terça-feira, 11 de abril de 2017

Hebreus 7:10

Hebreus 7:10 – Porque ele ainda estava nos lombos de seu pai quando Melquisedeque lhe saiu ao encontro.
PORQUE ELE. O autor se reporta a Levi, que era filho de Jacó ou Israel, de quem era pertencente à tribo de Levi, de onde veio Aarão, como primeiro sacerdote ou sumo sacerdote do povo hebreu. Levi era o terceiro filho de Jacó com Lia, e este nome tem dois significados, o próprio que quer dizer “unir” que segundo os rabinos expressava o desejo de Lia de se unir ou juntar com Abrão. E o segundo que foi adquirido significa “sacerdote”, de onde surgiu o ofício sacerdotal a partir de Aarão e os seus descendentes.

AINDA ESTAVA. Histórias mais antigas e tradições dos povos orientais dão conta de que havia nos tempos bíblicos a crença de que, os descendentes de um clã, tribo ou família, já eram supostamente acumulados sobre a vida dos principais líderes do povo de mesmas origens. De forma que, o escritor dá a entender, baseado nestas crenças que já no tempo de Abraão Levi já subsistia ainda que na genética do patriarca dos hebreus.

NOS LOMBOS. Para alguns povos, essas crenças eram de que os descendentes dos homens mais importantes já existiam na cabeça ou no pensamento de tais lideres de famílias de destaques, como se as clãs fossem planejadas com antecedência. Já para outros povos, que parece ser o caso dos hebreus, estes descendentes eram carregados nos rins, o que o autor neste caso chama de lombos, o que aponta de que Levi já estava impregnado na genética do patriarca Abraão, quando se encontrou com Melquisedeque.

DE SEU PAI. Alguns pensam que o autor está se referindo a Jacó ou Israel, de quem era filho Levi, e que era o patriarca mais próximo de Levi por seu o seu pai. Mas, na realidade o autor se refere a Abraão que dentre os três patriarcas era o mais ilustres para os hebreus. Assim sendo, na alegoria feita pelo escritor, Levi já se encontrava na genética de Abraão, quando esse reconheceu que Melquisedeque era sacerdote de Deus.

QUANDO. Certamente o autor tem em mente o evento registrado em Gênesis 14:18-20 - E Melquisedeque, rei de Salém, trouxe pão e vinho; e era este sacerdote do Deus Altíssimo. E abençoou-o, e disse: Bendito seja Abrão pelo Deus Altíssimo, o Possuidor dos céus e da terra. E bendito seja o Deus Altíssimo, que entregou os teus inimigos nas tuas mãos. E Abrão deu-lhe o dízimo de tudo. É sobre este encontro que escreve o autor.

MELQUISEDEQUE. Este homem era alguém muito importante naquela mesma região e a prova disto é que ele era rei de Salém. E um aspecto mais importante ainda sobre este personagem é que além de ser o governante do seu povo, ele também era um sacerdote do Deus Altíssimo, o que o diferencia dos demais reis que haviam em sua época. Melquisedeque era um rei poderoso, mas também era rei de justiça e de paz.

LHE SAIU AO ENCONTRO. Todas as lideranças daquela época tinham seus espias e informantes de tudo que acontecia em toda a região. Tomando conhecimento de que Abraão tinha guerreado contra quatro reis e os havia vencido, Melquisedeque, que também era rei de paz, foi ao encontro do patriarca para estabelecer paz com ele. Tendo Abraão encontrado o rei, lhe pagou o tributo devido do dízimo conforme era seu dever.

Hebreus 7:8-9

Hebreus 7:8-9 - E aqui certamente tomam dízimos homens que morrem; ali, porém, aquele de quem se testifica que vive. E, por assim dizer, por meio de Abraão, até Levi, que recebe dízimos, pagou dízimos.
E AQUI CERTAMENTE TOMAM DÍZIMO. Aqui se refere entre os hebreus ou judeus para quem esta carta estava sendo escrita, e se reporta aos filhos de Israel, que conforme a tradição e a legislação de Moisés eram obrigados a cumprir tais mandamentos. Neste próprio texto tem dois verbos que descrevem a forma de como os levitas eram beneficiados com os dízimos dos seus irmãos, que eram “tomar e receber”.

