sexta-feira, 2 de julho de 2021

Atos 20:7-8

Atos 20:7-8 - E no primeiro dia da semana, ajuntando-se os discípulos para partir o pão, Paulo, que havia de partir no dia seguinte, falava com eles; e prolongou a prática até à meia-noite. E havia muitas luzes no cenáculo onde estavam juntos.
E NO PRIMEIRO DIA DA SEMANA. Como naquela época o cristianismo não era reconhecido como religião pelo império político de Roma, a igreja em determinados lugares não tinha como celebrar os cultos todos os dias da semana. De forma que, normalmente os cultos eram celebrados no primeiro dia da semana, que no nosso calendário seria o domingo. Desde os começos do cristianismo que o primeiro dia da semana era especial para os cristãos, porque foi o dia da ressurreição do Senhor Jesus. AJUNTANDO-SE OS DISCÍPULOS. As reuniões da igreja de Cristo, como comunidade cristã, em muitos dos casos eram feitas nas casas dos líderes do cristianismo primitivo. Discípulo era o nome mais comum para descrever todo àquele que se convertia dos seus maus caminhos e passava a viver conforme o evangelho da graça de Deus. Discípulo de Cristo é todo aquele que segue os ensinamentos de Cristo, o Mestre. PARA PARTIR O PÃO. De acordo com o tradicional judaísmo, os judeus celebravam a Páscoa, como uma das principais festas judaicas. Mas, como Cristo veio justamente para estabelecer uma nova aliança da graça de Deus, Ele substituiu a Páscoa pela Santa Ceia do Senhor. Por isso que, o cristianismo verdadeiro celebra a Santa Ceia e não a Páscoa, que continua sendo uma festa religiosa exclusivamente do povo judeu. PAULO, QUE HAVIA DE PARTIR NO DIA SEGUINTE. O destino do apóstolo Paulo era justamente retornar mais uma vez a cidade de Jerusalém, porque as coisas tinham que acontecerem conforme o já previsto. Portanto, o apóstolo dos gentios, consciente de sua missão, que já caminhava para seu término, em alguns anos, queria de verdade deixar seus ensinos aos seus filhos na fé, além da celebração da Santa Ceia do Senhor. FALAVA COM ELES. Não temos como saber o teor da pregação de Paulo, mas podemos conjectura que ele falava a respeito de assuntos relacionados à própria Ceia do Senhor, com os elementos que encontramos em 1 Coríntios 11:2-32. Mas também podemos pensar que Paulo fazia suas últimas instruções aos seus filhos na fé aplicando, como sempre fazia, o devido discipulado cristão, e as doutrinas cristãs. E PROLONGOU A PRÁTICA ATÉ MEIA NOITE. Não temos como descobrir a que horas tenha começado o culto de celebração da Santa Ceia do Senhor, porem, podemos prever que deve ter começado após as seis horas da tarde. Como se pode ver, o apóstolo dos gentios era um grande pregador da palavra de Deus, que não lhe faltava mensagem na transmissão da poderosa e edificando palavra de vida e salvação. E HAVIA MUITAS LUZES NO CENÁCULO ONDE ESTAVAM JUNTOS. Geralmente havia nas cidades antigas lugares para celebração de reuniões que ficavam na parte mais alta das grandes residências, que neste caso era o terceiro andar. Neste caso, como a celebração da Santa Ceia era uma reunião com todos que faziam parte da comunidade cristã, é provável que Paulo tenha alugado este cenáculo. A questão da abundância de luzes, o culto cristão seguia, neste particular os elementos do tradicional judaísmo.

