segunda-feira, 19 de julho de 2021

Atos 22:5

Atos 22:5 - Como também o sumo sacerdote me é testemunha, e todo o conselho dos anciãos. E, recebendo destes cartas para os irmãos, fui a Damasco, para trazer maniatados para Jerusalém aqueles que ali estivessem, a fim de que fossem castigados.
COMO TAMBÉM O SUMO SACERDOTE ME É TESTEMUNHA. Não temos como saber se Paulo se refere ao sumo sacerdote da época em que ele recebeu carta do tal para ir a cidade de Damasco para trazer preso os cristãos daquela cidade, que no caso era Caifás, esse era o oficial, apoiado pelos romanos, mas que também tinha o Anás, que era apoiado pelos judeus. Ou se o apóstolo estava falando a respeito de Ananias, que era o sumo sacerdote deste momento. O fato é que todos estes conheciam a Saulo. E TODO O CONSELHO DOS ANCIÃOS. Agora, Paulo se reporta ao sinédrio, do qual ele fazia parte, pois era do partido dos fariseus. O sinédrio era composto por autoridades indicadas pelo império político de Roma, como também por representantes religiosos do judaísmo, que poderiam ser sacerdotes, mas também por lideranças sociais importantes do povo de Israel. Todos eram pessoas e autoridades importantes. E, RECEBENDO DESTES CARTAS PARA OS IRMÃOS. Neste texto, não fica claro de quem o apóstolo recebeu carta, se dos sumos sacerdotes citados acima, ou do sinédrio. É mais provável que seja do sumo sacerdote, mais que contava com a aprovação dos anciãos que faziam parte do sinédrio, até porque, as coisas mais importantes do povo judeu eram resolvidas pelo colegiado de líderes do sinédrio, aprovando ou não. FUI A DAMASCO. Não era somente Saulo de Tarso que estava encarregado de fazer este serviço para as autoridades dos judeus, mais haviam muitos outros, que por determinação dos sacerdotes e dos anciãos dos hebreus perseguiam de forma hostil os cristãos. Porém, no caso de Saulo, ele recebeu carta dos seus superiores para ir diretamente à cidade de Damasco a fim de prender os seguidores de Cristo Jesus. PARA TRAZER MANIETADOS PARA JERUSALÉM. Por conta das primeiras ondas de perseguições dos judeus contra os cristãos, muitos fugiram de Jerusalém e do país de Israel para outros lugares da Palestina. Certamente a notícia era de que muitos destes estivessem morando em Damasco, e Saulo de Tarso foi o encarregado de ir lá, prender e trazer de volta para Jerusalém, todos aqueles que seguiam ao “caminho”. AQUELES QUE ALI ESTIVESSEM. E não somente os que fugiram de Jerusalém, mas também a todos que já haviam se convertido ao cristianismo, mas que antes serviam ao tradicional judaísmo. Observamos que nos primórdios do cristianismo foram justamente os judeus, em defesa do judaísmo, quem mais perseguiram os seguidores de Cristo. Depois, com o passar do tempo, as autoridades romanas também. A FIM DE QUE FOSSEM CASTIGADOS. O castigo começava já a partir da prisão, uma vez que, os cristãos que eram presos, tinham seus bens confiscados, perdiam a liberdade, tinham que ser separados de seus familiares e eram levados para Jerusalém. Chegando em Jerusalém eram encarcerados, passando a partir de então a serem torturados com o objetivo de negarem a Cristo e voltarem para o tradicional judaísmo.