HOMENS QUE MORREM. O próprio Aarão que foi o primeiro e talvez o mais importante deles, teve o seu ministério interrompido, quando teve que passar para outro, quando de sua morte. E assim foi com todos os seus sucessores que vieram depois dele, todos tinham um limite de tempo no exercício de suas funções sacerdotais, porque todo ser humano tem o dia do seu nascimento, mas já traz consigo a certeza de sua partida.

ALI, POREM, AQUELE DE QUEM SE TESTIFICA. Não há registros nas tradições faladas ou escritas sobre as origens ou a morte de Melquisedeque, o que se tornava em um mistério para os hebreus, a vida e o destino deste homem. Haviam diversas crenças sobre a vida deste homem, rei e sacerdote, e uma delas seria a lenda de que ele não morreu, mas que havia sido arrebatado, como foi o caso de Enoque e de Elias também.

QUE VIVE. O simples fato de que não há registro da morte deste sacerdote do Deus Altíssimo, já era motivo de sobra para as muitas especulações a este respeito, porque se perguntavam: Se ele não morreu, é porque continua vivo em algum lugar, assim sendo, como ele tinha um laço de comunhão muito forte com Deus, que é o Senhor da vida, as crenças de que ele havia sido arrebatado por Deus se robusteciam muito.

E POR ASSIM DIZER, POR MEIO DE ABRAÃO. O escritor volta à comparação entre o patriarca Abraão e o sacerdote Melquisedeque, porque no final das contas, a intenção do escritor é transferir a tipologia de Melquisedeque para Jesus, ele que é Sacerdote eterno segundo a ordem de Melquisedeque. Os hebreus acreditavam muito na questão da genética em que o homem já estava presente no mundo por meio dos seus antepassados.

ATÉ LEVI, QUE RECEBE DÍZIMO. Desta forma, o autor transfere de Abraão para Levi que era um dos seus descendentes, e que nasceu muitos anos depois, como se Levi estivesse ainda que indiretamente na vida de Abraão, quando este se encontrou com o rei de justiça e paz Melquisedeque e que lhe pagou o tributo ou imposto divido por passar pelo seu território, e por pertencer aos domínios daquele rei, que era sacerdote. Os levitas recebiam dízimo dos seus irmãos, porque não receberam herança em Canaã.

PAGOU DÍZIMO. O dízimo não tem nada a ver com o que se chama de dever religioso, mas fala da décima parte de alguma coisa. No caso de Abraão e Melquisedeque, o patriarca não fez um dever religioso, até porque os despojos eram preço de sangue, em que Abraão fez guerra contra vários reis, matou todo mundo e saqueou os bens deles. O que Abraão fez naquela época, se fosse hoje, ninguém aceitaria um dízimo deste tipo.

Hebreus 7:6-7

Hebreus 7:6-7 - Mas aquele, cuja genealogia não é contada entre eles, tomou dízimos de Abraão, e abençoou o que tinha as promessas. Ora, sem contradição alguma, o menor é abençoado pelo maior.
MAS AQUELE CUJA GENEALOGIA NÃO É CONTADA. O autor esta falando a respeito de Melquisedeque, ele que era rei de justiça, que também era rei de Salém, ou seja, rei de paz, e que também era sacerdote do Deus Altíssimo, porque certamente servia e invocava somente o Deus único e verdadeiro, Criador de todas as coisas. Não havia escriba nem historiador algum que pudesse encontra qualquer registro nem dos antepassados nem dos descendentes de Melquisedeque, e isso é um mistério de Deus.

ENTRE ELES. Mas alguém poderia questionar ou pensar que Melquisedeque fosse um dos antepassados de Abraão, porem, isso não se tem como provar porque os hebreus eram cautelosos em estudarem as raízes familiares de todas as gerações. Portanto, retrocedendo até Noé, não tinha como se descobrir que os levitas tivessem como seu antepassado o sacerdote Melquisedeque, ele que viveu na época do próprio Abraão.