Atos 20:5-6

Atos 20:5-6 - Estes, indo adiante, nos esperaram em Trôade. E, depois dos dias dos pães ázimos, navegamos de Filipos, e em cinco dias fomos ter com eles a Trôade, onde estivemos sete dias.
ESTES. Lucas se refere aos companheiros de Ministério de Paulo, citados no versículo anterior, Atos 2:4 - E acompanhou-o, até à Ásia, Sópater, de Beréia, e, dos de Tessalônica, Aristarco, e Segundo, e Gaio de Derbe, e Timóteo, e, dos da Ásia, Tíquico e Trófimo. Provavelmente, todos estes amigos de Paulo também eram seus filhos na fé, que foram ganhos para Cristo por meio das atividades evangelísticas do apóstolo dos gentios, ele que era um gigante na obra de evangelização, pregando sobre Cristo Jesus. INDO ADIANTE. Todos estes, inclusive o apóstolo Paulo estavam empenhados em uma grande campanha de arrecadação de alimentos para que esta ação social das igrejas gentílicas chegasse aos irmãos carentes das igrejas em toda a Judéia e Jerusalém. No caso de Paulo, ele se demorava mais nas igrejas, porque além de fazer a arrecadação dos donativos, comumente Ele pregava a palavra, mas os demais foram adiante dele. NOS ESPERARAM EM TRÔADE. O escritor Lucas volta a se incluir nos seus escritos, desta vez como fazendo parte da equipe de Paulo, em suas viagens missionárias, e destacando que o Dr. Lucas estava em companhia de Paulo e não dos demais amigos de ministério do apóstolo. Trôade era uma cidade portuária que servia de porta de entrada para quem vinha da Macedônia, que tinha muita importância para Roma. E DEPOIS DOS DIAS DOS PÃES ÁZIMOS. No concílio de Jerusalém, capítulo quinze de Atos, tudo fica bem claro que os gentios convertidos ao cristianismo não eram obrigados a guardarem as tradições do judaísmo. Porem, para os judeus convertidos ao cristianismo, se alguém desejasse guardar alguns dos mandamentos do judaísmo, não pecava. No caso de Paulo, ele deixa transparecer que respeitar algumas festas. NAVEGAMOS DE FILIPOS. A festa dos pães Ázimos, como está escrito aqui, diz respeito à festa judaica da Páscoa. Neste caso, o apóstolo Paulo, em seu modo individual, ou juntamente com que desejou, celebrou a Pascoa em Filipos. A cidade de Filipos já ficava na Macedônia, como sendo a primeira da Europa. Atos 16:12 - E dali para Filipos, que é a primeira cidade desta parte da Macedônia, e é uma colônia, e estivemos alguns dias nesta cidade. De Filipos, Paulo evangelizou Toda a Europa. E EM CINCO DIAS FOMOS TER COM ELES A TRÔADE. Em uma outra visita de Paulo no caminho contrário, Lucas diz que eles fizeram esta viagem em dois dias, mais agora, de Filipos para Trôade, eles gastaram cinco dias? (Atos 16:15-16). Provavelmente, na primeira visita, os mares estavam tranquilos, por isso chegaram no outro dia, mas quem sabe agora, desta vez, os mares estavam agitados, e com isso demoravam mais. ONDE ESTIVEMOS SETE DIAS. Estava no coração do apóstolo Paulo chegar em Jerusalém durante a importante festa de Pentecostes, e como ainda restavam-lhes alguns dias, então, juntamente com seus amigos de viagem se demoravam um pouco em Trôade. A cidade de Trôade era a mais importante da Mísia, porque ela tinha um valor expressivo para o império político de Roma, só perdendo para a capital de Roma.

