sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Tiago 3:3

Tiago 3:3 - Ora, nós pomos freio nas bocas dos cavalos, para que nos obedeçam; e conseguimos dirigir todo o seu corpo.
ORA, NÓS. O autor traz em seguida três ilustrações para mostrar o quanto se deve ter controle sobre a faculdade da fala, e para tanto ele escreve sobre os freios que se coloca na boca do cavalo e no pequeno leme que pode dirigir uma grande nau, como também demonstra as terríveis consequências das vãs palavras, comparando-as as chamas de fogo, que podem incendiar uma grande floresta. Esse “nós” é intencional para detectar que podemos dentro do controle próprio, refrear as palavras torpes.

POMOS FREIOS. O ser humano tem de fato, pelo seu livre arbítrio, controle sobre determinadas coisas externas, porem, deveria também ter controle ainda muito maior sobre seus hábitos pessoas. Os “freios” citados pelo autor, fala de maneira figurada sobre a ação do homem em determinadas situações externas, que ele acaba utilizando para manter controle sobre os animais. Esse foi um direito dado por Deus ao homem, que na realidade o torna superior aos animais do campo (Gênesis 1:26).

NAS BOCAS. Ao que tudo indica, o escritor usa de propósito esse exemplo, já que ele está se referindo ao usa da boca, como instrumento das palavras torpes e vãs que os tagarelas se utilizam. Quem utiliza o cavalo nas mais variadas atividades, pode usar alguns tipos de freios ou cabresto para dominar a força deste animal veloz e destemidos. No entanto, se diz que o modo mais eficaz de ter domínio sobre os cavalos mais afoitos é colocando um freio em sua boca para pressionar a língua.

DOS CAVALOS. Nos dias de hoje, os seres humanos utilizam dos mais diversos tipos de transportes para se locomoverem, desde uma simples bicicleta, passando por potentes motos, carros dos mais modernos e rápidos, bem como dos aviões que tornou o planeta terra por demais pequeno. Mas, antigamente, o cavalo tinha uma importância fundamental, no transporte das pessoas. O cavalo é um animal de força e velocidade, onde os que usam de sua montaria precisam usar freios para ter controle sobre ele.

PARA QUE NOS OBEDEÇAM. Através dos chamados cabrestos ou freios, é que os usuários da montaria mantem o controle sobre estes animais, que são fortes, e que conseguem uma velocidade muito grande, quando estão correndo. Com relação às palavras vãs e torpes, não é diferente, elas tem uma força devastadora na vida dos ouvintes, bem como uma velocidade de propagação enorme e nociva.

E CONSEGUIMOS DIRIGIR. O cavaleiro que faz sua cavalgadura em um cavalo manso ou bravo, domado ou selvagem, tem a confiança de que vai ter domínio sobre o animal de grande força e velocidade por meio dos freios ou cabrestos. Da mesma forma, a fala humana precisa de controle, a fim de que, o que profere sua fala, não solte palavras vãs ou torpes. Se o homem doma um cavalo, porque não a sua língua? O cavaleiro tem que dominar seu cavalo, se não há prejuízos, assim é com a língua também.

TODO O CORPO. O cavaleiro hábil consegue por meio dos freios ou cabrestos dirigir todo o corpo do cavalo, seja ele grande ou não, domado ou selvagem. Não será diferente com aquele que com prudência, procura falar somente o que é bom e certo.

Tiago 3:2

Tiago 3:2 - Porque todos tropeçamos em muitas coisas. Se alguém não tropeça em palavra, o tal é perfeito, e poderoso para também refrear todo o corpo.
PORQUE TODOS TROPEÇAMOS. No capítulo anterior o autor chama a atenção dos seus leitores sobre a fé vã, mas neste capítulo ele começa expondo sobre as palavras vãs. E neste texto, o escritor escreve sobre a vulnerabilidade do ser humano, que é falho em todas as áreas de sua vida, principalmente no que diz respeito à faculdade da fala. Esse tropeço sobre o qual o apóstolo se refere diz respeito aos pecados nas suas mais variadas formas que o ser humano pratica no seu dia a dia contra Deus.

