1 Coríntios 10:1-2

1 Coríntios 10:1-2 - Ora, irmãos, não quero que ignoreis que nossos pais estiveram todos debaixo da nuvem, e todos passaram pelo mar. E todos foram batizados em Moisés, na nuvem e no mar.

ORA, IRMÃOS. O autor tem advertências fortes a serem repassadas aos seus leitores, o que ele desejava fazer com inteligência, por isso é que ele começa suas exortações chamando seus leitores de irmãos. Paulo não quer passar a ideia de que é o grande apóstolo dos gentios quem alfineta seus filhos na fé, mas com humildade procura em pé de igualdade tratar a todos. Conforme o evangelho das boas novas de Cristo, todos aqueles que aceitam a Cristo Jesus como Senhor e Salvador se tornam irmãos.

NÃO QUERO QUE IGNOREIS. Para falar do perigo da apostasia, e do fato de que alguém que conhece a verdade, mas não obedece, corre um grande risco é que o escritor se utiliza do caso que houve com o povo de Deus, no que concerne à saída do Egito com a promessa de entrar na terra prometida de Canaã. Certamente os leitores de Paulo tinham conhecimento destes fatos, e não poderiam ignorar tudo isso.

QUE NOSSOS PAIS. Paulo era um israelita da gema, da tribo de Benjamim, hebreu de hebreu, e judeu de sangue, por isso que ele com mais precisão podia falar dos filhos de Israel que saíram do Egito como sendo seus pais. Como o cristianismo é considerado filho do judaísmo, todos os seguidores da nova religião de Cristo tinham muita consideração ao povo de Deus, Israel. Desta forma os judeus poderiam ser exemplo.

ESTIVERAM TODOS DEBAIXO DA NUVEM. Paulo se reporta ao que está escrito em Êxodo 13:21-22 - E o Senhor ia adiante deles, de dia numa coluna de nuvem para os guiar pelo caminho, e de noite numa coluna de fogo para os iluminar, para que caminhassem de dia e de noite. Nunca tirou de diante do povo a coluna de nuvem, de dia, nem a coluna de fogo, de noite. Esta nuvem fala da presença de Deus com o povo.

E TODOS PASSARAM PELO MAR. A passagem do povo de Deus pelo mar nos ensina sobre a libertação da escravidão para uma nova possibilidade de vida. Bem como nos ensina sobre o poder de Deus a disposição daqueles que eram filhos da promessa, no caso, o Israel de Deus. Todos que atravessaram a pé enxuto o mar vermelho estavam diante da chance de tomarem posse das promessas de Deus feitas ao amigo Abraão.

E TODOS FORAM BATIZADOS EM MOISÉS. O batismo cristão nas águas deve ser por inversão, e, portanto, neste caso do nosso texto em foco nos fala que os filhos de Israel foram batizados em Moisés, porque eles ficaram em baixo da nuvem do deserto, bem como ficaram a baixo do nível do mar, de quando da passagem do mar vermelho. Um pouco mais a frente o escritor explica porque esta usando este exemplo antigo.

NA NUVEM E NO MAR. A nuvem ficava sempre por cima do povo de Deus, protegendo do sol durante o dia, mas a noite esta mesma nuvem se transformava em um grande clarão para o povo. O portentoso milagre da abertura do mar vermelho para o povo de Israel passar foi uma grande demonstração do poder de Deus em guiar o seu povo rumo ao cumprimento de suas promessas. Os israelitas foram privilegiados de poderem participar destes eventos feitos pelo Deus Todo-poderoso.

1 Coríntios 9:27

1 Coríntios 9:27 - Antes subjugo o meu corpo, e o reduzo à servidão, para que, pregando aos outros, eu mesmo não venha de alguma maneira a ficar reprovado.

