1 Coríntios 4:8

1 Coríntios 4:8 - Já estais fartos! já estais ricos! sem nós reinais! e quisera reinásseis para que também nós viéssemos a reinar convosco!

JÁ ESTAIS FARTOS! Paulo conhecia bem aquela igreja, porque foi ele o fundador da mesma, bem como estava bem informado da situação predominante de todos que faziam parte daquela comunidade cristã. Eles estavam fartos de tudo que uma igreja precisava, porem, não sabiam como administrar os dons recebidos, até porque havia Jactância de alguns para o que era negativo, até mesmo com respeito as coisas de Deus, razão porque haviam as facções e o partidarismo na igreja cristã em Corinto.

JÁ ESTAIS RICOS! Não havia falta de nada, os dons espirituais eram abundantes, os dons ministeriais do mesmo jeito, é tanto que tinha ministros demais, e com isso já se percebia uma certa concorrência entre eles, alguns querendo se tornar lideranças locais daquela igreja. Porem, sem a permissão de Paulo, o que não poderia ser, porque foi Paulo quem fundou aquela igreja, que era uma igreja, que era rica em tudo.

SEM NÓS. Não dá para identificar se o autor fala nestes termos diretamente para a igreja, como corpo de Cristo ou se ele se dirige especificamente a um dos seus oponentes naquela igreja, ou ainda se ele fala com o seu amigo de ministério, Apolo. É certo dizer que aquela igreja, se não pela grande maioria, mas por meio de alguns, desejava mesmo era se tornar independente em sua administração local.

REINAIS! Há quem diga que a igreja de Corinto desejasse, se não pela sua maioria se desligar do ministério de Paulo e seus amigos, eles que eram responsáveis pela fundação e administração das igrejas no mundo gentílico. Para então ficar ligada diretamente a Jerusalém por meio de Cefas. Como também não fica descartada a possibilidade de que alguns quisessem que aquela igreja se tornasse independente, sendo administrada por um líder local ou pelo próprio Apolo.

E QUISERA REINÁSSEIS. Paulo não via nenhum problema se aquela igreja quisesse se tornar independente, sendo administrada por uma liderança local escolhida por eles próprios, desde que, estivesse ligada de alguma forma, ao seu ministério geral, ele que era responsável pelas igrejas fundadas no mundo gentílico. Houve um acordo entre Paulo e os líderes de Jerusalém que assim seriam administradas as igrejas.

PARA QUE TAMBÉM NÓS. Se porventura a escolha da liderança local fosse Apolo, mesmo com a independência deles, quanto à administração de Paulo, para o apóstolo dos gentios não mudava nada, até porque, Paulo tinha confiança em Apolo de que não mudava nada quanto a sua influência sobre aquela comunidade cristã, porque eles eram amigos de ministério, bem como amigos pessoais, assim pensava Paulo.

VIÉSSEMOS A REINO CONVOSCO. O escritor era consciente de sua missão em levar o evangelho das boas novas de Cristo em muitas partes do mundo, por isso não poderia dar assistência a somente uma igreja local, como no caso da igreja em Corinto. De forma que, ele dava total apoio as lideranças locais, que eram constituídas por ele próprio. Agora, Paulo não abria mão de que a igreja de Corinto continuasse ligada ao ministério das igrejas gentílicas, e não a Jerusalém, como queriam alguns de Corinto.

1 Coríntios 4:7

1 Coríntios 4:7 - Porque, quem te faz diferente? E que tens tu que não tenhas recebido? E, se o recebeste, por que te glorias, como se não o houveras recebido?

PORQUE. Neste versículo, o escritor dá respostas a algumas questões que certamente eram motivos de discussões na igreja cristã de Corinto. E o contexto das duas cartas escritas por Paulo a esta igreja, nos faz compreender que os seus oponentes dentro da comunidade cristã de Corinto o acusavam de ter abandonado os seus filhos na fé naquele lugar. Portanto, acusavam a Paulo de ser negligente com os seguidores de Cristo em Corinto, o que não representava a verdade dos fatos.

