sobre ele, isso nos fala que, a base do ministério do apóstolo Paulo era pregar o evangelho das boas novas de Cristo e anunciar tudo que dizia respeito a nova dispensação da graça de Deus com a humanidade, por meio do seus Messias, o Emanuel, ou seja, Deus entre os homens. Essa verdade de Cristo em Paulo representava o evangelho da incircuncisão.

ESTA GLÓRIA NÃO ME SERÁ IMPEDIDA. O autor fala do privilégio que lhe fora dado por Deus e por Cristo de anunciar o glorioso evangelho de Cristo a todas as nações do mundo, como apóstolo dos gentios. As atividades dos adversários de Paulo na cidade de Corinto eram para tentarem impedir de que ele cumprisse sua missão transcultural, não somente na cidade de Corinto, mais também em toda a região maior da Acaia.

NAS REGIÕES DA ACAIA. A Acaia compreendia a parte sul da Macedônia, que também era uma província romana, tendo como capital a cidade de Corinto, por ser uma das cidades mais importante daquela micro região. Percebe-se a grande extensão que o apóstolo desejava alcançar com as verdades do evangelho de Cristo. A micro região da Acaia tinha como uma das principais cidades Corinto, onde Paulo já havia chegado.

POR QUE? PORQUE NÃO VOS AMO. Paulo estava se justificando diante dos seus leitores o porquê ele, neste momento, não estava presente na cidade de Corinto, uma vez que, ele estava fazendo missões e cuidando das demais igrejas por ele fundadas. Mas que não desistia de completar seus trabalhos missionários em Corinto, se estendendo também sobre toda a região da Acaia, e chegando também a Macedônia.

DEUS O SABE. Os oponentes do apóstolo Paulo o acusavam de que ele não amava os irmãos daquela igreja de Corinto, por não está neste momento dedicado à edificação daquela comunidade cristã. Mas, os próprios irmãos daquela igreja sabiam do amor que o apóstolo tinha por todos eles. E acima de tuto, o Deus Onisciente, que conhece todas as coisas sabia muito mais do amor que o apóstolo sentia por aquela igreja. Os ataques feitos pelos opositores de Paulo eram porque eles queriam invadir a igreja de Corinto, só que, para isso acontecer, tinham que diminuir a autoridade de Paulo.