Romanos 14:9

Romanos 14:9 - Porque foi para isto que morreu Cristo, e ressurgiu, e tornou a viver, para ser Senhor, tanto dos mortos, como dos vivos.

PORQUE FOI PARA ISTO QUE MORREU. A morte do Filho de Deus foi para nos comprar para si mesmo, por preço de sangue. A morte do Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, foi uma morte expiatória, o que já estava previsto na profecia messiânicas de Isaías 53:5 - Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. Agora, pertencemos a Cristo Jesus, o Redentor.

CRISTO. Porque foi para isto que morreu Cristo. Esta declaração de Paulo serve também de combate às heresias dos gnósticos, que chegavam a afirmar que o homem Jesus de Nazaré chegou a morreu, mas o Cristo, que representava o Emanuel não morreu junto com o homem Jesus. Para Paulo, Jesus Cristo era uma mesma pessoa e não duas. Agora, Cristo nos fala a respeito da missão do homem Jesus de Nazaré.

E RESSURGIU. A ressurreição de Cristo assume um papel fundamental no cristianismo, porque se Cristo não tivesse ressuscitado, seria apenas mais um profeta dos filhos dos hebreus, como outros tantos que surgiram em Israel. O poder de Deus que foi demostrado na ressurreição de Cristo foi prova substancial de que o Pai estava no Filho, testemunhando que a vitória de Cristo sobre a morte estava no plano de Deus.

E TORNOU A VIVER. Já na época do Velho Testamento houveram ressurreições de mortos, o próprio Senhor jesus ressuscitou pessoas de entre os mortos, mas a ressurreição do Filho de Deus teve um diferencial, uma vez que, as demais pessoas que ressuscitaram voltaram a morrer novamente. No entanto, Cristo ressuscitou de entre os mortos em corpo glorificado, subiu ao céu e se assentou a destra do trono da majestade celestial, como Rei dos reis e Senhor dos senhores, porque Ele é o Emanuel.

PARA SER SENHOR. A ressurreição de Cristo foi um ato de glorificação por parte de Deus, conforme Filipenses 2:9-11 - Por isso, também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é sobre todo o nome. Para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra. E toda a língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai. Cristo é Senhor.

TANTO DOS MORTOS. Dizer que Cristo é Senhor dos mortos é a mesma coisas que dizer que o Senhor Jesus tem domínio sobre todos os seres humanos, e que ele haverá de ressuscitar também a todos os filhos dos homens, isso durante o julgamento do grande trono branco, ou juízo final, para que todos os seres humanos prestem contas de suas obras diante da justiça de Deus. Cristo governa sobre todos e sobre tudo.

QUANTO DOS VIVOS. Já esta colocação feita pelo apóstolo dos gentios, nos ensina que o Senhor Jesus governa sobre a vida dos seus remidos, e que Ele haverá de ressuscitar a todos os seus escolhidos, no dia em que Ele voltar para buscar a sua igreja amada, que Ele comprou com seu precioso sangue. Dizer que Cristo é Senhor dos vivos e afirmar que Ele tem implantado seu reino na vida de todos aqueles que vivem com Ele e para Ele. Os salvos em Cristo irão reinar eternamente com Cristo Jesus, o Salvador.

Romanos 14:7-8

Romanos 14:7-8 - Porque nenhum de nós vive para si, e nenhum morre para si. Porque, se vivemos, para o Senhor vivemos; se morremos, para o Senhor morremos. De sorte que, ou vivamos ou morramos, somos do Senhor.

PORQUE NENHUM DE VÓS VIVE PARA SI. Cabe a seguinte pergunta dentro deste texto: para que o homem foi criador por Deus? A bíblia tem várias respostas a esta indagação, e podemos dizer que o Senhor criou o homem para que o buscasse, conforme Atos 17:26, bem como para amar ao Senhor acima de qualquer coisa, servindo ao Senhor e o adorando na beleza de sua santidade. Estas são algumas respostas entre tantas outras, que pode dá sentido a existência de todos os homens.