QUEM TE FAZ DIFERENTE? Aqueles que lutavam para se tornarem líderes locais da igreja de Corinto, tomando o lugar de Paulo, que foi o seu fundador, diziam que aquela igreja tinha muitas carências espirituais, porque seu fundador não dava aos irmãos a assistência merecida, por haver abandonado aquela igreja. O problema era que Paulo era um missionário transcultural, e não podia se dedicar somente a igreja de Corinto.

E QUE TENS TU. A igreja de Corinto era uma comunidade cristã rica e que tinha muitos dons espirituais, como as demais igrejas também, o que precisava era que os irmãos se organizassem no exercício destes dons espirituais, assuntos esses que Paulo trata com detalhe um pouco mais a frente nesta mesma carta. O trabalho que Paulo fez naquela igreja foi completo e eles eram enriquecidos por tudo isso.

QUE NÃO TENHAS RECEBIDO? Quando da fundação da comunidade cristã na cidade de Corinto, durante mais de um ano e meio Paulo esteve presente entre os irmãos lhes pregando o evangelho da libertação e ganhando vidas para o reino de Cristo. Aplicou bastante tempo no discipulado dos novos convertidos para que se desenvolvessem na vida cristã. Depois enviou Apolo para que ele completasse o que faltava no que diz respeito ao ensino das Santas Escrituras, tudo para o bem deles.

E, SE O RECEBESTES. O problema da igreja de Corinto não era a falta dos dons espirituais nem a carência de crescimento espiritual, pelo contrário, todos os filhos na fé do Apóstolo Paulo foram muito bem preparados nas coisas de Deus para que fossem abençoados com os dons espirituais e ministeriais. Esta carta iria ser bastante orientadora, no sentido de por em ordem o exercício dos dons espirituais nesta igreja.

PORQUE TE GLORIAS? Certamente os informantes de Paulo o fizeram saber que os irmãos da igreja de Corinto se achavam mais privilegiados dos que os que faziam parte das demais igrejas do mundo gentílico. Até certo ponto, isso era fato, só que não deveria ser motivo de os servos de Deus se vangloriarem, como se fossem superiores aos demais cristãos, porque Deus estava nas demais igreja também.

COMO SE NÃO O HOUVESSE RECEBIDO. Havia na realidade uma desordem na administração dos dons espirituais, que mesmo tendo quase todos, eles não estavam sabendo usar tais dons espirituais, portanto, era como se não tivessem. Os comentaristas afirmam que Apolo era um homem intelectual, mas que não tinha muita experiência com as coisas espirituais. Diferente de Paulo, que não era muito eloquente, mas tinha uma espiritualidade muito forte, porque era homem de visão.

1 Coríntios 4:6

1 Coríntios 4:6 - E eu, irmãos, apliquei estas coisas, por semelhança, a mim e a Apolo, por amor de vós; para que em nós aprendais a não ir além do que está escrito, não vos ensoberbecendo a favor de um contra outro.

E EU, IRMÃOS, APLIQUEI ESTAS COISAS. O estudo mais profundo das cartas de Paulo nos faz compreender que a igreja primitiva tinha dois núcleos administrativos, que eram as igrejas administradas pelos apóstolos de Jerusalém, e as igrejas coordenadas por Paulo e seus amigos de ministério no mundo gentílico. Nas igrejas fundadas por Paulo, ele mesmo, juntamente com seus amigos de ministério, criaram as regras de como lidar com cada igreja local. Tendo também as regras administrativas gerais.

POR SEMELHANÇA, A MIM E A APOLO. No caso da igreja cristã em Corinto, Paulo estabeleceu as mesmas regras para ele e para Apolo, eles que eram companheiros de ministério. Apesar de ter naquela igreja o partido de Apolo, isso não quer dizer que Apolo era oponente de Paulo, pelo contrário, eles eram amigos de ministério, estando neste momento Apolo como líder local, colocado por Paulo e com seu apoio.

