quarta-feira, 30 de março de 2016

1 João 1:6

1 João 1:6 - Se dissermos que temos comunhão com ele, e andarmos em trevas, mentimos, e não praticamos a verdade.
SE DISSERMOS. O autor aponta para a possibilidade da falsa religiosidade na vida daqueles que vivem apenas de palavras e não da prática do que diz. O “se” condicional do escritor nos deixa transparecer de que alguns dos seus leitores eram seguidores do reino de Deus de faixada e não de verdade. Uma vez que é melhor não falar, mas fazer, do que viver se gabando de que é seguidor de Jesus, enquanto que o testemunho de vida não condiz com o que prega ou fala. Palavras sem ação ou prática é testemunho falso de si mesmo. Até porque a Deus ninguém consegue enganar, e isso é fato.

QUE TEMOS COMUNHÃO COM ELE. O que João quis passar com esta frase é que; Se alguém diz que é um servo de Deus, que é um discípulo de Cristo, que é cristão, que é evangélico, que é um religioso, mas não é praticante do que fala, esse tal não esta na luz de Deus. Somos convidados a sermos sinceros em nosso agir para com Deus, porque não adianta viver de aparência diante das pessoas, mas no fundo saber que está sendo reprovado pelo Deus que tudo ver e que tudo sabe, porque ele é a própria verdade em essência. Esta é na realidade uma mensagem de reflexão introspectiva.

E ANDARMOS EM TREVAS. Esta é uma linguagem figurada que representa bem aqueles que vivem dupla personalidade no aspecto religioso. Tem muitos que durante o seu dia a dia, com quem convive, não dar testemunho de que segue realmente a Cristo, mas quando coloca o pé dentro de um templo religioso se transforma. Andar nas trevas é justamente essa duplicidade de vida, a maioria das horas de um dia, dá mau testemunho, mas perante os que fazem parte da sua denominação é outra pessoa. Isto não convém para quem diz que anda na luz de Deus.

MENTIMOS. Ou damos um bom testemunho digno de representantes do reino de Deus ou mentimos. E mentir, não é só de palavras, mas pode ser por meio do nosso testemunho de vida. Dizer uma coisa e viver outra totalmente o contrário isso é falsidade. Mentir é querer enganar os outros com uma vida de aparência, e acima de tudo tentar enganar a Deus. Quem assim procede está de fato mentido é para si mesmo. Boa parte dos que se dizem discípulos de Cristo, vivem pregando conserto para a vida dos outros, quando na realidade quem precisa se consertar é ele próprio.

E NÃO PRATICAMOS. Existem muitos cristãos que são relapsos mesmos com as coisas do reino de Deus, porque são convertidos, mas não totalmente por muitos fatores, e por isso não se dedicam as coisas que são de cima. As coisas desta vida são muito atraentes e em muitos casos esses cristãos relapsos se deixam levar pelas coisas terrenas. Mas o pior são aqueles que praticam a hipocrisia religiosa, são os falsos religiosos, que pregam para os outros, mas não vivem aquilo que pregam.

A VERDADE. Praticar a verdade é andar conforme o que nos aconselha o evangelho de Cristo. É viver de forma digna para com todos, sabendo que o nosso testemunho está sendo acompanhado e monitorado pelo Deus que nos criou. Praticar a verdade é dar um fiel testemunho de um verdadeiro seguidor do Senhor Jesus. Esta verdade a que se refere o escritor diz respeito a palavra de Deus e a toda a ética cristã.

1 João 1:5

1 João 1:5 - E esta é a mensagem que dele ouvimos, e vos anunciamos: que Deus é luz, e não há nele trevas nenhumas.
ESTA É A MENSAGEM. As coisas de Deus têm propósitos e objetivos bem definidos, apesar da mente humana não alcançar nem compreender os seus planos. O Velho Testamento foi escrito para Israel e como preparação da chegada posterior do evangelho das boas novas de Cristo. De forma que, as Sagradas Escrituras contem a mensagem de Deus para a igreja de Cristo. A tradição oral por mais consistente que possa ser tem a tendência de cair no esquecimento da humanidade, razão porque o Senhor preparou a sua mensagem, em um contexto de uma nova aliança, o evangelho, para guardar e dar continuidade aos ensinos da nova aliança de Deus. Não somente as cartas de João, o evangelho e o apocalipse, mas o conteúdo literário do Novo Testamento esboça a vontade de Deus para a igreja do Senhor Jesus.

