Romanos 11:9-10

Romanos 11:9-10 - E Davi diz: Torne-se-lhes a sua mesa em laço, e em armadilha, E em tropeço, por sua retribuição. Escureçam-se-lhes os olhos para não verem, E encurvem-se-lhes continuamente as costas.

E DAVI DIZ. Assim como Isaías, Davi também foi usado por Deus em seus Salmos para falar sobre o tempo da nova dispensação, no que diz respeito a Israel, nesta parte. Salmos 69:22-23 - Torne-se-lhes a sua mesa diante deles em laço, e a prosperidade em armadilha. Escureçam-se-lhes os seus olhos, para que não vejam, e faze com que os seus lombos tremam constantemente. Essa profecia veio a se cumprir em Israel, o que só comprova que os fatos da nova dispensação estavam na vontade e planos de Deus.

TORNOU-SE-LHES A SUA MESA. Essa “mesa” fala sobre as festividades e os banquetes que os judeus celebravam, mesmo estando em estado de calamidade. Talvez Paulo estivesse pensando no cerimonialismo religioso praticado pelos judeus, que aparentemente tinha conotação de certo, mas que no fundo no fundo apenas servia de vergonha para o povo judeu, uma vez que, não tinha mais validade nem valor.

EM LAÇO E EM ARMADILHA. Quando o autor fala sobre “laço”, ele está pensando em algo que prendia suas vítimas, como no caso de um caçador que armava um laço para prender sua caça. E “armadilha”, tem a mesma conotação de prender algo para ser pego pelo caçador. Israel se encontrava preso no judaísmo como tradição religiosa que não teve a capacidade de perceber que o seu Messias estava entre eles.

E EM TROPEÇO. O “tropeço” tem como objetivo fazer alguém cair no próprio laço ou armadilha, que no caso do povo judeu, suas próprias tradições religiosas serviram de pedra ou corda de tropeço para que caíssem em suas próprias armadilhas. Tropeçaram, porque estavam como que cego, a fim de não compreenderem as Escrituras que tanto falavam do Messias de Deus, e não viram que ele estava presente.

POR SUA RETRIBUIÇÃO. Já no tempo de Moisés e de conformidade com a lei, o alerta já falava de que, se os hebreus não cumprissem as leis de Deus seriam castigados pela situação de desobediência. Além de que o Senhor levantou muitos profetas para advertir os filhos de Israel que, seriam deportados para outras nações e dominados por outras gentes. Mas o pior foi terem rejeitado o próprio Deus, rejeitando a Cristo.

ESCUREÇAM-SE-LHES OS OLHOS PARA NÃO VEREM. O apóstolo dos gentios afirma que o que aconteceu com os judeus no que tange a não terem visto que o Emanuel estava entre eles foi permitido pelo próprio Deus, isto é, o Senhor vedou os seus olhos para não enxergarem que o Messias estava entre eles. Certamente esta tese defendida por Paulo deve ter provocado pavor nos seus leitores judeus em Roma.

E ENCURVEM-SE-LHES CONTINUAMENTE AS COSTAS. Esta colocação feita por Paulo fala a respeito da situação de escravidão tão profunda em que os judeus se encontravam no tempo em que Cristo se manifestou, mas não escravidão social, porem, no sentido do julgo da lei. O sistema religioso do judaísmo havia se tornado em um fardo tão pesado, ao ponto de provocar debilidade nos seus seguidores, ao ponto de andarem encurvados para baixo, e com isso, não tiveram visão para ver o Cristo.

Romanos 11:8

Romanos 11:8 - Como está escrito: Deus lhes deu espírito de profundo sono, olhos para não verem, e ouvidos para não ouvirem, até ao dia de hoje.

COMO ESTÁ ESCRITO. Continua então o apóstolo Paulo se utilizando das literaturas religiosas dos hebreus para defender suas teses abordadas nesta sua carta, quanto ao que estava acontecendo com os seguidores do judaísmo, já dento da nova dispensação da graça de Deus. Desta forma, o escritor termina nos transmitindo a ideia que os escritos do Novo Testamento têm a confirmação do Velho Testamento e que a nova dispensação implantada por Cristo Jesus conta com o apoio da aliança da lei.

