Atos 7:34

Atos 7:34 - Tenho visto atentamente a aflição do meu povo que está no Egito, e ouvi os seus gemidos, e desci a livrá-los. Agora, pois, vem, e enviar-te-ei ao Egito.

TENHO VISTO ATENTAMENTE. Este é um texto maravilhoso da palavra de Deus, em que nos faz perceber o cuidado todo especial que o nosso Deus tem por aqueles que são os seus escolhidos e eleitos. Os olhos de Deus estão por todas as partes, contemplando os bons e os maus. Esse versículo nos fala a respeito da Onipresença de Deus e diante disto podemos ter a certeza de que ele está presente em todos os lugares, mas também nos fala a respeito da Onisciência de Deus, Ele que sabe de tudo.

A AFLIÇÃO. Estêvão faz a citação do que está registrado em Êxodo 3:7 - E disse o SENHOR: Tenho visto atentamente a aflição do meu povo, que está no Egito, e tenho ouvido o seu clamor por causa dos seus exatores, porque conheci as suas dores. Diante do que temos exposto neste texto, podemos aprender que, em muitos casos, o sofrimento é permitido por Deus para que o ser humano procure a ajuda do Criador.

DO MEU POVO QUE ESTÁ NO EGITO. Deus chama os filhos de Israel de meu povo, porque aquela gente era os descendentes de Abraão, Isaque e Jacó. Apesar de ser um povo de coração duro, mais era e sempre será o povo de Deus. Por meio da família de Jacó, com mais de setenta pessoas, o Deus de Abraão levou o seu povo para o Egito, em cumprimento de sua palavra. Eles estavam no Egito, mas era povo de Deus.

E OUVI OS SEUS GEMIDOS. Essa expressão nos fala dos sofrimentos em que os filhos de Israel estavam passando, por conta de se tornarem escravos naquele país. Pode-se falar do gemido da voz, porque eles estavam fazendo trabalhos forçados até a exaustão, mas também fala do gemido da alma, que se traduz por tristezas profundas da alma e do espírito. Humanamente falando, o gemido é uma linguagem sem sentido, mas que comunica alguma coisa, e que o Deus de compaixão entende muito bem.

E DESCI PARA LIVRÁ-LOS. O Senhor neste momento fala em linguagem humana para que Moisés pudesse lhe entender, porque sabemos que Deus esta sempre presente em todos os lugares. O que Deus quis dizer para seu servo é que Ele se importava com os sofrimentos do seu povo, e que iria a partir de agora agir poderosamente para livrar Israel dos seus opressores. Deus mesmo era quem estava salvando Israel dos inimigos.

AGORA, POIS, VEM. Quem sabe, Moisés muitas vezes, nos seus primeiros quarenta anos de vida, quando ainda era príncipe no Egito, pensou em libertar seus irmãos da opressão dos egípcios. E em uma atitude corajosa, Moisés até que fez alguma coisa para que Israel percebesse que ele seria para eles o libertador. Mas antes não era o momento de Deus, todavia, agora Deus chama a seu servo para essa grande missão.

E ENVIAR-TE-EI AO EGITO. Há quarenta anos passados, Moisés saíra do Egito como fugitivo, e se ele não tivesse fugido de lá, o próprio faraó teria mandado executar a Moisés, quando descobriu que ele desejava liderar os filhos de Israel para uma rebelião contra as autoridades daquele país. Moisés deve ter ficado apavorado ao ouvir esta mensagem da parte de Deus, uma vez que ele sabia o risco que correria ao chegar ao Egito. Mas era o Deus Todo-poderoso quem o estava enviando nesta missão.

Atos 7:32-33

Atos 7:32-33 - Dizendo: Eu sou o Deus de teus pais, o Deus de Abraão, e o Deus de Isaque, e o Deus de Jacó. E Moisés, todo trêmulo, não ousava olhar. E disse-lhe o Senhor: Tira as alparcas dos teus pés, porque o lugar em que estás é terra santa.