E NENHUM DE VÓS MORRE PARA SI. Já esta outra colocação feita por Paulo a respeito dos filhos dos homens nos leva a pensar que o final de todos os seres humanos, ou seja, desta existência terrena, tem como consumação a pessoa do Criador de todas as coisas. Com isso, Paulo tenta passar a ideia para seus leitores que o ser humano não termina em nada, ou que seu final é apenas com a morte física. A alma é eterna.

PORQUE, SE VIVEMOS. A todo o momento Paulo tinha sua vida exposta ao perigo, porque como um dos principais líderes do cristianismo, deste mesmo tempo, ele era casado dia e noite, pelos seus opositores, no sentido de tirarem sua vida. Mas ele ainda estava vivo, porque Deus vinha lhe poupando a vida, isso por conta da importante missão transcultural que o apóstolo tinha que cumprir pelo reino de Deus.

PARA O SENHOR VIVIMOS. De forma que, o apóstolo dedicava toda a sua vida e atividades ao serviço de Cristo e do seu evangelho, até porque era consciente de que só estava vivo ainda porque o Senhor vinha lhe protegendo dos seus inimigos. Ele diz: Estou crucificado com Cristo e vivo, não mais eu mais cristo vive em mim, e a vida que vivo agora no corpo, vivo-a pela fé no filho de Deus, o qual me amou (Gálatas 2:20).

SE MORREMOS, PARA O SENHOR MORREMOS. Mas, Paulo também era consciente de que a qualquer momento teria que enfrentar a partida desta vida para o paraíso, porque Deus já havia lhe mostrado que ele morreria, assim como os demais apóstolos pelo reino de Deus, e por defender a causa do evangelho de Cristo. A morte física para o cristão verdadeiro é apenas a mudança da terra para o paraíso, repouso eterno.

DE SORTE QUE, OU VIVAMOS OU MORRAMOS. Paulo sabia que a capital do império romano seria palco de grandes perseguições contra os servos de Cristo, e a história do cristianismo deu testemunho desta realidade. Por isso ele escreve sobre estes assuntos aos seus leitores, para que quando eles fossem perseguidos pelas autoridades romanas, não se desesperassem, nem negassem a fé genuína em Cristo Jesus.

SOMOS DO SENHOR. Essa é uma mensagem que produz segurança nos remidos de Cristo, uma vez que, mesmo enfrentando perseguições e até perigo de morte, não perdemos a esperança, porque o Espírito de Deus testifica com o nosso espírito que fazemos parte da família divina. Assim como Israel era propriedade exclusiva de Deus, enquanto guardava a aliança com o Deus de Abraão, Isaque e Jacó, não é diferente com todos os escolhidos de Cristo, todos que fazem parte da igreja do Senhor.

Romanos 14:6

Romanos 14:6 - Aquele que faz caso do dia, para o Senhor o faz e o que não faz caso do dia para o Senhor o não faz. O que come, para o Senhor come, porque dá graças a Deus; e o que não come, para o SENHOR não come, e dá graças a Deus.

AQUELE QUE FAZ CASO DO DIA. Neste versículo, Paulo fala juntos dos dois problemas que estavam ocasionando contendas entre aqueles que faziam parte da comunidade cristã em Roma, que eram a distinção dos dias comemorativos e a questão da dieta alimentar de alguns que faziam questão de renunciar alguns tipos de alimentos que para eles eram impróprios para o consumo. Neste caso, o autor se reporta sobre aqueles que ainda de acordo com as tradições dos judeus guardavam datas especiais.

PARA O SENHOR O FAZ. O apóstolo não vê nenhum problema envolvendo os judeus convertidos ao cristianismo, eles que ainda estavam como que apegados aos costumes e tradições dos hebreus. O que nós fazemos com intenções boas, se não contradiz a vontade de Deus, isso não é pecado. Os judeus que faziam parte da igreja cristã de Roma deviam ser respeitados pelos demais em seus costumes antigos.