EM MUITAS COISAS. O ser humano erra, quando não corresponde a sua missão para qual foi formado e criado, que é amar a Deus acima de qualquer coisa e servi-lo na beleza de sua santidade. O homem peca por meio de seus atos, ações, palavras, pensamentos e até intenções. Desde a queda da raça humana, que a personalidade, a natureza e o caráter dos homens foram obliterados pela desobediência, apostasia e rebelião. Difícil é o ser humano acertar naquilo que faz, mas errar é regra comum.

SE ALGUÉM NÃO TROPEÇA. Cauteloso é aquele que procurar ouvir mais do que falar, até porque nas muitas palavras, também há muitas transgressões. Existem pessoas que são chamadas de tagarelas, porque falam pelos cotovelos, são também classificadas estas pessoas de mexiriqueiras ou fofoqueiras. Todavia, o elogio do autor é para aquelas pessoa que monitoram sua faculdade da fala, no sentido de falar menos. O correto é falar somente o suficiente para ser um bom comunicador.

EM PALAVRAS. Certamente o apóstolo levanta sua crítica sobre aqueles que se diziam pregadores da palavra, mas que de fato não passavam de anunciadores de suas próprias ideologias. Porque o correto é pregar aquilo que esta de acordo com as santas Escrituras, e não distorcer a mensagem da palavra de Deus para tirar dela proveito pessoal. O autor mais uma vez enaltece aqueles que de fato usam legitimamente a palavra de Deus e que interpretam de maneira correta aquilo que está escrito.

O TAL É PERFEITO. O que o apóstolo pretende dizer com isso é que se alguém não tropeça em suas palavras, é porque é uma pessoa preparada para ter controle próprio sobre as demais áreas de sua vida. Neste período eram feitas verdadeiras disputas de “discursos” entre os judaizantes e os cristãos, entre os falsos mestres gnósticos e os pregadores das boas novas, com isso, haviam muitas acusações de ambos os lados.

E PODEROSO PARA TAMBÉM. Quem tiver a capacidade de controlar as faculdades da fala, e com isso, não se desbocar em palavras vãs, como um tagarela, é chamado de pessoa poderosa para dizer que tem controle próprio sobre a sua vida. Deus deu ao homem, o privilégio de ser coparticipante de sua administração sobre os animais, peixes e aves, mas o ser humano não tem a capacidade de controlar suas palavras.

REFREAR TODO O CORPO. Quem tiver habilidade o suficiente para controlar sua faculdade da fala, ou seja, suas palavras e dizer apenas aquilo que é certo e que edifica, também tem controle sobre seus desejos carnais. A língua, como moduladora das palavras é um membro do corpo que precisa de freios e de controle.

Tiago 3:1

Tiago 3:1 - Meus irmãos, muitos de vós não sejam mestres, sabendo que receberemos mais duro juízo.
MEUS IRMÃOS. Desde os tempos mais remotos da humanidade que os seres humanos se consideram irmãos por acharem um tronco comum na arvore genealógica de toda a humanidade em Adão e Eva. Já os filhos de Israel se consideram irmãos uns dos outros, por terem nos patriarcas, Abraão, Isaque e Jacó suas raízes genealógicas em comum. Para os seguidores do cristianismo, isso se dá pelo fato de que todos que aceitaram a Cristo, são chamados filhos de Deus (João 1:11), e portanto, irmãos uns dos outros.

MUITOS DE VÓS. O escritor começa este capítulo três de sua epístola aconselhando aos seus leitores sobre não se ufanarem de possuir a sabedoria natural e conclui mostrando que a sabedoria que vem do alto é mais importante. Ao que tudo indica, neste mesmo tempo havia uma certa disputa entre aqueles que usavam da palavra, onde um tentava demonstrar que era mais sábio do que o outro, em termo de conhecimento das Sagradas Escrituras. Isso acontece muito nos dias de hoje.