Atos 22.4

Atos 22.4 - E persegui este caminho até à morte, prendendo, e pondo em prisões, tanto homens como mulheres.
PERSEGUI. Não temos como identificar o real motivo pelo qual o apóstolo Paulo tenha dado este testemunho logo de início para seus ouvintes, sem que antes se identificasse como o apóstolo dos gentios. O que podemos conjecturar é que ele tinha em mente a sua própria justificativa, do por que agora, era um seguidor do cristianismo, e não mais do judaísmo. Ao mesmo tempo, Paulo tentava mostrar aos seus perseguidores que eles estavam equivocados, por fazerem o que ele havia feito antes contra os cristãos. ESTE CAMINHO. A nova religião fundada por Cristo já era conhecida como o caminho, principalmente em Israel, quem sabe se referindo a Jesus, ele que havia pregado que era o caminho, a verdade e a vida, portanto, quem seguia o cristianismo, para os judeus era um seguidor do caminho. Assim sendo, tanto Paulo que falava aos seus ouvintes, como também os judeus compreendiam esta expressão, judaico/cristã. ATÉ A MORTE. Quando Saulo de Tarso fazia suas incursões a serviço dos líderes religioso do judaísmo contra os cristãos, ele tinha a sua disposição soldados que faziam e cumpriam as suas ordens. Saulo tinha carta branca dos seus líderes para perseguir, prender e até matar os seguidores do caminho, e quando Estêvão foi morto pelos seus inimigos, Saulo estava presente e consentia no que estavam fazendo os judeus. PRENDENDO. Houve de forma hostil uma perseguição desumana contra os seguidores de Cristo, em que os cristãos de princípio recebiam ordem de prisão, eram interrogados, e sempre pressionados a negarem o nome de Cristo. A notícia de prisão por parte da equipe de Saulo de Tarso gerou desespero e pânico entre os cristãos, ao ponto de muitos fugirem de suas cidades para outros lugares e países com medo. E PONDO EM PRISÕES. Observamos o quanto os seguidores de Cristo sofreram por confessar a Cristo Jesus como Senhor e Salvador. Saulo de Tarso é um exemplo de perseguidor que tomamos conhecimento pelo seu testemunho, mais muitos outros assim como ele saíram por todos os lugares metendo nas cadeias públicas os discípulos do reino de Cristo. Esta forma de agir contra os cristãos gerava pavor em toda a população, e com isso, muitos que não negaram a sua fé foram parar na prisão. TANTO HOMENS. Geralmente, os chefes de família eram submetidos as mais severas formas de torturas, a fim de negares a fé genuína em Jesus de Nazaré, o Messias de Deus, e quando não sediam as pressões dos soldados que estavam com Saulo de Tarso eram presos e guardados nas prisões do governo romano. Os perseguidores sabiam que, ao prenderem o homem do lar estavam atingindo toda a estrutura familiar. COMO MULHERES. Saulo e sua equipe, achando pouco em prender o chefe da família, também metia na prisão suas esposas, e podemos dizer também que seus filhos e filhas, isso porque, geralmente os judeus não contavam as crianças. A família é a célula máster da sociedade, de forma que, a intenção de Saulo e de sua equipe de soldados era neutralizar toda a sociedade quanto à fé em Jesus Cristo, por isso que eles manietavam todas as famílias que deixavam o judaísmo para seguirem o cristianismo.