Atos 20:4

Atos 20:4 - E acompanhou-o, até à Ásia, Sópater, de Beréia, e, dos de Tessalônica, Aristarco, e Segundo, e Gaio de Derbe, e Timóteo, e, dos da Ásia, Tíquico e Trófimo.
E ACOMPANHOU-O, ATÉ A ÁSIA. O autor do livro de Atos dos Apóstolos nos passa a informação que Paulo, neste momento de seu ministério estava preocupado em visitar as igrejas já fundadas por ele e seus amigos de ministério. Dá Grécia, ele e sua equipe vieram direto para a Ásia com uma boa caravana, pois era o costume das igrejas enviar juntamente com o missionário um certo número de acompanhantes. Neste caso, os líderes da igreja sabiam do perigo que Paulo corria pelas ciladas dos opositores judeus. SÓPATER, DE BERÉIA. Algumas versões bíblicas falam de Sópatro e não Sópater, como nesta versão que estamos utilizando em nosso comentário, nome este que era uma abreviatura do nome Sosípatro. É mencionado novamente em Romanos 16:21 - Saúdam-vos Timóteo, meu cooperador, e Lúcio, Jasom e Sosípatro, meus parentes. Além da informação de que era de Beréia, como fruto dos trabalhos de Paulo. E DOS DE TESSALÔNICA. Depois de sua prisão em Filipos, Paulo teve que sair daquele lugar por conta das perseguições, passando por Anfípolis e Apolônia chegou com o Evangelho de Cristo em Tessalônica. Nesta cidade, Paulo foi terrivelmente perseguido pelos judeus, mais teve a bem-aventurança de estabelecer nesta localidade uma comunidade cristã, para onde escreveu duas de suas importantes epístolas ou cartas. ARISTARCO, E SEGUNDO. Aristarco é citado por Lucas em Atos 19:29 - E encheu-se de confusão toda a cidade e, unânimes, correram ao teatro, arrebatando a Gaio e a Aristarco, macedônios, companheiros de Paulo na viagem. Sobre este Segundo, nada há mais no Novo Testamento sobre ele, senão o que nos é dito aqui. Há quem diga que ele era filho na fé de Paulo, e que juntamente com Aristarco eram de Tessalônica. E GÁIO DE DERBE, E TIMÓTEO. Este Gaio também é citado em (Atos 19:29) como sendo companheiro de viagem de Paulo, que juntamente com Aristarco foram presos como representantes do cristianismo, uma vez que Paulo não foi encontrado. No que diz respeito a Timóteo, era um jovem de mãe judia e de pai grego, que foi encontrado por Paulo, para ser preparado por ele a ser um ministro do evangelho de Cristo Jesus. Timóteo foi instruído também por sua mãe Eunice e sua avó Loide para ser discípulo. E DOS DA ÁSIA. De acordo com alguns comentaristas do Novo Testamento, esta Ásia citada no texto por Lucas, não se resume apenas ao que pode ser chamada de Ásia Menor, nem muito menos a região do continente asiático. Essa Ásia corresponde ao território que se limita com Lícia e Frígia ao oriente, o mar Mediterrâneo ao sul, o mar Egeu a oeste e a Paflagônia a norte, uma grande região. Paulo evangelizou toda a Ásia. TÍQUICO E TRÓFIMO. Tíquico era um companheiro de ministério do Apostolo Paulo, que cumpria missões em várias igrejas fundadas pelo apóstolo dos gentios, e que Paulo enviou algumas de suas epístolas por suas mãos. Sobre este Trófimo citado por Lucas, se afirma que ele era de Éfeso, e que ficou responsável por aquela igreja por algum tempo, representando é claro o apóstolo Paulo. É citado em várias partes do Novo Testamento como acompanhante de Paulo, inclusive na cidade de Roma.

