segunda-feira, 9 de agosto de 2021

Atos 26.8-9

Atos 26.8-9 - Pois quê? julga-se coisa incrível entre vós que Deus ressuscite os mortos? Bem tinha eu imaginado que contra o nome de Jesus Nazareno devia eu praticar muitos atos.
POIS QUÊ? É admirável que Paulo não se detenha em se defender diretamente das acusações dos judeus, mas que ele busca com autoridade pregar a palavra de Deus para o rei Agripa, mais também para todos que estavam presentes, bem como para o governador Festo. Tinha o apóstolo dos gentios à boa consciência que já havia trabalhado bastante pelo reino de Deus e que daqui para frente tudo que lhe acontecesse era lucro, e ainda mais que, tinha fé que o Senhor dirigia o seu destino. JULGA-SE COISA INCRÍVEL ENTRE VÓS. Paulo coloca os seus ouvintes contra a parede, principalmente o rei Agripa, ele que era um judeu, e, portanto, de alguma maneira observador das crenças dos hebreus. Esta forma de pressionar os seus ouvintes era uma estratégia da parte de Paulo, uma vez que, sua pergunta ia contra a consciência de todos eles, de negarem ou não o poder de Deus, o que os fazia ateus ou crédulos. QUE DEUS RESSUSCITE. No tocante ao rei Agripa é provável que ele seguisse mais a carente ideológica dos saduceus do que dos fariseus. Os saduceus não acreditavam que havia ressurreição de mortos nem a existência de seres espirituais. Já os fariseus acreditavam tanto em uma coisa como em outra. Abordando este tema, Paulo mais uma vez estaria tocando em um ponto polêmico, isto é, para Agripa como para todos. OS MORTOS? Duvidar que Deus tem poder para ressuscitar os mortos ninguém poderia contestar, pois, pelo menos Agripa, como um judeu que era sabia que para Deus nada era impossível. Já quanto à ressurreição dos mortos, isso dividia os ouvintes de Paulo, uma vez que, existem exemplos no Velho Testamento de pessoas que ressuscitaram de entre os mortos, além das evidências evidentes em todos os tempos. BEM TINHA EU IMAGINADO QUE. Paulo retoma ao seu testemunho para falar do tempo pregresso de sua vida, antes de se converter para o cristianismo, em que por ignorância e incredulidade pensava em praticar muitos males contra aqueles que por fé confessavam o nome de Jesus de Nazaré como sendo o Messias de Deus. Com isso, Paulo aponta, ainda que de maneira indireta para seus ouvintes se colocando no lugar deles, para com igualdade lhes afirmar que estão na incredulidade, como ele antes. CONTRA O NOME DE JESUS DE NAZARÉ. A história de Jesus Cristo já havia se tornado conhecida por todos, principalmente na Palestina, uma vez que, os apóstolos de Jerusalém vinham fazendo um bom trabalho em pregar as boas novas de Jesus de Nazaré. Na verdade, o que Paulo intentava fazer era perseguir a todos aqueles que se posicionavam como discípulos do Senhor Jesus, o grande Mestre e Guia dos cristãos. DEVIA EU PRATICAR MUITOS ATOS. A prova disto era que, quando se converteu para o cristianismo, o apóstolo estava a caminho de Damasco em missão e a serviço dos líderes do judaísmo para perseguir, prender e até matar os seguidores de Cristo. Este exemplo dado por Paulo era um espelho de que ele estava errado, e que mostrava aos seus ouvintes que os judeus também estavam errados fazendo o mesmo que ele fez.

