domingo, 16 de abril de 2017

Hebreus 7:20

Hebreus 7:20 - E visto como não é sem prestar juramento (porque certamente aqueles, sem juramento, foram feitos sacerdotes).
E VISTO COMO. Em seu trabalho comparativo entre o sacerdócio segundo a lei e a superioridade do sacerdócio de Cristo, o autor busca tirar proveito das fraquezas e falhas do antigo pacto, para mostrar que a nova aliança é perfeitamente de acordo com as Sagradas Escrituras. O sacerdócio conforme a lei de Moisés era de fato algo humano, apesar de ter a aprovação de Deus. Diferente do sacerdócio de Cristo, que teve a intervenção direta de Deus, além de ser Cristo constituído por Deus Sumo Sacerdote.

NÃO É SEM PRESTAR. Os sacerdotes da tribo de Levi era uma ordem de Moisés, até porque de acordo com a lei, tudo era regra considerada inquebrável pelos homens, e quem tentasse burlar as exigências sofria as penalidades. De forma que, não tinha da parte de Deus um juramento, mas era a própria lei que estabelecia que, o sacerdote deveria ser posto, segundo a lei, da tribo de Levi, e o sumo sacerdote da família de Arão.

JURAMENTOS. No caso do sacerdócio de Cristo, houve um juramento da parte de Deus, conforme se verifica no Salmos 110:4 - Jurou o Senhor, e não se arrependerá: tu és um sacerdote eterno, segundo a ordem de Melquisedeque. Este juramento da parte de Deus é a garantia de que a profecia teria o seu fiel cumprimento. Além do mais, o fato de que Deus não se arrependeria de tal juramento, isso nos fala de imutabilidade da promessa feita. Também nos ensina sobre o compromisso de Deus neste negócio.

PORQUE CERTAMENTE AQUELES. O autor se reporta sobre os filhos de Levi que foram designados para uma sucessão de sacerdotes, que enquanto durasse a lei, seriam postos frente aos serviços religiosos, primeiro do Tabernáculo, depois dos templos que foram construídos em Israel. Com a mudança da velha dispensação por uma nova, se fazia necessário um novo modo de operacionalização principalmente do sumo sacerdote.

SEM JURAMENTOS. O escritor revela que não houve da parte de Deus um juramento de que o sacerdócio da tribo de Levi seria para sempre ou eternamente. Até porque, o sacerdócio segundo a ordem de Levi, seria para administrar as coisas da lei de Moisés, com a mudança da legislação de Moisés para a legislação de Cristo que é o evangelho, cessaria também o sacerdócio da antiga ordem, que eram os descendentes de Levi.

FORAM FEITOS. Certamente o autor fala dos termos da lei que estabeleciam as ordens de se estabelecer o sacerdócio segundo os descendentes de Levi, como também os rituais e cerimônias do próprio ato de consagração dos sacerdotes e do sumo sacerdote, que era da família de Arão. Quando Arão foi feito sumo sacerdote por Moisés, houve inquietação da parte de muitos dos filhos de Israel, de que Moisés estava monopolizando tudo.

SACERDOTES. Esse é mais um ponto de vulnerabilidade do sacerdócio levítico, em que o escritor percebe em tudo que envolvia a consagração dos líderes religiosos dos antigos hebreus. Mostrando aos seus leitores de que a sacerdócio de Cristo tinha o aval de Deus, ele foi constituído por Deus, e houve um juramento como garantia de cumprimento. Não foi Moisés, não foi Arão, não foi Levi, mas foi Deus quem fez o juramento sobre Cristo.

sábado, 15 de abril de 2017

Hebreus 7:19

Hebreus 7:19 - (Pois a lei nenhuma coisa aperfeiçoou) e desta sorte é introduzida uma melhor esperança, pela qual chegamos a Deus.
POIS A LEI. O autor escreve sobre a lei de Moisés. Lei esta que da parte de Deus era boa para abençoar o povo de Israel como nação, porque se os hebreus tivessem guardado como deviam os mandamentos da lei de Moisés, certamente teriam sido ricamente abençoados pelas mãos de Deus. A lei continha todo tipo de ordenanças no que concerne a legislação para uma nação, desde os mandamentos civis, como também estatutos de ordens sociais e penais, e acima de tudo divinos para o povo fazer a vontade de Deus.

