domingo, 8 de agosto de 2021

Atos 25.25

Atos 25.25 - Mas, achando eu que nenhuma coisa digna de morte fizera, e apelando ele mesmo também para Augusto, tenho determinado enviar-lho.
MAS, ACHANDO. Neste momento, Festo mente para seu colega governador sobre o que ele fala, e isso diante das principais lideranças políticas e sociais de Cesaréia, uma vez que, não era ele que achava que Paulo era inocente, mais sim, as evidências e as provas que Paulo não tinha cometido nenhum crime contra os judeus, nem contra as leis romanas. Se fosse somente à opinião de Festo, ele poderia simplesmente libertar a Paulo, em vez de propor que o preso voltasse a Jerusalém para ser julgado lá. EU. O que Festo demostra diante de todos é sua fraqueza em não ter a capacidade de resolver um problema tão simples, quando de fato, as acusações dos judeus não encontravam respaldo na legislação romana. Porem, com medo de desagradar aos judeus, em praticar justiça em favor de Paulo, agora estava em um beco sem saída, sem condições de pelo menos montar a peça de acusação contra um cidadão romano. QUE NENHUMA COISA. Festo mostra o quanto estava começando fraco diante do cargo que hora ocupava, ao ponto de não ter a capacidade de dar o direito a um cidadão romano, mesmo sabendo que tal homem era inocente das acusações que seus inimigos lhe imputavam. Neste gesto de futilidade, o procurador romano pede arrego ao seu visitante, Agripa, para poder remeter o apóstolo Paulo até a cidade de Roma. DIGNA DE MORTE FIZERA. Este era o objetivo maléfico dos judeus odiosos, que sem causa queriam tirar a vida de um homem que não lhes tinha feito nenhum mal, mas era apenas um pregador do evangelho das boas novas de Cristo. Certamente, Lísias, como também Félix já tinham repassado para Festo todas as informações conspiradoras dos judeus para matarem a Paulo. Depois que Paulo se declarou como cidadão romano, passou a ser de responsabilidade do Estado, lhe garantir segurança. E APELANDO ELE MESMO. Por que Paulo apelou para César? Porque o homem de Deus percebeu que as autoridades romanas estavam tendenciosas a praticarem injustiça neste seu caso. Atos 25:9 - Todavia Festo, querendo comprazer aos judeus, respondendo a Paulo, disse: Queres tu subir a Jerusalém, e ser lá perante mim julgado acerca destas coisas? Nem em Jerusalém Paulo chegaria, antes seria morto. PARA AUGUSTO. Atos 25:10-11 - Mas Paulo disse: Estou perante o tribunal de César, onde convém que seja julgado; não fiz agravo algum aos judeus, como tu muito bem sabes. Se fiz algum agravo, ou cometi alguma coisa digna de morte, não recuso morrer; mas, se nada há das coisas de que estes me acusam, ninguém me pode entregar a eles; apelo para César. O que Paulo fez foi se utilizar dos seus direitos como romano. TENHO DETERMINADO ENVIAR-LHO. Atos 25:12 - Então Festo, tendo falado com o conselho, respondeu: Apelaste para César? para César irás. Não é que o procurador desejasse enviar a Paulo para Roma, mais era uma obrigação sua, uma vez que era isso que determinava a legislação romana, conforme o que Paulo havia feito, apelando para César. Antes de Festo determinar, Deus quem havia determinado que assim fosse, e a prova disto é que já haviam profecias neste sentido para a vida de Paulo.

