terça-feira, 11 de junho de 2019

Romanos 15:6-7

Romanos 15:6-7 - Para que concordes, a uma só boca, glorifiqueis ao Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo. Portanto recebei-vos uns aos outros, como também Cristo nos recebeu para glória de Deus.
PARA QUE CONCORDEIS. Mais um problema fica apontado pelo apóstolo naquela comunidade cristã, que era justamente a questão das discussões de palavras entre os seus membros. Verdade é que cada um dos servos de Cristo tem sua opinião pessoal sobre diversos assuntos, porem, não deve é haver choque de sermões de uns contra os outros, senão o púlpito da igreja vai se transformar em um palanque eleitoral, com disputas horripilantes de acusações debates inúteis, que não leva a nada.

A UMA SÓ BOCA. O escritor tinha seus informantes na igreja cristã que ficava na capital do império romano, e estava bem informado dos debates acalorado que sempre se repetiam entre os pregadores e ensinadores daquela comunidade cristã. Sua intenção, nesta passagem bíblica era efetivamente padronizar os tipos de pregações que os irmãos deveriam fazer, com todos falando coisas que edificam.

GLORIFIQUEIS AO DEUS E PAI. As contendas de palavras e os choques de opiniões que através das pregações aconteciam, de maneira recorrente naquela igreja, só serviam cada vez mais para enfraquecer o povo de Deus. Em vez dos debates, Paulo recomenda e aconselha que os líderes daquela comunidade cristã usassem das oportunidades para glorificar a Deus nosso Pai, com palavras boas e que edificam.

DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO. Este é um dos títulos mais completos do Filho de Deus, pois fala da pessoa do Messias de Deus e de sua missão. O senhorio de Cristo pode ser visto em toda a extensão do Novo Testamento. Jesus é o nome próprio do Filho de Deus, e quer dizer: Aquele que veio salvar o seu povo dos seus pecados. Já o sobrenome ou adjetivo Cristo, nos ensina sobre a missão do Emanuel de Deus.

PORTANTO, RECEBEI-VOS UNS AOS OUTROS. Ainda que indiretamente, o apóstolo dos gentios retoma a questão da divisão de classe em judeus e gentios naquela igreja. Os judeus diziam que eram superiores aos gentios, porque era o povo das alianças com Deus. Os gentios alegavam que os hebreus haviam sido cortados da comunhão com Deus, e que a aliança da graça era apenas com os gentios do mundo.

COMO TAMBÉM CRISTO VOS RECEBEU. No desejo de ver todas as pessoas salvas, então, queremos que todos aceitem a Cristo como Senhor e Salvador. Mas na realidade Cristo é quem nos aceita junto à família divina, quando cremos no seu nome, como sendo o Messias de Deus e aceitamos de que sua obra perfeita de redenção nos justifica diante da justiça de Deus. Esta é a realidade do evangelho.

PARA GLÓRIA DE DEUS. A união e harmonia entre os leitores de Paulo seriam para glória de Deus, assim como a obra de propiciação e expiação realizadas pelo Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo produziu a reconciliação dos remidos de Cristo com Deus. Paulo destaca que a existência da igreja remida do Senhor Jesus rende muitas glórias ao Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo. Tudo que somos e o que devemos fazer, deve ser para que o nome do nosso Deus seja glorificado em Cristo.

quinta-feira, 6 de junho de 2019

Romanos 15:5

Romanos 15:5 - Ora, o Deus de paciência e consolação vos conceda o mesmo sentimento uns para com os outros, segundo Cristo Jesus.
ORA, O DEUS. Paulo deixa transparecer que seus escritos além de estarem de acordo com as Sagradas Escrituras do Antigo Testamento, conforme o versículo anterior, mais também vem diretamente da parte do Deus único e verdadeiro, que é o revelador de suas inspiradas Escrituras. Isso demonstra o quão o apóstolo era dependente de Deus e de Cristo Jesus. Em tudo que Paulo pregava, fazia ou escrevia, tinha a orientação que vem do alto, como fonte de suas inspirações e revelações.