NENHUMA COISA. O que falhou não foi à parte que cabe a Deus. Todavia, aquilo que os filhos de Israel deveriam cumprir, teve efeito contrário, porque os hebreus não se adequaram as ordenanças da legislação de Moisés. E assim, em vez da lei abençoar o povo com as bênçãos nela contidas, também tinham as maldições para quem fosse infiel. Como o povo não teve condições de obedecer às exigências da lei veio os prejuízos.

APERFEIÇOOU. A lei por si só, não tinha mágica de abençoar ou amaldiçoar, porque o resultada estava naquilo que os filhos de Israel fizessem com os mandamentos da legislação de Moisés. Em vez dos hebreus se aperfeiçoarem com os estatutos da lei de Moisés, teve efeito contrário, e a prova disto foi o resultado colhido. Os cativeiros daquela nação foi o efeito da semeadora e colheita do que se plantou de errado.

E DESTA SORTE É INTRODUZIDA. Como Deus tem sempre uma provisão melhor para o seu povo, ele pôs em ação o plano superior, que era o cumprimento de suas promessas quanto à vinda do seu Messias e a implantação de uma nova dispensação da graça. Agora, já dentro da nova dispensação da graça de Deus, o homem não é abençoado pelos méritos pessoais, mas sim, pelo exercício pleno de sua fé e pela graça de Deus.

UMA MELHOR ESPERANÇA. A esperança para quem tentava obedecer à legislação de Moisés era tudo com provisões para esta vida presenta da terra, portanto, com resultados provisórios, logo vinha à desobediência e tudo caia por terra. A esperança proposta na nova dispensação de Deus com a humanidade por Cristo é com resultados positivos para esta vida, sim, mas também com melhores promessas para a vida eterna, com a promessa de salvação, que resultará em vida feliz, abundante, plena e abençoada.

PELA QUAL CHEGAMOS. Conforme a mensagem do evangelho, a dispensação da lei se tornou uma instituição falida, inútil e inviável, isso porque não abriu o caminho de acesso direto do homem para com Deus. Enquanto que, a dispensação da graça de Deus por meio de Cristo, com todas as suas propostas e promessas, tem total e irrestrita condição de levar o homem de volta aos braços de Deus, com acesso ao trono da graça.

A DEUS. O homem foi criador a imagem e semelhança do seu Criador para desfrutar absoluta comunhão com o Onipotente, Onisciente e Onipresente Deus de Israel. Com a queda da raça humana esta comunhão ficou maculada pela desobediência dos filhos dos homens ao seu Criador. Mas Deus que nunca perde em seus projetos, por meio do seu Filho, o Emanuel, ele próprio pôs em prática suas realizações pela dispensação da graça.

sexta-feira, 14 de abril de 2017

Hebreus 7:17-18

Hebreus 7:17-18 - Porque dele assim se testifica: Tu és Sacerdote eternamente, segundo a ordem de Melquisedeque. Porque o precedente mandamento é ab-rogado por causa da sua fraqueza e inutilidade.
PORQUE DELE ASSIM SE TESTIFICA. “Dele” se refere ao Senhor Jesus, que antes mesmo de sua vinda, como sendo o Messias prometido por Deus nas Sagradas Escrituras, já estava previsto e predestinado a ser Sumo Sacerdote de Deus pelos homens. O salmista usado por Deus, pela revelação do Espírito Santo, já testificava sobre o ofício sacerdotal do Cristo de Deus e a própria vida e ministério de Jesus também testificaram sobre ele.

TU ÉS SACERDOTE. Naturalmente que, para qualquer judeu seguidor das regras fixas do judaísmo, isso era inconcebível, que da tribo de Judá fosse constituído alguém como sacerdote, e principalmente sumo sacerdote, porque a regra era da tribo de Levi, e ser sumo sacerdote, só se fosse da linhagem de Arão. Mas, os hebreus que estavam lendo esta carta, não poderiam se esquecer da profecia messiânica de (Salmos 110:4).