DIZENDO: EU SOU O DEUS DE TEUS PAIS. Estêvão cita o texto de Êxodo 3:6 - Disse mais: Eu sou o Deus de teu pai, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque, e o Deus de Jacó. E Moisés encobriu o seu rosto, porque temeu olhar para Deus. Esta é uma frase que significa as outras três colocações das frases seguintes. O que Deus estava dizendo para Moisés é que Ele, o Senhor era o Deus dos hebreus, o mesmo que fez promessa a Abraão, que renovou sua promessa a Isaque e que confirmou ao patriarca Jacó.

O DEUS DE ABRAÃO. Essa expressão fala a respeito da amizade de Deus com o patriarca Abraão, como sendo uma pessoa muito significativa no plano de Deus para a nação de Israel. Abraão entrou completamente em choque com a cultura religiosa do seu templo e dos seus antepassados, que eram voltados para o politeísmo, com a idolatria aos ídolos e as imagens de escultura, passando a adorar somente ao Criador.

E O DEUS DE ISAQUE, E O DEUS DE JACÓ. Quem conhece a história de Isaque sabe que ele veio a existência por uma intervenção direta e sobrenatural de Deus, uma vez que, Sara era estéril, não podia gerar filhos, e Abraão já era um homem bastante idoso quando gerou seu filho Isaque. Jacó também foi muito importante para os planos de Deus, ele que se tornou o patriarca, por meio do qual surgiram doze tribos de Israel.

E MOISÉS TRÊMULO. Eis aqui um exemplo do encontro entre o que é humano fraco e falho, com o divino, que é poderoso e forte. Humanamente falando, Moisés era um homem forte, com resistência física de quem resistia às contrariedades do deserto, mas que diante da presença de Deus se tornou um homem frágil. Mas isso não aconteceu só com Moisés, muitos que tiveram um encontro com Deus agiram assim.

NÃO OUSAVA OLHAR. De princípio, Moisés até se aproximou daquela cena para ver o que estava acontecendo, Êxodo 3:3 - E Moisés disse: Agora me virarei para lá, e verei esta grande visão, porque a sarça não se queima. Mas, quando o Senhor Bradou de diante de Moisés, agora, o homem que era um guerreiro, que tinha coragem de enfrentar a tudo e a todos, não tinha coragem mais nem de ver aquela cena forte.

E DISSE-LHE O SENHOR: TIRA AS ALPARCAS DOS TEUS PÉS. Moisés escutou o brado de Deus, Êxodo 3:4-5 - E vendo o Senhor que se virava para ver, bradou Deus a ele do meio da sarça, e disse: Moisés, Moisés. Respondeu ele: Eis-me aqui. E disse: Não te chegues para cá; tira os sapatos de teus pés; porque o lugar em que tu estás é terra santa. Tirar as sandálias dos pés era naquela época sinal de respeito e de reverência.

PORQUE O LUGAR EM QUE ESTÁS É TERRA SANTA. Não que aquele lugar tivesse diferença de outros lugares, mas porque naquele momento aquela terra estava sob a influência direta da santidade do Deus de toda a glória. Essa passagem, mal interpretada, tem levado muitos à idolatria de determinados lugares. Hoje, este lugar de santidade, pela presença do Espírito Santo nossos nós, templo do Espírito de Deus, quando vivemos dignamente na presença de Deus, Ele que é santo, santo, santo.

Atos 7:31

Atos 7:31 - Então Moisés, quando viu isto, se maravilhou da visão; e, aproximando-se para observar, foi-lhe dirigida a voz do Senhor.

ENTÃO, MOISÉS. Este Moisés era um homem preparadíssimo, porque tinha durante os primeiros quarenta anos de sua vida, estudado nas melhores escolhas do Egito, por ser ele filho da filha de Faraó. Neste lugar onde se encontrava neste momento, adquiriu muitas experiências no deserto, para então, passar o resto de sua vida, também no deserto, guiando o povo de Deus Israel. A partir de agora, a vida de Moisés seria totalmente mudada, porque ele passou a ter contado direto com Deus e com os céus.

QUANDO VIU ISTO. Estêvão se refere ao que o próprio Moisés deixou registrado em Êxodo 3:2 - E apareceu-lhe o anjo do Senhor em uma chama de fogo do meio duma sarça; e olhou, e eis que a sarça ardia no fogo, e a sarça não se consumia. Esta experiência na vida de Moisés fez foi um divisor de águas para seu destino, porque a partir de agora, Deus passa a falar face a face com Moisés, lhe orientando como agir.