Atos 25.24

Atos 25.24 - E Festo disse: Rei Agripa, e todos os senhores que estais presentes conosco; aqui vedes um homem de quem toda à multidão dos judeus me tem falado, tanto em Jerusalém como aqui, clamando que não convém que viva mais.
E FESTO DISSE: REI AGRIPA. Como este julgamento, ainda que informal, foi solicitado por Agripa, então, Festo se dirige primeiramente ao seu colega governador da Galileia, Agripa. Naturalmente que o governador da Judeia estava com uma tremenda dificuldade para lidar com esta questão envolvendo Paulo e os judeus, uma vez que, Festo não poderia desagradar aos filhos de Israel, principalmente no princípio de seu governo, mas não podia também entregar Paulo de mão beijada para os seus inimigos. E TODOS OS SENHORES QUE ESTAIS PRESENTES CONOSCO. Há quem diga que o procurador romano tentava se justificar perante as principais autoridades e lideranças da sociedade de Cesaréia em não ter a capacidade de enviar Paulo a Roma, pois isso não cheirava bem perante o imperador, porque o rei poderia ver isso como incompetência da parte de Festo, lhe enviando para Roma um homem comum. AQUI VEDE UM HOMEM. Essa forma de apresentar Paulo aos seus convidados nos fala do desprezo que o governador, neste momento, devotava ao apóstolo dos gentios, pois de fato, ele deveria apresentar Paulo pelo nome, destacando o fato de que ele era um cidadão romano, que tinha muitos direitos, além do mais, Paulo era um grande líder do cristianismo, o que o fazia representar um setor da sociedade, importante. DE QUE TODA A MULTIDÃO DOS JUDEUS. O governador mentiu perante os seus convidados, uma vez que, não havia uma multidão dos filhos de Israel, que desejava a morte de Paulo. A multidão sobre a qual Lucas cita quando Paulo foi arrastado para fora do templo, nem sabia por que estava indo contra Paulo, e neste momento, os judeus comuns, nem sabiam do que estava acontecendo com Paulo em Cesaréia. ME TEM FALADO. Quem na realidade, a esta altura dos acontecimentos, estava se levantando contra Paulo era os líderes religiosos do judaísmo, os mesmos que, por questões de inveja e ódio religioso, desejavam tirar a vida do homem de Deus. Os principais do judaísmo, movidos pelo sentimento de ódio, viam a Paulo como uma ameaça contra a religião tradicional dos judeus, por isso que estavam lhe perseguindo. TANTO EM JERUSALÉM COMO AQUI. Logo que Festo assumiu o governo da Judeia, não tardou em visitar a província, pois desejava conhecer o território, bem como ter os primeiros contatos com os seus comandados. Chegando a Jerusalém, foi à primeira demanda dos judeus a ele, foi que trouxesse a Paulo para Jerusalém, mas o procurador os convidou a que viessem para a cidade de Cesaréia, o que eles prontamente fizeram. CLAMANDO QUE NÃO CONVÉM QUE VIVA MAIS. Paulo, desde que se converteu do judaísmo para o cristianismo, que vinha sendo um instrumento do Espírito Santo para pregar o evangelho de Cristo para todas as pessoas. Portanto, onde quer que chegasse, no mundo gentílico, pregava primeiro para os judeus, porque ele procurava as sinagogas judaicas, e depois pregava para os gentios. Como muitos judeus se convertiam para Cristo, isso promovia inveja nos líderes religiosos do judaísmo.

