sexta-feira, 2 de março de 2018

1 Coríntios 9:13

1 Coríntios 9:13 - Não sabeis vós que os que administram o que é sagrado comem do que é do templo? E que os que de contínuo estão junto ao altar, participam do altar?
NÃO SABEIS VÓS. Não há dúvida que os cristão legalistas de Jerusalém já estavam completamente infiltrados na comunidade cristã de Corinto, e que Paulo por meio dos seus informantes também já estava ciente de que eles pregavam a legislação de Moisés naquela igreja. Isso porque, o autor volta a falar de como funcionava o lado financeiro do ministério, no tocante aqueles que estavam ligados às lideranças cristãs da igreja matriz de Jerusalém, que era diferente das igrejas fundadas por Paulo.

QUE OS QUE ADMINISTRAM. Observa-se que o escritor está se reportando a como funcionava o judaísmo, no que diz respeito aos sacerdotes, eles que, por determinação de Moisés, havia prescrito que a tribo de Levi não receberia terras como herança em Canaã, porque todos que faziam parte daquela tribo ficariam encarregados de administrarem as celebrações concernentes aos serviços do tabernáculo e da lei.

O QUE É SAGRADO. Certamente esta frase se refere ao cerimonialismo, e ao sacramentalismo praticados pelos sacerdotes levíticos, no que tange, de princípio ao tabernáculo, e depois aos templos que foram edificados em Jerusalém. Haviam os sacrifícios diários oferecidos pelos sacerdotes bem como as celebrações anuais, que estavam a cargo dos sumos sacerdotes, como por exemplo: O dia da expiação.

COMEM DO QUE É DO TEMPLO? De forma que, os filhos de Israel traziam, uma vez no ano, uma recompensa em alimentos (e não em dinheiro) para os que trabalhavam no templo, que eram da tribo de Levi, porque eles não receberam heranças em terras na terra de Canaã. No tempo da lei, o dízimo não era um dever religioso, mas um tributo social, como compensação pelo fato de que os levitas não receberam terras em Canaã.

E QUE OS QUE DE CONTÍNUO. Em compensação, os que faziam parte da tribo de Levi, que eram sacerdotes, com seus familiares, não podiam exercer atividades econômicas de qualquer espécie, pois foram, de acordo com a lei de Moisés, designados a cuidarem do tabernáculo, e mais tarde dos templos, bem como de ensinarem a lei de Moisés aos filhos de Israel. Isso prevaleceu no tempo da lei até a vinda do Messias.

ESTÃO JUNTOS AO ALTAR. No próprio tabernáculo haviam dois altares, aquele que ficava no primeiro compartimento do tabernáculo, bem como o outro que ficava depois do segundo véu. No primeiro tabernáculo, serviam os sacerdotes comuns, que ofereciam de contínuo sacrifícios e oferendas em favor do povo. Mas no santo dos santos, ou lugar santíssimo do tabernáculo, somente o sumo sacerdote podia entrar para fazer o sacrifício de expiação em favor de toda a nação de Israel, dia da expiação.

PARTICIPAM DO ALTAR. Esta carta foi escrita antes do ano setenta de nossa era cristã, portanto, o templo de Jerusalém ainda estava de pé, e assim sendo, os sacrifícios no templo estavam sendo praticados em pleno vapor. Como as lideranças das igrejas em Israel viviam um momento de transição entre o judaísmo e o cristianismo, muita coisa do judaísmo prevaleceu como tradição mesmo dentro do cristianismo. Já nas igrejas fundadas por Paulo, funcionava o cristianismo como deve ser, e que prevaleceu.

1 Coríntios 9:12

1 Coríntios 9:12 - Se outros participam deste poder sobre vós, por que não, e mais justamente, nós? Mas nós não usamos deste direito; antes suportamos tudo, para não pormos impedimento algum ao evangelho de Cristo.
SE OUTROS PARTICIPAM. Estes outros, sobre os quais fala o apóstolo Paulo eram os obreiros fraudulentos que se aproveitavam da inocência ou da boa vontade do povo de Deus para tirarem proveito financeiro do rebanho do Senhor. Eram os falsos líderes que faziam do ministério uma profissão e da palavra de Deus uma mercadoria para praticarem o comercio da fé. Eram os falsos pregadores do outro evangelho que praticavam a venda da indulgência, pregando por dinheiro e apenas visando o lucro.