SE MARAVILHOU. O que Moisés estava vendo com seus próprios olhos não era algo que ele costumava ver naquele lugar, mas era algo sobrenatural, além da percepção dos sentidos humanos. Todo ser humano que tem uma experiência com o sobrenatural fica maravilhado, porque os eventos desta natureza fogem totalmente da lógica humana. A bíblia fala de muitos casos em que as pessoas ficam em êxtase.

DA VISÃO. O que Estêvão fala neste texto, não era uma alucinação provocada por drogas ou por fenômenos psicossomáticos de esquizofrenia, nem muito menos de um sonho provocado por motivos diversos. Mas esta visão que Moisés teve foi uma intervenção da parte de Deus, algo sobrenatural, em que há um contato direto da alma do ser humano com o divino. Geralmente, este tipo de visão é própria dos profetas de Deus ou de um homem de Deus que é um verdadeiro mensageiro de Deus.

E, APROXIMANDO PARA OBSERVAR. O fogo que estava associado a uma sarça que ardia e não se consumia era um fato localizado que não se movia de um lugar para outro, e a prova disto é que Moisés é que se locomoveu para ver de perto o que estava ocorrendo naquele lugar. Moisés foi corajoso e teve um impulso de fé para examinar aquele fenômeno, porque simplesmente ele poderia se assustar e fugir com medo.

FOI-LHE DIRIGIDA A VOZ. Moisés teve força o suficiente para dar seus passos firmes em direção daquele fenômeno sobrenatural, porque ele ficou curioso para saber o que estava acontecendo com aquela sarça, que ardia no meio do fogo, mas que não se queimava, que seria o natural. Ao se aproximar, não sabemos quantos metros da sarça, o homem de Deus começa a ouvir uma voz que não era desta terra dos homens.

DO SENHOR. No texto que já citamos de Êxodo 3:2 - E apareceu-lhe o anjo do Senhor em uma chama de fogo do meio duma sarça; e olhou, e eis que a sarça ardia no fogo, e a sarça não se consumia. Afirma que foi o anjo do Senhor quem apareceu a Moisés no meio do fogo, mas agora, o texto diz que Moisés ouviu a voz do Senhor. A crença dos hebreus é que este “anjo do Senhor” sempre foi o Verbo de Deus em sua eternidade passada, o Messias, antes de sua manifestação na pessoa de Jesus Cristo, o Verbo.

Atos 7:29-30

Atos 7:29-30 - E a esta palavra fugiu Moisés, e esteve como estrangeiro na terra de Midiã, onde gerou dois filhos. E, completados quarenta anos, apareceu-lhe o anjo do Senhor no deserto do monte Sinai, numa chama de fogo no meio de uma sarça.

E A ESTA PALAVRA FUGIU MOISÉS. Conforme Estêvão há havia dito antes em sua pregação, neste momento de sua vida, Moisés estava com quarenta anos de idade. Ele já sabia perfeitamente do que Deus já tinha determinado para ele, como libertador do povo judeu. Agora, por meio deste sinal, ele entendeu que não tinha ainda completado o tempo de Deus cumprir sua palavra de libertação dos hebreus do Egito, da casa da servidão. Moisés tinha conhecimentos, mas precisava de experiência no deserto.

E ESTEVE COMO ESTRANGEIRO NA TERRA DE MIDIÃ. A região do Midiã corresponde a parte do Oriente Médio, que tinha como limites na época de Moisés, o Mar Negro, a noroeste da Península Arábica e na margem oriental do Golfo de Ácaba. Ele foi acolhido pelo sacerdote de Midiã, Jetro, que por providência divina concedeu uma família. Este tempo em que Moisés ficou em Midiã serviu de grande experiência.

ONDE GEROU DOIS FILHOS. Êxodo 2:21-22 - E Moisés consentiu em morar com aquele homem; e ele deu a Moisés sua filha Zípora. A qual deu à luz um filho, a quem ele chamou Gérson, porque disse: Peregrino fui em terra estranha. Já o segundo filho de Moisés foi Eliezer, que tem o significado de Deus me ajudou a se livrar da mão de Faraó. Estes dois filhos de Moisés, Gérson e Eliezer, nasceram no refúgio de Midiã.