E O QUE NÃO FAZ CASO DO DIA. Agora, os irmãos judeus também deveriam entender os gentios convertidos ao cristianismo, os chamados mais liberais, pelo fato de eles não guardarem os mesmos costumes dos hebreus. Há quem diga que os gentios não queriam guardar o sábado, recomendado pela lei de Moisés, e com isso os judeus convertidos ao cristianismo ficavam pressionando para que eles guardassem tal lei.

PARA O SENHOR O NÃO FAZ. Nestas suas colocações e recomendações, Paulo busca estabelecer um ponto de equilíbrio entre judeus e gentios, promovendo a harmonia como princípio da prática do amor fraternal pelo respeito mútuo. É perceptível que havia diferença entre os gentios que aceitavam a Cristo como Senhor e Salvador, dos judeus que passavam a seguir o cristianismo, Mas era possível conviver com tudo isso.

O QUE COME, PARA O SENHOR COME. O apóstolo dos gentios se refere aos gentios mais liberais, que se achavam forte na fé o suficiente para não se submeter a determinadas práticas religiosas do asceticismo. Cristo disse que: Não é o que entra pela boca do homem que o contamina, mais sim, suas palavras vãs e mal, que de alguma maneira prejudica ao próximo. A vida cristã ideal é o que vale para Deus.

PORQUE DÁ GRAÇAS A DEUS. Eis aqui o mais importante para Paulo, que eram as ações de graças que os irmãos dirigiam ao provedor de todas as coisas, o Deus que cuida dos seus filhos, suprindo todas as suas necessidades. As ações de graças prestadas pelos servos de Cristo ao Deus Onipotente é algo muito bom, que agrada ao coração do Pai, porque esta atitude é reconhecer que de Deus vem nossas provisões.

E O QUE NÃO COME, PARA O SENHOR NÃO COME, E DÁ GRAÇAS A DEUS. Do mesmo modo, os gentios não poderiam criticar os judeus que se mantinham em suas dietas, pretendendo não se alimentarem de determinados alimentos, que para eles eram impuros. Além de que, os hebreus sempre foram praticantes do jejum, como ato de contrição perante o Senhor. A abstinência de alimentos em determinados casos tem o apoio bíblico, como forma de sacrifício e renúncia para anular as obras da carne.

Romanos 14:5

Romanos 14:5 - Um faz diferença entre dia e dia, mas outro julga iguais todos os dias. Cada um esteja inteiramente seguro em sua própria mente.

UM FAZ DIFERENÇA ENTRE. Não há dúvida que vários dos elementos tradicionais do judaísmo estavam embutidos na igreja Cristo para quem Paulo estava escrevendo. As evidências históricas nos fazem saber que o antigo judaísmo prevaleceu com seu cerimonialismo, ritualismo e sacramentalismo até os anos setenta, quando o templo de Jerusalém foi destruído. Depois desta data, a religião oficial dos judeus se enfraqueceu, enquanto que o cristianismo se fortaleceu cada fez mais no mundo.

DIA E DIA. No caso de Israel, os hebreus sempre foram pessoas que por fazerem da religião a coisa mais importante da vida, eles guardavam os dias especiais, tais como o dia da expiação, da pascoa, pentecostes e outros. Mas também o povo de Roma tinha o costume de decretarem feriados e dias santos em homenagem aos seus heróis, como ainda acontece nos dias de hoje, por meio da tradicional religião romana.

MAS OUTRO. É provável que os que foram conquistados pelo evangelho da libertação pregado por Paulo e seus amigos de ministério, não mais guardassem tais datas chamadas especiais, porque nas igrejas gentílicas, a liberdade cristã representava o rompimento dos quase todos os elementos do antigo judaísmo, bem como com os costumes das religiões falsas e das seitas heréticas daquela época.