DESTE PODER SOBRE VÓS. Como a igreja cristã de Corinto era uma comunidade cristã de boas posses financeiras, sempre apareciam por lá lideranças vindas de Jerusalém para ganharem algumas somas financeiras com a pregação da palavra. Há quem diga que a venda de indulgências foi inspirada no que acontecia justamente na igreja cristã de Corinto, em que os supostos líderes cristãos vendiam seus serviços.

PORQUE NÃO, E MAIS JUSTAMENTE, NÓS. Veja o que diz Paulo, se estes falsários que se aproveitavam de vós tinham o direito de vos explorar, se eu quisesse, juntamente com meus companheiros de ministério, muito mais do que eles, porque eu foi o fundador desta comunidade cristã. Muito mais do que os obreiros fraudulentos trabalhou Paulo, Apolo, Tito e outros ministros fiéis pelo bem daquela igreja cristã.

MAS NÓS NÃO USAMOS DESTE DIREITO. Essa frase de Paulo esclarece tudo que foi dito desde o começo deste capítulo, quando o apóstolo dos gentios não praticava nada do que foi dito até este momento, mesmo que se quisesse ele e seus amigos de ministério poderiam usufruir de tudo isso. A verdade é que Paulo e seus amigos de ministério, não aceitavam salário das igrejas para fazerem a obra e o serviço de Deus.

ANTES SUPORTAMOS TUDO. Era regra geral nas igrejas fundadas por Paulo, que os ministros do evangelho não deviam receber ajuda financeira nem das igrejas nem de quem quer que seja para fazerem a obra de Deus. Paulo e seus amigos de ministério trabalhavam com as suas próprias mãos para se manterem e sustentarem os seus próprios ministério. E isso era regra geral nas igrejas fundadas no mundo gentílico.

PARA NÃO PORMOS IMPENDIMENTO ALGUM. O interesse de Paulo e seus companheiros de ministério era levar as boas novas do evangelho de Cristo por amor ao Senhor Jesus. Para Paulo e seus amigos de ministério, receber salários ou recompensas financeiras para pregar a palavra de Deus ou fazer a obra de Deus era motivo de empecilho para o progresso do evangelho, porque era motivo de escândalo.

AO EVANGELHO DE CRISTO. Nos dias de hoje, muitas pessoas deixam o caminho do evangelho por se sentirem exploradas pelos mercenários da fé. Lamentavelmente, o conceito no meio da sociedade sobre os que se dizem líderes cristãos é de que os pastores são ladrões. Um dos grandes erros de um determinado ramo do suposto cristianismo foi à prática da venda das indulgências, e isso vem se repetindo pelas denominações atuais de outras formas, com a venda dos serviços religiosos.

1 Coríntios 9:11

1 Coríntios 9:11 - Se nós vos semeamos as coisas espirituais, será muito que de vós recolhamos as carnais?
SE NÓS. Se Paulo desejasse, juntamente com seus companheiros de ministério, assim como os líderes da igreja matriz de Jerusalém, cobrava dos seus filhos na fé das igrejas por eles fundadas no mundo gentílico, principalmente da igreja de Corinto, que era uma comunidade cristã rica, em termos materiais. No entanto, a partir do versículo seguinte, Paulo rechaça toda e qualquer possibilidade de ter recebido dinheiro para fazer a obra de Deus, porque ele entende que isso é feito por amor e gratidão a Deus.

VOS SEMEAMOS. Esse mesmo argumento era usado por aqueles que cobravam pelos seus trabalhos em prol da comunidade cristã. Ao que tudo indica, na igreja de Corinto, era um costume em que, os pregadores itinerantes recebiam altas recompensas financeiras para fazerem seus sermões, como se estivessem exercendo uma profissão de professor de filosofia, psicologia, pedagogia, sociologia, teologia ou outra matéria.