DEUS LHES DEU. São recorrentes as vezes que Paulo defende nesta sua carta aos Romanos que Deus mesmo quem tomou a decisão de rejeitar parte de Israel, porque os judeus eram merecedores da disciplina, para então abrir a porta da graça para os gentios, que também não mereciam a graça alcançada. Assim como o Senhor escolhe quem Ele quer para lhe servir, da mesma forma Ele resolve desprezar quem quer.

ESPÍRITO. É confirmado dentro das páginas da bíblia que o espírito do homem é dado por Deus, e isso pode ser lido já no ato de criação do homem. Gênesis 2:7 - E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra, e soprou em suas narinas o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente. Esta expressão “e soprou em suas narinas o fôlego da vida” é bem aceito por todos os comentaristas que corresponde ao “espírito”.

DE PROFUNDO SONO. Essa é uma metáfora que representava justamente o estado de demência a que se encontrava o povo judeu no tempo em que o Senhor enviou o seu Messias como cumprimento de suas promessas feitas no Antigo Testamento. Os seguidores do judaísmo estavam em profundo sono espiritual, ao ponto de não perceberem que Jesus de Nazaré era o Messias e que o Emanuel estava entre eles.

OLHOS PARA NÃO VEREM. Talvez Paulo esteja falando sobre o que está escrito em Deuteronômio 29:4 - Porém não vos tem dado o Senhor um coração para entender, nem olhos para ver, nem ouvidos para ouvir, até ao dia de hoje. Ou ainda Isaías 29:10 - Porque o Senhor derramou sobre vós um espírito de profundo sono, e fechou os vossos olhos, vendou os profetas, e os vossos principais videntes.

OUVIDOS PARA NÃO OUVIREM. Isaías 6:9-10 - Então disse ele: Vai, e dize a este povo: Ouvis, de fato, e não entendeis, e vedes, em verdade, mas não percebeis. Engorda o coração deste povo, e faze-lhe pesados os ouvidos, e fecha-lhe os olhos; para que ele não veja com os seus olhos, e não ouça com os seus ouvidos, nem entenda com o seu coração, nem se converta e seja sarado. Essas profecias se cumpriram para os judeus.

ATÉ O DIA DE HOJE. O que ocorreu com os judeus e o tratamento hostil que eles deram ao Messias de Deus foi algo estarrecedor, ao ponto de não só rejeitarem ao Cristo de Deus, mas o condenarem a morte horrenda de cruz. Até o dia de hoje, grande parte dos filhos de Israel não acreditam que Jesus de Nazaré era de foto o Messias enviado por Deus. O preço foi alto que os seguidores do judaísmo tiveram que pagar por isso. No entanto, ainda há esperança de que durante a grande perseguição da grande tribulação, Israel vai clamar o socorro do Cristo que eles mataram.

Romanos 11:7

Romanos 11:7 - Pois quê? O que Israel buscava não o alcançou; mas os eleitos o alcançaram, e os outros foram endurecidos.

POIS QUÊ? O QUE ISRAEL. É notório que o escritor continua falando aos seus irmãos e conterrâneos judeus, eles que se achavam melhores do que os demais povos do mundo antigo, por fazerem parte da aliança da lei. E na verdade, os hebreus de princípio, ao conquistarem a terra de Canaã, enquanto se mantinham fieis a legislação de Moisés era o povo especial de Deus, porem, depois que se desviaram do concerto do Senhor, se tornaram iguais aos demais povos, por causa da rebelião e apostasia.

BUSCAVA. De acordo com o pensamento de Paulo, os judeus perderam a essência da lei de Moisés, quando deixaram de confiar no Senhor para confiarem nos seus méritos pessoas, com isso passaram a ser meros hipócritas religiosos, reprovando as demais nações, mas que no fundo no fundo, também se encontravam na mesma condição do que os pagãos. O embotamento da mente religiosa leva o homem ao desvio de Deus.

NÃO ALCANÇOU. A lei de Moisés não era material, mas sim, espiritual, e precisava do tempero da fé, como está escrito que, o justo viverá da fé. Mas os seguidores do judaísmo transformaram a lei de Moisés em letra morta, com suas exigências impraticáveis. Na realidade, os filhos de Israel se esqueceram de que Abraão foi justificado por fé em Deus e não por méritos pessoais, como acontece com os remidos.