TOMOU DÍZIMO DE ABRAÃO. Qualquer historiador que faz relatos de histórias antigas que forem consultados, que não fizerem uma análise com a paixão da religião, seja o judaísmo ou o cristianismo, vai afirmar que este dízimo não tem nada a ver com religião, mas sim, que o pagamento feito por Abraão a Melquisedeque, foi um tributo financeiro, porque Abraão teve que passar pelo território do rei Melquisedeque, rei de justiça.

E ABENÇOOU. Ninguém tem como defender a tese de que Melquisedeque tenha abençoado a Abraão porque ele tinha lhe pagado o tributo do dízimo. Isso era uma obrigação de Abraão. Além do mais, há quem defenda de que Abraão pagou o tributo, porque quis barganhar com Melquisedeque, que se quisesse, poderia ter enfrentado a Abraão em uma guerra, já que Melquisedeque era rei, e certamente tinha exercito.

O QUE TINHA AS PROMESSAS. Os historiadores judeus afirmam que Melquisedeque abençoou a Abraão, porque ele era um rei justo, e como o patriarca lhe pagou o tributo de forma correta, como também ele era um rei de paz. Além do mais, Melquisedeque tinha conhecimento de que Abraão era um homem de Deus e que sobre ele estavam as promessas de Deus. É bem provável que as histórias sobre Abraão já circulavam.

ORA, SEM CONTRADIÇÃO ALGUMA, O MENOR. Todos os argumentos utilizados pelo autor têm fortes possibilidades de convencer aos leitores desta carta, eles que provavelmente eram seguidores do cristianismo, mas que vieram do judaísmo. Agora, este novo argumento era aceito por todos, em que o menor só poderia ser abençoado por alguém que era mais importante do que ele, isso é fato incontestável e lógico.

É ABENÇOADO PELO MAIOR. Neste caso, o maior é Melquisedeque e o menor é Abraão. Este argumento deve ter causado um impacto muito grande para os leitores desta carta, mas ele representa a verdade. Como os levitas procederam dos lombos de Abraão, pela lógica do escritor, o sacerdócio de Melquisedeque, que é uma tipologia do sacerdócio de Cristo, é mais importante do que o sacerdócio de Aarão e dos levitas.

Hebreus 7:5

Hebreus 7:5 - E os que dentre os filhos de Levi recebem o sacerdócio têm ordem, segundo a lei, de tomar o dízimo do povo, isto é, de seus irmãos, ainda que tenham saído dos lombos de Abraão.
E OS QUE DENTRE OS FILHOS DE LEVI. O primeiro a ser ordenado sacerdote ou ainda sumo sacerdote foi justamente Aarão, o que passou a ser uma tradição por direito e de conformidade com a legislação de Moisés. Essa frase nos deixa transparecer que nem todos os filhos de Levi seriam sacerdotes, alguns eram separados para serem cantores outros para sacerdotes e outros para sumo sacerdotes é isso que revela a bíblia.

RECEBEM O SACERDÓCIO. Mas, dentre os que recebiam o sacerdócio, que não eram todos, foram constituídos por Deus, eram aceitos pelo povo, e estava de conformidade com a lei de Moises. A tribo de Levi foi separada para servir ao Senhor nas coisas concernentes a Deus e o seu povo, e os sacerdotes, e principalmente os sumos sacerdotes, uma vez no ano entravam diante de Deus, no santo dos santos para interceder pelos pecadores. O ofício sacerdotal tinha muita importância em Israel.

TEM ORDEM. Dentre os filhos de Levi que eram separados para o sacerdócio, eles tinham ordem de recolher os dízimos dos filhos de Israel, e ninguém os censuravam por conta disto. Mas quanto ao sacerdócio de Melquisedeque, a ordem não era um código de lei, mas sim o respeito que as pessoas tinham sobre ele, como foi o caso de Abraão, e isso nos fala da superioridade do sacerdócio de Melquisedeque, acima dos filhos de Levi.