AS COISAS ESPIRITUAIS. O problema não está no que pregam os profissionais do evangelho, porque Paulo diz que não importa se alguém prega o evangelho por contenção, o que tem que ser observar é a intenção do que faz do evangelho uma mercadoria para tirar proveito financeiro das fiéis. O evangelho cumpre o seu papel, porque é a palavra de libertação, mesmo que, quem prega, ele não seja liberto.

SERÁ MUITO. Se Paulo fosse um mercenário, teria ganhado muito dinheiro usando o evangelho como um produto de troca por riquezas matérias, coisa que ele não fez. Se Paulo tivesse segundas intenções no seu ministério, se aproveitaria dos trabalhos que ele realizou em prol das igrejas gentílica para arrancar a lá das ovelhas, beber o leite e comer a carne. Tudo isso é o que mais se ver nos dias de hoje, são pessoas que se aproveita da inocência do rebanho, bem como da falta de conhecimento dos fiéis.

QUE DE VÓS. Quem prega o evangelho por dinheiro só espera recolher dos seus prosélitos o resultado econômico de suas atividades, porque faz do seu ministério uma profissão, e não uma confissão de fé genuína em Cristo. O próprio Senhor Jesus ensinou que: Dai de graça, o que de graça recebestes. Desta forma, como que alguém não tem o temor de Deus, que um dia vai prestar contas do que fez de errado nisso.

RECOLHAMOS. O pior de tudo é que os charlatões da religiosidade tornam o extorquir as ovelhas de Cristo em algo normal, ao ponto de não sentirem nenhum peso em suas consciências. O negócio hoje em dia é inventar meios os mais diversos para arrancar o último centavo daqueles que frequentam as mais diversas religiões. Devemos até os cabelos da cabeça a Deus, e como alguém ousa cobrar por seus serviços prestados a Ele. Todos estes argumentos eram usados pelos cristãos legalistas de Jerusalém.

AS CARNAIS? Os falsos apóstolos e os obreiros fraudulentos, dos quais Paulo falou, se utilizavam da tese de que, o Senhor Jesus estava voltando a qualquer momento, e que as coisas materiais iriam ficar na terra, para provocar o desapego dos fiéis as coisas desta vida, e com isso, os profissionais do evangelho extorquia o rebanho inocente de Cristo. O negócio é colocar as ovelhas no curral e tirar até o último centavo delas.

1 Coríntios 9:10

1 Coríntios 9:10 - Ou não o diz certamente por nós? Certamente que por nós está escrito; porque o que lavra deve lavrar com esperança e o que debulha deve debulhar com esperança de ser participante.
OU NÃO O DIZ CERTAMENTE POR NÓS. Por que Paulo está falando como se praticasse as normas das que eram postas em prática com as lideranças de Jerusalém? Porque se ele e os seus amigos de ministério quisessem, poderiam se aproveitar das igrejas por eles fundadas, tirar proveito delas todas, ganhar muito dinheiro com a exploração dos fiéis, como faziam alguns que estavam invadindo seus campos missionários. Porem, dentro dos seus escritos, ele diz que não fazia isso, nem seus amigos de ministério.

CERTAMENTE QUE POR NÓS. Uma das acusações dos oponentes de Paulo na igreja cristã de Corinto era de que seus trabalhos não tinham valor, é tanto que ele não cobrava para pregar. Isso porque, muitos dos pregadores itinerantes que passavam por aquela igreja cobravam para pregar a palavra de Deus. Estes pregadores não agiam diferentes dos profissionais da oratória, da homilética secular e dos professores.

ESTÁ ESCRITO. Certamente, o autor se reporta a vários textos do antigo regime da lei, bem como algumas passagens dos escritos dos antigos profetas, que tais profissionais do evangelho utilizavam como base para cobrar pelos supostos serviços prestados aos fiéis. Quem faz a obra de Deus por dinheiro está praticando o que se chama de venda de indulgências, que nada mais é do que a venda dos serviços de ordem religiosos.

PORQUE O QUE LAVRA. Mais um dos argumentos dos que pregavam ou faziam a obra de Deus por dinheiro, que eles se baseavam, para então, fazer do evangelho uma mercadoria e do ministério uma profissão. É que aqueles que trabalham na agricultura assim se esforçam com a esperança de que haverá um bom inverno, e que no final das contas haverá automaticamente uma boa colheita de frutos do campo.