Atos 25.23

Atos 25.23 - E, no dia seguinte, vindo Agripa e Berenice, com muito aparato, entraram no auditório com os tribunos e homens principais da cidade, sendo trazido Paulo por mandado de Festo.
E, NO DIA SEGUINTE. Conforme o que havia prometido, o procurador romano, Festo, as coisas estavam se conformando em direção ao cumprimento de sua palavra. Agripa desejava ouvir a Paulo para saber quais eram suas defesas de si mesmo, ou quem sabe ouvir falar do evangelho de Cristo, porque o apóstolo, como das outras vezes, não perdeu a oportunidade para falar de Jesus de Nazaré. Festo demonstrava maior interesse em resolver este problema, pois esta era uma questão complicada. VINDO AGRIPA E BERENICE. É difícil de sabermos o que se passava na mente de Agripa e qual era de fato o seu interesse mais profundo em solicitar ao seu colega governador, Festo, para ouvir o apóstolo dos gentios. O que se pode conjecturar é que ouve uma grande repercussão na Palestina sobre a prisão de Paulo, uma vez que a comunidade cristã não aceitava que um homem bom fosse injustamente condenado. COM MUITO AMPARATO. Festo, como novo procurador romano, queria mostrar para todos que era uma autoridade relevante e que poderia fazer o melhor diante de qualquer situação. Ao mesmo tempo, desejava revelar ao seu colega, e também governador da Galileia que era um homem nobre e que era poderoso, apesar de estar no cargo a pouco tempo. Tudo isso, só mostra o quanto o homem é prepotente. ENTRARAM NO AUDITÓRIO COM O TRIBUNO. Tribuno fala do cargo de procurador romano que exercia Festo, pois, nesta ocasião ele atuava como juiz do povo, além de governador da Judeia. Muita pompa foi o que se viu com a realização deste julgamento informal, em que Festo queria que todos de Cesaréia soubessem que ele era um verdadeiro representante do império político de Roma, como alta autoridade. E HOMENS PRINCIPAIS DA CIDADE. Em vez de uma audiência formal, Festo transformou o fato em uma celebração imponente, convidando todo alto escalão das forças de segurança do exército, como oficiais, centuriões, comandantes e outros. Além de convidar também pessoas importantes da sociedade, como empresários, comerciantes, latifundiários, escribas, políticos e líderes da sociedade de Cesaréia. SENDO TRAZIDO PAULO. Percebe-se o quanto este caso de Paulo ganhou relevância, pelo fato de envolver tantas pessoas importantes, para ouvir sua defesa das acusações que lhe eram impostas pelos judeus. O motivo desta tão grande reunião, não era por conta da presença do governador Agripa, nem de sua esposa e irmã, Berenice, mas sim, a presença de um homem, judeu, romano e acima de tudo, um homem de Deus. POR MANDATO DE FESTO. A presença de Paulo neste tribunal era o cumprimento da profecia que o Senhor havia falado que ele iria comparecer na presença de reis e altas autoridades, pois, neste momento estavam presentes dois governadores, que representavam o imperador romano. E para que a profecia se cumprisse com mais efeito, o caso de Paulo não seria resolvido neste momento, uma vez que, ele teria que comparecer em Roma, pois o seu destino se encaminhava para cumprir a sua missão.

Atos 25.22

Atos 25.22 - Então Agripa disse a Festo: Bem quisera eu também ouvir esse homem. E ele disse: Amanhã o ouvirás.
ENTÃO AGRIPA. O governador Agripa foi impactado com o que acabou de ouvir do seu colega também governador romano Festo. Certamente, criou-se no pensamento de Agripa a curiosidade em saber por que Paulo não queria ser julgado pelo sinédrio judaico, buscando apelar para César. Tanto Agripa, quanto sua irmã e esposa Berenice eram descendentes de judeus, talvez isto despertasse no governador o interesse em querer conhecer a Paulo e ouvir pessoalmente o seu grande e importante testemunho. DISSE A FESTO. Não há dúvida que o procurador romano Festo, estava compartilhando o caso de Paulo com Agripa, esperando ouvir dele algum tipo de conselho para agir como mandava o figurino. Ao se dirigir ao colega, certamente, Festo deve ter esperado ouvir de Agripa uma orientação concernente a este caso, no tocante a resolver o problema entre Paulo e os judeus, que era um problema do procurador também. BEM QUISERA EU. Em vez de satisfazer os anseios de Festo, Agripa toma para si o desejo de ter uma conversa pessoal com o apóstolo dos gentios. Provavelmente Agripa deve ter imaginado, este homem tem algo em especial, que é diferente dos outros, uma vez que, apelar para César era algo não muito usual pelos cidadãos romanos, uma vez que, os presos em Roma ficavam anos sem serem julgados pelo imperador. OUVIR. Há quem diga que o governador Agripa já de muito ouvira falar a respeito do trabalho de pregação do evangelho realizado por Paulo em muitas partes do mundo. Como Paulo era um representante bem conhecido do cristianismo, pode ser que Agripa desejasse também ouvir sobre as boas novas de Cristo. O apóstolo Paulo era um grande pregador do evangelho da circuncisão por conhecer bem as Sagradas Escrituras dos hebreus, por isso que ele ganhava para Cristo muitos dos judeus. ESTE HOMEM. Há, portanto, ainda que de maneira subliminar o indicativo de que Agripa já havia ouvido falar a respeito de Paulo, apesar de não conhecê-lo pessoalmente. Os historiadores afirmam que Agripa não tinha boas relações com os judeus da Judeia, pois ele era governador da Galileia, por esta razão é que Agripa queria conversar com Paulo, com o objetivo de ajuda-lo nesta questão com Festo. E ELE DISSE. A continuidade da narrativa de Lucas nos faz saber que havia interesse da parte de Festo que o seu colega governador participasse deste negócio, com o objetivo de lhe orientar de como montar a peça processual de Paulo, a mesma que seria enviada tratando das acusações feitas pelos judeus, bem como a defesa de Paulo. Festo, como recente empossado procurador, não tinha ainda experiência nisto. AMANHÃ O OUVIRÁS. Percebe-se que Festo tinha presa em resolver este problema e quem sabe se livrar da batata quente que estava sobre suas mãos. Na realidade, o caso de Paulo, sem uma solução, poderia azedar as relações entre o governador Festo e os judeus, a quem Festo passava a governar a partir de então. Paulo já estava a mais de dois anos preso em Cesaréia e isso já lhe trazia angustias e inquietação, portanto, este impasse teria que ser resolvido, ou ele ser solto ou ir para a capital de Roma.