Atos 20:3

Atos 20:3 - E, passando ali três meses, e sendo-lhe pelos judeus postas ciladas, como tivesse de navegar para a Síria, determinou voltar pela Macedônia.
E, PASSANDO ALI TRÊS MESES. Este missionário do reino de Cristo já não dava mais conta de suas atividades em torno da obra de Deus, pois sua responsabilidade com as igrejas aumentava cada vez mais. O desejo do apóstolo dos gentios era demorar mais na Grécia, até porque aquela região precisava de mais um apoio nas atividades evangelísticas, porem, nem sempre as coisas aconteciam como Paulo bem desejava. Na realidade, a esta altura dos acontecimentos, Paulo estava sendo muito perseguido. E SENDO-LHE PELOS JUDEUS. Podemos perceber que em todos os lugares aonde Paulo chegava com as boas novas do evangelho poderoso do Senhor Jesus, os Judeus se postavam como pedra de tropeço em seu ministério. Porque, como de costume, o apóstolo gostava de pregar para seus conterrâneos judeus, com isso, muitos se convertiam ao cristianismo, e os líderes do tradicional judaísmo nada deste ocorrido. POSTAS CILADAS. Há algum tempo atrás, os judeus tentaram prejudicar a Paulo nesta mesma região, sendo o apóstolo salvo do julgamento injusto dos judeus por Gálio, o procônsul. Agora, os judeus não mais tentavam investir contra Paulo por meio das autoridades romanas, porem, por meio de armadilhas. Não era de agora que os judeus tentavam se apropriar da vida de Paulo, mais Deus estava sempre o protegendo. COMO TIVESSE DE NAVEGAR. Não temos como saber de como os judeus tinham descoberto o plano de Paulo em fazer viagem para a Síria, provavelmente, eles tinham algum elemento de confiança dentro da comunidade cristã, por meio de quem obtiveram tal informação. Certamente, os judeus haviam armado a cilada contra Paulo na cidade de Cencréia, onde ficava o próximo porto de partida para a cidade da Síria. PARA A SÍRIA. Se Paulo tivesse seguido a rota que de princípio havia planejado, talvez nem tivesse chegado à Síria, porque os seus algozes inimigos o teriam apanhado no porto de Cencréia, praticando um injusto assassinato do apóstolo dos gentios. Mais uma vez chegamos à conclusão que as providências de Deus estavam agindo poderosamente em favor do homem de Deus, porque o Senhor o havia prometido. Aprendemos com isso que os planos de Deus são superiores e que eles se cumprem. DETERMINOU VOLTAR. O escritor Lucas não nos faz saber como que Paulo descobriu os planos malignos dos judeus para tirar-lhe a vida, se Deus lhe deu algum aviso, por sonho ou por visão, ou ainda por meio da profecia. Quem sabe algum informante tenha trazido até ao apóstolo o aviso da trama dos judeus. O que nos é revelado neste texto é que o próprio Paulo determinou não mais viajar pela rota em direção à Síria. PELA MACEDÔNIA. Na Macedônia, estavam os companheiros de ministério de Paulo realizando uma campanha de ação social para os irmãos pobres de Jerusalém, com isso, Paulo se juntou com eles para levar pessoalmente, juntamente com seus amigos esta ajuda para as igrejas da Judéia. Há quem diga que, se Paulo fosse pela Síria, teria feito uma coleta muito maior de donativo para os carentes de Jerusalém, o que não foi possível, por conta da cilada dos judeus, mais por fim, tudo deu certo, e glórias a Deus.

Atos 20:1-2

Atos 20:1-2 - E, depois que cessou o alvoroço, Paulo chamou a si os discípulos e, abraçando-os, saiu para a Macedônia. E, havendo andado por aquelas terras, exortando-os com muitas palavras, veio à Grécia.
E, DEPOIS QUE CESSOUO O ALVOROSO. No capítulo anterior, Lucas afirma que por esse tempo, houve problemas com o cristianismo, e isso por conta das perseguições, Atos 19:23 - E, naquele mesmo tempo, houve um não pequeno alvoroço acerca do Caminho. Por mais ou menos três anos, que o apóstolo dos gentios vinha pregando o evangelho das boas novas de Cristo aos moradores de Éfeso, até que culminou neste citado alvoroço. Todavia, o escrivão da cidade conseguiu acalmar os ânimos de todos. PAULO CHAMOU A SI OS DISÍPULOS. Deus preservou a Paulo de ter que passar um grande constrangimento no teatro público, e até certo ponto, o Senhor o guardou de grande perigo, uma vez que não encontraram a Paulo. Com toda a experiência que já tinha os caminhos das missões, o apóstolo dos gentios sentiu no seu coração que era hora de sair de Éfeso, não porem, antes de fazer uma grande convocação com a igreja. E ABRAÇANDO-OS. Os trabalhos estavam indo muito bem na cidade de Éfeso, muitas vidas sendo entregue nas mãos de Cristo para desfrutarem das bênçãos celestiais, as campanhas de evangelização estavam em pleno vapor. Porem, Paulo faz uma reunião com os seguidores de Cristo para se despedir de todos eles. Não havia motivos para reclamação, senão de agradecer o acolhimento que o apóstolo recebeu da igreja. SAIU PARA A MACEDÔNIA. A Macedônia era um dos maiores países daquele continente europeu, desta mesma época, e que serviu de porta para que o apóstolo dos gentios levasse as boas novas de Cristo na Europa. Era limitada ao sul pelo Egito, ao norte pela Dalmácia, Mísua e Trácia, ao oriente se limitava com o Golfo do mar Egeu e ao ocidente pelo mar Jônico. Paulo sentiu o desejo de retornar a Macedônia. E HAVENDO ANDADO POR AQUELAS TERRAS. É dado por certo que haviam muitas igrejas fundadas por aquela região, onde o apostolo tinha feito suas campanhas evangelísticas e ganhado muitas vidas para o reino de Cristo. Era um momento oportuno para que o missionário revesse os seus filhos na fé e confirmasse as igrejas por ele fundadas. Paulo tinha uma preocupação positiva com o rebanho de Cristo. EXORTANDO-OS COM MUITAS PALAVRAS. O tempo era difícil, por isso que se fala em um não pequeno alvoroço ao caminho, porque os judeus estavam enfurecidos por ver que o cristianismo estava crescendo e perseguiam as igrejas. Mas, a visita de Paulo nesta região da Macedônia lhe deu a chance de confirmar a fé dos irmãos e fazer uma campanha de discipulado cristão em todas as igrejas, isso era uma necessidade. A evangelização é importante, mais também o ensinamento da palavra de edificação. VEIO À GRÉCIA. Lucas fala a respeito do retorno de Paulo a grande região da Acaia, que compreendia a própria Grécia, mais que também abrangia outros lugares também, o escritor destacou a Grécia pela sua importância. É provável que nesta viagem o apóstolo tenha visitado a cidade de Corinto, Filipos, Cencréia, Beréia, Atenas e outras tantas. Era um momento de consagrar obreiros e confirmar os ministérios locais deles.