SEGUNDO A LEI. Esta lei se refere à legislação escrita por Moises, que tratava dos direitos e deveres religiosos dos filhos de Israel, como também dos decretos administrativos e civis de uma nova nação que estava conquistando a terra de Canaã. Como em nosso país tem leis para tudo, constituição, código cível, código penal e etc. Não seria diferente com Israel, que conquistando a terra de Canaã passaria a ser uma nação como qualquer outra.

DE TOMAR DÍZIMO. A pergunta é: Porque os Levitas tinham direito de tomar o dízimo dos seus irmãos? Primeiro é preciso dizer que o dízimo não era um dever religioso, mas sim, uma compensação social. Das dez tribos que entraram em Canaã, a tribo de Levi não recebeu herança na partilha da terra. Portanto, ficou determinado que os descendentes desta tribo tomariam o dízimo dos que herdaram possessão de terra em Canaã.

DO POVO, ISTO É DE SEUS IRMÃOS. Estes irmãos a que se refere o autor, dizem respeito as nove tribos que receberam heranças na terra de Canaã em que uma delas é a meia tribo de Manassés, conforme esta registrado no livro de (Josué 13:7). Já a tribo de Levi não recebeu possessão nem herança na terra prometida, porque Deus separou a todos para servirem ao Senhor, tomando conta do Tabernáculo, conforme (Josué 13:33).

AINDA QUE TENHA SAÍDO DOS LOMBOS DE ABRAÃO. O que o autor estava tentando dizer com isso? Que os levitas também pagaram dízimo a Melquisedeque, ainda que indiretamente por meio do patriarca Abraão, uma vez que, Levi e todos os seus descendentes vieram da arvore genealógica de Abraão. Então, Melquisedeque era superior aos levitas. E o sacerdócio de Cristo era segundo a ordem deste Melquisedeque.

segunda-feira, 10 de abril de 2017

Hebreus 7:4

Hebreus 7:4 - Considerai, pois, quão grande era este, a quem até o patriarca Abraão deu os dízimos dos despojos.
CONSIDERAI, POIS. O fato do escritor está destacando o sacerdócio e a personagem de Melquisedeque tem no pano de fundo, depois transferir a importância do seu ofício como sacerdote para a pessoa bendita do Cristo de Deus, ele que é Sacerdote eterno, segundo a ordem de Melquisedeque. Considerar, neste caso, é dar total atenção ao que o escritor esta abordando nestas mensagens, ao mesmo tempo é dar crédito a suas palavras, porque as verdades que estão sendo abordadas são bastante significantes.

QUÃO GRANDE. A importância de Melquisedeque pode ser vista em três aspectos. Primeiro, porque ere era sacerdote do Deus Altíssimo, portanto era um representante de Deus. Segundo, porque Abraão lhe pagou o dízimo dos despojos, porque ele era um rei forte e importante. E terceiro, porque ele abençoou ao patriarca Abraão, e isso denota que ele era mais importante do que Abraão, porque o maior abençoa o menor.

ERA ESTE. Melquisedeque fazia parte de uma confederação de reis de sua região, mas as tradições a seu respeito o põe em destaque dos demais reis, quando o patriarca Abraão lhe pagou o tributo de dês por cento dos despojos tomados dos seus inimigos. Fala-se que os reis que faziam parte da confederação com Melquisedeque eram: o rei de Sodoma, de Gomorra, de Admá, de Zeboim, e o rei de Belá. Melquisedeque era o maior.

A QUEM ATÉ O PATRIARCA. Abraão não era rei, mas era um homem muito rico e importante naquela região, é tanto que tinha a seu serviço mais de trezentos servos, com quem saiu para a guerra contra aqueles que levaram cativos seu sobrinho Ló. A palavra patriarca era dirigida as pessoas de grande importância no meio da sociedade como também era direcionada a um importante membro de um clã ou família.

ABRAÃO. O autor continua fazendo uma comparação alegórica entre a importância entre Abraão e Melquisedeque, colocando neste ponto, Melquisedeque acima de Abraão em termos de importância para aquela época. Para os hebreus, era inadmissível tentar diminuir a importância de Abraão, que em termos de pessoa era como que um pai para toda a nação de Israel. Porem, o próprio Abraão reconheceu a grandeza do rei e sacerdote Melquisedeque, o que devia convencer também aos leitores desta carta.