JULGA IGUAIS. Para nós, os cristãos verdadeiros que tem como regra de fé a prática o evangelho da libertação, não há diferença entre um dia e outro, porque todos os dias são iguais entre si. No caso das igrejas cristãs do primeiro século, alguns comemoravam ainda algumas datas, mas com significados diferentes, tais como a Pascoa que foi substituída pela Santa Ceia do Senhor, e o Pentecoste era lembrado como um dia de cumprimento da promessa do derramamento do Espírito Santo.

TODOS OS DIAS. A composição das igrejas que tinham judeus convertidos ao cristianismo e também gentios que aceitaram a Cristo como Senhor e Salvador, era um tanto complexa, porque os debates eram acirrados por conta das divergências de ordem religiosa. Em muitos casos, os judeus que se convertiam se tornavam cristãos legalistas, ao ponto de lutarem para que os servos de Cristo guardassem a lei mosaica.

CADA UM ESTEJA INTEIRAMENTE SEGURO. Os líderes cristãos, ligados às igrejas em Israel e Jerusalém, pregavam de que, porque Cristo guardou a lei de Moisés, os seus discípulos também eram obrigados a guardarem a legislação de Moisés. Paulo que teve uma revelação mais forte da nova dispensação da graça e do evangelho das boas novas de Cristo, defendia que Cristo cumpriu a lei para libertar seus remidos da lei.

EM SUA PRÓPRIA MENTE. Essa colocação feita pelo apóstolo dos gentios deixava os irmãos à vontade para eles próprios escolherem o que devia seguir. Se os judeus convertidos ao cristianismo quisessem continuar guardando a lei de Moisés, porque eram circuncidados, e a circuncisão era como um juramento para se cumprir a lei, que assim o fizessem. Agora, Paulo lutava e defendia que, os gentios que não eram circuncidados conforme a lei de Moisés, que não fossem pressionados a guardar a lei.

Romanos 14:4

Romanos 14:4 - Quem és tu, que julgas o servo alheio? Para seu próprio SENHOR ele está em pé ou cai. Mas estará firme, porque poderoso é Deus para o firmar.

QUEM ÉS TU, QUE JULGAS. Neste ponto de sua carta, ainda que de maneira subliminar, parece que Paulo tinha em mira alguém que fazia parte daquela igreja local, talvez alguém que era santarrão, e que se achava melhor do que os outros. Tem pessoas na igreja que vive a especular a vida dos outros, querendo dominar ao seu bel prazer à vida alheia, como se tal pessoa fosse perfeita, mas que só vê defeito em todo mundo. Cristo não permite que ninguém julgue a vida alheia (Mateus 7:1-5).

O SERVO ALHEIO? Não foi nenhum líder religioso nem quem quer que seja, que pagou o alto preço pelos remidos de Cristo, portanto, só há um juiz que pode julgar a vida dos seus servos, que é Cristo jesus nosso Senhor, Ele que deu a sua vida para comprar para si mesmo, aqueles que lhe pertencem. Os pequeninos de Cristo são propriedade exclusiva do Senhor, e Cristo é quem defende os seus escolhidos.

PARA SEU PRÓPRIO SENHOR. Cristo é Senhor para glória de Deus. Filipenses 2:9-11 - Por isso, também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é sobre todo o nome. Para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra. E toda a língua confesse que Jesus Cristo é o SENHOR, para glória de Deus Pai. Ele é Rei dos reis e Senhor dos Senhores.

ELE ESTÁ EM PÉ OU CAI. O escritor dá mais uma palavra em defesa dos que eram fracos na fé, porque foi assim que ele começou este capítulo, em Romanos 14:1 - Ora, quanto ao que está enfermo na fé, recebei-o, não em contendas sobre dúvidas. Está em pé é se manter firme nos caminhos do evangelho de Cristo, e cair, neste caso, e ficar fraco na fé, ao ponto de por um determinado período parar na caminhada.

MAS ESTARÁ FIRME. O restante deste versículo, mais uma vez, o apóstolo salienta da segurança dos remidos de Cristo, apontando que Deus é suficiente na vida dos seus escolhidos para mantê-los firmes na caminhada. E esta colocação feita por Paulo nas dá a impressão de que Deus é quem chama, regenera, santifica, segura com sua mão forte, e acima de tudo, quem conduz no caminho da salvação até o fim da vida. Cristo disse que ninguém arrebata de suas mãos, aqueles que são ovelhas do seu pasto.