POR AMOR DE VÓS. Tanto Paulo, quanto Apolo vinham fazendo a obra de Deus na igreja cristã de Corinto, movidos pelo amor fraternal, que deve reinar na vida dos ministros do evangelho de Cristo. Paulo e Apolo eram homens de Deus que trabalhavam em harmonia, e por amor aos leitores desta carta, davam tudo de si mesmos para o bem-estar da obra de Deus naquela cidade, porque amavam a todos.

PARA QUE EM NÓS APRENDAIS. Conforme o que se sabe, só na fundação da igreja de Cristo em Corinto, Paulo passou mais de um ano e maio, tendo feito pelo menos mais duas visitas àquela comunidade cristã. Já Apolo, não se sabe quanto tempo ele estava administrando aquela igreja. Tudo que eles falavam e faziam era dando o bom exemplo de como se deve lidar com a palavra de Deus e com as Santas Escrituras.

A NÃO IR ALÉM DO QUE ESTÁ ESCRITO. Não há unanimidade entre os comentaristas sobre quais escritos se refere o apóstolo dos gentios. Há quem diga que Paulo esteja se referindo as Escrituras dos hebreus, que nesta mesma época haviam três Cânons. Mas também existem aqueles que defendem que Paulo havia escrito suas regras internas lá na própria igreja local de Corinto, falando sobre estes assuntos de interesse local.

NÃO VOS ENSOBERBECENDO A FAVOR DE UM. Tudo isso nos faz entender que, ainda na fundação daquela comunidade cristã, Paulo percebeu que havia a tendência interna de racha entre os que dela faziam parte. Portanto, tais recomendações do apóstolo ensinavam de que os ministros do evangelho de Cristo trabalham em comum acordo para o crescimento do reino de Cristo e não divididos entre si, por meio das facções.

CONTRA O OUTRO. Mesmo ensinando, pregando e exortando sobre a unidade ministerial em torno da obra de Deus, a realidade demostra que os cristãos de Corinto não aprenderam a lição, por isso haviam lá vários partidos. Mas essa era uma questão local entre os que eram membros daquela igreja. No entanto, Paulo, Apolo e os demais ministros que foram consagrados por Paulo, trabalhavam unidos, porque um não trabalhava contra o outro. Hoje, neste aspecto, a guerra é hostil e desonesta.

1 Coríntios 4:5

1 Coríntios 4:5 - Portanto, nada julgueis antes de tempo, até que o Senhor venha, o qual também trará à luz as coisas ocultas das trevas, e manifestará os desígnios dos corações; e então cada um receberá de Deus o louvor.

PORTANTO, NADA JULGUEIS ANTES DE TEMPO. Em textos anteriores, o autor fala sobre o julgamento dos seus oponentes, também do julgamento dos irmãos da igreja, e do seu próprio julgamento de consciência, que demostrava tranquilidade, bem como do julgamento de Deus. Agora, ele pede cautela aos irmãos, antes de julgar as coisas, porque o ser humano, por conta de suas limitações, pode fazer julgamentos injustos e condenar o inocente, que no caso era ele, Paulo, que se achava injustiçado.

ATÉ QUE O SENHOR VENHA. Paulo vivia em seus próprios dias, bem como a igreja primitiva, como se Cristo fosse voltar naquela mesma época. A igreja dos primeiros séculos de nossa era cristã não tinha noção do hiato de tempo que haveria entre a ascensão de Cristo, para se assentar a destra de Deus, e o seu retorno, para arrebatar a sua igreja remida. Para Paulo, Jesus já estava voltando para os que o esperavam.

O QUAL TAMBÉM TRARÁ A LUZ. Conforme o que o escritor nos faz saber dentro deste versículo, a volta de Cristo vai servir de tribunal, no sentido de mostrar quem é o discípulo verdadeiro ou não do reino dos céus. Isso porque, só quem vai participar do arrebatamento da igreja, é quem de fato for digno da salvação e vida eterna. Essa mensagem servia de alerta para os leitores de Paulo, sobre a volta eminente de Cristo.