ETERNAMENTE. Quem dos sacerdotes da tribo de Levi teve condições de cumprir o requisito “eternamente”? A resposta é nenhum! Até porque todos eles morreram como qualquer pessoa humana. Cristo, sim, atendeu a este requisito, porque ele morreu, por causa dos nossos pecados, mas ressuscitou ao terceiro dia, subiu ao céu e está eternamente a destra de Deus e intercedendo por nós como nosso Sumo Sacerdote.

SEGUNDO A ORDEM DE MELQUISEDEQUE. Por que segundo a ordem de Melquisedeque? Porque Melquisedeque não pertenceu à tribo de Levi, nem tem como se provar que Levi tenha pertencido à família de Melquisedeque, até porque não se fala que Melquisedeque fosse família do patriarca Abraão. Além do mais, nem na bíblia nem na história fala sobre as origens nem sobre a o fim da vida de Melquisedeque, sacerdote do Deus Altíssimo.

PORQUE O PRECEDENTE MANDAMENTO. Não há dúvida que esta colocação feita pelo escritor, diz respeito à lei de Moisés por completa e não somente os preceitos da legislação de Moisés que determinavam sobre que, o sacerdócio deveria ser exercido pelos descendentes de Levi, e que o sumo sacerdote deveria ser da linhagem de Arão. Certamente esta expressão do autor deve ter causado um choque de ideias nos leitores.

É AB-ROGADO. Dizer para um judeu que a lei de Moisés foi ab-rogada, era coisa muito difícil, até porque, os cristãos legalistas de Jerusalém, nos começos do cristianismo, aceitaram apenas que Cristo veio fazer uma pequena reforma no judaísmo, com a implantação do cristianismo. Neste ponto, alguns comentaristas bíblicos defendem que esta carta foi escrita por Paulo, e não por qualquer um outro dos apóstolos de Cristo, posto que, os apóstolos de Jerusalém, tentavam conciliar o judaísmo com o cristianismo.

POR CAUSA DA SUA FRAQUEZA E INUTILIDADE. Um outro ponto polêmico, era dizer para um judeu que, a lei de Moisés era fraca e que havia se tornado inútil. Até os anos setenta, quando Jerusalém foi destruída, dificilmente qualquer um dos apóstolos legalistas da igreja mãe de Jerusalém teria coragem de dizer estas palavras contra a lei de Moisés. Quem ler a epístola de Tiago percebe sua tendência para a lei e não da graça.

quinta-feira, 13 de abril de 2017

Hebreus 7:15-16

Hebreus 7:15-16 - E muito mais manifesto é ainda, se à semelhança de Melquisedeque se levantar outro sacerdote. Que não foi feito segundo a lei do mandamento carnal, mas segundo a virtude da vida incorruptível.
E MUITO MAIS MANIFESTO É AINDA. Já era conhecido de todo o Israel, que um dia Deus levantaria um Sumo Sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque, e os leitores desta carta, como hebreus que eram sabiam desta verdade, e quantos deles, antes mesmo da vinda do Messias não esperavam este Sumo Sacerdote? Todos tinham conhecimento que nenhum dos sacerdotes da linhagem de Levi tiveram condições de ser este sacerdote.

SE À SEMELHANÇA DE MELQUISEDEQUE. Porque que o Cristo seria semelhante ao sacerdócio de Melquisedeque? Porque ele, além de ser Sacerdote, também seria rei, como foi o caso de Melquisedeque. Além de ser Sacerdote, teria que também pertencer à tribo de Judá, porque o Cristo também tinha que ser da descendência de Davi. Além do mais deveria ser um sacerdote justo, e o evangelho diz que Cristo é Justiça nossa. Sacerdote de Paz, Já antes de vir a terra, ele já era chamado de Príncipe da paz.

SE LEVANTAR OUTRO SACERDOTE. A implantação da nova dispensação da graça de Deus e fé em Cristo previa a mudança da lei e do sacerdócio. Quando o Salmista, usado pelo Espírito de Deus, falou que o Messias seria Sacerdote eterno segundo a ordem de Melquisedeque, ao mesmo tempo ele estava anunciado a mudança do sacerdote, que não seria do modo tradicional, da casa de Levi, mas seria um Rei Sacerdote de Deus.