DE PACIÊNCIA. Deus é paciente e longânimo em seus atos de misericórdia e bondade para com os filhos dos homens, principalmente para com aqueles que confiam Nele inteiramente. Com isto, Paulo fala das misericórdias ilimitadas de Deus, conforme Lamentações 3:22-23 - As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim. Novas são cada manhã; grande é a tua fidelidade. Não fora esta paciência de Deus, a terra já tinha sido destruída.

E CONSOLAÇÃO. 2 Coríntios 1:3 - Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai das misericórdias e o Deus de toda a consolação. Que nos consola em toda a nossa tribulação, para que também possamos consolar os que estiverem em alguma tribulação, com a consolação com que nós mesmos somos consolados por Deus. Nesta vida os remidos de Cristo passam por muitas coisas, mas Deus os consola sempre.

VOS CONCEDA. O apóstolo espera uma ação da parte de Deus na vida dos seus leitores, no sentido de que mudem para melhor, no que diz respeito a não mais servirem de pedra de tropeço na vida uns dos outros, isto por conta de coisas banais, tais como o comer ou não comer determinados tipos de alimentos. Paulo nos passa a ideia de que tudo provem de Deus, Ele que capacita os seus, conforme sua vontade.

O MESMO SENTIMENTO. O homem por se só e de acordo com suas próprias forças, não tem condições de realizar a vontade completa de Deus, porque desde a queda da raça humana, o livre arbítrio do ser humano, se contradiz com o reino dos céus. Mas a intervenção de Deus na vida dos seus servos é que proporciona novos sentimentos de paz e harmonia entre aqueles que buscam o reino de Deus em primeiro lugar.

UNS PARA COM OS OUTROS. Esta é a lei de Cristo, conforme Marcos 12:31 - E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Não há outro mandamento maior do que estes. Aquilo que desejamos para nós mesmos é justamente o que devemos desejamos para o nosso próximo. Se o mais importante para nós é a vida eterna, então, devemos lutar também para os outros serem salvos.

SEGUNDO CRISTO JESUS. Filipenses 2:2-5 - Completai o meu gozo, para que sintais o mesmo, tendo o mesmo amor, o mesmo ânimo, sentindo uma mesma coisa. Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo. Não atente cada um para o que é propriamente seu, mas cada qual também para o que é dos outros. De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus. Andemos, pois, nas pisadas de Cristo.

Romanos 15:4

Romanos 15:4 - Porque tudo o que dantes foi escrito, para nosso ensino foi escrito, para que pela paciência e consolação das Escrituras tenhamos esperança.
PORQUE TUDO. Não há dúvida que o autor desta carta se reporta aos conteúdos literários de cunho religioso dos hebreus, até porque Paulo nesta sua carta aos Romanos se utiliza de muitas das citações do que hoje chamamos de Velho Testamento. Nesta mesma época, os judeus já contavam com uma coleção de livros das Escrituras religiosas em grego, que foi catalogada e traduzida do hebraico para o grego duzentos anos antes da vida de Cristo, na cidade de Alexandria no Egito.

O QUE DANTES FOI ESCRITO. No primeiro século de nossa era cristã haviam entre os judeus três Cânon, que eram eles. O Cânon dos judeus ortodoxos, que era aqueles judeus que só aceitavam os escritos de Moisés como Escrituras Sagradas. O Cânon dos escribas e fariseus, que compõe nos dias de hoje a bíblia dos evangélicos. E por fim o Cânon da dispersão, que eram as escrituras dos judeus que viviam fora da Judeia e em outros países também, o que hoje compõe a chamada bíblia católica.

PARA NOSSO ENSINO. 2 Tim. 3:16 - Toda Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra. Existem inúmeros exemplos no Antigo Testamento que podemos tirar proveito e crescer na fé e confiança em Deus. Tudo isto pode ser visto no capítulo onze de Hebreus.