QUE DELE OUVIMOS. João em seu evangelho afirma de que existem muitas coisas que Jesus fez e ensinou que não estão escritas. Com isto entendemos que as coisas que estão escritas além dos quatro evangelhos, Mateus, Marcos, Lucas e João foram ditas por Cristo aos seus apóstolos ou reveladas pelo Espírito do Senhor àqueles que haviam de participarem da escrita do novo pacto de Deus com a igreja de Cristo. Certamente o pensamento deste autor se fazia recordar dos ensinos transmitidos pelo grande Mestre Jesus de Nazaré. Com razão sustentamos a tese de que a mensagem do evangelho poderoso de Cristo não é um escrito meramente humano. Apesar de não ter sido escritor, mas Cristo falou e pregou o que era necessário para a sua igreja.

E VOS ANUNCIAMOS. João, assim como os demais apóstolos foram muito importantes para darem continuidade a obra de Cristo na terra, no que concerne a igreja do Senhor. Mesmo Cristo não estando mais entre eles, mas os seus ensinos precisavam chegar às pessoas que não conviveram com ele e também as gerações futuras até os dias de hoje e sempre. Como mensageiros do reino de Deus eles procuravam a tempo e fora de tempo anunciarem as boas novas do evangelho do Senhor Jesus. E o legado literário que os escritores do Novo Testamento nos deixaram tem um valor incalculável para a igreja de Cristo de todos os tempos. Com certeza a tradição oral não chegaria até nós da forma original, tal qual o que foi escrito sobre a nova aliança de Cristo.

QUE DEUS É LUZ. Esta expressão bíblica fala de Deus no seu mais alto grau de pureza e santidade. Também se refere às características do Senhor como sendo a verdade mais real que se possa imaginar ou pensar. Falar em Deus como luz é se refletir em seu atributo de Onipresença, uma vez que ele esta em todos os lugares ao mesmo tempo, e se refere também a sua forma Onisciente de ser, que conhece todas as coisas até mesmos delas virem à existência. Luz, em termos bíblicos fala de conhecimento.

E NÃO HÁ NELE TREVAS NENHUMA. Sendo Deus a luz em essência e em verdade, onde ele está às trevas não pode prevalecer. As trevas representam tudo àquilo que não procede de Deus. Biblicamente falando, as trevas são representadas pelo mal, pelo pecado, pela rebelião do império das trevas e dos homens. As trevas são tudo aquilo que há de negativo e ruim na face da terra e do universo. Mas aonde Deus habita só acontece cosas boas, obras que convergem para o bem e a santidade.

1 João 1:3-4

1 João 1:3-4 - O que vimos e ouvimos, isso vos anunciamos, para que também tenhais comunhão conosco; e a nossa comunhão é com o Pai, e com seu Filho Jesus Cristo. Estas coisas vos escrevemos, para que o vosso gozo se cumpra.
O QUE VIMOS E OUVIMOS, ISSO VOS ANUNCIAMOS. O apóstolo teve o privilégio de ver coisas extraordinárias realizadas pelo Senhor Jesus, assim como foi um bem-aventurado pelo fato de ter visto o Messias de Deus. Quando meditamos nos milagres de Cristo nos alegramos, imagine ver com os próprios olhos os prodígios que ele realizou. Além do mais, João ouviu as mais belas palavras que o grande Mestre pronunciou em seu ministério de pregação e ensino. Cristo não deixou por escrito nenhuma obra literária, mas o que ele transmitiu por meio dos seus feitos e pregações foram repassados para as gerações futuras, pelos seus apóstolos.