NÃO SEJAM MESTRES. O cristianismo em seus primórdios teve ataques doutrinários de fora e de dentro da comunidade cristã. Ora eram os judaizantes quem atacava com suas fábulas artificias, ora eram os falsos mestres gnósticos, e os falsos cristãos que se infiltravam no meio das igrejas com a finalidade de confundir o povo de Deus com suas falsas doutrinas. A exortação do apóstolo era de que os seus leitores escolhessem a vida simples, como adoradores de Deus e não desejassem ser mestres dos outros.

SABENDO QUE. A igreja do Senhor Jesus é composta de pessoas simples e de pessoas astuciosas que fazem suas coisas erradas mesmo conscientemente. Boa parte dos religiosos erram por serem ignorantes quanto às verdades da palavra de Deus, mas, os falsos líderes religiosos fazem suas tramoias de caso pensado, porque conhecem as verdades das Sagradas Escrituras. Os líderes religiosos quando erram não são inocentes naquilo que fazem, mas agem de má fé, por obras e também por palavras.

RECEBEREMOS. Tudo aquilo que o homem plantar é justamente aquilo que haverá de colher, essa é a lei da colheita segundo a semeadura. Ninguém faz uma plantação de milho para colher arroz, a natureza é boa, mas também é justa. Em outra parte, o evangelho também diz, por tuas palavras serás justificado e por tuas palavras serás condenado. Se alguém se faz de mestre dos outros, esse receberá mais duro juízo.

MAIS DURO. Mais uma vez o autor demonstra sua tendência ortodoxa e preferência pelas exigências da legislação mosaica, sem, no entanto, deixar de escrever sobre uma realidade que permanece também na nova dispensação. Quem busca por egoísmo pessoal se apresentar como doutrinador, ensinador ou pregador deve ter a consciência de que vai prestar contas de cada palavra pronunciada em seu ministério.

JUÍZO. O melhor é ser um simples ouvinte, das supostas mensagens religiosas, do que alguém para mostrar que é um líder influente, querer ser mestre dos outros. Até mesmo aqueles que agem corretamente com a palavra de Deus serão julgados (2 Coríntios 5:10). Quanto mais os que são maus intencionados (Apocalipse 20:15).

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Tiago 2:26

Tiago 2:26 - Porque, assim como o corpo sem o espírito está morto, assim também a fé sem obras é morta.
PORQUE, ASSIM COMO. O autor continua com seu debate teológico e com suas comparações objetivando a defender que, o judaísmo ainda tem sua importância mesmo dentro do cristianismo, e que o conjunto de cresças cristãs têm seu alicerce nas tradições religiosas dos judeus. Para os cristãos ortodoxos da igreja primitiva, que ainda não dispunham do Novo Testamento pronto, as Escrituras dos judeus eram fundamentais, principalmente sobre as profecias messiânicas e da nova aliança.

O CORPO. É bem provável que o escritor esteja pensando no corpo de um ser humano, e não em um corpo de um animal, que não tem o espírito. A teologia dos judeus se divide em duas composições, quanto a cresças do Velho Testamento. O Pentateuco não deixa transparecer uma cresça na imortalidade, e neste ponto de vista, o espírito é comparado apenas como o sopro de vida. Já no judaísmo helenístico, o espírito é visto como eterno e que da vida ao corpo material e orgânico, neste caso houve um avanço.

SEM O ESPÍRITO. Quando Deus criou o homem do pó da terra, o ser humano não tinha vida em si mesmo, porem o Senhor soprou em suas narinas o folego de vida, conforme Gênesis 2:7 - E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra, e soprou em suas narinas o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente. Por isso que a cultura dos hebreus não ensinava sobre existência do espírito imortal no homem no tempo do Pentateuco. O espírito para eles era o folego de vida, e não como cremos hoje.

ESTÁ MORTO. O corpo sem o espírito está morto, diz o autor. Esta expressão está correta, em se tratando das verdades espirituais, como também quando se trata do ser humano natural. A morte física ou clinica é justamente a separação entre o corpo físico da vida espiritual. É a mesma coisa que dizer também: Nesta nova dispensação, quem não tiver o Espírito de Deus, não tem vida espiritual iluminada pelo reino de Deus. Quando o homem foi formado do pó da terra, ele não tinha vida em si mesmo.