DEVE LAVRAR COM ESPERANÇA. Os trabalhadores da rosa empregam grande esforço, desde os primeiros momentos, quando decidiam fazer uma plantação, justamente para no final do inverno ter o que comer, tudo que fazem são movidos pela esperança da lucratividade. Não é diferente com os profissionais do evangelho, aqueles que praticam o comercio da fé, os pregadores profissionais só visam tirar proveito disto.

E O QUE DEBULHA DEVE DEBULHAR COM ESPERANÇA. Estes trabalhadores que trabalhavam na colheita dos frutos produzidos e que eram contratados para debulharem o milho, por exemplo, esperavam do mesmo modo receberem uma parte dos frutos daquela colheita. Hoje são os pregadores itinerantes, que são convidados para pregarem nos eventos e que cobram altas sumas de dinheiro por seus sermões.

DE SER PARTICIPANTE. Os lavradores eram os donos de terras que preparavam seus campos com vários tipos de plantações, mas que no momento da colheita dos frutos, precisavam de outros tipos de trabalhadores para ajuda-los na colheita. Existem muitos que se acham donos das igrejas que tomam conta, e que chamam outros, como pregadores e cantores famosos para alimentarem o comercio da fé. Na atualidade se tornou normal dentro das corporações religiosas a negociata com o evangelho.

quinta-feira, 1 de março de 2018

1 Coríntios 9:8-9

1 Coríntios 9:8-9 Digo eu isto segundo os homens? Ou não diz a lei também o mesmo? Porque na lei de Moisés está escrito: Não atarás a boca ao boi que trilha o grão. Porventura tem Deus cuidado dos bois?
DIGO EU ISTO. Continua o autor tratando de um assunto, que não dizia respeito a ele próprio nem aos seus amigos de ministério, nem muitos menos era prática nas igrejas fundadas por ele no mundo gentílico. Há quem diga que Paulo fala deste assunto com zombaria das lideranças de Jerusalém, que ainda estavam presos às tradições do judaísmo, aproveitando, neste caso, dos benefícios previstos na legislação de Moisés, quanto ao ministério viver a custa dos filhos de Israel durante a velha dispensação.

SEGUNDO OS HOMENS. Por incrível que pareça, aqueles que vivem explorando o povo de Deus, no tocante a fazer a obra do Senhor, se utilizam de textos bíblicos distorcidos para apoiarem o comercio da fé. Bem como, o povo simples, que não tem profundo conhecimento da palavra de Deus alimenta o comercio da fé dos mercenários, pensando que estão cumprindo determinadas exigências das Sagradas Escrituras.

OU NÃO DIZ A LEI TAMBÉM O MESMO. No tempo da lei, dez tribos entraram na terra de Canaã, e duas ficaram do outro lado do Rio Jordão. Portanto, a terra de Canaã foi dividida em nove partes iguais, sendo que a tribo de Levi não herdou heranças da terra em Canaã. Esta mesma tribo, foi designada por Moisés que ficaria responsável em cuidar do tabernáculo e da lei, mas em compensação receberia alimentos das demais.

PORQUE NA LEI DE MOISÉS ESTÁ ESCRITO. Esta é uma citação feita com base em Deuteronômio 25:4 - Não atarás a boca ao boi, quando trilhar. A pergunta é: A igreja gentílica está no tempo da lei ou no tempo da dispensação da graça de Deus, em que o seguidor do evangelho recebe a salvação de maneira gratuita? Agora, a verdade é que, as lideranças da igreja matriz de Jerusalém, viviam mais a lei do que o evangelho.

NÃO ATARÁS A BOCA AO BOI. Isso era algo que na prática até os que não servem a Deus fazem, porque sabem que se não alimentarem o boi, como que ele vai ter força para trabalhar na limpeza da lavoura? Isso não tem nada a ver com religião, nem tudo que está na lei de Moisés era algo a ser aplicado como dever religioso, Moisés escreveu para os hebreus uma legislação com regras para todas as áreas da vida social.