Atos 22.3

Atos 22.3 - Quanto a mim, sou judeu, nascido em Tarso da Cilícia, e nesta cidade criado aos pés de Gamaliel, instruído conforme a verdade da lei de nossos pais, zeloso de Deus, como todos vós hoje sois.
QUANTO A MIM, SOU JUDEU. Na tentativa de convencer aos judeus que ele estava correto em seus procedimentos, Paulo começa a falar de se mesmo, até para que aqueles que não o conheciam pudessem ficar sabendo quem ele era. O fato de Paulo ser judeu acenava para a paz que se podia estabelecer para com seus ouvintes, uma vez que, tradicionalmente os judeus deveriam conviver em harmonia com os seus irmãos, sem que um intentasse o mau contra o outro, é assim que determina a lei. NASCIDO EM TRARSO DA CILÍCIA. Ao declarar sua origem, Paulo estava afirmando que apesar de ser um judeu da dispersão, por não ter nascido dentro dos termos de Israel, mas que não era menos judeu do que os seus conterrâneos ali presentes. A cidade de Tarso na Cilícia elevava em muito a importância de um cidadão, pelo fato que esta cidade mantinha sua importância muito além diante de inúmeras outras cidades. E NESTA CIDADE CRIADO. Não temos como saber quanto tempo Saulo ficou morando em Tarso, antes de se converter ao cristianismo, porem, podemos conjecturar que o tempo suficiente para se tornar um cidadão importante perante a comunidade judaica, ao ponto de se tornar fariseu. Esta colocação feita por Paulo lhe forneceu um certo status, pois, era do conhecimento de todos os judeus que, os cidadãos de Tarso ganharam do império romano o título de cidadãos romanos, um direito elevado. AOS PÉS DE GAMALIEL. Gamaliel era neto, e, portanto, da família de um dos mestres mais respeitados do judaísmo chamado, hilel, o ancião. Gamaliel buscou com todas as suas forças e empenho andar no mesmo caminho que seu avô, ganhando o respeito dos seguidores do judaísmo, não somente na cidade de Tarso, mais em Jerusalém e por onde passava. Paulo foi um aluno direto de Gamaliel, mestre e doutor da lei. INSTRUÍDO CONFORME A VERDADE DA LEI DE NOSSOS PAIS. Todos aqueles que foram alunos de Gamaliel se tornavam conhecidos como pessoas que conheciam em profundidade todos os detalhes da legislação de Moisés, como também estudavam as tradições e os costumes do povo de Israel. Com tudo isso demonstrado, Paulo estava afirmando para seus conterrâneos que ele merecia respeito e consideração de todos. ZELOSO DE DEUS. Essa declaração feita pelo apóstolo Paulo fala a respeito do seu envolvimento direto com o tradicional judaísmo, e não apenas no envolvimento da fé judaica. A prova disto é que Paulo além de ser um fariseu, e que fazia parte da cúpula do sinédrio, quando se encontrou com Cristo na estrada de Damasco, estava a serviço dos sacerdotes para perseguir e prender a todos os que se desviassem do judaísmo. COMO TODOS VÓS HOJE SOIS. O zelo a que Paulo se reporta diante dos seus conterrâneos judeus, diz respeito a defesa que os seguidores do judaísmo faziam de sua religião, ao ponto de perseguir, prender e até matar a quem buscasse profanar a religião dos seus antepassados. Em muitos casos, este zelo irracional dos judeus se transformava em fanatismo, ao ponto dos judaizantes matarem os seus opositores.

Atos 22.1-2

Atos 22.1-2 - Homens, irmãos e pais, ouvi agora a minha defesa perante vós. (E, quando ouviram falar-lhes em língua hebraica, maior silêncio guardaram). E disse.
HOMENS, IRMÃOS. Esta forma de se dirigir aos ouvintes hebreus era peculiar aos mais ilustres dos judeus, por isso que Paulo desta forma se identificava com os seus espectadores, ao ponto de cativar a atenção de todos. Os judeus se consideravam irmãos, não porque tinha suas origens em Adão e Eva, mas porque eles tinham sua raiz principal em termos de descendência, em Abraão, Isaque e Jacó. Já os cristãos se consideram como irmãos uns dos outros, porque se diz que somos filhos de Deus. E PAIS. Chamar um israelita de pai era na realidade se dirigir a ele com o maior respeito possível, porque assim dizia que tal pessoa era a continuidade de seus mais ilustres antepassados Abraão, Isaque e Jacó. Estas três personagens, de acordo com o pensamento do povo hebreu, quem deram origem a uma nação inteira chamada de Israel. Desta forma se dirigindo aos judeus, Paulo agora contava com o respeito deles. OUVI AGORA A MINHA DEFESA. Parece-nos, que o apóstolo dos gentios não estava tão preocupado em fazer sua defesa perante o tribuno, e, portanto, perante as autoridades romanas, o quanto ele desejava se justificar diante dos seus irmãos judeus. O mais precioso para Paulo neste momento era justamente poder contar com a atenção dos seus conterrâneos para de forma clara mostrar o evangelho de Jesus. PERANTE VÓS. Não que em outras oportunidades, quando ainda no mundo gentílico Paulo não tivesse pregado para os judeus, pelo contrário, aonde chegava, em uma nova cidade, onde não havia igreja, a primeira coisa que ele fazia era procurar aos judeus, seus irmãos. Mas, esta oportunidade era especial para o apóstolo, porque ele tinha a chance de ouro para pregar nas ruas de Jerusalém e para os judeus seguidores do tradicional judaísmo, eles que estavam participando da festa de Pentecostes. E QUANDO OUVIRAM FALAR-LHES. O Espírito Santo estava agindo poderosamente na vida de todos os presentes para que a mensagem do evangelho chegasse aos ouvidos e ao coração de muitos dos judeus. Verdade é que os judeus tinham seus corações duros para não crerem nos elementos da nova aliança de Deus com a humanidade, mas a realidade e que estavam todos sedentos para ouvirem a palavra do Deus de Israel. EM LÍNGUA HEBRAICA. Neste momento, em praticamente todo o país de Israel, a língua mais falada era o aramaico, idioma este que surgiu depois que Israel voltou dos cativeiros assírio e babilônico. Todavia, os judeus também conheciam muito bem o hebraico, porque suas Escrituras mais antigas eram escritas nesta língua tão importante para o povo judeu. Podemos afirmar que esta foi uma estratégia de Paulo. MAIOR SILÊNCIA GUARDARAM, E DISSE. Não foi por um acaso que o apóstolo quis falar no idioma hebraico para o povo judeu, porém agindo desta maneira ele tinha maior chance de cativar a atenção dos seus ouvintes. A estratégia de Paulo deu certo e ele conseguiu seu objetivo em que o silêncio passou a reinar e com isso Paulo teve a oportunidade feliz de falar com liberdade o evangelho para os seus conterrâneos. A partir de agora, Paulo faz um resumo de sua conversão até que foi para os gentios.