Atos 25.21

Atos 25.21 - E, apelando Paulo para que fosse reservado ao conhecimento de Augusto, mandei que o guardassem até que o envie a César.
E, APELANDO. O governador fala sobre o que Lucas escreveu em Atos 25:11 - Se fiz algum agravo, ou cometi alguma coisa digna de morte, não recuso morrer; mas, se nada há das coisas de que estes me acusam, ninguém me pode entregar a eles; apelo para César. O apóstolo dos gentios sabia que se fosse transportado de Cesaréia para Jerusalém, poderia no caminho ser morto pelos seus inimigos, porque este era o plano maligno dos judeus. Ou se fosse ao sinédrio seria condenado pelos seus opositores. PAULO. Como Paulo, por providência divina, tinha o título de cidadão romano, ele se utiliza de seus direitos para não ser julgado pelos judeus, no coso, pelo sinédrio, pois este tribunal dos judeus estava desviado da justiça, e faz o apelo para ser julgado em Roma, pois, desta forma, ganhava tempo, e sendo julgado pelo imperador, tinha a possibilidade de obter um julgamento imparcial, distante de Jerusalém e dos judeus. PARA QUE FOSSE RESERVADO. Na realidade, Paulo já estava convicto que teria que ser julgado em Roma, uma vez que as profecias apontavam que ele teria que pregar para várias autoridades romanas, pois esta era a vontade de Deus. Quanto as suas atividades evangelísticas, como missionário transcultural, o apóstolo dos gentios sentia em sua alma que já se sentia satisfeito por tudo que tinha feito pelo reino de Deus. AO CONHECIMENTO. Percebe-se que Festo estava com dificuldades em fazer com que Paulo fosse levado até Roma. Neste caso, o procurador romano tinha que primeiro fazer as devidas investigações, o que não era nada fácil, o que requeria de tempo, e não poderia enviar Paulo sem que tivesse apanhado todas as informações sobre o caso. Com a pesa processual já pronta era que Festo mandava Paulo a Roma. DE AUGUSTO. Este não era um nome próprio, mais uma alcunha, ou adjetivo qualificativo em que falava a respeito do rei, como sendo alguém de alta grandeza, nobre, majestático, honroso e até deificado. O primeiro imperador a ser consagrado de Augusto foi Otávio, representando a grandeza do imperador, depois dele, todos os demais passaram a ter como sobrenome Augusto. O apelo de Paulo era de que ele desejava, como cidadão romano, ser julgado pela mais alta autoridade do império. MANDEI QUE O GUARDASSEM. Desde que Paulo foi levado de Jerusalém para Cesaréia, que ele vinha sendo mantido no pretório de Herodes, que era a sede do governo romano da Judeia, e que também era como que um quartel militar. Félix deu a Paulo o direito de receber seus familiares, amigos e membros da igreja cristã de Cesaréia lhe visitando sempre, não sabemos se Festo manteve este mesmo direito. ATÉ QUE O ENVIE A CÉSAR. César era o sobrenome de uma dinastia de imperadores que teve início com Júlio César e que esta mesma dinastia teve seu fim quando Nero se suicidou. Porém, os demais imperadores também adotaram este sobrenome, por isso que os imperadores também eram chamados de os Césares. Festo estava com uma dificuldade tremenda de enviar Paulo ao imperador romano, uma vez que, como ele estava assumindo o cargo agora, isso não lhe deixava bem na foto diante de Roma.