E, COMPLETANDO QUARENTA ANOS. Os historiadores dividem a vida e as experiências de Moisés em três etapas, que são elas: A primeira, em que ele esteve vivendo e adquirindo conhecimento no Egito, como filho da filha de Faraó. A segunda no deserto de Midiã, onde adquiriu experiência para a sua terceira etapa. Já a terceira fase da vida de Moisés foi pondo o conhecimento e a experiência em prática.

APARECEU-LHE O ANJO DO SENHOR. O próprio Moisés escreveu sobre esta tão elevada experiência que ele teve com a presença de Deus, Êxodo 3:2 - E apareceu-lhe o anjo do Senhor em uma chama de fogo do meio duma sarça; e olhou, e eis que a sarça ardia no fogo, e a sarça não se consumia. Para os hebreus, este “anjo do Senhor” representava a presença de Deus. Já para outros era o Verbo de Deus, Jesus.

NO DESERTO DO MONTE SINAI. O local era Midiã, a quem Moisés chama de Monte de Deus, ou ainda, Horebe, conforme Êxodo 3:1 - E Apascentava Moisés o rebanho de Jetro, seu sogro, sacerdote em Midiã; e levou o rebanho atrás do deserto, e chegou ao monte de Deus, a Horebe. O deserto ficava no Monte Sinai, porem, o local específico era no Monte Horebe. O Monte Sinai era a colima mais alta daquele deserto de Midiã.

NUMA CHAMA DE FOGO NO MEIO DE UMA SARÇA. Essa chama de fogo, não era algo natural, mas sim, algo espiritual, porque fala da glória da presença de Deus, tal qual uma clarão de luz sobrenatural. A sarça era de foto uma vegetação própria daquela região desértica, em que este tipo de planta sobrevivia com uma quantidade mínima de água, que em determinadas épocas era apena o orvalho. Essa foi uma experiência atípica na vida de Moisés, que o fez ter a certeza da presença de Deus naquele lugar.

Atos 7:27-28

Atos 7:27-28 - E o que ofendia o seu próximo o repeliu, dizendo: Quem te constituiu príncipe e juiz sobre nós? Queres tu matar-me, como ontem mataste o egípcio?

E O QUE OFENDIA. Moisés se deparou com uma cena deprimente, em que dois judeus estavam brigando, sabe lá porquê. Um deles estava sendo humilhado diante de todos, mesmo que, os hebreus sabiam que eram todos iguais de uns para com os outros, porque tinham aprendido isso desde os seus antepassados. Enquanto isso, o outro era petulante ou arrogante, ao ponto de se achar melhor do que o seu irmão judeus, quando naquela situação todos estavam como escravos naquela terra escravizadora.

O SEU PRÓXIMO. Os demais povos do mundo, que não viviam de acordo com a vontade de Deus eram compostos de pessoas cruéis uns para com os outros. Quem ler as histórias mais remotas da humanidade logo aprende que a lei da sobrevivência e a maldade reinante na vida das pessoas levavam as nações a constantes guerras. Todavia, os hebreus deveriam ser um povo diferente, porque era o povo de Deus.

O REPELIU, DIZENDO. O que Moisés estava solicitando era que os dois judeus, que eram irmãos de raça, não brigassem entre si, mas que a paz fosse estabelecida entre eles. Porem, aquele que era petulante e arrogante, não aceitou o bom conselho de Moisés, pelo contrário, veio foi para cima de Moisés, tentando confrontar o homem de Deus. É perceptível que o demônio quase sempre se apodera dos que são arrogantes.

QUEM TE CONSTITUIU. Moisés não estava naquele lugar impondo ser um líder do povo judeu, nem muito menos estava fazendo qualquer coisa errada para que aquele judeu se virasse contra ele. Mas, apesar de não reivindicar isso, mas aquele homem de Deus estava se aproximando dos seus irmãos de raça, porque Deus o estava preparando para de fato ser um dos maiores líderes do povo hebreus e isso foi comprovado. A história subsequente deu na realidade prova de que Deus era com ele.