PARA QUE TENHAIS COMUNHÃO CONOSCO. Esta comunhão que devia existir entre a igreja e os ministros do evangelho se traduz em credibilidade que se devia dar aos seus ensinos, pregações e escritos. Até porque o que eles anunciavam como mensagem do evangelho não era fruto de suas ideologias pessoas, mas foram ensinos ouvidos, recebidos e vistos do próprio Cristo Jesus. Esta comunhão devia se refletir em solene aceitação das mensagens transmitidas sobre o Cristo de Deus e a ética cristã. A igreja precisava receber de bom grado os apóstolos como sendo representantes do ministério do Senhor Jesus, haja visto, que Cristo já não mais estava entre eles.

E A NOSSA COMUNHÃO É COM O PAI. O que os apóstolos transmitiam como mensagem das boas novas de Cristo, não era conforme as fábulas judaicas nem de acordo com as filosofias gnósticas, mas sim estava de conformidade com a vontade e o pleno de Deus. Eles não andavam na contramão do que Deus havia determinado, pelo contrário, viviam e ensinavam tudo que Deus tinha programado para esta nova dispensação da graça. Percebe-se que há um certo direcionamento para os leitores Judeus, no sentido de combater algumas heresias que eles falavam sobre os apóstolos.

E COM O SEU FILHO JESUS CRISTO. Esta declaração apostólica era um choque ideológico com o pensamento judaico, porque eles pregavam o politeísmo cristão como sendo contrário ao monoteísmo judaico. No entanto, de acordo com o cristianismo, quando invocamos a Cristo estamos invocando ao Pai, até porque o próprio Senhor Jesus falou: Eu e o Pai somos um. Foi Deus o Pai quem exaltou a Cristo e o colocou na posição que ele ocupa na hierarquia divina. Cristo é o Filho unigênito de Deus Pai e como tal ele está assentado à destra de Deus em posição de destaque.

ESTAS COISAS VÓS ESCREVEMOS. Algumas das cartas do Novo Testamento foram escritas para combater certas heresias judaicas e gnósticas. Tanto os mestres judaizantes quanto os falsos pregadores gnósticos tentavam confundir a igreja, afirmado que os cristãos estavam caindo no pecado da idolatria, por adorarem a Jesus de Nazaré como sendo um Deus. Mas na verdade Cristo era e é Deus.

PARA QUE O VOSSO GOZO SE CUMPRA. Os Judeus monoteístas não receberam ao Cristo de Deus, porque não acreditaram que ele era o Emanuel de Deus, ou seja, Deus entre os homens. João dizia aos seus leitores: Se alegrem porque nós estamos certos. Cristo é o Deus homem, digno de toda adoração, louvor e ações de graças.

1 João 1:2

1 João 1:2 - Porque a vida foi manifestada, e nós a vimos, e testificamos dela, e vos anunciamos a vida eterna, que estava com o Pai, e nos foi manifestada.
PORQUE A VIDA FOI MANIFESTA. A vida que foi manifestada é Cristo Jesus, o Filho de Deus Pai. O mesmo evangelista escreveu: João 1:4 - Nele estava à vida, e a vida era a luz dos homens. É pela vida que é Cristo que vivemos. Efésios 2:5-6 - Estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo. E nos ressuscitou juntamente com ele. 1 João 4:9 Nisto se manifesta o amor de Deus para conosco: que Deus enviou seu Filho unigênito ao mundo, para que por ele vivamos. João 11:25 Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá. E todo aquele que vive, e crê em mim, nunca morrerá.

E NÓS A VIMOS. Uma coisa é dizer que Cristo é a vida, e outra é ter visto a prova maior de que ele realmente é a vida. Não somente João, mas muitos outros tiveram esta comprovação de que Jesus Cristo é a vida. E estas provas podem ser dadas pelo fato de que ele manifestou o seu poder vivificador, quando ressuscitou pessoas de entre os mortos. Mas uma prova ainda maior foi a sua própria ressurreição de entre os mortos, comprovando assim que ele era a ressurreição e a vida. O apóstolo expressa um certo tom de admiração e respeito pelo fato de ter tido o privilégio de ver com os próprios olhos o grande Cristo de Deus. Aquele que venceu a morte, porque ele reviveu.