QUE TRILHA O TRIGO. Os argumentos dos líderes de Jerusalém eram de que eles estavam no lugar do boi, que trabalha com muito esforço para cortar a terra, a fim de preparar o terreno para que seu dono colhesse os seus frutos, como resultado de uma grande plantação. A partir do versículo doze, Paulo demostra que ele estava falando de como funcionava nas igrejas ligadas às lideranças da igreja matriz de Jerusalém.

PORVENTURA TEM DEUS CUIDADO DOS BOIS? O ser humano é muito astucioso e perspicaz, no sentido de tirar proveito do seu próximo. Se utilizam dos mais sofisticados argumentos para sustentarem suas teses, e no final das contas sair ganhando em tudo. Aqueles que tiravam proveito dos costumes e tradições da lei de Moisés, não queriam largar o osso para levarem uma vida fácil à custa dos outros. Hoje tem muita gente se fazendo de discípulos de Cristo, mas são discípulos de Moisés.

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

1 Coríntios 9:6-7

1 Coríntios 9:6-7 - Ou só eu e Barnabé não temos direito de deixar de trabalhar? Quem jamais milita à sua própria custa? Quem planta a vinha e não come do seu fruto? Ou quem apascenta o gado e não se alimenta do leite do gado?
OU SÓ EU E BARNABÉ. Por que Paulo cita o nome de Barnabé? Porque foi justamente com Barnabé que Paulo esteve em Jerusalém para estabelecer um acordo com as lideranças de Jerusalém sobre a área de atuação dele nos campos transculturais dos gentios. Enquanto que os líderes de Jerusalém ficariam responsáveis pela evangelização dos judeus. Paulo está focalizando a diferença que havia entre as igrejas ligadas as lideranças de Jerusalém e as administradas por ele e seus amigos.

NÃO TEMOS DIREITO DE TRABALHAR? Ao que tudo indica, as lideranças ligadas à igreja matriz de Jerusalém deixaram suas atividades seculares para se dedicarem a obra de Deus, tomando o conselho de Cristo que os chamou para serem pescadores de Almas. Porem, Paulo, Barnabé e seus companheiros de ministério trabalhavam em suas profissões para se manterem e não depender financeiramente da igreja de Cristo.

QUEM JAMAIS MILITA A SUA PRÓPRIA CUSTA. Esse era o argumento das lideranças de Jerusalém, que em parte ainda estavam ligadas as tradições costumes e práticas do judaísmo, até porque, o grupo de Jerusalém vivia um momento de transição entre o tradicional judaísmo e o novo cristianismo, fundado por Cristo Jesus. Já Paulo procurava implantar o verdadeiro cristianismo nas igrejas por ele fundadas.

QUEM PLANTA A VINHA. As lideranças de Jerusalém também se baseavam no que era praticado nos templos de Jerusalém, no que diz respeito aos sacerdotes levíticos, em que eles recebiam uma recompensa social dos filhos de Israel, para cuidarem, primeiro do tabernáculo e depois dos templos que foram construídos. Como eles não receberam herança das terras de Canaã, então recebiam alimentos como recompensa.

E NÃO COME DO SEU FRUTO? De forma que, as lideranças de Jerusalém não recebiam salários para fazerem a obra de Deus, porque não há provas disto, mas eles recebiam o seu sustento, o alimento de cada dia, para não precisarem exercer suas profissões seculares, e com isso se dedicarem mais pessoalmente, a obra da igreja. Tanto o soldado que trabalhava para o governo quanto o agricultor ganhavam pão pra comer.

OU QUEM APASCENTA O GADO. Na realidade, as lideranças de Jerusalém não eram assalariadas para cuidarem da obra de Deus, eles apenas recebiam o alimento que comia para apascentar a igreja de Cristo. Hoje, de maneira abusiva, se faz do evangelho uma mercadoria, por meio do comercio da fé, e do ministério uma profissão para se ganhar dinheiro. Já Paulo não agia como os líderes de Jerusalém.