domingo, 18 de julho de 2021

Atos 21:40

Atos 21:40 - E, havendo-lho permitido, Paulo, pondo-se em pé nas escadas, fez sinal com a mão ao povo; e, feito grande silêncio, falou-lhes em língua hebraica, dizendo.
E, HAVENDO-LHO PERMITIDO. Quando Paulo pediu permissão ao tribuno para falar ao povo judeus é porque ele tinha plena consciência e conhecimento que se encontrava sob custódia da autoridade romana, e com isso, não podia desfrutar de nenhum direito. No entanto, a partir do momento em que o tribuno sabia quem era Paulo, e isso foi dito no versículo anterior, agora, o tribuno tinha receio de que Paulo, por direito, poderia nos tribunais o acusar de negar seus direitos como cidadão romano. PAULO. Verdade é que o apóstolo dos gentios não teve a oportunidade de falar tudo a seu respeito para o tribuno, mas pelo menos duas informações foram suficiente para que ele ganhasse o respeito da autoridade romana. Neste momento de seu ministério, como apóstolo dos gentios, Paulo era um homem muito conhecido em muitas partes do mundo, e um dos líderes do cristianismo mais respeitado pelos cristãos gentílicos. PONDO-SE DE PÉ NAS ESCADAS. Somente quem vive para Deus e com Deus tem uma disposição desta, de depois de ser quase lixado publicamente, ainda se por de pé e enfrentar uma multidão enfurecida. Certamente, o apóstolo se posicionou em um degrau mais alto para que pudesse ser visto por todos, bem como para que sua voz pudesse chegar ao maior número possível de ouvintes. Não há dúvida que Paulo, neste momento, concentrou suas últimas forças para se por de pé e pregar para os judeus. FEZ SINAL COM A MÃO. Este gesto era feito pelos líderes do judaísmo, quando desejavam falar para os filhos de Israel, bem como este era um sinal dado pelas autoridades romanas quando desejavam fazer alguma comunicação para a população. Apesar de se encontrar em uma situação de vulnerabilidade, mas Paulo não perdeu sua dignidade, em agir com grandeza, até mesmo diante dos seus muitos opositores. AO POVO. Como Paulo estava fora do templo de Jerusalém, ou seja, em plena rua, podemos afirmar com certeza que a multidão que estava presente neste momento era composta na sua grande maioria de judeus, mais também haviam os prosélitos do judaísmo, que nos tempos festivos frequentavam a cidade de Jerusalém, mesmo sem participarem das celebrações que eram realizadas dentro do templo com os hebreus. E FEITO GRANDE SILÊNCIO. Podemos declarar com segurança que Deus estava no controle dos fatos, e que neste momento, o Espírito de Deus entrou em ação, no sentido de acalmar os mais exaltados, ao ponto de se calarem todos. Percebe-se que muitos dos que estavam presentes, nem sabiam do que estava acontecendo, e por isso, desejavam saber das razões porque aquele homem estava sendo tão hostilizado. FALOU-LHES EM LÍNGUA HEBRAICA, DIZENDO. Assim como o tribuno pensava que Paulo fosse o egípcio, que fez grande movimento contra os judeus e os romanos, do mesmo modo, muitos da multidão também poderiam imaginar que Paulo fosse mesmo o egípcio. O fato de Paulo começar a falar em sua língua original, como judeu que era, isso deve ter provocado um grande impacto para seus ouvintes. Este era um momento impar para o apóstolo Paulo, pois ele tinha a chance de pregar o evangelho.