Atos 26.7

Atos 26.7 - À qual as nossas doze tribos esperam chegar, servindo a Deus continuamente, noite e dia. Por esta esperança, ó rei Agripa, eu sou acusado pelos judeus.
À QUAL. Paulo fala sobre a promessa de Deus feita a Abraão, refeita a Isaque e confirmada a Jacó, de que dos seus lombos enviaria o Messias. Desde a volta dos filhos de Israel dos cativeiros assírio e babilônico que o maior sonho dos hebreus era a vinda do cumprimento da promessa de Deus de enviar o seu Filho ao mundo, o Messias prometido. O domínio escravizador dos romanos sobre os judeus era um dos motivos mais fortes dos filhos de Israel que o Messias viesse lhes libertar deste terrível julgo. AS NOSSAS DOZE TRIBOS. Todos os filhos de Israel, mesmo espalhados por todas as partes do mundo, sempre guardavam no coração o mais primoroso desejo de serem visitados pelo Senhor, por meio do seu Messias, porque o Emanuel era para os judeus a epifania ou manifestação de Deus entre os homens, ou Deus conosco. Os judeus sabiam que o Messias implantaria uma nova aproximação com Deus e o seu povo. ESPERAM CHEGAR. Na realidade, o povo de Israel, como nação, não aceitaram que Jesus de Nazaré era na verdade o Messias prometido por Deus, por isso, ainda estavam esperando a manifestação de Cristo na terra. Já para a igreja, que é o novo Israel de Deus, Jesus Cristo é na essência a encarnação do verbo de Deus, nosso Salvador, nosso Redentor, aquele que é o cumprimento das promessas de Deus para a humanidade. SERVINDO A DEUS CONTINUAMENTE, NOITE E DIA. Os cativeiros assírio e babilônico deram aos filhos de Israel lições importantes para que eles soubessem que precisavam da intervenção de Deus por meio do seu Messias. E o fato que os judeus estavam sendo dominados pelo império político de Roma ainda era um motivo forte para que buscassem a Deus continuamente para que o Senhor enviasse o seu Cristo, o Messias. POR ESTA ESPERANÇA. Mas para o apóstolo Paulo esta esperança, que também era de todos os filhos de Israel, já havia se cumprindo, uma vez que, Paulo há havia aceitado que Jesus Cristo era o Messias prometido e enviado de Deus Pai. Assim como também para os doze apóstolos de Cristo, bem como para toda a igreja remida do Senhor, Jesus de Nazaré é a promessa feita por Deus em todas as profecias contidas no Velho Testamento, inclusive aquela feita por aos patriarcas Abraão, Isaque e Jacó. Ó REI AGRIPA. Com esta mensagem, Paulo pretendia tocar na sensibilidade de Agripa, ele que como judeu que era também aguardava o cumprimento desta esperança. O problema não está no poder convencedor desta palavra, mais sim, na morte da consciência de Agripa, que assim como a grande parte dos judeus, não creram que Jesus Cristo era o cumprimento das muitas e inumeráveis profecias messiânicas. EU SOU ACUSADO PELOS JUDEUS. Paulo se justifica com a verdade, uma vez que, ele estava no centro da vontade do Deus de Israel, diferente do rei Agripa, bem como dos seus opositores os judeus. Com isso, o apóstolo testemunha diante de todos que estava sendo acusado pelos seus conterrâneos justamente porque estava crendo no cumprimento da promessa de Deus e que por esta esperança passava por tuto isto.