PORQUE PODEROSO É DEUS. O poder de Deus não tem limites, e tudo que ele deseja fazer, Ele faz, sem prestar continência a quem quer que seja. O homem, por mais influente que possa ser, mas seu domínio tem limites, ao ponto de cessar quando de sua morte. Porem, o Deus Todo-poderoso, não deve satisfação a ninguém por seus atos poderosos e seus feitos magníficos. Para Deus, nada é impossível (Lucas 1:37).

PARA O FIRMAR. O Deus Onipotente cria todas as condições favoráveis para sustentar com suas potentes mãos, aquele que lhe é querido. Desta forma, feliz é quem acha graça diante do coração de Deus, porque de maneira nenhuma será lançado fora. Todos aqueles que são dependentes de Deus, o inimigo não lhe toca, porque os eleitos de Deus são propriedades exclusivas do Deus que criou todas as coisas. Com isso aprendemos que a vontade de Deus é sempre soberana em tudo na vida dos seus.

Romanos 14:3

Romanos 14:3 - O que come não despreze o que não come; e o que não come, não julgue o que come; porque Deus o recebeu por seu.

O QUE COME. Juntando-se os escritos de Paulo dentro das páginas do Novo Testamento, então, temos uma noção exata de como se comportavam os nossos irmãos no tempo da igreja do primeiro século de nossa era cristã. Assim como na igreja de Corinto, esta igreja que estava na capital do império romano também tinham suas divisões em facções dentro do próprio cristianismo, que neste caso, eram os irmãos que se achavam superiores aos demais por suas dietas alimentares.

NÃO DESPREZE. Os que comiam de tudo, se achavam mais importantes do que aqueles que tinham seus pensamentos débeis, ao ponto de imaginarem que, se comessem determinados tipos de alimentos poderiam estar pecando contra a vontade de Deus. Paulo pede que não haja desprezo de uns irmãos para com os outros que praticavam suas dietas alimentares, certamente se abstendo de comerem carnes.

O QUE NÃO COME. Havia entre os judeus uma facção do judaísmo os chamados essênios que evitavam comer carnes, se alimentando apenas de verduras e legumes, como hoje existem os vegetarianos. Há que diga que João Batista seguia esta ala do judaísmo, pelo fato de que ele se alimentava de gafanhotos e meu silvestre. Já os que comiam de tudo, eram chamados os mais liberais, que também faziam parte da igreja.

E O QUE NÃO COME. Percebe-se que podemos identificar estes dois grupos, dos que eram liberais, e os que eram ascetas dentro da igreja cristã da cidade de Roma, e que também podiam ser identificados na igreja de Cristo que ficava na cidade de Corinto. Neste caso, os que renunciavam a ingestão de determinados alimentos, como as carnes, se achavam superiores aos que se restrição alguma comiam de tudo.

NÃO JULGUE O QUE COME. Ao que tudo indica, a questão do legalismo havia chegado na igreja cristã de Roma, como acontecia nas igrejas formadas de judeus convertidos ao cristianismo ligadas as lideranças da igreja-mãe de Jerusalém. Os cristãos legalistas acusavam os irmãos gregos que se convertiam ao cristianismo de serem indignos de servirem a Deus, porque não cumpriam supostamente a lei de Moisés.

PORQUE DEUS O RECEBEU. Neste ponto de sua carta, Paulo clareia mais sobre os grupos que estavam sendo opostos entre si, porque os judeus puritanos, bem como algumas das lideranças legalistas de Jerusalém, achavam que os gentios não eram dignos da salvação. Todavia, para Paulo, isso não representava a verdade, e ele era conhecido por ser o apóstolo dos gentios, que defendia a salvação universal de Deus, pela implantação da nova aliança da graça de Deus com todas as nações do mudo.