Atos 21:39

Atos 21:39 - Mas Paulo lhe disse: Na verdade que sou um homem judeu, cidadão de Tarso, cidade não pouco célebre na Cilícia; rogo-te, porém, que me permitas falar ao povo.
MAS PAULO LHE DISSE. Antes mesmo que o tribuno entrasse com Paulo na fortaleza, ele começou o seu interrogatório, porque interessava a ele, que a resposta de Paulo correspondesse a sua pergunta anterior, em que o tribuno lhe perguntou se ele era o egípcio. Estabelecido este diálogo entre as duas partes, agora Paulo tinha a chance de esclarecer quem realmente ele era. O fato é que o apóstolo ficou muito tempo fora de Jerusalém, razão porque o tribuno não o conhecia, por isso o confundiu com outro. NA VERDADE QUE SOU. A resposta de Paulo corresponde a uma decepção para o tribuno, uma vez que, este homem esperava ter encontrado um fugitivo muito importante da Palestina. Se Paulo fosse o tal de egípcio citado pelo tribuno, isso significava que esta autoridade ganharia honraria dos seus superiores, uma vez que, este egípcio representava um grande perigo para os judeus, como também para Roma. UM HOMEM JUDEU. Para decepção do tribuno, e para espanto seu, o prisioneiro afirma que não era do Egito, mas que fazia parte do mesmo povo ao qual o tribuno respeitava e servia por meio do exercito romano. Neste momento da história do povo de Israel, os romanos guardavam boas relações com os judeus, e até certo ponto, os romanos faziam de tudo para não terem problemas com o povo de Israel, os judeus. CIDADÃO DE TARSO. Ao declarar suas origens ao tribuno, Paulo já começava a pedir respeito àquela autoridade, declarando que ele não era qualquer um, mais que era de fato uma pessoa importante e que merecia respeito. Os historiadores afirmam que os cidadãos de Tarso na Cilícia tinham todos cidadania romana, o que deve ter ocasionado espanto para o tribuno, uma vez que ele estava prendendo alguém que gozava de privilégios avançados e que não poderia ser preso por qualquer motivo. CIDADE NÃO POUCO CÉLEBRE NA CILÍCIA. Com estas declarações feitas por Paulo o tribuno deve ter ficado chocado, pois sabia da importância que tinha a cidade de Tarso na grande região da Cilícia. A cidade de Tarso tinha uma importância comercial bem como cultural tão avançada que era chamada de cidade independente, título este dado pelas autoridades romanas somente a cidades de relevância muito pujante. ROGO-TE, POREM, QUE ME PERMITAS. Quando Paulo afirma ser um cidadão judeu e acima de tudo um cidadão de Tarso na Cilícia ele se pôs a posição que lhe era devida por direito, e isso lhe pôs em um bom patamar perante o tribuno. Porém, com humildade o servo de Deus roga ao tribuno algo que lhe era muito importante para ele naquele momento. Mais uma vez Paulo reconhece que estava diante de um tribuno. FALAR AO POVO. Resolvido em parte o impasse com a autoridade romano de que ele, Paulo não era o egípcio, agora, o apóstolo tentaria resolver um problema de engano perante a sociedade dos judeus. Na verdade, o apóstolo desejava mesmo era pregar para os seus conterrâneos, coisa que ele sempre gostou de fazer, no sentido de ganhar os judeus para Cristo Jesus, o que ele nunca deixou de fazer por onde passou.