Atos 26.6

Atos 26.6 - E agora pela esperança da promessa que por Deus foi feita a nossos pais estou aqui e sou julgado.
E AGORA. Paulo dá um salto dos velhos tempos em que ele viveu em Jerusalém, como criança, jovem e adolescente, até o momento em que se converteu para Cristo, para este momento em que se encontrava preso, simplesmente por fazer parte do plano de Deus. Em termos gerais, este agora, pode também representar um novo momento em que Deus está agindo por meio de uma nova aliança, executada por Cristo Jesus, o Messias, ele que se manifestou na plenitude dos tempos para novo Israel, a igreja. PELA ESPERANÇA. Desde o princípio da história dos seres humanos, quando Adão e Eva caíram pela prática do pecado, que havia a esperança para todos de uma redenção do pecado, passando pelos patriarcas Abraão, Isaque e Jacó, além de muitas outras profecias em que o Senhor prometeu uma nova aliança com melhores propostas, o que fez com que o próprio povo de Deus se enchesse desta absoluta confiança. DA PROMESSA. O Criador de todas as coisas é organizado e tudo que acontece com a humanidade tem o dedo de Deus, e nada do que sucede foge de sua agende e do cronograma de suas realizações. Desta forma, Paulo se reporta as muitas promessas que o Deus de Israel sempre vaticinou sobre o enviou do seu Messias para salvar o seu povo Israel, mas também toda a humanidade, por isso que Cristo veio ao mundo. QUE POR DEUS. Deus não criou o homem para ser condenado nem para a perdição eterna, pois, desde o princípio que as ações poderosas do Deus de amor foi sempre para trazer o homem de volta aos seus planos. Apesar dos filhos dos homens andarem ao contrário dos desígnios do Deus misericordioso, mas nem por isso, o Senhor desistiu de salvar os seres humanos, e a prova disto foi à vinda de Cristo Jesus. Deus estava em Cristo reconciliando o mundo consigo mesmo, e isto é o grande amor. FOI FEITA AOS NOSSOS PAIS. Podemos conjecturar que Paulo se reporta ao tempo em que Deus chamou ao patriarca Abraão para fazer aliança com ele e com os seus descendentes. Já na época de Abraão, Deus prometeu com do seu descendente, e este descendente não foi Isaque, mais o Senhor falava a respeito do seu Messias, que veio no tempo de Deus, como sendo Jesus de Nazaré, o verbo que se fez carne. ESTOU AQUI. Esta declaração feita por Paulo era motivo para que os judeus sentissem vergonha de estarem perseguindo um servo de Cristo, pois o que Paulo vinha já a muitos anos executando em seu ministério era justamente o plano de Deus, por meio de Cristo para o seu povo. Com esta declaração o apóstolo afirma para Agripa, que estava preso por se fazer realizando os planos eternos do Deus de seus antepassados. E SOU JULGADO. Não que esta reunião promovida por Festo se tratasse de um real julgamento do processo de Paulo, mas o apóstolo se refere a tudo que vinha lhe acontecendo desde o momento em que foi preso em Jerusalém, quando no templo cumpria um voto de fidelidade ao Deus de Israel. Como também o apóstolo se reporta a tudo que ainda estava para acontecer daqui para frente, pois ele já estava certo de que iria comparecer em Roma para ser julgado perante o imperador romano, Nero.

Atos 26.5

Atos 26.5 - Sabendo de mim desde o princípio (se o quiserem testificar), que, conforme a mais severa seita da nossa religião, vivi fariseu.
SABENDO DE MIM. A vida de Paulo era uma carta aberta, em que desde a sua mais tenra idade viveu um testemunho de dar inveja a qualquer dos judeus, não envergonhando seus pais, nem transgredindo a legislação de Moisés, conforme os costumes dos hebreus de sua época. A amnésia não poderia apagar da lembrança dos conterrâneos de Paulo tudo que ele fez de correto entre os seus pares, sem jamais se desviar dos princípios fundamentais da lei de Moisés, e das boas tradições dos judeus. DESDE O PRINCÍPIO. Nascido em Tarso da Cilícia, por isso que tinha o título de cidadão romano, mais desde a mais tenra idade que veio morar na cidade de Jerusalém para estudar as tradições dos seus antepassados e os costumes e religião dos seus pais. Provavelmente, os pais de Paulo tinham boas condições financeiras e econômicas, pois chegando em Jerusalém, o jovem passou a estudar com o grande mestre Gamaliel. SE O QUESEREM TESTITICAR. O que Paulo aponta neste momento, diante de Agripa e de todos, é que bastava uma honesta investigação de sua vida pregressa na cidade de Jerusalém, durante seus primeiros anos de vida, que seria testificado de sua vida ilibada como cidadão judeu. Com isso, o apóstolo afirma para o governador Agripa é que se hoje os judeus estava contra ele era por conta de sua nova crença no Messias. QUE CONFORME A MAIS SEVERA. Depois da volta dos cativeiros assírio e babilônico, os filhos de Israel já não tinham o mesmo fervor pela legislação de Moisés, de quando do tempo em que entraram na terra de Canaã. Porém, existiam aqueles grupo dos judeus que buscavam lealdade absoluta aos parâmetros da lei de Moisés, mesmo que isso acontecesse de forma social e não de maneira verdadeira diante de Deus. SEITA. Na realidade, o judaísmo já não era o mesmo, desde que os filhos de Israel entraram na terra prometida de Canaã, e a prova da infidelidade dos judeus estava no fato deles terem que passar pelos cativeiros assírio e babilônico, pois isso aconteceu por não cumprirem a legislação de Moisés. Com isso surgiram vários ramos do judaísmo, tais como os saduceus, os herodianos, os fariseus, os essênios e outros. DA NOSSA RELIGIÃO. É claro que Paulo se reporta ao tradicional judaísmo, que por mais esfacelado que se encontrasse, mais ainda era o modo de expressão religiosa dos filhos de Israel. O judaísmo estava dividido em muitos ramos, mais se podia pelos menos identificar três galhos principais, baseados no seguimento dos três Cânones preservados das Escrituras dos hebreus, que era a lei de Moisés, o Talmude, as Escrituras dos fariseus, bíblia evangélica e as Escrituras da dispersão, bíblia católica. VIVI FARISEU. Paulo chama o farisaísmo de seita, porque para sua época, esta não era uma palavra pejorativa dentro do arcabouço do judaísmo, mais representava apenas um ramo do judaísmo mais seletivo. Os fariseus eram aqueles religiosos que mais buscavam, ainda que de maneira artificial cumprir a lei de Moisés, as tradições religiosas dos judeus e tudo aquilo que estava de conformidade com a cultura do seu povo. Paulo afirma que viveu de forma mais rígida possível às boas práticas dos judeus.