MAS OS ELEITOS. Estes eleitos sobre os quais fala o autor dizem respeito aos eleitos segundo a graça de Deus e não por terem capacidade própria para tanto. Certamente Paulo se reporta sobre aqueles que dentre os judeus acharam graça diante de Deus, em que o Senhor lhes deu entendimento para crerem de que Cristo Jesus era o Messias de Deus. Bem como os eleitos também são os gentios remidos por Cristo Jesus, uma vez que, a nova dispensação da graça de Deus é universal e não nacional.

ALCANÇARAM. Bem-aventurados são aqueles que acharam esta graça de Cristo, porque Ele disse: Não me escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós, e vos nomeei. Alcançar o favor divino já dentro do tempo da nova aliança da graça de Deus chegar diante do trono da graça e ser favorecido com todos os benefícios que o evangelho promete aos escolhidos de Deus, tanto judeus quanto gentios também.

E OS OUTROS. Mas nem todos que faziam parte do povo judeu alcançaram a graça de Deus para compreenderem que o simples Jesus de Nazaré era de fato o Messias prometido por Deus, nas Sagradas Escritoras dos hebreus. Por isso que, Ele veio para os que eram seus, e os seus não o receberam. Estes que não reconheceram que Jesus Cristo era o Emanuel de Deus, foram os mesmos que o condenaram a morte de cruz.

FORAM ENDURECIDOS. Nisto se percebe a rejeição ativa de Deus aos incrédulos judeus, como aconteceu com Faraó no Egito, que foi por Deus endurecido em seu coração, a fim de que o poder de Deus fosse manifesto naquela terra. Deus é soberano e Ele faz como lhe apraz, e como tal, Ele chama para seu reino e luz quem lhe agradar, e rejeita também a todos aqueles que não se submetem a sua vontade. Portanto, quem é um eleito de Deus, deve render ao Senhor glória e ações de graças sempre.

Romanos 11:6

Romanos 11:6 - Mas se é por graça, já não é pelas obras; de outra maneira, a graça já não é graça. Se, porém, é pelas obras, já não é mais graça; de outra maneira a obra já não é obra.

MAS SE É POR GRAÇA. O apostolo fala sobre a eleição da graça, como um novo tempo em que o homem é aceito diante de Deus, simplesmente porque foi chamado pela graça de Deus para fazer parte do seu reino e família. Esta graça passou a ser um direito dos remidos de Cristo, quando o próprio Deus resolveu que por méritos pessoas ninguém é digno de chegar perto de sua santidade e glória, então, Cristo cumprindo o sacrifício de expiação em lugar dos escolhidos, Deus nos aceita em Cristo.

JÁ NÃO É POR OBRAS. Não há dúvida que Paulo fala a respeito das obras da lei, conforme era determinado na legislação de Moisés, em que os filhos de Israel eram justificados por cumprirem as exigências da lei. Como as obras da lei se tornaram impraticáveis pelos judeus, visto que o sentimento de rebelião falava mais alto, foi que o Deus de Abraão decidiu que a graça é suficiente para justificar o pecador remido.

DE OUTRA MANEIRA. Quem ler a epístola de Tiago, irmão do Senhor, ele que se tornou a principal liderança da igreja mãe de Jerusalém, pode perceber que aparentemente há contraste entre suas teses e a defesa que Paulo faz da graça que é contra as obras da lei. É bom lembrar que os apóstolos de Jerusalém estavam vivendo um momento de transição entre o judaísmo e o cristianismo defendido por Paulo.

A GRAÇA JÁ NÃO É GRAÇA. Olha o que Paulo escreveu em Romanos 10:4 – Porque o fim da lei é Cristo para justiça de todo aquele que crê. Desde que se manifestou na terra o Messias de Deus, Jesus de Nazaré, que o homem é justificado diante de Deus, não por méritos pessoas, mas pela graça de Cristo. A obra perfeita de redenção realizada pelo Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo é quem salva o homem.

SE, POREM, É PELAS OBRAS. De acordo com a teologia do apóstolo dos gentios, Paulo, o judaísmo era coisa do passando, e com isso, as obras da lei já nãos mais justificavam os filhos de Israel. Todo aquele que por fé aceitava Cristo Jesus como Senhor e Salvador, não precisava mais cumprir as exigências impraticáveis da lei de Moisés. Agora, quem rejeitou a Cristo, continuava de acordo com o antigo regime da lei.