E TESTIFICAMOS DELA. Os Judeus em sua grande maioria eram pragmáticos em acreditarem somente naquilo que vissem com os seus próprios olhos. Assim como os homens materialistas de todos os tempos, eles só acreditam naquilo que podem tirar o prova dos nove fora. No entanto, o escritor desta carta tinha mais que razão em dar testemunho do que estava sendo escrito, porque ele viu e teve as provas de que o Filho de Deus reviveu de entre os mortos e apareceu a eles com provas irrefutáveis de que não era mais um defunto, mas sim o Senhor da ressurreição e da vida.

E VOS ANUNCIAMOS A VIDA ETERNA. Cristo como Senhor da vida é também aquele que proporciona a vida eterna para os seus remidos. O próprio Cristo é esta vida eterna para a sua igreja. A missão do Messias de Deus em redimir para si um povo seu zeloso de boas obras, foi para que mediante o seu sacrifício nos dar a esperança vida de vida eterna, que é a mesma coisa de salvação. E esta vida eterna que esta em Cristo representa uma vida sem fim, plena de felicidade e alegria sem limites.

QUE ESTAVA COM O PAI. Esta vida que é Cristo estava com o Pai, mas ele nos deu de presente. João 3:16-17 - Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele. Para ter esta vida tem que ter Cristo

E NOS FOI MANIFESTADA. Esta vida eterna da qual o autor fala e que esta em Cristo nos foi manifesta quando da vinda do Messias de Deus, o Emanuel, Deus conosco, o Salvador, o Verbo de Deus, A luz do mundo, o sol da justiça, Jesus de Nazaré, o Filho de Deus, Rei dos reis e Senhor dos senhores. Alfa e Ômega, princípio e fim.

1 João 1:1

1 João 1:1 - O que era desde o princípio, o que ouvimos, o que vimos com os nossos olhos, o que temos contemplado, e as nossas mãos tocaram da Palavra da vida.
O QUE ERA DESDE O PRINCÍPIO. O apóstolo João começa a sua carta universal sem nenhuma identificação pessoal, nem com uma saudação aos seus leitores, como também não cita o destino de sua epístola. Certamente este princípio não diz respeito ao início da espécie humana, mas sim a eternidade passada de todas as coisas. Antes mesmo até do que está escrito em Gênesis 1:1 - No princípio criou Deus os céus e a terra. No seu evangelho o autor também começa com este mesmo tema, João 1:1-2 - No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. “O que era” se refere a Cristo Jesus o Senhor.

O QUE OUVIMOS. Desde o batismo de João e dai em diante que o Senhor Jesus exerceu plenamente o seu ministério de pregação das boas novas do reino dos céus. Ele foi na verdade o maior Mestre de todos os tempos porque veio para estabelecer uma nova aliança de Deus com a humanidade. Logo, durante o curto período do seu ministério fez grandes sermões e procurou ensinar as diretrizes do cristianismo que estava fundando aos seus apóstolos e discípulos. Suas palavras de grande sabedoria ainda ressoavam de forma viva nos ouvidos de João. Seus conselhos e palavras de conforto se faziam lembradas na mente e no coração do apóstolo amado de Cristo.

O QUE VIMOS COM OS NOSSOS OLHOS. O mesmo Cristo que sempre esteve na eternidade passada com o Pai e que criou todas as coisas (João 1:1-3) era o Emanuel, ou seja, Deus entre os homens. O apóstolo expressa um certo tom de admiração e respeito pelo fato de ter tido o privilégio de ver com os próprios olhos o grande Cristo de Deus. O conceito de Israel era de que ninguém nunca havia visto a Deus, mas apenas o aspecto de sua glória. Mas o autor diz que viu o Deus homem com os próprios olhos. Realmente Cristo foi a epifania real do Emanuel de Deus. Sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, mas esvaziou-se de si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens (Filipenses 2:6-7).