Atos 26.4

Atos 26.4 - Quanto à minha vida, desde a mocidade, como decorreu desde o princípio entre os da minha nação, em Jerusalém, todos os judeus a conhecem.
QUANTO A MINHA VIDA. Começa então o apóstolo falando do seu testemunho de vida que era de dar inveja a qualquer um judeu, pois, Paulo foi preparado por seus pais para ser um homem importante de sua nação. Nada do que se envergonhar, pelo contrário, ele sempre buscou viver uma vida digna, respeitando os bons costumes e as tradições do seu povo, uma vez que, tinha como objetivo de vida galgar lugar de proeminência diante dos filhos de Israel, como bom seguidor do tradicional judaísmo. DESDE A MOCIDADE. Nascido em Tarso da Cilícia, por isso que tinha o título de cidadão romano, mais desde a mais tenra idade que veio morar na cidade de Jerusalém para estudar as tradições dos seus antepassados e os costumes e religião dos seus pais. Provavelmente, os pais de Paulo tinham boas condições financeiras, pois chegando em Jerusalém, o jovem passou a estudar com o grande mestre Gamaliel. COMO DECORREU DESDE O PRINCÍPIO. De acordo com o que temos neste texto, não temos como saber se os pais de Paulo também vieram morar juntamente com ele em Israel, ou se Paulo, logo nos seus primeiros anos de vida veio morar com algum parente na cidade de Jerusalém. Mas fica bem claro que, chegando à idade de estudar, o jovem Paulo de Tarso, desde o princípio de sua jornada ficou em Jerusalém. ENTRE OS DA MINNA NAÇÃO. Com isso, aprendemos que os pais de Paulo eram pessoas que tinham uma grande paixão pelo judaísmo, e a prova disto é que incentivou a sua criança a se dedicar completamente aos estudos das Escrituras dos hebreus. Os judeus na sua grande maioria eram pessoas patriotas que amavam o seu país, e por conta disto, até mesmo os judeus da dispersão faziam de tudo para que os seus filhos voltassem para o seu país a fim de se dedicarem a cultura do seu povo. EM JERUSALÉM. A repatriação dos judeus da dispersão era um desejo de quase todos os filhos de Israel, pois desde a deportação para a Assíria e para Babilônia, que os judeus traziam consigo o sonho de voltar para seu país. Uns voltavam para a Galileia, outros voltavam para a Judeia, mais o maior sonho era de fato morar na cidade de Jerusalém, e os pais de Paulo, com grande esforço lhe concederam este feito. TODOS OS JUDUES. O incentivo dos pais de Paulo foi fundamental para que ele chegasse aonde chegou entre os judeus, todavia, com o passar do tempo, o jovem começou a se destacar entre os de sua idade. Paulo era o tipo de jovem que buscava com todo empenho alcançar seus objetivo, demostrando para seus pais que todo o empenho deles valia a pena, pois o jovem cada dia mais dava prazer aos seus pais. CONHECEM. Na época a que se reporta Paulo era comum galgar altas posições entre os filhos de Israel pela compra de tais posições, principalmente quando se tinha dinheiro. Mas no caso de Paulo de Tarso, seus pais não precisavam investir no jovem, neste sentido, pois Paulo por meio da meritocracia avançava cada vez mais em se destacar diante dos judeus. Deus estava agindo na vida de Paulo para que mais tarde ele se tornasse um dos mais expoente dos líderes da igreja cristã do primeiro século.