DEU O DÍZIMO. O que Abraão fez, não foi sendo influenciado por um sentimento religioso, como muito pensam, mas o que ele fez foi pagar tributos a Melquisedeque como rei e não como sacerdote. Não era lei, mas era uma tradição da época em que dês por cento dos desposo tomados em uma guerra, deveria ser pago ao rei ou monarca como tributo. De forma que, “dízimo” não tem nada a ver com religião, é a décima parte.

DOS DESPOJOS. Abraão tinha o direito a ficar com noventa por cento dos despojos, e pagar tributo de dês por cento a Melquisedeque, essa era a tradição da época. Porem, antes de sair para a guerra, ele fez o propósito consigo mesmo de não querer nada dos despojos, é tanto que pagou o tributo a Melquisedeque e o resto dos despojos ele distribuiu com os seus servos, que a seu serviço foram em busca de Ló, seu sobrinho.

Hebreus 7:3

Hebreus 7:3 - Sem pai, sem mãe, sem genealogia, não tendo princípio de dias nem fim de vida, mas sendo feito semelhante ao Filho de Deus, permanece sacerdote para sempre.
SEM PAI, SEM MÃE. Tudo que o autor expõe sobre Melquisedeque, não é para enaltecê-lo, mas apenas mostrando verdades sobre ele, para depois revelar que o sacerdócio de Cristo, que é segundo a ordem de Melquisedeque, é superior ao sistema sacerdotal implantado pelo judaísmo tradicional. Não aparece no registro bíblico o nome do pai, nem da mãe deste grande homem de Deus, que era sacerdote do Deus Altíssimo.

SEM GENEALOGIA. Os judeus guardavam listas enormes de nomes dos seus antepassados para comprovarem de que faziam parte da arvore genealógica dos patriarcas mais nobres daquela nação, passando pelos reis até chegarem a Jacó, Isaque e Abraão. No caso de Melquisedeque, não se encontravam nos registros históricos o nome dos pais, nem filhos deste sacerdote em lugar nenhum, muito menos, fazendo parte da tribo de Levi.

NÃO TENDO PRINCÍPIO DE DIAS. Os hebreus valorizaram as origens das pessoas recorrendo aos seus antepassados, e até certo ponto se ufanavam de pertencerem às famílias mais ilustres do seu povo. Como os líderes religiosos de Israel eram bastante estimados pelo povo, aqueles que pertenciam à tribo de Levi, citavam os nomes dos sacerdotes ou sumos sacerdotes que fizeram história como seus parentes do passado. Mas ninguém citava o nome de Melquisedeque, porque com ele Deus agiu diferente.

NEM FIM DE VIDA. Essa é uma expressão que fala do fim da vida das pessoas, e era muito importante, porque como a pessoa viveu e como terminou sua história de vida, mudava até o seu nome. No caso de Melquisedeque, não há uma história a ser contada de como ele viveu, nem como terminou a sua vida, nem com quantos anos ele morreu. A narrativa bíblia a seu respeito é deveras curta, apesar de ter uma importância muito grande.

MAS SENDO FEITO SEMELHANTE. Melquisedeque foi uma tipologia do que seria o ofício sacerdotal do Messias de Deus. E isso era mais importante do que saber o nome de seu pai ou de sua mãe, como também isso é mais importante do que ter o nome no rol dos mais ilustres antepassados nas listas intermináveis da genealogia dos judeus. Até porque não foi Melquisedeque que valorizou a Cristo, mas Cristo que o destacou na história.

AO FILHO DE DEUS. Mesmo antes da vinda do Messias de Deus, que as profecias messiânicas já apontavam de que, o Cristo seria Filho de Deus. O nascimento milagroso de Jesus de Nazaré, porque ele não teve um pai biológico, mas foi gerado pelo Espírito de Deus, isso é prova irrefutável de que ele realmente era Filho de Deus (Mateus 1:18). Além do mais, vários eventos em seu ministério provaram de que ele era Filho de Deus.