E NÃO SE ALIMENTA DO LEITE DO GADO? Todos os três exemplos dados pelo apóstolo dos gentios, recebiam como recompensa o seu alimento. Os saldados recebiam do governo o alimento para servir ao exército, o agricultor comia dos alimentos colhidos em suas lavouras e o criador de gado se alimentava do leite. O ministério ligado às lideranças de Jerusalém agia baseado nestas metáforas. Um pouco mais a frente, Paulo diz que não fazia nada disto nas igrejas por ele fundadas.

1 Coríntios 9:4-5

1 Coríntios 9:4-5 - Não temos nós direito de comer e beber? Não temos nós direito de levar conosco uma esposa crente, como também os demais apóstolos, e os irmãos do Senhor, e Cefas?
NÃO TEMOS NÓS DIREITO. Do versículo quatro ao onze, Paulo fala de maneira comparativa sobre como funcionavam as igrejas ligadas às lideranças de Jerusalém, que eram diferentes das igrejas administradas por ele e seus amigos de ministério no mundo gentílico. Uma simples leitura do Novo Testamento, não dá para perceber que a igreja primitiva estava dividida em dois núcleos administrativos, onde o primeiro era ligado a Jerusalém, e o outro era as igrejas fundadas e administradas por Paulo.

DE COMER E BEBER? Nesta parte, o autor fala da questão financeira, quanto ao ministério das lideranças de Jerusalém, que conforme a mensagem do evangelho, eles eram sustentados pela igreja, em termos de alimentos. Não se cobrava dízimos dos fiéis, mais eram aceitas ofertas voluntárias para sustento do ministério. Isso, das lideranças ligadas a Jerusalém. Quanto a Paulo, ele não aceitava nem mesmo isso.

NÃO TEMOS NÓS DIREITO DE LEVAR CONOSCO. Já neste ponto, o escritor fala de como funcionavam as coisas, no que concernem aqueles que eram possivelmente casados, isso, quanto às lideranças ligadas a Jerusalém. Se Paulo e os ministros do evangelho consagrados e ordenados por ele quisessem poderiam ser acompanhados pelas suas respectivas esposas, isso sobre aqueles que supostamente fossem casados.

UMA ESPOSA CRENTE. As regras quanto à igreja primitiva, ligada as lideranças de Jerusalém, não mudou lá muita coisa do judaísmo tradicional de Israel. Até porque, os apóstolos de Jerusalém viviam um momento de transição entre o antigo judaísmo e o novo cristianismo fundado pelo Senhor Jesus, como religião oficial da igreja de Cristo. Já as igrejas gentílicas ligadas a Paulo viviam o verdadeiro cristianismo que prevaleceu.

COMO TAMBÉM OS DEMAIS APÓSTOLOS. É biblicamente quase impossível de comprovar que os demais apóstolos de Cristo fossem casados, porque se fossem, o evangelho em sua totalidade encobre este fato, não se sabe por quê. O fato é que o Novo Testamento nem fala sobre as esposas dos apóstolos, se era, que eles tinham esposas. Há quem diga, baseado nisto, que o ministério seguiu o estado celibatário.

E OS IRMÃOS DO SENHOR. Há várias referências bíblicas indicando que o Senhor Jesus tinha os seus meios irmãos, isso por parte de sua mãe, até porque ele não era filho biológico de José, marido de Maria, sua mãe. Estes irmãos de Jesus só vieram a se converter ao cristianismo, mais tarde, depois da ressurreição do Cristo de Deus. Temos o caso de Tiago, irmão do Senhor, que se tornou a principal liderança de Jerusalém.

E CEFAS. Por que Paulo colocou Cefas, que é Pedro, separadamente? Porque segundo o Novo Testamento, ele era efetivamente casado, porque já era casado antes de ser chamado por Cristo para ser apóstolo do Senhor. Interessante é que o evangelho fala da sogra de Pedro, no evento em que Cristo a curou de febre, mas não fala no nome da esposa de Pedro. Quem defende o celibato para o ministério, argumenta que o Novo Testamento não faz menção dos nomes das esposas das lideranças cristãs.

Atos 28.30-31

Atos 28.30-31 - E Paulo ficou dois anos inteiros na sua própria habitação que alugara, e recebia todos quantos vinham vê-lo. Pregando o rein...