ASSIM TAMBÉM A FÉ. Podemos escrever sobre a fé natural, que é justamente o desejo de alguém fazer alguma coisa, e porque quer e pode, então faz. Existe a fé subjetiva, expressa pela confiança e esperança sobrenatural, que algo além das possibilidades humanas vai acontecer e Deus realiza pela pessoa o que ela não pode fazer por si mesmo. Mas, talvez o autor esteja escrevendo sobre a fé como doutrina cristã.

SEM OBRAS. Há quem diga que havia uma disputa teológica entre Tiago e Paulo, em que o primeiro defende a permanência do judaísmo dentro do Cristianismo, e o segundo, afirma que Cristo cumpriu pela igreja todas as exigências da lei, e que o seguidor do cristianismo esta livre para viver pela fé e não conforme a lei de Moisés. A realidade é que Paulo como missionário aos gentios via as coisas de forma diferente.

É MORTA. Para o escritor desta epístola, a fé sem as obras, ela esta morta em si mesmo. Com isso, o apóstolo deixa transparecer que a fé é confirmada pela pratica das boas obras. Em se tratando das duas alianças, no pensamento do autor, o cristianismo não existe sem o judaísmo, bem como o Novo Testamento depende do Velho.

Tiago 2:25

Tiago 2:25 - E de igual modo Raabe, a meretriz, não foi também justificada pelas obras, quando recolheu os emissários, e os despediu por outro caminho?
E DE IGUAL MODO RAABE. O escritor usa um outro exemplo do Velho Testamento para exemplificar que a fé coopera com as obras e vice-versa, no que diz respeito a justificação diante de Deus e também, neste caso, diante dos homens. Esta Raabe é citada no livro de Josué, como também no livro aos Hebreus, como uma heroína da fé. No Novo Testamento ela é citada na genealogia de Jesus Cristo, como sendo alguém que fez parte da família e dos antepassados do Salvador da humanidade.

A MERETRIZ. No caso do texto usado como referência no Velho Testamento, chama Raabe de “prostituta” e nós podemos conferir e diz o seguinte: Josué 2:1 - E Josué, filho de Num, enviou secretamente, de Sitim, dois homens a espiar, dizendo: Ide reconhecer a terra e a Jericó. Foram, pois, e entraram na casa de uma mulher prostituta, cujo nome era Raabe, e dormiram ali. Como se diz nos dias de hoje, Raabe era uma mulher de vida livre que se prostituía para se manter, ela era uma meretriz.

NÃO FOI JUSTIFICADA. Faz-se necessário destacar o pensamento teológico de Tiago, que era diferente do de Paulo, o apóstolo dos gentios. Tiago pertencia ao judaísmo e foi convertido ao cristianismo, porem, concentrou suas atividades na igreja de Jerusalém, que em parte permanecia na ortodoxia da legislação de Moisés. Já Paulo, foi enviado por Cristo para ser o apóstolo dos gentios, Portanto, os escritos de Paulo foram enviados para pessoas que seguiam o paganismo e aceitaram o cristianismo.

PELAS OBRAS. Estas obras a que se refere o autor, também não dizem respeito às obras da lei, mas sim as boas ações que alguém pode fazer para com o seu próximo, que faz achar graça diante dos homens e de Deus. E neste caso, Raabe fez o bem aos espias enviados por Josué para monitorar as terras de Jericó. Aquela mulher recebeu bem aqueles dois missionários, além do mais, os escondeu em sua casa para que não fossem mortos, e por fim, os despediu em paz, depois de firmar aliança com eles.

QUANDO RECOLHEU. Não se sabe ao certo, qual foi à intenção daqueles dois homens em se hospedarem na casa de Raabe. Todavia, tanto aquela mulher, quanto os moradores de Jericó reconheceram de que eles eram espias de Israel. Descoberto o fato, eles passaram a correr risco de vida, porque as autoridades de Jericó ficaram tomados de medo e pavor, bem como toda a cidade. De forma que os inimigos buscaram na casa de Raabe os dois missionários, porem, ela os escondeu de todos.