PRÍNCIPE E JUIZ SOBRE NÓS. Neste caso, príncipe, se refere a governante ou liderança de um povo ou de uma nação. No caso de juiz, dizia respeito àquele que era constituído pelos governantes como julgador das causas do povo. Este judeu não aceitava que Moisés tivesse qualquer influencia sobre o povo judeu. Não temos como saber se este homem tinha conhecimento que Moisés era de fato um príncipe.

QUERES TU MATAR-ME. Não, não era isso que se passava pela cabeça de Moisés, até porque ele estava entre os hebreus com o intuito de ajudar e não para prejudicar a nenhum deles. Não temos também como saber se este homem realmente estava com medo de Moisés lhe tirar a vida ou se ele estava querendo provocar a Moisés para que entrasse em confronto com ele. É mais provável que se trate de uma acusação leviana.

COMO ONTEM MATASTES O EGÍPCIO. Este judeu estava falando sobre o que aconteceu no dia anterior, conforme Êxodo 2:11-12 - E aconteceu naqueles dias que, sendo Moisés já homem, saiu a seus irmãos, e atentou para as suas cargas; e viu que um egípcio feria a um hebreu, homem de seus irmãos. E olhou a um e a outro lado e, vendo que não havia ninguém ali, matou ao egípcio, e escondeu-o na areia. No caso do dia anterior, Moisés estava indo contra um inimigo, mas agora todos eram irmãos.

Atos 7:26

Atos 7:26 - E no dia seguinte, pelejando eles, foi por eles visto, e quis levá-los à paz, dizendo: Homens, sois irmãos; por que vos agravais um ao outro?

NO DIA SEGUINTE. No dia anterior, Moisés esteve visitando os filhos de Israel apenas para ver como funcionavam as coisas no que diz respeito ao tratamento dos Egípcios para com os judeus. Mas, neste dia, a quem Estêvão chama de dia seguinte, Moisés vem novamente, mais desta vez, quem sabe para se entrosar com os seus irmãos hebreus, e já com a missão de conscientizá-los da necessidade de união. O desejo de Moisés era ganhar a confiabilidade dos judeus, no sentido de que, a união faz a força.

PELEJANDO ELES. No dia anterior, ao chegar Moisés naquele lugar, provavelmente no território de Gósen, a confusão era entre um judeu, escravo, e o seu opressor, um egípcio bem armado, que facilmente daria cabo da vida do hebreu. Moisés defendeu o seu irmão, judeu, matando o egípcio. Mas agora, a contenda era entre dois judeus e Moisés não podia fazer nada, senão apartar a briga e aconselhá-los sobre a paz.

FOI POR ELES VISTO. Foi só Moisés aparecer que os dois hebreus logo o enxergaram, provavelmente ficaram com medo de Moisés, pensando que ele agiria como no dia anterior em que um dos envolvidos na confusão foi morto. A presença de Moisés era forte, por isso que Estêvão diz que ele era poderoso em palavras e em obras. Onde Moisés chegava causava impacto, porque ele era um príncipe, filho da filha de Faraó.

E QUIS LEVÁ-LOS A PAZ. Ao presenciar aquela cena, entre os dois irmãos judeus, Moisés se aproxima dos dois, certamente deve ter chamado os dois a um particular para não envergonhá-los e tentou lhes aconselhar para que não brigassem. Jesus falou que uma casa dividida contra se mesma não subsistirá. Apesar de ser um guerreiro, que participava de grandes batalhas, mas o amor fraternal estava no seu coração.

DIZENDO: HOMENS. Percebe-se que Moisés é impulsionado pelo sentimento de liderança, coisa que já nasceu com este espírito. Moisés queria levar aos seus conterrâneos uma palavra de reconciliação e de paz, para que eles não se dividissem, mas que se unissem, porque era um mesmo povo. Moisés poderia trata-los como escravo, mas assim não fez, porem, os tratou de forma digna, os chamando de homens. Moisés estava tentando demostrar que estava ali no Egito para lhes ajudar.

SOIS IRMÃOS. Verdade é que desde os começos da humanidade que os filhos dos homens se consideram irmãos uns dos outros por terem o mesmo tronco genealógico em Adão e Eva. Mas no caso dos judeus, desde os patriarcas Abraão, Isaque e Jacó, que eles se consideravam irmãos uns dos outros porque tinham como pai comum estes três patriarcas ilustres. Os judeus tem um laço sanguíneo muito forte entre eles.