QUE NÃO FOI FEITO SEGUNDO A LEI. Esta lei, se refere à legislação de Moisés, que determinava que, o sacerdócio deveria ser constituído da tribo de Levi, e que o sumo sacerdote da linhagem de Arão. O sacerdócio de Cristo entrou na contra mão do que já era uma tradição e uma lei em Israel, porque não seguiu os padrões tradicionais dos hebreus, mas foi em comprimento as profecias messiânicas que já estavam previstas.

DO MANDAMENTO CARNAL. Sobre esta frase, podemos dizer pelo menos duas coisas. A primeira é que, o mandamento carnal, diz respeito à lei que determinava que os sacerdotes deveriam ser da família biológica de Levi. E a segunda, é que por interpretação, a dispensação da lei era baseada em promessas para esta vida presente, com duração temporária, terrena, atendendo aos interesses das coisas deste mundo.

MAS SEGUNDO A VIRTUDE. Agora, o outro Sacerdote que se levantou segundo a ordem de Melquisedeque, assim o foi pelo poder de Deus, porque virtude, neste texto, significa poder. Quando Deus prometeu que levantaria o seu Cristo como Sumo Sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque, ele também disponibilizou seu poder para que a profecia se cumprisse, conforme os seus desígnios e de acordo com a sua vontade.

DA VIDA INCORRUPTÍVEL. Sacerdote eternamente. Como que os filhos de Levi poderiam cumprir este requisito, se todos eles morreram e não reviveram? Agora, o Cristo de Deus, esse sim, se encaixou perfeitamente neste requisito, “eternamente”, porque ele ressuscitou de entre os mortos, foi visto pelos seus, passou quarenta dias com os seus apóstolos e discípulos, subiu ao céu, se assentou a destra de Deus como Sumo Sacerdote.

Hebreus 7:14

Hebreus 7:14 - Visto ser manifesto que nosso Senhor procedeu de Judá, e concernente a essa tribo nunca Moisés falou de sacerdócio.
VISTO SER MANIFESTO. Todos os argumentos apresentados pelo autor nesta carta levam a objetivos importantes, que são para apresentar a superioridade do Senhor Jesus Cristo e a perfeição de sua obra em prol de sua igreja remida. De forma que, os hebreus principalmente, conheciam bem a história de Jesus de Nazaré, até porque tudo se deu bem ali em Israel, e é bem provável que muitos desses leitores tivessem vivenciado os fatos acontecidos diante dos seus próprios olhos, porque eles eram também judeus.

QUE NOSSO SENHOR. O autor mais uma vez se inclui em sua mensagem, como alguém que tinha relações fortes de fé com o Senhor Jesus Cristo. Essa expressão “nosso Senhor” era usada por aqueles que haviam aceitado a Cristo não somente como Salvador, mas também como Senhor, e isso implica, em renunciar a própria vontade para ser discípulo do grande Mestre, Cristo Jesus. Esta frase nos fala do senhorio de Cristo.

PROCEDEU. Este verbo nos ensina das origens familiar de Jesus de Nazaré, bem como de quem ele era descendente, quanto a sua genealogia. Os judeus eram pragmáticos em guardarem listas enormes em seus arquivos, retrocedendo no tempo, até onde podiam para provarem suas origens, principalmente quando em suas arvores genealógicas haviam personagens importantes como os patriarcas das doze tribos de Israel.

DE JUDÁ. Esse era o quarto filho do patriarca Jacó com Lia, juntamente com Ruben, Simeão, Levi, Issacar Zebulun e Diná. Essa tribo dos filhos de Israel se tornou a mais importante, porque dela surgiram vários reis que governaram o país inteiro como nação. Dentre os reis que vieram desta tribo podemos destacar Davi, que recebeu de Deus a promessa de que o Messias seria chamado de seu Filho, e assim o foi, (Mateus 1:1).

E CONCERNENTE A ESTA TRIBO. Nas bênçãos proferidas por Jacó e por Moisés sobre esta tribo não há menção de que dela surgiria sacerdotes, nem muito menos sumo sacerdotes. Jacó lhe prometeu que seus irmãos lhe prestariam homenagem, e que o cetro não se arredaria de sua mão, e o legislador não se apartaria de seus pés. Já Moisés disse de Judá Deuteronômio 33:7 - Ouve, ó Senhor, a voz de Judá, e introduze-o no seu povo; e tu lhe sejas em ajuda contra os seus inimigos. Reis sim, sacerdotes não.