ANTES SUBJUGO O MEU CORPO. No versículo vinte e cinco diz Paulo o seguinte: E todo aquele que luta de tudo se abstém; eles o fazem para alcançar uma coroa corruptível; nós, porém, uma incorruptível. Já neste texto, o autor fala em termos comparativos que ele sacrificava o seu próprio corpo com muitas renúncias a fim de deixar que o espírito se fortalecesse para as batalhas espirituais. Na realidade, Paulo vivia em constantes batalhas contra os adversários, o mundo e a sua própria carne.

E A REDUZO. Tem um texto escrito por Paulo que retrata muito bem o que o escritor tenta escrever neste versículo, que é Gálatas 2:20 - Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim. Como um homem prudente, Paulo exerce controle sobre seus desejos da carne e vontades.

À SERVIDÃO. Em vez de cumprir as concupiscências da carne e a soberba da vida, por meio dos desejos carnais, o escritor afirma que procurava de todas as maneiras reduzir seu corpo ao senhorio de Cristo. Por isso que ele escreveu. Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas me convêm, todas as coisas me são lícitas, mas não me deixarei dominar por nenhuma delas. Isto é autocontrole e domínio próprio.

PARA QUE, PREGANDO. Tem um ditado no mundo que diz: Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço. Com Paulo era diferente, porque ele pregava o que vivia e vivia o que pregava, porque além de se preocupar com a salvação dos outros, ele também se empenhava para ganhar a sua própria salvação. Os mensageiros do evangelho devem se manter na sinceridade sobre aquilo que pregam para os outros, porque não adianta pregar para os outros se o seu testemunho não condiz com o que se prega.

AOS OUTROS. O apóstolo dos gentios era um desbravador de novos campos missionários transculturais, em que com empenho total buscava levar a Cristo aquelas pessoas que ainda não conheciam o Salvador da humanidade, Cristo Jesus. Foi então Paulo um dos maiores pregadores de sua época, e assim exercia seu ministério em benefício dos seus ouvintes, pregando o genuíno evangelho de Cristo.

EU MESMO NÃO VENHA DE ALGUMA MANEIRA. Mas, de que adiantava pregar para os outros, se ele da mesma forma não se preocupasse em cuidar de sua comunhão com Deus? Daí se cumpriria aquela palavra que diz: Salvou aos outros e não salvou a si mesmo. Por isso que o apóstolo dos gentios procurava viver uma vida de santidade em toda maneira de viver, para que na eternidade pudesse ver seus filhos na fé.

A FICAR REPROVADO. Certamente o escritor termina este capítulo de sua carta, ainda que indiretamente, dando uma alfinetada nos que usavam seus ministérios como profissão, e a palavra de Deus como uma mercadoria, por meio do comercio da fé. De que adianta pregar grandes mensagens, ganhar muito dinheiro com uma homilética quase perfeita e um sermão eloquente, mas no final das contas ser reprovado por Deus? Porque o Senhor vai pedir conta aos mercenários da fé de todos os tempos.

1 Coríntios 9:26

1 Coríntios 9:26 - Pois eu assim corro, não como a coisa incerta; assim combato, não como batendo no ar.

POIS EU. Desde o primeiro momento, que o apóstolo dos gentios sabia o que queria, quanto ao seu ministério no evangelho de Cristo. Tendo se encontrado com Cristo no caminho de Damasco, Paulo foi para as partes da Arábia, ficando um bom tempo no deserto, em plena comunhão com Deus. Buscava então se encher de Deus para em seguida começar sua grande e importante missão, em levar as boas novas de Cristo, principalmente em cidades e lugares onde Cristo ainda não era conhecido do povo.

ASSIM. Paulo poderia se juntar aos apóstolos e discípulos de Jerusalém, e juntamente com os que dantes já fazia a obra de Cristo, evangelizar os judeus, que até certo ponto já conheciam a história do Messias, que foi o Cristo, que morreu pelos pecados do seu povo, mas que ressuscitou ao terceiro dia, subiu ao céu para se assentar a destra de Deus. Mas ele preferiu partir sozinha para alcançar o mundo gentílico de sua época.