Atos 26.3

Atos 26.3 - Mormente sabendo eu que tens conhecimento de todos os costumes e questões que há entre os judeus; por isso te rogo que me ouças com paciência.
MORMENTE SABENDO EU. Esta era de fato uma oportunidade relevante para o apóstolo dos gentios, em que diante de uma plateia importante da sociedade de Cesaréia, ele usava da palavra de evangelho para pregar sobre Cristo Jesus, o Messias de Deus. Quem estava presente nesta reunião era a elite política e social dos cidadãos desta cidade, em que todos teriam a chance de conhecer o Filho de Deus por meio da pregação de Paulo. Não há dúvida que era um momento alegre para o apóstolo Paulo. QUE TENS CONHECIMENTO. É verdade que Paulo já havia ouvido falar muito sobre o governador Agripa, juntamente com sua irmã e esposa Berenice, eles que eram judeus e que haviam achado graça diante do imperador Nero para governar sobre a Galileia. Por ser Agripa judeu, e certamente do seu modo, seguia de alguma maneira, o tradicional judaísmo, por isso que o apóstolo o faz lembrar, do que ele já conhecia. DE TODOS OS COSTUMES. Fala então Paulo das tradições religiosas dos filhos de Israel, principalmente no tocante a legislação de Moisés, contando com isso, também os costumes e a cultura dos hebreus. Neste momento da história de Israel, a questão religiosa estava muito confusa, porque haviam três Cânones em evidência para todos aqueles que eram judeus, descendentes de Abraão, Isaque e o patriarca Jacó. E QUESTÕES QUE HÁ. O primeiro Cânon era as Sagradas Escrituras dos judeus ortodoxos, que eram aqueles que moravam exclusivamente na Judeia, e que seguiam apenas os cinco livros escritos por Moisés, o Talmude. O segundo grupo eram aqueles que seguiam as Escrituras adotadas pelos fariseus, que talvez fizesse parte o governador Agripa, que é a bíblia hoje dos evangélicos. E o terceiro era as Escrituras dos judeus da dispersão, o que hoje é conhecida de bíblia católica, com mais livros. ENTRE OS JUDEUS. As questões mencionadas por Paulo diante do rei Agripa apontam para os problemas que os judeus de Jerusalém criavam até mesmo com os seus irmãos da Galileia, e muitos mais com os judeus da dispersão. Paulo sempre pregou para os judeus da dispersão, que eram mais flexíveis, mais somente a sua presença em Jerusalém, já era motivo para que os judeus ortodoxos se levantassem contra ele. POR ISSO QUE TE ROGO. Paulo era consciente que o governador Agripa não tinha nenhuma obrigação em ouvir suas palavras, por isso que ele faz um apelo veemente com o objetivo de tocar na sensibilidade do rei. Ao mesmo tempo o apóstolo sabia que estas autoridades eram prepotentes e que por qualquer motivo poderia rejeitar o discurso dele, por este motivo que o pregador solicita que o rei, por favor, lhe ouvisse. QUE ME OUÇAS COM PACIÊNCIA. Logo de princípio, o apóstolo dos gentios dá a entender que seu discurso não poderia ser resumido por simples frases, mas que ele estava cheio da palavra de Deus e que precisava concluir seu raciocino no que pretendia falar. Duas coisas, pelos menos, é o que Paulo busca de favor por parte de Agripa, em que a primeira, é que o governador não saísse nem interrompesse a Paulo, e a segunda é que o apóstolo pede que o rei não se irritasse contra suas palavras.