sábado, 7 de agosto de 2021

Atos 25.20

Atos 25.20 - E, estando eu perplexo acerca da inquirição desta causa, disse se queria ir a Jerusalém, e lá ser julgado acerca destas coisas.
E, ESTANDO EU PERPLEXO. De fato, este era um caso emblemático, porque quando Festo assumiu o cargo de procurador romano sobre a Judeia, ele já sabia que Paulo era um cidadão romano e que devia ser julgado por uma autoridade representante do império político de Roma e não pelos judeus. Na outra vertente, o governador queria satisfazer aos judeus, uma vez que, o seu antecessor Félix havia sido destituído do cargo, justamente por criar problemas políticos e sociais com os filhos de Israel. ACERCA DA INQUIRIÇÃO. Festo não estava encontrando uma solução para o problema envolvendo Paulo e os seus conterrâneos, os judeus. O governador não podia entregar Paulo aos judeus para que ele fosse julgado no sinédrio, pois Paulo era cidadão romano. Não queria enviar Paulo para Roma, pois isso arranhava sua reputação perante o imperador, e se ele soltasse a Paulo criaria problemas com os judeus. DESTA CAUSA. Ao mesmo tempo, o procurador romano tinha conhecimento que os judeus queriam matar a Paulo por questões puramente de cunho religioso, e com isso, não haveria justiça, mas injustiça. Félix deve ter passado a informação para Festo que Paulo era inocente, bem como o tribuno Lísias, quando Festo esteve em Jerusalém também deve ter informado ao procurador sobre a conspiração maligna dos judeus. DISSE SE QUERIA. De mãos atadas, pois, não sabia tomar uma solução para este caso emblemático, o procurador romano passa a batata quente para as mãos de Paulo, ele que tinha plena consciência que os judeus não tinham condições de lhe julgarem, uma vez que estavam tomados pelo ódio, e estavam fazendo de tudo para prejudicarem a ele. O que Paulo queria era ser inocentado, pois não havia praticado nenhum crime. IR A JERUSALÉM. Quando Paulo enviou seu sobrinho para convencer o tribuno Lísias a que lhe tirasse de Jerusalém, é porque o apóstolo tinha plena consciência que no sinédrio não teria um julgamento imparcial sobre o seu caso. Portanto, voltar para Jerusalém era assinar a sentença de sua própria morte, porque o sobrinho de Paulo descobriu que os judeus conspiravam tirar-lhe a vida por meios sórdidos e malignos. E LÁ SER JULGADO. Na realidade, Paulo não seria julgado pelo sinédrio, pois havia um plano para mata-lo no caminho de volta para Jerusalém, conforme se pode ler em Atos 25:1-3 - Entrando, pois, Festo na província, subiu dali a três dias de Cesaréia a Jerusalém. E o sumo sacerdote e os principais dos judeus compareceram perante ele contra Paulo, e lhe rogaram. Pedindo como favor contra ele que o fizesse vir a Jerusalém, armando ciladas para o matarem no caminho. Eis o plano sórdido. ACERCA DESTAS COISAS. Os judeus acusavam a Paulo de coisas que ele não havia praticado, pois, de acordo com a verdade, o apóstolo dos gentios, não havia cometido nenhum crime, nem contra a lei de Moisés, nem muito menos contra as leis dos romanos. Se o procurador romano desejasse mesmo praticar justiça teria de foto que soltar a Paulo, uma vez que ele era inocente das acusações que os seus opositores lhe faziam. O governador estava mostrando incompetência para julgar um caso bem claro.