PORQUE VOS AGRAVAIS UM AO OUTRO. Moisés não convivia entre os judeus daquela época, mas ele tinha pleno conhecimento que os filhos de Israel eram um povo só e que eles precisavam se unir para vencerem as dificuldades. O desejo de Moisés era que os hebreus estivessem todos unidos, com os mesmos objetivos para que no momento da saída do Egito, eles lutassem uns pelos outros e não uns contra os outros. Este era um momento importante de amor fraternal e não de ódio ou raiva entre eles.

Atos 7:24-25

Atos 7:24-25 - E, vendo maltratado um deles, o defendeu, e vingou o ofendido, matando o egípcio. E ele cuidava que seus irmãos entenderiam que Deus lhes havia de dar a liberdade pela sua mão; mas eles não entenderam.

E, VENDO MALTRATADO UM DELES. No versículo anterior, está escrito que Moisés foi fazer uma visita a seus irmãos, os israelitas, que estavam sendo escravizados pelos seus opressores os egípcios. Quando Moisés chega no local onde os hebreus eram forçados a trabalhar como escravos, viu com os próprios olhos, que tinha um judeu sendo massacrado por um carrasco egípcio. Essa cena cortou o coração de Moisés, que ficou comovido e revoltado, em ver que seus parentes estavam sendo maltratados.

O DEFENDEU, E VINGOU O OFENDIDO. Moisés se encheu de raiva por ver a injustiça praticada pelo egípcio contra um trabalhador, que por mais que se esforçasse não agradava o seu opressor, porque havia ordem de maltratar os hebreus, para que eles morressem de tanto trabalhar. Prontamente, Moisés se colocou ao lado do judeu para lhe defender, porque ele não suportou ver seu irmão sedo injustiçado pelo egípcio.

MATANDO O EGÍPCIO. Como Moisés era um príncipe, filho de criação da filha de Faraó, ele tinha sido treinado para ser um guerreiro matador, que por obrigação tinha de ir a guerra para defender seu pais. Com isso, não teve dificuldade de enfrentar o ofensor do hebreu e imediatamente deu cabo da vida daquele opressor, que para Moisés era um inimigo, porque estava maltratando um dos seus irmãos judeu.

E ELE CUIDAVA QUE SEUS IRMÃOS ENTENDERIAM. Tomando uma atitude radical desta em defender um dos seus irmãos hebreu, Moisés estava dando um sinal evidente de que estava do lado dos judeus para que pudesse defender o seu povo. Podemos conjecturar que Moisés já estava ciente de toda a situação e que Deus já lhe revelava que ele seria o libertador do povo hebreu, mesmo que não fosse agora.

QUE DEUS LHES HAVIA DE DAR LIBERDADE. Moisés tinha pleno conhecimento da promessa que Deus tinha feito aos patriarcas Abraão, Isaque e Jacó de que, seus descendentes seriam peregrinos em terras estranhas, mas que depois da quarta geração eles voltariam para a terra de Canaã para tomarem posse da terra prometida. Era chegado o momento exato da libertação de Israel da escravidão do e Egito.

PELAS SUAS MÃOS. Deus se utilizou de José para que os filhos de Israel fossem peregrinar no Egito, cumprindo a palavra que Deus havia dito aos patriarcas. Passados quase duzentos anos, desde que os filhos de Jacó chegaram naquela terra, agora, Deus queria se utilizar de Moisés para que os hebreus fossem libertos da escravidão do Egito. Moisés estava certíssimo de que Deus o chamara para esta tão grande obra.

MAS ELES NÃO ENTENDERAM. Lamentavelmente, os filhos de Israel rejeitaram, neste momento, a liderança de Moisés, como os irmãos de José também o rejeitaram, bem como os judeus rejeitaram o seu Messias, Jesus de Nazaré. Deus exaltou a Moisés a um posto elevadíssimo no Egito, justamente para se utilizar dele para libertar os filhos de Israel daqueles opressores, mas eles não entenderam. Este fato custou mais quarenta anos de escravidão do povo hebreu naquele lugar de opressão e sofrimento.