CORRO. Não que Paulo participasse das atividades esportivas nas corridas de Corinto ou de qualquer outra cidade daquela época. Mas ele se reporta ao seu ministério em pregar as boas novas de Cristo por onde passava. O apóstolo dos gentios empregava muito esforço em tornar Cristo conhecido daqueles que ainda não haviam sido alcançados com o evangelho, além de se dedicar as atividades do discipulado cristão.

NÃO COMO. Isso nos fala da forma organizada de como Paulo executava suas campanhas missionárias nos novos campos de evangelização. Com o passar do tempo, o apóstolo dos gentios foi se organizando cada vez mais, ao ponto de montar um robusto ministério com seus amigos. Enquanto Paulo se ocupava nos trabalhos de evangelismo, seus cooperadores e companheiros cuidavam das igrejas já fundadas. Percebe-se que tudo era feito com planejamento e não de qualquer forma ou jeito.

COISA INCERTA. Quando traçado o roteiro das três grandes viagens missionárias de Paulo pelo livro histórico do Dr. Lucas, Atos dos Apóstolos, logo descobrimos que, o apóstolo dos gentios era deveras bem organizado em suas atividades, e tudo executava com maestria, no sentido de alcançar seus alvos desejados. Apesar de que, os opositores de Paulo tudo faziam na tentativa de atrapalhar os seus planos.

ASSIM COMBATO. Verdadeiras batalhas espirituais eram travadas, no sentido de por em execução aquilo que Deus em Cristo revelava ao coração de Paulo. Enquanto os seus oponentes e adversários combatiam contra ele, Paulo lutava em oração e consagração a Deus, para que fossem neutralizadas as forças espirituais, que terminavam usando pessoas e circunstâncias, na tentativa de atrapalhar sua missão.

NÃO COMO BATENDO NO AR. Paulo não fazia suas atividades em prol do reino de Cristo, em levar as boas novas de maneira aleatória. É verdade que ele levou muitos anos para atingir seus objetivos, isso porque não contava com o apoio financeiro de Jerusalém, nem das igrejas por ele fundadas, nem de ninguém. Porem, tudo fazia com planejamento estratégia e força de vontade. Quando o apóstolo desejava fazer uma campanha evangelística, não permitia que nada viesse a impedir sua execução.

1 Coríntios 9:25

1 Coríntios 9:25 - E todo aquele que luta de tudo se abstém; eles o fazem para alcançar uma coroa corruptível; nós, porém, uma incorruptível.

E TODO AQUELE. O autor fala de todos aqueles que participavam das grandes maratonas de corridas que aconteciam nos tempos em que ele escreveu esta sua carta, principalmente na cidade de Corinto, que era bastante voltada para o esporte. Até mesmo aquelas pessoas que não tinham qualquer chance de ganhar participavam só pelo desejo de está entre a multidão. Vemos isso nas grandes cidades de nosso país onde multidões participam somente movidas pelo fanatismo do esporte envolvente.

QUE LUTA. Paulo fala do esforço que os atletas gregos empregavam para serem participantes destas corridas citadas pelo apóstolo dos gentios. Fala-se que os organizadores destes eventos esportivos obrigavam aos participantes a treinarem durante quase um ano inteiro, determinando tantas horas por dia, para que enfrentassem temperaturas variadas, e provocando verdadeiras exaustão física.

DE TUDO SE ABSTÉM. Os treinadores dos atletas submetiam os seus alunos a uma rigorosa dieta de alimentos, não permitindo que comessem qualquer tipo de alimentos. Não poderiam comer doces, nem alimentos gordurosos para se evitar caibras, tinham que se submeterem a uma dieta balanceada, a fim de não ganharem peso, e acima de tudo, não poderiam de forma alguma ingerir bebidas alcoólicas.