Atos 26.2

Atos 26.2 - Tenho-me por feliz, ó rei Agripa, de que perante ti me haja hoje de defender de todas as coisas de que sou acusado pelos judeus.
TENHO-ME POR FELIZ. Não se trata de palavras de bajulação da parte de Paulo para com o governador, pois, o apóstolo dos gentios não precisava se utilizar deste artifício, na tentativa de agradar a quem quer que seja para se dar bem. Até porque Paulo sabia que o governador Agripa não tinha a intenção de beneficiar a ele, pois, este não era o objetivo desta reunião, uma vez que, Festo estava apenas querendo colher informações ou provas contra Paulo para poder envia-lo a Roma para ser condenado. Ó REI AGRIPA. Esta forma de Paulo se dirigir ao governador era a maneira formal e correta de se dirigir a uma alta autoridade romana, já que Paulo, além de ser um homem educado, ele era um cidadão romano e sabia como se comportar diante dos seus superiores. Ao mesmo tempo, podemos dizer que a felicidade de Paulo era pelo fato que ele estava tendo a oportunidade de pregar o evangelho para um governador. DE QUE PERANTE TI. Herodes Agripa, como também era conhecido era um governante judeu que buscou com grande esforço conciliar os interesses dos filhos de Israel, com o domínio romano, sem deixar, portanto, de defender o domínio do império político de Roma sobre os judeus. Paulo como um homem justo, se sentia a vontade para reconhecer os favores de Herodes Agripa em benefício dos seus compatriotas judeus. ME HAJA HOJE. O rei Agripa era um casal muito conhecido não só na Palestina, mas também em Roma, capital do império, e a prova disto é que eles estavam visitando o governador Festo, por ter livre circulação entre todas as províncias de Roma. Assim sendo, é que Paulo demonstra o seu privilégio em comparecer perante o rei Agripa, mesmo que por circunstância não tão agradável como a que se dá neste momento. DE DEFENDER DE TODAS AS COISAS. Não que a defesa de Paulo fosse mudar o curso dos acontecimentos quanto a este momento desta pauta levantada por Festo, até porque, Paulo já tinha apelado para César, e com isso, ele teria que comparecer perante o imperador Nero em Roma. Essa defesa a que Paulo se reporta, não diz respeito a se justificar perante o governador, mais sim, mostrar porque estava preso injustamente, simplesmente por cumprir sua missão em pregar o evangelho de Cristo. DE QUE SOU ACUSADO. Quais as acusações que os opositores de Paulo apresentavam contra ele perante os romanos e por que estava preso? Atos 24:5-6 - Temos achado que este homem é uma peste, e promotor de sedições entre todos os judeus, por todo o mundo; e o principal defensor da seita dos nazarenos. O qual intentou também profanar o templo; e nós o prendemos, e conforme a nossa lei o quisemos julgar. PELOS JUDEUS. A realidade era totalmente contrária do que os judeus acusavam a Paulo, e os motivos de tais acusações eram de que, na verdade, o apóstolo representava uma ameaça para o judaísmo, uma vez que, por meio do seu trabalho de pregação do evangelho da circuncisão, muitos judeus se convertiam do judaísmo para o cristianismo. Além de que, Paulo não estava em Jerusalém para prejudicar a ninguém, mais veio apenas cumprir um voto de fidelidade a Deus no templo sagrado.

Atos 28.30-31

Atos 28.30-31 - E Paulo ficou dois anos inteiros na sua própria habitação que alugara, e recebia todos quantos vinham vê-lo. Pregando o rein...