FOI ESCRITO. Moisés foi divinamente inspirado para elaborar uma grande quantidade de Escrituras de uma importância muito grande para os filhos de Israel, bem como o Salmista Davi e outros tantos, além dos profetas de Deus que deixaram suas contribuições por Escrito ao povo hebreu. E é bom lembrar que, os escritores do Novo Testamento se inspiraram também nos escritos do Velho Testamento e isto é fato.

PARA QUE PELA PACIÊNCIA. Os grandes heróis da fé que viveram durante a velha dispensação nos deixaram seus exemplos de perseverança, que faz com que nós possamos vencer nossas dificuldades do mesmo modo que eles venceram. O testemunho dos antepassados das escrituras nos dá força o suficiente para continuarmos crendo no trabalhar de Deus em favor dos seus filhos e filhas também.

E CONSOLAÇÃO DAS ESCRITURAS. No Velho Testamento nós encontramos muitos casos de pessoas que superaram grandes obstáculos porque viveram pela fé no Deus único e verdadeiro, tais como José filho de Jacó, que teve que passar muitas lutas, mas foi vitorioso na terra de sua aflição. Podemos ainda citar o caso de Davi que foi chamado por Deus para ser rei sobre Israel, e que no final venceu as lutas e batalhas.

TENHAMOS ESPERANÇA. Os bons exemplos de perseverança e de vitória que nós encontramos nas páginas do Velho Testamento nos inspiram a sermos do mesmo modo perseverantes, porque como Deus é fiel para cumprir suas promessas, assim como ele deu vitória aos antigos hebreus, não é diferente com os seus filhos e filhas dos dias de hoje. Pela fé e confiança em Deus, não baixamos a nossa cabeça, mas sempre de bom ânimo batalhamos pelos nossos objetivos, certos de nossa vitória.

Romanos 15:3

Romanos 15:3 - Porque também Cristo não agradou a si mesmo, mas, como está escrito: Sobre mim caíram as injúrias dos que te injuriavam.
PORQUE TAMBÉM CRISTO. Neste versículo o escritor se utiliza do maior exemplo de abnegação em prol dos outros da história da humanidade para convencer seus leitores que deviam renunciar suas próprias vontades em prol do seu próximo. Cristo Jesus, o Filho de Deus, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, mas aniquilou-se a se mesmo, tomando a forma de servo (Filipenses 2:6-7). Ele disse que não veio para ser servido, mas para servir e dá a sua vida em prol dos outros.

NÃO AGRADOU. O Cordeiro de Deus, também conhecido como servo de Deus já antes mesmo de sua vinda, sabia de tudo que teria de passar em prol dos filhos dos homens, mas nem por isso desistiu de sua missão. E o resultado é o que todos nós conhecemos, Jesus de Nazaré fez a expiação pelos nossos pecados, dando tudo de si mesmo para proporcionar inumeráveis benefícios de salvação e vida eterna para a humanidade.

A SI MESMO. Foi para isto, que Cristo se deu. Isaías 53:4-5 - Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido. Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. Tudo tinha propósitos.

COMO ESTÁ ESCRITO. Esta é uma colocação recorrente nos escritos de Paulo, e mais especificamente nesta sua carta, como prova de que a nova dispensação da graça de Deus contava com o apoio das Escrituras Sagradas dos hebreus. Além do mais, como havia boa parte dos membros da igreja cristã de Roma sendo judeus, isso dava mais autoridade a esta carta de Paulo, por os filhos de Israel conheciam bem tais Escrituras. Somente nesta carta aos Romanos, Paulo cita esta frase mais de quinze vezes.