NUNCA MOISÉS. Moisés foi um grande escritor e legislador do povo judeu, é tanto que se atribuem a ele os cinco primeiros grandes livros da bíblia, Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio. Além de proferir grandes e eloquentes discursos para os filhos de Israel em suas peregrinações pelo deserto, mas em nenhum momento ele falou sobre que da tribo de Judá sairia ou se levantaria uma linhagem sacerdotal.

FALOU DE SACERDÓCIO. Este ofício foi designado exclusivamente para os descendentes de Levi, que era o terceiro filho de Jacó com Lia. Enquanto que os sumos sacerdotes seriam designados a partir de Arão seu irmão. Mas, da tribo de Judá, Moisés não designou que fosse levantado sacerdotes, apesar de que Davi, por um momento, se pôs a sacrificar em lugar de sacerdote, mas não que a legislação de Moisés determinasse isso.

quarta-feira, 12 de abril de 2017

Hebreus 7:12-13

Hebreus 7:12-13 Porque, mudando-se o sacerdócio, necessariamente se faz também mudança da lei. Porque aquele de quem estas coisas se dizem pertence à outra tribo, da qual ninguém serviu ao altar.
PORQUE, MUDANDO-SE O SACERDÓCIO. Não se fala em sacerdote antes de Melquisedeque, e depois de Melquisedeque, veio então os sacerdotes da casa e família de Levi, e com isso houve mudanças dos costumes, com a implantação de muitas leis relacionadas ao sacerdócio. Com a implantação da nova dispensação, da mesma maneira ouve profundas mudanças neste ofício, porque conforme a promessa de Deus, Jesus foi constituído Sumo Sacerdote eterno, segundo a ordem de Melquisedeque.

NECESSARIAMENTE SE FAZ TAMBÉM MUDANÇA. A vida e o ministério de Cristo foi um ensaio do que viria a ser depois da sua ressurreição e ascensão para se assentar a destra do trono da graça, que é o Santo dos Santos. Assim sendo, aconteceram profundas mudanças nas ordens das coisas, em que o sistema de sacrifícios repetitivos foram substituídos, por um único e suficiente sacrifício expiatório do Cordeiro de Deus.

DA LEI. O ofício sacerdotal na época da velha dispensação da lei, era tão importante para os filhos de Israel, que o grande legislador Moisés escreveu um grande livro chamado Levítico com os direitos e deveres dos sacerdotes. Já no tempo da nova dispensação, a lei que rege as regras do sacerdócio de Jesus é justamente o evangelho da graça de Deus. No evangelho de Cristo encontramos as diretrizes deste ofício sumo sacerdotal de Cristo.

PORQUE AQUELE. É correto dizer que, o autor está se referindo ao Senhor Jesus, ele que foi feito Sumo Sacerdote, segundo a ordem de Melquisedeque. Já durante a sua vida e ministério aqui na terra, o Cristo de Deus cumpria os requisitos profetizados nas Sagradas Escrituras, de que ele seria efetivamente este Sumo Sacerdote. Muito mais, depois de sua ressurreição e ascensão, porque seu sacerdócio não tem mais interrupção.

DE QUEM ESTAS COISAS SE DIZEM. Os sacerdotes levíticos, até mesmos os mais importantes e influentes, tinham seus ofícios interrompidos quando morriam, sendo necessário serem substituídos por outro. O sacerdócio de Cristo é superior, porque ele está assentado a destra do trono da graça, junto ao Pai, e de contínuo intercede pelos seus servos que cometem algum tipo de falha, pecado ou transgressão.

PERTENCE À OUTRA TRIBO. Não se admitia que nenhum sacerdote que era constituído pelos filhos de Israel ser de outra tribo, senão da tribo de Levi, porque isto estava garantido pela legislação de Moisés. No caso de Cristo, conforme a lei de Moisés, jamais os hebreus aceitariam de que ele fosse sacerdote, muito mais Sumo Sacerdote, até porque ele pertencia à tribo de Judá, de onde nunca ninguém foi feito sacerdote.