ELES O FAZEM. Todo esforço empreendido pelos atletas tem lá no fundo os seus objetivos que é justamente terminarem os campeonatos como vencedores. Ninguém faz grandes sacrifícios, nem dispendiosas renúncias sem alvos a serem alcançados. E a bíblia diz que os filhos das trevas são mais astutos do que os filhos da luz, no que diz respeito a lutarem pelos seus sonhos e objetivos de vida, porque eles são interesseiros pelas coisas desta vida. Porem, todo esforço deles, terminam em nada.

PARA ALCANÇAR UMA COROA CORRUPTÍVEL. No final dos campeonatos de corridas, aqueles que saiam ganhadores das competições, recebiam em suas cabeças coroas de flores, e em determinadas modalidades até de metais preciosos. Porem, não melhoravam suas vidas sociais, e quando terminavam seus dias de jovens, ganhavam problemas sérios de saúde, pelos esforços empregados além dos limites humanos.

NÓS, POREM. Paulo fala de si mesmo, bem como de todos aqueles que buscam fazer a vontade de Deus, principalmente àqueles que lutam legitimamente em fazer a obra de Deus por amor. Os que ganham recompensas financeiras para pregar, orar, cantar ou fazer a obra de Deus, já receberam suas recompensas, nada podendo esperar na vida futura e na eternidade. Nesta compreensão é que Paulo não pregava por dinheiro.

UMA INCORRUPTÍVEL. O evangelho fala sobre vários tipos de coroas que aqueles que fazem a obra de Deus por amor irão ganhar na eternidade com Cristo. E não somente isso, mas o que nos espera na vida eterna com o Senhor Jesus, não tem como comparar com as recompensas terrenas. Cristo disse: Eis que cedo venho, e o meu galardão está comigo, para dar a cada um segundo a sua obra (Apocalipse 22:12). Quem faz do seu ministério uma profissão, não sabe o que está perdendo no futuro.

1 Coríntios 9:24

1 Coríntios 9:24 - Não sabeis vós que os que correm no estádio, todos, na verdade, correm, mas um só leva o prêmio? Correi de tal maneira que o alcanceis.

NÃO SABEIS VÓS. Para falar sobre as atividades que alguém exerce na obra de Deus, e principalmente sobre aqueles que fazem parte do ministério, o autor se utiliza de mais uma de suas metáforas, a fim de expressar verdades espirituais. Essa metáfora era bastante conhecida dos leitores de Paulo, isso porque, o tipo de esporta sobre o qual fala o escritor era praticado na cidade de Corinto. Como também, os filhos na fé de Paulo iriam entender perfeitamente sobre o que ele desejava realmente falar.

QUE OS QUE CORREM NO ESTÁDIO. Não há dúvida, que Paulo em sua metáfora se reporta sobre as grandes maratonas que haviam naquela época, em que o próprio governo promovia para distrair o povo, com o objetivo de que as massas não tivessem tempo de pensar e reagir a opressão do império romano, que massacrava o povo por meio de altas taxas tributárias. Em Corinto, o esporte era muito valorizado.

TODOS, NA VERDADE CORREM. Praticamente todas as cidades em que eram dominadas pelo Estado de Roma, tinham lá suas pistas de corridas, que o escritor fala na frase anterior de estádio, e que em linha gerais tinha o cumprimento de cento e oitenta metros de cumprimento. Já a largura, dependia da quantidade de participantes de tais corridas. Porem, todos que participavam podiam concorrer e concorrer.

MAS UM SÓ. Como geralmente estes eventos eram realizados pelos governos locais, e dependendo da importância da cidade, as próprias autoridades romanas eram quem faziam a logística de tais eventos. Desta forma, haviam os juízes que acompanhavam as regras para que um único participante pudesse levar o prêmio. Há quem diga que Paulo estava dando uma indireta aos seus oponentes em Corinto, de que não havia lugar para eles na igreja local daquela cidade, porque a liderança da igreja já era dele.

LEVA O PRÊMIO? Levar o prêmio era o que todos desejavam, porem, somente o vencedor era que tinha o direito de levantar o troféu que era dado pelos organizadores do evento de corrida. Na vida espiritual este prêmio tipifica a salvação e vida eterna, além das corroas de recompensas que estão prometidas para os que vencerem pela fé. Os heróis da fé serão galardoados e recompensados diante de Cristo (2 Coríntios 5:10).