SOBRE MIM. Certamente o apóstolo dos gentios cita a passagem de Salmos 69:9 - Pois o zelo da tua casa me devorou, e as afrontas dos que te afrontam caíram sobre mim. Mas também não deixa de ser uma interpretação de Isaías 53:6 - Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu caminho; mas o Senhor fez cair sobre ele à iniquidade de nós todos. Cristo levou nossos sofrimentos.

CAÍRAM AS INJÚRIAS. Como o sacrifício expiatório do Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo, foi em nosso lugar, então Jesus de Nazaré teve que suportar muita coisa, isso fazia parte de sua missão de resgate. Aquilo que os remidos de Cristo mereciam como castigo e reprovação, Cristo por amor aos seus escolhidos suportou, tendo que levar sobre si mesmo nossas culpas, com a finalidade de nos salvar.

DOS QUE TE INJURIARAM. Ele não merecia tanta humilhação, porque não falhou, não errou, nem pecou, na sua boca não se achou engano. Porem, era o preço que deveria ser pago, como sacrifício de redenção. Mas valeu apena tudo que o Cristo de Deus teve que suportar em nosso lugar, porque o resultado é a vida eterna. Isaías 53:11 - Ele verá o fruto do trabalho da sua alma, e ficará satisfeito; com o seu conhecimento o meu servo, o justo, justificará a muitos; porque as iniquidades deles levará sobre si.

Romanos 15:1-2

Romanos 15:1-2 - Mas nós, que somos fortes, devemos suportar as fraquezas dos fracos, e não agradar a nós mesmos. Portanto cada um de nós agrade ao seu próximo no que é bom para edificação.
MAS NÓS, QUE SOMOS FORTES. Forte em que? Forte na fé em Cristo Jesus, que é o objeto da nossa fé cristã, porque toda a nossa confiança está depositada em Cristo. Paulo se inclui entre aqueles que não mais guardavam os costumes e dietas alimentares dos judeus. Apesar de ser um ex-seguidor do tradicional judaísmo, porem, Paulo teve uma profunda compreensão dos valores da nova aliança da graça com todas as nações do mundo. Os mais fortes, levem os fracos nos braços.

DEVEMOS SUPORTAR. O autor defende a inclusão dos mais fracos e não que o partido dos liberais fizessem acepção de pessoas com aqueles que eram débeis na fé. A guerra estava travada, e o desejo de Paulo era que os soldados da linha de frente, usassem suas forças para levar nos braços, aqueles que por motivos diversos estavam se sentindo fracos na caminhada. É assim que se cumpre a lei do amor fraterna.

AS FRAQUEZAS DOS FRACOS. Nem todos tem a mesma fé, e no meio do povo de Deus sempre vão existir aqueles que manquejam na caminhada da fé. No caso dos judeus convertidos ao cristianismo, de princípio, eles se sentiam duvidosos de deviam ou não abandonarem definitivamente com o judaísmo, para então abrasarem de fato a liberdade cristã. Por isso, se sentiam fracos na fé cristã, com ressalvas da nova aliança.

E NÃO AGRADAR A NÓS MESMOS. O que o apóstolo desejava era que os gentios compreendessem os irmãos judeus, pelo fato deles ainda guardarem algumas tradições do judaísmo, e não discriminassem os irmãos por questões de costumes ou tradições. No contexto dos escritos de Paulo, percebemos que o apóstolo dos gentios era cauteloso quanto aos judeus convertidos ao cristianismo, sem julgá-los errado.

PORTANTO, CADA UM DE NÓS AGRADE AO SEU PRÓXIMO. Esse comportamento dos irmãos mais fortes da comunidade cristã da cidade de Roma se traduzia por entender que os irmãos hebreus que agora faziam parte do cristianismo, precisavam de ajuda, até que chegassem ao desenvolvimento da fé o suficiente para entenderem que Cristo já havia cumprido a legislação de Moisés em lugar dos seus remidos, com a expiação.