quinta-feira, 1 de julho de 2021

Atos 19:40-41

Atos 19:40-41 - Na verdade até corremos perigo de que, por hoje, sejamos acusados de sedição, não havendo causa alguma com que possamos justificar este concurso. E, tendo dito isto, despediu a assembleia.
NA VERDADE ATÉ CORREMOS PERIGO. O motivo que levou a este movimento de revolta, em que a maioria dos seus participantes nem sabia da razão, foi o perigo que Demétrio e seus associados achavam que teriam de prejuízo com a conversão das pessoas ao cristianismo deixando de comprar suas artes. O escrivão da cidade de Éfeso abre os olhos de todos sobre qual era o real perigo que eles corriam, não pelo fato de deixarem de vender suas artes, mas sim, com o que poderia vir do império de Roma. DE QUE, POR HOJE. No caso de Éfeso, a cidade era considerada livre, porque o modelo de governança era senatorial e não imperial. Nas chamadas cidades livres, se praticava um governo democrático, porque nestas cidades, os seus governantes eram escolhidos pelo senado com um governo popular. Porem, as cidades que perdiam esta condição, em muitos casos eram governadas por um chefe militar de Roma ou um carrasco. SEJAMOS ACUSADOS DE SEDEÇÃO. Neste caso, o escrivão se sentia na obrigação de alertar a Demétrio, a seus associados e a população em geral, que a cidade de Éfeso corria o perigo de ser vista como uma sociedade rebelde às ordens de Roma. Ser acusado de sedição era a mesma coisa que se revoltar contra as autoridades do império político de Roma, e isso tinha consequências terríveis com intervenção militar. NÃO HAVENDO CAUSA ALGUMA. Na realidade, nenhum tipo de revolta popular que chegasse ao conhecimento das autoridades romanas ficava sem a devida punição, e quando isso acontecia, os que foram responsáveis por tais revoltas eram duramente punidos com prisão e até a morte. Desta forma, o escrivão não via neste momento nenhum motivo para que aquele movimento tivesse continuidade, mas que cessasse. COM QUE POSSAMOS JUSTIFICAR ESTE CONSURSO. Todos estes movimentos, levantes ou tumultos que a sociedade tentasse realizar tinha que ter um bom motivo para que no dia do julgamento pelas autoridades romanas, houvesse uma justificativa, a fim de que os reesposáveis não fossem condenados e a autoridade local não fosse punida também, no caso e escrivão da cidade, que ocupava o lugar de prefeito. E TENDO DISTO ISTO. A interferência urgente da autoridade que representava Roma em Éfeso, no caso o escrivão, que era o líder político local, foi de uma importância muito relevante, porque os cristãos e os judeus, bem como Demétrio e seus associados não sofreram nenhum dado com este insano movimento popular. O escrivão mostrou a Demétrio e a seus associados que eles estavam em grande perigo, se continuassem com este tumulto, perigo este que viria das autoridades romanas. DESPEDIU A ASSEMBLEIA. Podemos perceber que este homem era muito respeitado na cidade de Éfeso, até porque ele representava as mais altas autoridades do império político de Roma. Acreditamos que Demétrio e seus associados também perceberam que aquele levante social poderia trazer muito mais prejuízos para eles. Por outro lado, a paz voltou a reinar, e os cristãos e judeus não foram os grandes prejudicados.