PERMANECE SACERDOTE PARA SEMPRE. Em se tratando de Melquisedeque, não há registro do termino do seu sacerdócio. Já nos casos dos sacerdotes aarônicos com a morte dos tais, era o fim do ministério de cada um deles. No caso de Cristo, ele é Sumo Sacerdote eternamente, porque ressuscitou de entre os mortos, está assentado à destra do trono da graça de Deus, como nosso Mediador e que intercede por todos nós.

sábado, 8 de abril de 2017

Hebreus 7:2

Hebreus 7:2 - A quem também Abraão deu o dízimo de tudo, e primeiramente é, por interpretação, rei de justiça, e depois também rei de Salém, que é rei de paz.
A QUEM TAMBÉM. “A quem” se refere à Melquisedeque, ele que ao tomar conhecimento de que Abraão retornava da matança dos reis que tinham capturado Ló como prisioneiro de guerra foi ao encontro do patriarca. Há quem diga que Melquisedeque estava receoso de que Abraão poderia fazer guerra com ele também, e como ele era um rei de paz, buscou antecipadamente a Abraão com a bandeira da paz. Também tem quem diga que Melquisedeque sabia que Abraão adorava o Deus Altíssimo.

ABRAÃO. Este Abraão foi um servo de Deus que depositou sua confiança no Deus único e verdadeiro, Criador dos céus e da terra, também chamado de amigo de Deus e considerado profeta do Deus de Israel. Este patriarca teve uma importância muito grande diante do Senhor, porque ele ensinou aos hebreus a fé monoteísta. Praticamente tudo que aconteceu de bom com os judeus teve início com Abraão e sua chamada por Deus.

DEU O DÍZIMO DE TUDO. O que aconteceu de fato? Abraão foi resgatar o seu sobrinho Ló que havia se tornado prisioneiro de guerra, então Abraão matou os seus inimigos e saqueou tudo que eles tinham juntamente com sua equipe. De volta, foi passando na terra de Melquisedeque e, portanto, tinha que pagar tributo de dez por cento de tudo, o que prontamente ele fez. Esse não foi um ato religioso, mas civil que Abraão fez. Quando se diz de “Tudo” não foi dos bens de Abraão, mas sim, do sague sanguinários que ele fez.

E PRIMEIRAMENTE É, POR INTERPRETAÇÃO. Esta carta aos Hebreus é rica em detalhas da vida religiosa dos hebreus, ainda durante o tempo da velha dispensação da lei, que o escritor se utiliza para mostrar que muita coisa do que acontecia nos tempos antigos era uma tipologia do que seria na nova dispensação da graça. Os nomes das pessoas tinham significados bem como os nomes de lugares e cidades, tudo tinha um significado.

REI DE JUSTIÇA. O próprio nome “Melquisedeque” significa rei de justiça e isso efetivamente tinha tudo a ver com as práticas retas feitas por aquele monarca. Como ele era sacerdote do Deus Altíssimo essa era uma das características que o define como representante de Deus, e não é de menos que sua fé no Deus Todo-poderoso o fazia ser uma pessoa justa em seus procedimentos, e isso agradava ao coração do Criador.

E DEPOIS REI DE SALÉM. Melquisedeque era um monarca digno, muito respeitado pelos cidadãos que o conheciam é tanto que se tornou rei de Salém. Há de fato muitas opiniões quanto a este lugar citado pelo nosso autor, mas que certamente tanto o escritor quanto os seus leitores eram bem familiarizado com o que aqui está escrito. Dentro das conjecturas feitas pelos comentaristas, Salém pode ser Jerusalém ou Sião.

QUE É REI DE PAZ. Como Melquisedeque era uma tipologia do que seria o ministério do Senhor Jesus, Sacerdote eterno, segundo a ordem de Melquisedeque, estas duas palavra também seriam reflexo do ministério de Cristo, tanto a palavra “justiça”, quanto à palavra “paz”. Na verdade o Messias de Deus foi classificado como nossa justiça bem como ele veio estabelecer a verdadeira paz entre Deus e os homens, pela reconciliação.

Atos 28.30-31

Atos 28.30-31 - E Paulo ficou dois anos inteiros na sua própria habitação que alugara, e recebia todos quantos vinham vê-lo. Pregando o rein...