O QUE TEMOS CONTEMPLADO. Em Cristo Jesus se cumpria a promessa feita por Deus em Isaías 7:14 - Portanto o mesmo Senhor vos dará um sinal: Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, e chamará o seu nome Emanuel. Confirmada em Mateus 1:23 - Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, E chamá-lo-ão pelo nome de Emanuel, Que traduzido é: Deus conosco. A presença de Cristo na terra era de fato a presença de Deus entre os homens. Antes, o Senhor já havia se feito representar pelos seus servos e profetas, mas em Cristo Deus mesmo se fez representar pessoalmente. Jesus falou: Eu e o Pai somos um (João 10:30).

E AS NOSSAS MÃOS TOCARAM DA PALAVRA DA VIDA. O Deus invisível se tornou visível e palpável. O escritor sagrado estava escrevendo sobre a materialização do que antes era empírico. O apóstolo João era daquele tipo de amigo de Cristo que reclinava a cabeça no ombro do Cristo de Deus. E certamente quando assim procedia seus pensamentos lembravam de que estava tocando na essência real do Deus homem. Provavelmente neste momento se recordava dos abraços que deu em seu Mestre, com a convicção de que estava tocando no Senhor da vida, e vida plena e abundante.

1 Pedro 5:13-14

1 Pedro 5:13-14 - A vossa co-eleita em Babilônia vos saúda, e meu filho Marcos. Saudai-vos uns aos outros com ósculo de amor. Paz seja com todos vós que estais em Cristo Jesus. Amém.
A VOSSA CO-ELEITA. Erroneamente alguns pensam que o escritor se refere a sua esposa, usando como chavão o fato de que logo em seguida fala de seu filho Marcos. No entanto, a melhor interpretação é aquela que pensa em uma igreja local para explicar essa frase escrita pelo apóstolo Pedro. A igreja de Cristo é a eleita de Deus para fazer parte do reino dos céus. É bem provável que o autor se refira a uma outro igreja em que ele se tornara líder tal qual esta que ele escreve para os seus leitores.

EM BABILÔNIA VOS SAÚDA. Existe quem pense que Pedro se refira á antiga cidade de Babilônia sobre a qual o livro de Daniel destaca, como sendo a grande cidade do rei Nabucodonosor. Todavia, o mais sensato é pensar que o apóstolo se refira a cidade de Roma, que era nesta época, a capital do império romano, é tanto que existe uma corrente teológica que defende que Pedro tenha si tornado a principal liderança da igreja de Cristo na cidade de Roma. Pode-se conjectura que Pedro escreveu de Roma?

E MEU FILHO MARCOS. Na realidade, Marcos, que também era conhecido por João, mas que tinha por sobrenome Marcos (Atos 12:12) não era filho biológico de Pedro. Porem, ao que tudo indica João Marcos era um grande amigo de Pedro, é tanto que em um momento difícil para o apóstolo, ele procurou a Marcos que certamente estava na casa de sua mãe. É mais provável que Pedro fosse o pai espiritual de Marcos e alguém que se tornou seu tutor em ensinamentos sobre o evangelho de Cristo.

SAUDAI-VOS UNS AOS OUTROS. A saudação entre os membros do corpo de Cristo passou a ser um sinal de que as pessoas pertenciam ao cristianismo. Nas igrejas formadas de maioria judeus, convertidos ao cristianismo, geralmente a saudação era: A paz do Senhor, já nas igrejas formadas por gentios convertidos ao cristianismo era: A graça e a paz do Senhor, e em alguns casos se acrescentava a palavra misericórdia. Seja como for, a saudação era um sinal de fé e ao mesmo tempo de comunhão cristã.

COM ÓSCULO DE AMOR. Assim como as cartas de Paulo, as epístolas universais também terminam com saudações finais. No que diz respeito ao ósculo santo, podemos dizer que, como se diz e se sustenta que o cristianismo é filho do judaísmo, então o cristianismo herdou alguns dos bons costumes do judaísmo. Esta é um tipo de saudação puramente dos orientais, que não foi muito aceita pelas igrejas ocidentais.

PAZ SEJA COM TODOS VÓS. Pedro, diferente de Paulo, nos começos de seus ministério atuou como apóstolo enviado aos cristãos convertidos do judaísmo, enquanto que Paulo teve uma extensão maior aos campos missionários gentílicos. Razão porque se explique melhor esta saudação final de sua carta.