CORREI DE TAL MANEIRA. Naquelas corridas, sobre as quais fala Paulo haviam as regras para que os participantes pudessem concorrer ao prêmio. Não é diferente na vida espiritual. O pensamento de Paulo, certamente está fixo naqueles que participam do ministério, mas que não estão com objetivos puros no prêmio espiritual e futuro, porque recebem suas recompensas financeiras já nesta vida presente.

QUE ALCANCEIS. Jesus afirmou: De que adianta o homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? Da mesma maneira é quanto aos que participam do ministério, de que adianta receber já nesta vida presente suas recompensas financeiras para fazerem suas atividades pelas coisas espirituais, mas perder as recompensas para a vida eterna? Quem faz de seu ministério uma profissão e da palavra de Deus uma mercadoria vendável, executa a obra de Deus apenas como uma dispensação.

1 Coríntios 9:23

1 Coríntios 9:23 - E eu faço isto por causa do evangelho, para ser também participante dele.

E EU. Tendo Paulo se convertido ao cristianismo, depois de ter um encontro com Cristo, que mudou não somente o seu nome de Saulo para Paulo, mas que acima de tudo mudou a sua vida e destino. Agora, este homem de Deus se dedicava com o máximo de empenho para cumprir sua importante missão, de levar as boas novas de Cristo no mundo gentílico. Tendo passado mais ou menos três anos e meio entre Damasco e o deserto da Arábia, logo partiu Paulo a fazer seus trabalhos de missões.

FAÇO. Este verbo representa muito bem as ações empregadas pelo Apóstolo dos gentios em executar com sucesso seus trabalhos de evangelismo em prol da obra de Deus. Paulo se deixava se gastar, dia e noite, a tempo e fora de tempo para pelo seu ministério transcultural levar o nome de Cristo ao máximo possível de cidades daquela época. Ele sabia que seu campo de ação era atingir continentes inteiros.

ISTO. O autor se refere a tudo que ele já declarou em fazer e que ainda há de revelar sobre o que ele ainda restava fazer para ver o crescimento da igreja de Cristo nesta terra. Havia da parte do missionário a mais bela intenção de trabalhar por amor intenso na obra de Deus, sem visar obter vantagens dos que ele ganhava para Cristo, porque no fundo, no fundo, seu objetivo e meta era de fato a salvação de vidas.

POR CAUSA DO EVANGELHO. A realidade é que Paulo se achava devedor a Cristo e ao seu evangelho por ter sido alcançado pela graça de Deus. Antes de se converter para o cristianismo, ele foi um dos hostis perseguidores contra os servos de Cristo, tendo então, caído na graça de Cristo, agora ele desejava compensar positivamente os prejuízos que havia provocado contra a igreja remida de Cristo. Através do seu ministério Paulo nos ensina de que precisamos fazer mais e mais pelo evangelho.

PARA SER TAMBÉM. A história de Cristo deve ter sido o mais motivador exemplo para Paulo, no sentido de lhe impulsionar a fazer um serviço eficaz em prol do reino de Deus. Além do mais, os apóstolos de Jerusalém e os discípulos de Cristo em Israel vinham fazendo, dentro do possível, os trabalhos de evangelismo aos judeus. De forma que, tendo se convertido ao Cristianismo, Paulo também queria fazer sua parte.

PARTICIPANTE. Diga-se de passagem que, Paulo foi na verdade um gigante na sua participação em desbravar novos campos missionários em favor da igreja de Cristo. Enquanto o Senhor Jesus implantou sua nova religião em Israel, os apóstolos originais de Jerusalém estavam ocupados em evangelizar seu povo. Deus levantou a Paulo para levar o evangelho das boas novas de Cristo ao restante do mundo daquela época.