AS COISAS OCULTAS DAS TREVAS. Certamente, o apóstolo dos gentios está se referindo as maldades dos seus adversários, que mesmo sem razão de ser, inventavam um monte de calúnias contra ele. Ao mesmo tempo, Paulo exorta seus leitores, que tivessem cuidado de não praticarem injustiças contra ele, que tanto ajudou aos seus filhos na fé, quando ainda não havia nem igreja na cidade de Corinto.

E MANIFESTARÁ OS DESÍGNIOS DOS CORAÇÕES. Há quem diga que o escritor esteja se referindo ao que ele escreveu em 2 Coríntios 5:10 – Porque todos devemos comparecer perante o tribunal de Cristo, para que cada um recebe o que tiver feito por meio do corpo, ou bem ou mal. Não há dúvida que o apóstolo esteja pensando no que está escrito em (Gálatas 6:7) . Esta é a lei da colheita segundo a semeadura.

E ENTÃO CADA UM RECEBERÁ DE DEUS. No caso do arrebatamento da igreja de Cristo, o Senhor Jesus é quem há de julgar quem será digno de participar deste tão precioso evento para a sua igreja. Mas como o Pai é a fonte de todo o bem, então o Criador de todas as coisas irá recompensar a todos os que nesta terra o serviram de forma digna. Ninguém que tiver feito à obra de Deus dignamente será esquecido.

O LOUVOR. O escritor fala dos galardões que todos os servos de Cristo irão receber, por terem amado a Deus acima de qualquer coisa, bem como das ricas recompensas que os discípulos de Cristo irão desfrutar porem ter feito a obra de Deus. O maior de todos os galardões é a salvação e a vida eterna, mas não fica somente nisto, porque a bíblia fala das coroas que os remidos irão receber de Deus, e isso nos ensina sobre as glórias eternas que se seguirão para os que foram remidos por Cristo Jesus, o Salvador.

1 Coríntios 4:4

1 Coríntios 4:4 - Porque em nada me sinto culpado; mas nem por isso me considero justificado, pois quem me julga é o Senhor.

PORQUE EM NADA. O autor se sente satisfeito até o momento, sobre tudo aquilo que já havia realizado em prol da comunidade cristã de Corinto. Além do mais, ele estava tranquilo sobre todas as acusações que os seus opositores naquela igreja lhe faziam de que, ele Paulo era inocente. Ao mesmo tempo, por conhecer seus filhos na fé, tinha certeza e convecção, que no momento certo, eles chegariam à conclusão de que, o apóstolo dos gentios não lhes causou dano algum, em qualquer aspecto.

ME SINTO. Outra vez, Paulo entra no seu banco de memória, consulta seus arquivos, desde que esteve pela primeira vez pregando o evangelho das boas novas na cidade de Corinto, lembra do seu dia a dia naquela cidade, dos trabalhos que realizou de evangelização, também das atividades de ensino, por meio do discipulado, e chega a conclusão que sua consciência está tranquila e se sente aliviado de qualquer culpa.

CULPADO. O apóstolo não prejudicou a quem quer que seja na cidade de Corinto, nem muito menos na igreja cristã daquele lugar. Tudo que ele fez foi movido por um grande amor por todos aqueles que se tornaram seus filhos na fé. Não recebeu recompensas financeiras de nenhum dos que faziam parte da igreja de Cristo, isso porque, ele não aceitava salário nem ajuda financeira para fazer a obra de Deus.

MAS NEM POR ISSO. A defesa de Paulo era justa, e nem seria necessário ele se defender dos seus oponentes naquela igreja, porque todos que nasceram na fé por meio dos seus trabalhos sabiam da forma honesta como o apóstolo dos gentios se comportou entre eles. Contudo, se Paulo se calasse neste momento, poderia passar a intensão diante de todos, que ele aceitava covardemente as acusações que lhe eram feitas, razão porque, o escritor se defende das injustiças feitas contra ele.