Atos 21:38

Atos 21:38 - Não és tu porventura aquele egípcio que antes destes dias fez uma sedição e levou ao deserto quatro mil salteadores?
NÃO ÉS TU PORVENTURA. A pergunta do tribuno demostra que ele havia guardado a Paulo, não porque o conhecesse, nem porque desejava livrá-lo dos seus opositores, mas por traz desta prisão haviam outros interesses. Quando o tribuno se encontrou com Paulo, em meio ao tumulto, ele havia feita a seguinte pergunta, quem és tu e o que fizestes? Todavia, o tumulto da multidão e a gritaria geral, não deu oportunidade para que o comandante obtivesse sua resposta do grande apóstolo Paulo. AQUELE EGÍPCIO. Nem o Novo Testamento, nem também as literaturas históricas dos hebreus falam sobre o nome deste sedutor, que não muito tempo atrás promoveu um grande movimento de revolta contra os judeus e contra os romanos também. Se o tribuno estivesse acertando no prisioneiro citado por ele, certamente estaria se dando bem, uma vez que, este egípcio ao qual ele se reporta era muito procurado por todos. QUE ANTES. Neste mesmo tempo, em toda a Palestina e até onde dominava o império político de Roma, as pessoas se encontravam desgarradas, pobres e sem esperança. Com este estado de miséria, acreditavam em qualquer um que aparecesse com uma proposta de libertação do julgo de Roma e das altas cargas tributárias de suas autoridades. Este egípcio apareceu no deserto, pregando que as nações deviam se rebelar contra os seus dominadores, por meio de guerras civis e revoltas populares. DESTES DIAS. Não fazia muito tempo em que o fato relatado pelo tribuno havia acontecido em Israel e em outras partes da Palestina, que foi justamente no governo de Cláudio, aproximadamente três anos passados. No caso dos judeus, este egípcio juntamente com seus seguidores, mataram muitos dos filhos de Israel, porque eles se infiltravam no meio do povo, nos eventos religiosos e com adagas assassinavam os hebreus. Porem, o grupo foi disperso, e o líder, o egípcio conseguiu escapar com vida. FEZ UMA SEDIÇÃO. Esta expressão feita pelo tribuno fala a respeito da forma em como o egípcio convenceu uma grande quantidade de palestinos em torno de sua causa, que era uma campanha contra os judeus, bem como contra os romanos. Em meio as crises da humanidade sempre apareceram os salvadores da pátria com suas teorias revolucionarias, que o povo termina acreditando, pois, não ver outra solução. E LEVOU AO DESERTO. Isso não só aconteceu com este egípcio, mais muitos outros fizeram o mesmo durante a dominação do império romano. Nas cidades não tinha como formar estas gangues, porque os exércitos romanos não permitiam, por isso que, estes bandos geralmente eram formados em regiões desertas. Com o isolamento do bando, o egípcio teve a oportunidade de fazer sua lavagem cerebral em todos. QUATRO MIL SALTEADORES? Não temos como saber como se chegou a este número de quatro mil homens, quando os historiadores falam de que eram muito mais do que isto. Quais eram as atividades destes homens que estavam sendo dominados pelo egípcio? Quando o texto diz que eram salteadores, é que eles passaram a invadir propriedades e comerciantes para sobreviverem no deserto, isolados do mundo todo.

Atos 28.30-31

Atos 28.30-31 - E Paulo ficou dois anos inteiros na sua própria habitação que alugara, e recebia todos quantos vinham vê-lo. Pregando o rein...