OS MISSIONÁRIOS. O texto hora citado pelo escritor não nos revela os nomes destes dois missionários que foram enviados por Josué para espiar as terras de Jerico. Na passagem do livro de Josué eles são chamados de “espias”, mas, neste texto que estamos comentando, o apóstolo os classifica de missionários. Porem, o certo é que eles estavam ali para fazer um levantamento de como eram as terras de Jericó.

E OS DESPEDIU POR OUTRO CAMINHO. A casa de Raabe ficava em cima do muro da cidade. Os espias não podiam sair pela porta da frente e atravessar toda a cidade, porque seriam pegos pelos soldados do rei de Jericó. Josué 2:15 - Ela então os fez descer por uma corda pela janela, porquanto a sua casa estava sobre o muro da cidade, e ela morava sobre o muro. Desta forma, Raabe ajudou os espias a escaparem.

Tiago 2:23-24

Tiago 2:23-24 - E cumpriu-se a Escritura, que diz: E creu Abraão em Deus, e foi-lhe isso imputado como justiça, e foi chamado o amigo de Deus. Vedes então que o homem é justificado pelas obras, e não somente pela fé.
E CUMPRIU-SE A ESCRITURA, QUE DIZ. O autor se refere à passagem de Gênesis 15:6 - E creu ele no Senhor, e imputou-lhe isto por justiça. Como também é citada por Paulo em Romanos 4:3 - Pois, que diz a Escritura? Creu Abraão em Deus, e isso lhe foi imputado como justiça. De fato, no tempo em que esta epístola foi escrita, não havia ainda um Novo Testamento completo como temos hoje, e os autores e pregadores do cristianismo usavam as Escrituras dos judeus para provarem seus argumentos.

E CREU ABRAÃO EM DEUS. O patriarca Abraão viveu em um tempo de profundas tendências politeístas, em que os seres humanos de sua época eram dominados pela idolatria, com adoração aos ídolos e as imagens de esculturas. No entanto, diferente dos cidadãos daquela época, ele decidiu por sua fé e confiança no Deus único e verdadeiro, Criador dos céus e da terra. Razão porque, se firmou uma aliança com seus descendentes, que passou a ser o Israel de Deus, até os dias de hoje e sempre.

E FOI-LHE ISSO IMPUTADO COMO JUSTIÇA. O fato de Abraão seguir o monoteísmo, com a crença no único Deus verdadeiro, fez toda a diferença, e isso cativou e chamou a atenção do Deus Criador, como sendo algo que agradou o seu coração. A fé de Abraão, que viveu antes da instituição da lei de Moisés, foi tão importante diante do coração de Deus, que o Senhor o classificou de justo sobre a terra. E diante do fato, isso o fez ser justificado pela sua fé, que o levou a praticar boas ações em sua vida.

E FOI CHAMADO AMIGO DE DEUS. Segundo as Santas Escrituras, todos aqueles que deixam de adorar o verdadeiro Deus para seguirem o politeísmo com suas crenças nas falsas divindades, criadas pela imaginação dos homens passam a ser indicados como inimigos de Deus. No caso de Abraão, que dedicou sua adoração e serviço ao Deus único e verdadeiro, ele passou a ser chamado por todos que lhe conheciam como sendo amigo de Deus, alguém que em tudo buscava agradar ao Criador.

VEDE QUE O HOMEM É JUSTIFICADO. Ser justificado neste caso é ser aprovado perante Deus. Abraão, certamente entrou em contradição com os costumes religiosos de sua época, pela sua atitude de seguir um caminho diferente dos seus contemporâneos, ao partir para a adoração ao Deus único e verdadeiro, quando a regra geral da sociedade de sua época era adorar aos ídolos e as imagens de esculturas. Sua atitude foi considerada pelos judeus como uma obra extraordinária.

PELAS OBRAS. O pensamento dos seguidores do judaísmo era de que, as boas obras eram justificadas pela obediência aos mandamentos da legislação de Moisés. Já para o pensamento teológico do cristianismo, principalmente defendido por Paulo, a fé é que justifica o homem perante Deus. E isso é fato para a era da nova dispensação da graça.