ME CONSIDERO JUSTIFICADO. No texto anterior, Paulo se põe a disposição dos seus leitores para que eles julgassem o seu caso, em que ele havia falhado para com eles. Além disto, ele também manda que seus leitores submetam, ele próprio a um tribunal dos homens. E por fim, ele faz um exame de si mesmo e se acha inocente. Mas, quando olha para cima, deixa a cargo de Deus, naquilo que ele poderia ter falhado.

POIS QUEM ME JULGA. Como em tudo, Paulo se sentia dependente de Deus, ele agora se põe nas mãos do juiz dos vivos e dos mortos, para que Ele venha a julgar a ele quanto as suas atividades e modo de vida que teve entre os coríntios, quando esteve presente naquele lugar para fundar a comunidade cristã naquela cidade. Quanto aos seus leitores, e também quanto aos seus oponentes ele se sentia inocentado.

É O SENHOR. Agora, com relação a Deus, ele se entregava totalmente a justiça divina, ela que é imparcial, por ser absolutamente isenta de erros. O julgamento dos filhos dos homens nunca vai ser justo, porque os seres humanos não tem conhecimento total das verdades e dos fatos. Mas com Deus é diferente, pois Ele está em todos os lugares, conhece todas as coisas e tem plena ciência da verdade, porque ele é a própria verdade. Assim sendo, Deus não erra em seu julgamento. Paulo estava confiante.

1 Coríntios 4:3

1 Coríntios 4:3 - Todavia, a mim mui pouco se me dá de ser julgado por vós, ou por algum juízo humano; nem eu tampouco a mim mesmo me julgo.

TODAVIA. Não é difícil de perceber-se o quanto os oponentes de Paulo na igreja cristã de Corinto estavam investindo contra seu bom nome, como também e principalmente contra sua autoridade apostólica. Conforme se sabe, no primeiro momento, quando da fundação daquela comunidade cristã, Paulo esteve mais ou menos um ano e meio em Corinto. Depois teve que se ausentar, (porque era missionário) e por isso, o acusavam de ter abandonado aquela igreja, o que não era verdade nem de longe.

A MIM MUITO POUCO SE ME DÁ. Tendo uma boa consciência do que já havia feito a favor daquela igreja, e o que ainda deveria fazer, porque depois, em ocasiões diferentes, ainda fez duas visitas àquela comunidade cristã, o autor não se deixava incomodar por saber que alguns estavam se levantando contra ele. Paulo não se sentia culpado pelos problemas que estavam ocorrendo na igreja cristã de Corinto.

DE SER JULGADO. De conformidade com os seus escritos, e o que se sabe pela tradição do cristianismo, os trabalhos de Paulo em cada localidade onde ele fundava uma igreja, era bem feito, e ele ficava dando assistência até que preparasse lideranças locais para tomarem conta das atividades da igreja local, ou deixava um de seus amigos de ministério. Em Corinto, ele fez um trabalho exemplar naquela igreja.

POR VÓS. Assim sendo, o apóstolo dos gentios não ver motivos para que seus filhos na fé achassem razões para acusa-lo de alguma coisa. Diante disto, podemos presumir que o problema não estava com os que conheciam a Paulo na igreja de Corinto, mais sim, por conta de alguns invasores que estavam se infiltrando naquela igreja, tentando fazer prosélitos para si mesmos, em uma igreja já bem fundada pelo apóstolo Paulo.

OU POR ALGUM JUÍZO HUMANO. Nem mesmo com os seus mais hostis adversários dentro da igreja de Corinto, Paulo se preocupava, porque ele tinha certeza de sua chamada da parte de Cristo e que já estava confirmadíssima por Deus. Mesmo que se levantasse um tribunal de homens carnais contra o ministério de Paulo, ele tinha confiança de que tais levantes se findavam em nada, porque Deus o defendia sempre. O apóstolo dos gentios tinha convicção que fazia a obra de Deus de forma correta.

NEM EU TANPOUCO A MIM MESMO. O escritor estava muito ocupado em suas campanhas evangelísticas para sair do foco e perder tempo com pensamentos negativos. Paulo tinha convicção que tinha dado o melhor de si mesmo, se gastando e se deixando gastar em prol daquela obra. A prova disto é que consegue ganhar naquela cidade muitas vidas para Cristo, o que contava positivamente em seu favor.