QUE ESTAIS EM CRISTO JESUS. AMÉM. Muitos chegam a argumentar que as igrejas compostas de maioria judeus, convertidos ao cristianismo, mais se pareciam com uma sinagoga judaica, com uma mistura de judaísmo e cristianismo. A diferença era de que os cristãos confessavam a Cristo como Senhor, conforme o evangelho e não a lei.

terça-feira, 29 de março de 2016

1 Pedro 5:12

1 Pedro 5:12 - Por Silvano, vosso fiel irmão, como o considero, escrevi abreviadamente, exortando e testificando que esta é a verdadeira graça de Deus, na qual estais firmes.
POR SILVANO. Ao que tudo indica, Silvano foi o amanuense de Pedro quando ele escreveu esta belíssima carta, quando se diz: por ou por meio de. Comenta-se que Pedro era um homem de pouca letra, e por isso precisou de alguém que o ajudasse nesta empreitada, Pedro falava e Silvano escrevia. Este Silvano era o mesmo Silas citado em outras partes do Novo Testamento como sendo uma importante liderança e missionário da igreja primitiva. Participou com Paulo de sua segunda viagem missionária e era ligado mais a Jerusalém.

VOSSO FIEL IRMÃO. Silvano era um fiel ministro do evangelho de Cristo bem conhecido dos leitores de Pedro. Certamente alguém que já tinha dado provas de sua fidelidade ao evangelho de Cristo, por ter enfrentado perseguições, por conta de ser um servo de Cristo, mas que se manteve fiel ao reino dos céus. Todos aqueles que aceitavam a Cristo Jesus como Senhor e Salvador eram chamados de Irmãos, por pertencerem a uma mesma família e ter um mesmo Pai, que é o Deus Criador e a Cristo como irmão também.

COMO O CONSIDERO. Não somente os leitores de Pedro conheciam a Silvano, mas também era ele bem conhecido por Pedro, o grande apóstolo de Cristo. As principais lideranças do cristianismo viviam bem unidas neste tempo, com o objetivo de se fortalecerem uns nos outros para vencerem as provações e fazerem a obra de Cristo. Pedro demonstra um respeito afetuoso muito grande por Silvano e também dá o indicativo de que seria ele o portador desta carta aos seus leitores.

ESCREVI ABREVIADAMENTE. Primeiro, alguns comentaristas afirmam de que estes três últimos versículos desta epístola foram escritos de punho pelo próprio Pedro como sendo a assinatura de autenticação da mesma, e que o restante da carta havia sido citada por Pedro e escrito por Silvano, como seu amanuense. Depois, o apóstolo pode está se referindo ao tamanho desta epístola, que ele próprio considera ser bem pequena.

EXORTANDO E TESTIFICANDO. Em muitos casos dentro das páginas do Novo Testamento a palavra exortação, não tem o mesmo significado de advertência, mas sim, de aconselhar, em que os escritores tratam de forma amorosa os seus leitores. Já a palavra testificando usada por Pedro neste ponto de sua epístola nos fala sobre as pregações, os ensinos, e os próprios escritos, usados por ele e pelos demais líderes da igreja.

QUE ESTA É A VERDADEIRA GRAÇA DE DEUS. Esta graça de Deus sobre a qual o escritor se refere diz respeito á proposta de Salvação do Criador por meio da redenção realizada por seu Filho Jesus, mediante a reconciliação. Como sabemos, “graça” é um favor não merecido, e a igreja de Cristo entrou no plano da salvação por obra e graça de Deus.

NA QUAL ESTAIS FIRMES. No tempo em que esta carta foi escrita por Pedro, seguir o cristianismo não dava status como nos dias de hoje, até porque naquele tempo não era nada fácil ser um cristãos. Mas, os leitores de Pedro estavam firmes na fé em Cristo Jesus.

Atos 28.30-31

Atos 28.30-31 - E Paulo ficou dois anos inteiros na sua própria habitação que alugara, e recebia todos quantos vinham vê-lo. Pregando o rein...