NO QUE É BOM. Neste caso, o bom era não contender com os irmãos mais fracos na fé, quanto às questões de costumes e tradições religiosas. O cristianismo já havia conquistado grandes avanços em sua marcha. E Paulo via motivos de o povo de Deus crescer e se desenvolver cada vez mais, com isso, os irmãos não poderiam se permitir que coisas pequenas atrapalhassem o progresso da igreja de Cristo em todo o mundo.

PARA EDIFICAÇÃO. Esse deve ser o foco principal da nova lei de Cristo, em cumprimento do amor fraternal, que deve prevalecer no meio do povo de Deus, que é justamente a edificação de uns para com os outros. Paulo via a capital romana como um farou que poderia levar o evangelho da paz a muitos outros lugares, por meio do bom exemplo de cooperação dos irmãos, no bem-estar de uns para com os outros. Não era momento de divisão, senão de união, para o crescimento da obra de Deus.

sábado, 1 de junho de 2019

Romanos 14:23

Romanos 14:23 - Mas aquele que tem dúvidas, se come está condenado, porque não come por fé; e tudo o que não é de fé é pecado.
MAS AQUELE. Paulo com esta mensagem conclui seu tema abortado em textos anteriores sobre a questão da dieta cristã, relacionada aos que se sentiam fracos, ao ponto de se escandalizarem, simplesmente porque via alguém maduro na fé comer determinados tipos de alimentos, que para eles era proibido comer. E neste último versículo do capítulo quatorze, o escritor salienta que os mais fortes não permanecessem em seu liberalismo, quando isso prejudicaria os fracos na fé.

QUE TEM DÚVIDA. A realidade, é que a igreja na cidade de Roma era composta de pessoas que vieram do judaísmo, bem como do paganismo. Os cristãos que antes faziam parte do judaísmo, talvez com sua origem em uma das seitas judaica chamada essênios, e que eram circuncidados, tinham dúvida quanto ao quebrar suas dietas alimentares, que por tradição receberam dos seus antepassados mais antigos.

SE COME. Neste caso, por conta da consciência deles, era melhor não comerem os mesmos alimentos que os liberais comiam, porque se assim procedessem, pecariam contra sua própria consciência, afetando, portanto, suas vidas de fé. O apóstolo pede mais uma vez aos irmãos mais fortes na fé que ajudassem aos mais fracos, não fazendo pressão para que os mais débeis na fé comessem os mesmos alimentos que eles.

ESTÁ CONDENADO. Alguém tinha que ceder, com o objetivo de resolver um impasse entre os judeus convertidos ao cristianismo e os gentios que vieram do paganismo, mas que foram alcançados pela multiforme graça de Deus, e que agora faziam parte do corpo de Cristo, que é a sua igreja remida. Na compreensão de Paulo, ficava mais fácil se os mais fortes recuassem em suas dietas exageradas para os fracos não caírem.

PORQUE NÃO COME POR FÉ. Percebe-se que o cristianismo teve muitas dificuldades em seus começos para avançar em sua história, porque os costumes do tradicional judaísmo constituíam em grandes barreiras para que a nova religião de Cristo se desenvolvesse. No começo os judeus que se convertiam ao cristianismo sentiam receio de que o próprio cristianismo não fosse algo que viesse a prejudicar aos hebreus, e isso pode ser visto nas lideranças de Jerusalém que viveram o momento de transição.

E TUDO O QUE NÃO É DE FÉ. Os seguidores do judaísmo, em suas várias ramificações e seitas, mesmo se convertendo ao cristianismo, mas tentavam se manter nas tradições dos seus antepassados, guardando muitos dos elementos da lei de Moisés. Quando para o apóstolo dos gentios, a nova ordem do cristianismo era o discípulo de Cristo viver pela fé, e não pelas normas e exigências da lei. Ou a fé em Cristo ou a lei.