DA QUAL NINGUÉM SERVIU AO ALTAR. Da tribo de Judá, era uma tradição se reconhecer que, dela surgiram muitos reis e monarcas importantes, disto se tira o cumprimento de uma profecia messiânica de que o Messias seria rei da descendência de Davi, o que se tornou verdade. Porem, nunca como sacerdote reconhecido pela lei de Moisés. Isso era algo que os hebreus não aceitariam, porque era contra a legislação de Moisés.

Hebreus 7:11

Hebreus 7:11 - De sorte que, se a perfeição fosse pelo sacerdócio levítico (porque sob ele o povo recebeu a lei), que necessidade havia logo de que outro sacerdote se levantasse, segundo a ordem de Melquisedeque, e não fosse chamado segundo a ordem de Arão?
DE SORTE QUE, SE A PERFEIÇÃO. A verdade é que, nem a lei de Moisés e nem o sacerdócio de Arão tinham como objetivo a perfeição do povo de Israel, pelo contrário, as exigências da legislação de Moisés mostrou aos hebreus o quanto o ser humano é falho, fraco e pecador. Agora, a nova dispensação da graça, tem demonstrado sua eficácia na perfeição dos remidos, a partir do sacrifício expiatório do Cristo de Deus.

FOSSE PELO SACERDÓCIO LEVÍTICO. É claro que o sacerdócio levítico teve o seu inegável papel de por um determinado tempo orientar o povo de Israel sobre os serviços que se devia prestar a Deus, por meio do tabernáculo e depois nos templos de Jerusalém. Porque tudo isso era uma tipologia do que de fato Deus estava preparando para a sua igreja, por meio do Sumo Sacerdote Eterno, segundo a ordem de Melquisedeque, Jesus.

PORQUE SOB ELE O POVO RECEBEU A LEI. Enquanto Moisés estava vivo, antes da entrada do povo na terra de Canaã, porque nem o próprio Moisés entrou na terra prometida, era o próprio Moises quem ensinava a lei aos hebreus, até porque o próprio Moises era também da tribo de Levi. Mas depois de Moisés, Arão e seus descendentes ficaram responsáveis pela aplicação das ordenanças, mandamentos e juízos da lei.

QUE NECESSIDADE HAVIA LOGO DE OUTRO. Se a lei de Moisés e o sacerdócio levítico fossem completos e eternos, não haveria a necessidade de um novo pacto e um novo sacerdócio. Este outro Sacerdote, se refere a Cristo Jesus nosso Senhor, ele que antes mesmo de se manifestar ao povo hebreu, já era esperado como Sacerdote eterno, segundo a ordem de Melquisedeque. Este outro Sacerdote veio para o bem de todos.

SACERDOTE SE LEVANTASSE. Por conta da profecia messiânica do salmista, de que Deus levantaria um Sacerdote eterno, segundo a ordem de Melquisedeque (Salmos 110:4), muitos se levantaram se dizendo sacerdotes segundo esta ordem, que não faziam parte da ordem de Arão como os Macabeus. No entanto, nenhum deles cumpria o requisito eternamente, porque morriam. Jesus morreu, mas ressuscitou para nunca mais morrer.

SEGUNDO A ORDEM DE MELQUISEDEQUE. Por que, segundo a ordem de Melquisedeque? Por que este sacerdote do Deus altíssimo não pertencia à tribo de Leve, nem se tem como provar que Levi também pertenceu a esta genealogia de Melquisedeque. Em Israel, só podia ser sacerdote se pertencesse à tribo de Levi. Jesus jamais se encaixaria na categoria de sacerdote, a não ser segundo a ordem de Melquisedeque. Jesus na verdade era da tribo de Judá e não da tribo de Levi.

E NÃO FOSSE CHAMADO SEGUNDO A ORDEM DE ARÃO. Os próprios sacerdotes e sumos sacerdotes da ordem de Arão viviam de olho para que não se levantasse ninguém como líder religioso em Israel, se não pertencesse à tribo de Levi, o terceiro filho de Jacó com Lia. Por isso que, Jesus foi tão perseguido pelos líderes religiosos dos judeus de sua época.

Atos 28.30-31

Atos 28.30-31 - E Paulo ficou dois anos inteiros na sua própria habitação que alugara, e recebia todos quantos vinham vê-lo. Pregando o rein...