Atos 19:38-39

Atos 19:38-39 - Mas, se Demétrio e os artífices que estão com ele têm alguma coisa contra alguém, há audiências e há procônsules, que se acusem uns aos outros. E, se alguma outra coisa demandais, averiguar-se-á em legítima assembleia.
MAS, SE DEMÉTRIO. Lucas fala a respeito deste Demétrio em Atos 19:24 - Porque um certo ourives da prata, por nome Demétrio, que fazia de prata nichos de Diana, dava não pouco lucro aos artífices. Tudo indica que Demétrio era como que presidente de algum tipo de associação desta mesma sua profissão, Atos 19:25 - Aos quais, havendo-os ajuntado com os oficiais de obras semelhantes, disse: Senhores, vós bem sabeis que deste ofício temos a nossa prosperidade. Demétrio era seguidor de Mamom e Diana. E OS ARTÍFECES QUE ESTÃO COM ELE. O escritor fala a respeito daqueles que acompanharam a Demétrio, levando consigo a Gaio e a Aristarco, amigos de viagem de Paulo. Atos 19:29 - E encheu-se de confusão toda a cidade e, unânimes, correram ao teatro, arrebatando a Gaio e a Aristarco, macedônios, companheiros de Paulo na viagem. Todos estes faziam parte da organização da qual era o presidente, Demétrio. TÊM ALGUMA COISA CONTRA ALGUÉM. Neste caso, havia pelo menos duas acusações de Demétrio e seus associados contra os cristãos e os judeus, que eram: Uma questão econômica, porque eles acusavam perca na prosperidade deles com a venda dos ídolos e imagens de esculturas. E depois, era uma questão religiosa, em que a principal falsa divindade dos Efésios poderia cair em descredito, muitos estavam se convertendo. HÁ AUDIÊNCIAS E HÁ PROCÔNSULES. No caso da cidade de Éfeso, que era uma província senatorial, ou seja, que estava sob o governo do senado romano, havia um governador da província, que governava sobre uma grande região, talvez chamada, neste caso de Ásia, este era chamado de procônsul. Os comentaristas mais antigos afirma que, em Éfeso haviam as audiências de três em três meses, além das extras. QUE SE ACUSEM UNS AOS OUTROS. O que o escrivão da cidade de Éfeso estava afirmando para todos os seus ouvintes naquele teatro público é que este não era o momento de se fazer baderna, nem o local certo para se criar tal tumulto. Não sabemos se o escrivão ou prefeito de Éfeso sabia dos reais motivos daquele levante, mas ele deu como que um puxão de orelhas em Demétrio e em seus associados. E, SE ALGUMA OUTRA COISA DEMANDAIS. A interferência do escrivão da cidade de Éfeso foi oportuna e com sabedoria ele conseguiu desmontar o movimento que poderia terminar em uma grande tragédia. Este homem estava, como era seu dever, mantendo as coisas em ordem na cidade de Éfeso. E caso contrário, os opositores dos cristãos e dos judeus não se acalmassem, o escrivão chamava a força policial para agir. AVERIGUAR-SE Á EM LEGÍTIMA ASSEMBLEIA. Com isso, o escrivão estava alertando a Demétrio e aos seus associados que a cidade de Éfeso não era casa de mãe Joana, e que havia nesta cidade um tribunal de Justiça, com autoridades delegadas de Roma para resolverem as questões e demandas da sociedade. Além de dar bons conselhos aqueles que se achava descontrolados, o escrivão teve a feliz capacidade de contornar uma situação que era desfavorável ao evangelho. Deus estava no controle absoluto.

Atos 28.30-31

Atos 28.30-31 - E Paulo ficou dois anos inteiros na sua própria habitação que alugara, e recebia todos quantos vinham vê-lo. Pregando o rein...