É PECADO. E tudo o que não é de fé é pecado. Quando se faz um estudo panorâmico da nova dispensação da graça de Deus, dentro das páginas do Novo Testamento, se chega a conclusão que a fé se constitui em um elemento fundamental para os servos de Cristo. Por isso que Paulo afirma neste texto que, o que não se faz pela combustão da fé é pecado. E no caso dos que vieram do judaísmo para o cristianismo, eles tinham que fazer a opção pela fé na obra de Cristo, ou viverem ainda pela lei de Moisés.

Romanos 14:22

Romanos 14:22 - Tens tu fé? Tem-na em ti mesmo diante de Deus. Bem-aventurado aquele que não se condena a si mesmo naquilo que aprova.
TENS TU FÉ? O que é a fé? Hebreus 11:1 - Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não veem. Sem fé é impossível agradar a Deus, Hebreus 11:6 - Ora, sem fé é impossível agradar-lhe; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam. A fé é indispensável no processo da salvação, Atos 16:31 - E eles disseram: Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo, tu e a tua casa. Paulo fala desta fé prática.

TEM-NA EM TI MESMO. Certamente, o escritor aponta em direção aos cristão mais liberais, que afirmavam que tinham muita fé de que se comessem qualquer tipo de alimento, não seriam contaminados. Porem, Paulo afirma que eles não precisavam demostrar isso para os mais fracos na fé, porque os tais, por não terem ainda desenvolvido a fé deles, se sentiam escandalizados com isso, ao ponto de caírem da fé.

DIANTE DE DEUS. A fé é algo abstrato, e não alguma coisa que se ver com os olhos físicos ou se percebe com os sentidos físicos. Portanto, assim sendo, precisamos demostrar a nossa fé, sim, mais diante de Deus. Parece que os super cristãos daquela igreja, queriam mesmo era mostrar diante dos outros que tinham mais fé do que os demais. Hoje também existem muitos que se acham mais fortes do que os outros.

BEM-AVENTURADO. Feliz daquele que pode olhar para dentro de si mesmo e pode dizer e provar diante de Deus que é um verdadeiro discípulo de Cristo. Porque aquele que diz que o conhece, deve andar como Ele andou (2 João 2:6). Na verdade o cristão verdadeiro pode sentir em sua alma a verdadeira felicidade, por exercer de maneira correta sua fé em Deus e em Cristo (João 14:1), porque quem assim procede, conquista de forma segura a graça do Criador e pode dizer que é mais que vencedor.

AQUELE QUE NÃO SE CONDENA. Tudo indica que os mais liberais estão julgando e condenando os irmãos judeus, porque eles praticavam ainda algumas coisas da lei de Moisés, tais como suas dietas quanto a determinados tipos de alimentos. Todavia, Paulo recomenda que os irmãos não condenassem os outros, mas que olhassem para dentro de si mesmo, no sentido de perceberem se não precisavam melhor mais.

A SI MESMO. Bem-aventura aquele que não se condena a si mesmo. Com isso, o apóstolo dos gentios pede que os irmãos façam uma reflexão interior, consigo mesmo, para analisarem se não estavam errados, quando tentavam julgar a vida dos mais fracos na fé, servindo de pedra de tropeço para seu semelhante. Não adianta ser um religioso para os outros verem, mais por dentro ser dominado pela hipocrisia.

NAQUILO QUE APROVA. Uma coisa é alguém achar que está correto em seus atos de cunho religioso, e outra coisa e aquilatar tais atos ao que Cristo ensinou sobre sua lei do amor fraternal. Um cristão pode achar que fazendo determinadas coisas está correto em seus procedimentos e outra coisa é ver se não está prejudicando o seu irmão na fé. No caso em foco, os mais fortes na fé diziam que comendo qualquer tipo de alimento estava tudo bem, porem, no final, estava escandalizando os fracos na fé.

Atos 28.30-31

Atos 28.30-31 - E Paulo ficou dois anos inteiros na sua própria habitação que alugara, e recebia todos quantos vinham vê-lo. Pregando o rein...