JÁ NÃO É MAIS GRAÇA. Para quem passou a funcionar e ter efeito esta graça do evangelho? Para os judeus que romperam com o regime da lei de Moisés, porque aceitaram a graça derramada por Cristo, bem como para os gentios que também deixaram o politeísmo e a incredulidade para viverem pela fé em Cristo. Do remido de Cristo só se pede que ele creia verdadeiramente no nome de Cristo e na sua redenção.

DE OUTRA MANEIRA A OBRA JÁ NÃO É OBRA. Há um contraste muito grande, entre as promessas da antiga aliança da lei, para o que os remidos de Cristo esperam do evangelho de Cristo. As promessas da lei eram terrenas com garantias para esta dimensão da existência dos hebreus. Enquanto que, as promessas da nova aliança da graça de Deus para os escolhidos são em parte para esta vida, porem, muitas e mais preciosas promessas para a vida eterna. As obras da lei, já não justificam os remidos.

Romanos 11:4-5

Romanos 11:4-5 - Mas que lhe diz a resposta divina? Reservei para mim sete mil homens, que não dobraram os joelhos a Baal. Assim, pois, também agora neste tempo ficou um remanescente, segundo a eleição da graça.

MAS QUE DIZ A RESPOSTA DIVINA? Novamente o autor cita o que aconteceu no caso do profeta Elias em 1 Reis 19:18 - Também deixei ficar em Israel sete mil: todos os joelhos que não se dobraram a Baal, e toda a boca que não o beijou. Como homem, o profeta Elias era limitado e não sabia da realidade. Mas Deus que é Onisciente, Ele tinha pleno conhecimento dos fatos, e Ele próprio tinha guardado os seus escolhidos que não se deixaram se corromper pelo desvio imposto por Jezabel e o rei Acabe.

RESERVEI PARA MIM. Já neste tempo da história de Israel, podemos conjecturar que a escolha de Deus e a sua eleição já estava em ação, o que não dependia dos filhos dos homens, mas sim, de Deus que elege. Vemos nisto o poder de Deus em operação, no sentido de guardar os seus filhos das maldades dos homens ímpios, bem como a ação poderosa do Deus de Israel em proteger aqueles que o servem.

SETE MIL HOMENS. O profeta Elias imaginava que somente ele permanecia fiel ao Deus verdadeiro, conforme 1 Reis 19:10 - E ele disse: Tenho sido muito zeloso pelo Senhor Deus dos Exércitos, porque os filhos de Israel deixaram a tua aliança, derrubaram os teus altares, e mataram os teus profetas à espada, e só eu fiquei, e buscam a minha vida para ma tirarem. No entanto, a contabilidade de Deus era outra.

QUE NÃO DOBRARAM OS JOELHOS A BAAL. Baal era a principal falsa divindade dos moradores de Canaã, antes da conquista da terra prometida pelos filhos de Israel. Ao implantar os descendentes de Abraão na terra prometida, o Senhor determinou que os baalitas fossem eliminados daquele lugar. Porem, com a ascensão de Jezabel como rainha sobre Israel, e ela era uma mulher idólatra, o culto a Baal foi restabelecido.

ASSIM, POIS, TAMBÉM AGORA NESTE TEMPO. O apóstolo dos gentios fala do novo tempo em que Deus estava agindo a favor de Israel, e principalmente em benefício dos gentios, isso por meio da nova aliança da graça de Deus. Verdade é que o foco era o povo hebreu, porque o evangelho diz que, “Ele veio para o que era seu”. Jesus veio para cumprir a lei, e ao mesmo tempo implantar uma reforma profunda no judaísmo.

FICOU UM REMANESCENTE. O Messias de Deus concentrou suas atividades no seu próprio país de Israel, chamou seus primeiros discípulos dentre seus conterrâneos, os judeus, a quem Paulo neste texto chama de remanescente. Verdade é que durante o seu ministério poderoso, o Senhor Jesus arrebanhou multidões que se beneficiavam dos seus milagres, mas foram poucos que permaneceram com Ele até o fim.

SEGUNDO A ELEIÇÃO DA GRAÇA. Esta é uma das principais frases que representa a nova dispensação implantada por Cristo, em que todas as nações do mundo foram beneficiadas. Quem faz parte do reino de Deus só tem a agradecer, porque foi eleito por Deus, não porque tinha méritos próprios para fazer parte da família de Deus, mas porque a graça de Deus é que o Elegeu. Esta graça é um favor não merecido, o que nos faz compreender que, tudo provêm de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo.