ME JULGO. É muito fácil estender o dedo na direção dos outros e colocar o próximo na cadeira de réu. Porem, é por demais difícil, fazer uma avaliação justa de si mesmo, sem puxar a sardinha para o próprio prato. Neste caso, o apóstolo Paulo se diz tranquilo em sua consciência, por saber que não tinha enganado a ninguém, nem tão pouco tinha defraudado a quem quer que seja em Corinto. Com todas as dificuldades do seu ministério, mas Paulo não se sente inferior a nenhum dos seus oponentes em Corinto.

1 Coríntios 4:1-2

1 Coríntios 4:1-2 - Que os homens nos considerem como ministros de Cristo, e despenseiros dos mistérios de Deus. Além disso, requer-se dos despenseiros que cada um se ache fiel.

QUE OS HOMENS. Não dá para distinguir se Paulo está falando a respeito dos homens de um modo geral, ou se ele está se dirigindo aos seus oponentes na igreja cristã de Corinto, ou ainda se ele se refere apenas aos irmãos que faziam parte da igreja de Cristo naquela cidade. Seja como for, mas as pessoas devem olhar com respeito e consideração para os ministros do evangelho. Mas para isso, os homens de Deus, eles mesmos é que devem fazer por onde ganhar o respeito de todas as pessoas.

NOS CONSIDEREM. A sociedade deve olhar para um ministro do evangelho e vê-lo como um astro que brilha intensamente neste mundo de trevas. Lamentavelmente, nos dias de hoje, muitos dos que se dizem ministros de Cristo, tem feito dos seus ministérios uma profissão, além dos escândalos que tem envolvidos os que se rotulam de ministros do evangelho. Tudo isso tem ofuscado o brilho dos ministros de Cristo.

COMO MINISTROS DE CRISTO. No pensamento de Paulo, ser um ministro de Cristo é ser um fiel representante do reino de Cristo nesta terra. Na época da igreja primitiva, ser ministro de Cristo era ser um apóstolo, bispo, profeta, evangelista, doutor, pastor, presbítero e etc. O ministro de Cristo é aquele que está potencialmente envolvido com o evangelho de Cristo e que realiza a obra da igreja de Cristo Jesus.

E DESPENSEIROS. Na realidade, um ministro de Cristo também pode ser chamado de sacerdote, porque ele é um canal de benção da parte de Cristo para os outros. Ser um despenseiro do reino de Cristo é por meio do que fala e do que faz e pratica levar o evangelho da salvação a todos com quem tem contato ou convive. O despenseiro também é um profeta de Deus que repassa para os outros as revelações divinas.

DOS MISTÉRIOS DE DEUS. A palavra de Deus afirma que, o Senhor não fará nada, sem antes revelar seus segredos aos seus servos, os profetas. Portanto, os verdadeiros ministros de Cristo são focos e raios de luzes que revelam os mistérios de Deus. As coisas de Deus são mistérios, que o homem natural não entende, daí a importância dos ministros de Cristo para como luz do mundo, iluminar os filhos dos homens.

ALÉM DISSO, REQUER-SE DOS DESPENSEIROS. É fundamental que os ministros do evangelho deem o melhor testemunho possível diante da sociedade e principalmente diante da igreja, isso porque, se requer que os despenseiros de Deus sejam luz do mundo e sal da terra. O ministro do evangelho de Cristo deve ser um espelho para todos aqueles que desejam trilhar a verdade do evangelho, como também para todos.

QUE CADA UM SE ACHE FIEL. Percebe-se a responsabilidade que os ministros de Deus têm diante dos seus deveres para com a obra de Deus nesta terra. Quando um membro menos influente da comunidade cristã peca, em muitos casos, só prejudica a ele próprio. Mas quando um chamado ministro do evangelho escandaliza, isso reflete negativamente, na vida de muitas outras pessoas. Por isso que se exige que os ministros de Cristo sejam fieis em tudo, quanto ao seu ministério e a vida cristã.