Atos 25.18-19

Atos 25.18-19 - Acerca do qual, estando presentes os acusadores, nenhuma coisa apontaram daquelas que eu suspeitava. Tinham, porém, contra ele algumas questões acerca da sua superstição, e de um tal Jesus, morto, que Paulo afirmava viver.
ACERCA DO QUAL. É notório que de conformidade com este texto, o procurador romano não via nenhum motivo para entregar Paulo para que os judeus lhe julgassem, e ao mesmo tempo lhe tirasse a vida, porque era justamente isso que estava planejado pelos inimigos de Paulo. Este era um problema que tinha que ser resolvido, pois, o governador também não deveria ficar por mais tempo com Paulo preso. E para o governador romano enviar a Paulo para Roma, a coisa poderia complicar para ele. ESTANDO PRESENTES OS ACUSADORES. Provavelmente, os judeus chegaram à conclusão que Paulo havia voltado para Jerusalém de uma vez por todo, e como ele já havia promovido grandes prejuízos religiosos para o judaísmo, pois, por meio de suas atividades já havia convertido muitos judeus do judaísmo para o cristianismo. Por isso que, os acusadores de Paulo estavam fazendo de tudo para tirar-lhe a vida. NENHUMA COISA APONTARAM DAQUELAS QUE EU SUSPEITAVA. Podemos conjecturar que logo de princípio, antes que os judeus comparecessem perante o governador contra Paulo, que ele suspeitava que Paulo fosse alguém que estaria formando um movimento de libertação do império político de Roma, ou que os judeus estivessem acusando ao apóstolo de que ele estava transgredindo as leis romanas. TINHAM, PORÉM, CONTRA ELE. As acusações dos judeus contra Paulo não tinha nada a ver com as leis romanas, mas o que os adversários de Paulo pretendiam era falsamente o prejudicar, fazendo com que as autoridades romanas aceitassem que Paulo era um criminoso perigoso, quando na verdade não era. As acusações eram levianas, e tinha como intuito tirar Paulo de circulação, tendo como desfecho a morte. ALGUMAS QUESTÕES ACERCA DE SUA SUPERSTIÇÃO. É difícil saber sobre quem se referia Festo nesta questão, se a religião dos judeus, neste caso o judaísmo, ou a religião de Paulo, a quem ele poderia chamar de superstição. Em se tratando do judaísmo, a colocação de Festo trata de uma religião, pois, o judaísmo era reconhecido pelas autoridades romanas, mas para eles, o cristianismo era apenas uma superstição. E DE UM TAL JESUS, MORTO. Ao se referir a Jesus como “um tal”, isso nos remete a pensar que Festo não tinha conhecimentos acerca do Messias de Deus, apesar de que o assunto sobre Jesus de Nazaré percorria por todos os lugares. Já quanto a Agripa, não se pode dizer o mesmo, pois o governador da Galileia, certamente já havia ouvido falar e muito acerca da morte do Cristo de Deus, pois Agripa era judeu de sangue. QUE PAULO AFIRMAVA VIVER. Já no primeiro momento, quando Paulo foi até o sinédrio, ele abordou este assunto da ressurreição de Cristo, o que gerou uma grande divisão entre os saduceus e os fariseus. Perante Félix, Paulo também defendeu este mesmo assunto sobre a ressurreição de Cristo. Perante Festo, Lucas não registrou isto, mais certamente que Paulo tenha abordado novamente o tema da ressurreição.

Atos 28.30-31

Atos 28.30-31 - E Paulo ficou dois anos inteiros na sua própria habitação que alugara, e recebia todos quantos vinham vê-lo. Pregando o rein...