Romanos 11:2-3

Romanos 11:2-3 - Deus não rejeitou o seu povo, que antes conheceu. Ou não sabeis o que a Escritura diz de Elias, como fala a Deus contra Israel, dizendo: Senhor, mataram os teus profetas, e derribaram os teus altares; e só eu fiquei, e buscam a minha vida?

DEUS NÃO REJEITOU O SEU POVO. O amor que o Senhor sempre sentiu por Israel nunca diminuiu, até porque Deus é imutável, e Ele não se deixa moldar pelas circunstâncias favoráveis ou desfavoráveis. Deus sempre buscou abençoar em todas as áreas da vida os filhos de Israel, porque o Senhor tomou por sua propriedade os hebreus, desde que os tirou com mão forte os descendentes de Abraão do Egito.

QUE ANTES CONHECEU. Desde o patriarca Abraão, passando por seu filho Isaque e por seu neto Jacó, que o Senhor vinha acompanhando o seu povo nas várias situações pelas quais os filhos de Israel tiveram que atravessar. A peregrinação pelo deserto, durante quarenta anos, em que o Senhor sustentou o seu povo com o maná do céu e com a água das rochas, que o Senhor ficou conhecendo de perto os hebreus.

OU NÃO SABEIS O QUE A ESCRITURA DIZ DE ELIAS. O trecho a que se refere o apóstolo Paulo se encontra em (1 Reis 19:8-18), que trata do momento em que o profeta Elias tendo fugido de Acabe e Jezabel, se escondera em uma caverna, pensando que seria morto. Elias tendo conhecimento da morte dos profetas, pensou que todo o Israel se encontrava desviado dos caminhos de Deus, mas ele se enganou.

COMO FALA A DEUS CONTRA ISRAEL, DIZENDO. Elias fugiu de sua missão em pregar a palavra de Deus para o seu povo, se escondeu em uma caverna, mas Deus veio falar com ele. 1 Reis 19:9 - E ali entrou numa caverna e passou ali a noite; e eis que a palavra do Senhor veio a ele, e lhe disse: Que fazes aqui Elias? Essa pergunta feita a Elias é como se o Senhor quisesse saber do seu profeta se ele estava com medo.

SENHOR, MATARAM TEUS PROFETAS. E o profeta tenta se justificar diante de Deus pelo fato de ter fugido para se esconder de Jezabel. 1 Reis 19:10 - E ele disse: Tenho sido muito zeloso pelo Senhor Deus dos Exércitos, porque os filhos de Israel deixaram a tua aliança, derrubaram os teus altares, e mataram os teus profetas à espada, e só eu fiquei, e buscam a minha vida para ma tirarem. Era algo muito sério.

DERRIBARAM OS TEUS ALTARES. Essa era uma colocação feita pelo profeta Elias que sinalizava o desvio das autoridades de Israel, bem como dos filhos de Israel do seu Deus. Na realidade o que Jezabel desejava fazer era banir de Israel a adoração ao Deus de Abraão, Isaque e Jacó, implantando o politeísmo e a idolatria como sentimento religioso para o povo de Deus, o que o profeta Elias não aceitava de modo algum.

E SÓ EU FIQUEI, E BUSCAM A MINHA VIDA? Esse era o pensamento limitado que dispunha o homem de Deus naquele momento difícil de sua vida. A verdade é que muitos profetas já haviam morrido. Agora, Jezabel queria matar a Elias, 1 Reis 19:2-3 - Então Jezabel mandou um mensageiro a Elias, a dizer-lhe: Assim me façam os deuses, e outro tanto, se de certo amanhã a estas horas não puser a tua vida como a de um deles. O que vendo ele, se levantou e, para escapar com vida, se foi.

Romanos 11:1

Romanos 11:1 - Digo, pois: Porventura rejeitou Deus o seu povo? De modo nenhum; porque também eu sou israelita, da descendência de Abraão, da tribo de Benjamim.

DIGO, POIS. Tendo, pois, o apóstolo falado sobre o passando e o presente dos filhos de Israel, e ficamos sabendo que a situação dos judeus não era nada boa, porque deixaram de seguir os mandamentos de Deus e rejeitaram o seu Messias. Neste capítulo onze de sua carta, Paulo fala um pouco sore o futuro de Israel como nação, afirmando que, durante um longo tempo, justamente o período da graça aos gentios, os hebreus incrédulos serão rejeitados, para então, depois serem aceitos novamente.