DELE. O escritor fala sobre o evangelho de Cristo, que é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crer no nome de Cristo, por meio da mensagem libertadora do evangelho das boas novas. O evangelho está contido em tudo aquilo que nós encontramos na bíblia referente ao Cristo de Deus, bem como a mensagem da nova aliança de Deus com a humanidade. No evangelho o ser humano encontra o plano da salvação de Deus, mediante a obra perfeita de redenção realizada por Cristo.

1 Coríntios 9:22

1 Coríntios 9:22 - Fiz-me como fraco para os fracos, para ganhar os fracos. Fiz-me tudo para todos, para por todos os meios chegar a salvar alguns.

FIZ-ME COMO FRACO. Uma das acusações dos oponentes de Paulo na igreja cristã de Corinto era de que ele era fraco, por não receber ajuda financeira para pregar a palavra de Deus e fazer a obra de Deus. Em muitas igrejas desta época, os líderes mais influentes pregavam a palavra de Deus como se fossem professores das ciências do saber, como filosofia, sociologia, psicologia e até a teologia. Hoje não é diferente, porque existem supostos ministros do evangelho que ganham dinheiro para pregar.

PARA GANHAR. A renúncia que Paulo fazia dos interesses econômicos em não ganhar dinheiro para fazer a obra de Deus, tinha como finalidade ganhar vidas para o reino de Cristo. Uma alma tinha mais valor para o apóstolo dos gentios, do que fazer da palavra de Deus uma mercadoria ou do seu ministério uma profissão. Infelizmente, nos dias de hoje, os mercenários da fé, fazem a obra de Deus visando lucro financeiro.

OS FRACOS. Já estes fracos, sobre os quais se reporta o apóstolo Paulo, dizem respeito aos pobres, eles que não despertam interesses por parte dos que praticam o comercio da fé. Os grandes líderes das religiões ou os famosos pregadores do outro evangelho, não estão nem ai com os que ficam as margens da sociedade. Dentro das denominações, os pobrezinhos ficam esquecidos, sem cargos e sem oportunidades.

FIZ-ME TUDO. Como ministro do evangelho de Cristo e como missionário transcultural, enviado por Cristo as nações gentílicas, o nosso escritor era muito diferente das demais lideranças legalistas da igreja matriz de Jerusalém. Já nesta época existia a elite religiosa, que mais buscava poder e prestígio junto à comunidade cristã, justamente como acontece nos dias atuais. Hoje, o que mais importa para a nata do cristianismo é status, poder, posição e influencia. É a isso que podemos chamar de reino dos homens.

PARA TODOS. Com isso, Paulo declara que não fazia acepção de pessoas, para ele o mais valoroso era ganhar vidas para o reino de Cristo. Enquanto aqueles que buscam construir seus próprios impérios religiosos, o que vale é os seus interesses pessoais. Mas para o apóstolo dos gentios o mais precioso era levar o evangelho das boas novas, principalmente aos mais pobres, porque dos tais é o reino dos céus, disse Jesus.

PARA POR TODOS OS MEIOS. Para tanto, o escritor desta carta quebrava o protocolo, infligia as regras humanas, não valorizava o legalismo da religiosidade, contanto que vidas fossem alcançadas por meio de seu testemunho e pregações. Não é a toa que Paulo foi consagrado pela história do cristianismo primitivo, como sendo um gigante na área da evangelização, porque para ele, salvação de vidas era o mais importante.

CHEGAR A SALVAR ALGUNS. Nem todos dão valor a salvação e vida eterna, porque a fé não é de todos. No entanto, para o apóstolo dos gentios, quanto mais pessoas ele alcançasse com o evangelho da libertação, isso era o prazer de sua alma. Paulo não visava o que as pessoas tinham, mais seu alvo era ganhar as próprias pessoas para o reino dos céus. Se todos tivessem esta mesma visão, e não a ganância financeira, a igreja de Cristo seria supervalorizada aqui e agora, como luz do mundo e sal da terra.