POR SEU. De conformidade com o evangelho das boas novas de Cristo, agora, não há distinção de raça ou nacionalidade, no que diz respeito a ser ou não ser de Deus. Cristo derribou a parede de separação que havia no meio, proporcionando a oportunidade de Salvação para todos, e isso provem de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo, pela morte expiatória do seu próprio Filho, Jesus Cristo. Antes mesmo da vinda do Messias de Deus, o Senhor já havia prometido salvação para todos os povos.

Romanos 14:1-2

Romanos 14:1-2 - Ora, quanto ao que está enfermo na fé, recebei-o, não em contendas sobre dúvidas. Porque um crê que de tudo se pode comer, e outro, que é fraco, come legumes.

ORA, QUANTO AO QUE ESTÁ ENFERMO NA FÉ. Gálatas 6:1-2 - Irmãos, se algum homem chegar a ser surpreendido nalguma ofensa, vós, que sois espirituais, encaminhai o tal com espírito de mansidão; olhando por ti mesmo, para que não sejas também tentado. Levai as cargas uns dos outros, e assim cumprireis a lei de Cristo. Porque, se alguém cuida ser alguma coisa, não sendo nada, engana-se a si mesmo. Um ao outro ajudou, e ao seu irmão disse: Esforça-te (Isaías 41:6).

RECEBEI-O. A igreja de Cristo, como comunidade que deve praticar o amor fraternal deve ser inclusiva e não um povo que faz acepção de pessoas. Sempre existiu aqueles que são mais fracos na fé, sujeitos a sofrerem retrocesso em suas vidas espirituais. Mas, sempre que um dos pequeninos de Cristo fracassar, se faz necessário que os mais fortes na fé, sempre ofereçam oportunidade de reconciliação, a fim de voltar ao redil.

NÃO EM CONTENDAS. Cristo disse: quem comigo não ajunta espalha (Mateus 12:30). Parece que na igreja cristã da cidade de Roma tinha alguns que estavam se comportando como o irmão mais velho da parábola do filho pródigo, que se sentiu enciumado quando seu irmão mais novo voltou para a casa do Pai. E isso ainda acontece nos dias de hoje, alguns não vão em busca das ovelhas que se desgarraram.

SOBRE DÚVIDAS. Mateus 18:12-14 - Que vos parece? Se algum homem tiver cem ovelhas, e uma delas se desgarrar, não irá pelos montes, deixando as noventa e nove, em busca da que se desgarrou? E, se porventura achá-la, em verdade vos digo que maior prazer tem por aquela do que pelas noventa e nove que se não desgarraram. Assim, também, não é vontade de vosso Pai, que está nos céus, que um destes pequeninos se perca. Muitos nunca entendem o significado esta parábola de Cristo.

PORQUE UM CRÊ QUE DE TUDO SE PODE COMER. Tudo indica que estava havendo contendas naquela comunidade cristã por conta do asceticismo. Parece que a seita dos essênios havia se estalado na igreja de Cristo que estava em Roma, ao ponto de alguns que eram débeis na fé, se recusarem a participar do rebanho do Senhor. Neste caso, os mais firmes na fé estavam discriminando aqueles que eram mais fracos na fé.

E OUTRO, QUE É FRACO. Nem todos tem a mesma fé, por isso que o evangelho fala sobre aqueles homens de pequena fé, porque estes são pessoas que se sentem inseguras sobre determinadas práticas ou doutrinas cristãs. No entanto, estes que são mais fracos precisam da ajuda e da compreensão dos que são mais fortes, porque o importante é perseverar até o fim, como Cristo Jesus ensinou aos seus.

COME LEGUMES. Na igreja de Cristo que estava na cidade de Corinto também houve questões desta natureza, em que alguns estavam se escandalizando com aqueles que comiam carnes. Certamente nesta igreja tinha os que eram vegetarianos, por renunciarem o comer carnes de qualquer tipo, por isso que se alimentavam somente de legumes. É provável que estes eram essênios convertidos ao cristianismo.