E NÃO SOMENTE PELA FÉ. Porem, Abraão viveu em um tempo em que, nem prevalecia o judaísmo, nem a cristianismo. No entanto, mesmo assim, suas atitudes, classificadas pelo autor de obras, foi quem o justificou perante o Criador dos céus e da terra.

Tiago 2:21-22

Tiago 2:21-22 - Porventura o nosso pai Abraão não foi justificado pelas obras, quando ofereceu sobre o altar o seu filho Isaque? Bem vês que a fé cooperou com as suas obras, e que pelas obras a fé foi aperfeiçoada.
PORVENTURA O NOSSO PAI ABRAÃO. Os seres humanos tem um princípio comum, quando acham em sua genealogia como Pai, Adão (1 Coríntios 15:45). Todos aqueles que nasceram de nova pela regeneração do Espírito de Deus, tem como Pai comum, o Deus Criador de todas as coisas (João 1:11-12). Já os judeus, encontravam sua paternidade genealógica nesta personagem importantíssima para Israel, chamado Abraão. Deus fez promessa a Abraão, que dele nasceria uma nação (Gênesis 12:2).

NÃO FOI JUSTIFICADO PELAS OBRAS. Na cronologia das alianças, houve três períodos diferentes, o tempo antes da lei, o período da lei de Moisés, que foi a aliança com Israel e a nova dispensação da graça, que é o tempo atual. Neste caso em pauta, o escritor se refere a um tempo em que não havia aliança estabelecida. No caso de Abraão, ele viveu em um tempo em que não tinha regras nem lei escrita sobre o que as pessoas deviam ou não deviam fazer, mesmo assim, ele foi justificado pelas obras.

QUANDO OFERECEU SOBRE O ALTAR. Este caso esta registrado no capítulo vinte e dois do livro de Gênesis, como ilustração de que a fé e as obras andam juntas e não uma separada da outra. Abraão quebrou a regra geral de sua época, em que as pessoas eram politeístas, e ele passou a ser monoteísta, crendo em um único Deus verdadeiro, e isso pela fé. No entanto, esta fé foi posta em prática, quando ele obedeceu a Deus, e tomou a atitude de dedicar a vida do seu único filho a Deus.

SEU FILHO ISAQUE? O nascimento de Isaque, como filho legítimo de Abraão, foi o cumprimento da promessa de Deus ao seu servo. O seu nome que era muito comum entre os judeus desta época, também é muito comum em nosso país, muitas vezes com a variação de Isaac, tem o significado de: “Filho da alegria ou nascido para sorrir”. Isaque nasceu por um milagre da parte de Deus, uma vez que seus Pais, Abraão e Sara, já eram bastante avançados em idade quando geraram esse menino.

BEM VÊS QUE A FÉ. Neste caso, a fé citada pelo autor, não é a fé como sendo o corpo de doutrinas cristãs, contidas nas boas novas do evangelho da nova dispensação, mas sim, a fé como sentimento de confiança e convicção naquilo que podemos pensar sobre Deus e o que ele faz em prol do homem. Quando estudamos o texto a que se refere o foto citado, descobrimos que Abraão agiu com fé no milagre de Deus.

COOPEROU COM AS OBRAS. Esta fé subjetiva, como sendo o pensamento positivo naquilo que se espera que aconteça, foi à força motivadora para que o resultado do fato rendesse glórias a Deus. A fé usada de forma ideal e verdadeira resulta em ações de graças, pelo que Deus termina realizando em prol dos que nele confiam inteiramente. Abraão acreditou que Deus poderia fazer uma coisa nova em seu favor, e assim foi.

E QUE PELAS OBRAS A FÉ FOI APERFEIÇOADA. O exemplo de fé deixado pelo patriarca Abraão, desde este fato, até os dias de hoje, serve de modelo para aqueles que depositam sua esperança no trabalhar de Deus em prol dos seus servos.

Atos 28.30-31

Atos 28.30-31 - E Paulo ficou dois anos inteiros na sua própria habitação que alugara, e recebia todos quantos vinham vê-lo. Pregando o rein...