PORVENTURA REJEITOU. Tudo que vinha ocorrendo com o povo judeu, desde o cativeiro assírio, passando pelo cativeiro babilônico, além do domínio romano sobre os filhos de Israel, não era que o Senhor desejasse isso para o seu povo, mas era uma medida de correção disciplinadora, para que os hebreus se voltassem para o seu Deus. O problema não estava em Deus, mas sim, no sentimento de rebelião de Israel.

DEUS O SEU POVO? Desde que o Senhor chamou a Abraão para viver na sua presença e ser fiel, que o Deus de Israel deu todas as provas do seu amor pelo seu povo. O Criador de todas as coisas fez por Israel o que não fez em favor de nenhum outro povo do planeta terra, e isso foi comprovado com o resgate dos hebreus da terra da escravidão o Egito, cumprindo a promessa de colocar o seu povo em Canaã.

DE MODO NENHUM. A vinda planejada do Messias de Deus, Jesus de Nazaré, que também era o Emanuel, Deus entre os homens, foi à execução de um plano glorioso da parte de Deus para os filhos de Israel. A boa vontade de Deus para os hebreus era abençoar ricamente os filhos de Israel por meio de Cristo Jesus, por isso que o evangelho afirma que Cristo veio para o que era seu. Jesus era o Messias prometido. Ao enviar seu filho Jesus para o seu povo, Israel, Deus só queria o bem dos judeus.

PORQUE TAMBÉM EU SOU ISRAELITA. O apóstolo dos gentios não negava sua nacionalidade, porque ele amava os hebreus de coração, alma e espírito. No começo de seu ministério, logo após ter sido chamado por Cristo, Paulo até foi até o país de Israel, quem sabe desejando exercer seus trabalhos evangelísticos entre os judeus. E sempre que chegava em uma nova cidade, procurava logo, uma sinagoga judaica.

DA DESCENDÊNCIA DE ABRAÃO. Essa era uma marca que todo judeu verdadeiro procurava mostrar, que era as suas origens no patriarca mais respeitado dos hebreus, que era o patriarca Abraão. Há quem diga que o apóstolo aonde chegava, na presença do povo hebreu, ele falava da sua circuncisão, que era o sinal evidente de um verdadeiro Israelita. E quando os seus conterrâneos duvidavam, então, ele provava.

DA TRIBO DE BENJAMIM. Não há dúvida que Paulo tinha consigo algum tipo de documento oficial comprovando suas origens. O evangelho declara que ele, antes de se converter ao cristianismo fazia parte da elite religiosa e social do povo judeu, uma vez que ele era um fariseu de carteirinha. O povo hebreu tinha a sua subdivisão em tribos, e Paulo era da tribo de Benjamim. Circuncidado ao oitavo dia, da linhagem de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu de hebreus; segundo a lei, fui fariseu.

Romanos 10:20-21

Romanos 10:20-21 - E Isaías ousadamente diz: Fui achado pelos que não me buscavam, Fui manifestado aos que por mim não perguntavam. Mas para Israel diz: Todo o dia estendi as minhas mãos a um povo rebelde e contradizente.

ISAÍAS OUSADAMENTE DIZ. O profeta Isaías foi muito usado por Deus para falar a respeito do Messias prometido, bem como sobre o novo tempo da dispensação da graça em que Deus iria estabelecer futuramente com todas as nações do mundo. A mensagem deste profeta messiânico não agradou aos príncipes da nação de Israel, porque falava da rejeição daquela nação, e que Deus trataria com benignidade os povos que para Israel seriam estranhos aos concertos de Deus com o seu povo.

FUI ACHADO. Como os judeus eram um povo ciumento no que diz respeito a monopolizarem a fé em Deus, não há dúvida que Isaías deve ter enfrentado problemas com os hebreus, por conta desta sua declaração. Como a incredulidade reinava sobre o coração dos filhos de Israel e a cegueira espiritual era muito grande, os judeus não deram crédito a tais palavras do profeta, que veio a se cumprir mais tarde.

PELOS QUE NÃO ME BUSCAVAM. A verdade sobre os gentios, antes da vinda de Cristo é que as demais nações do mundo não acreditavam no Deus único e verdadeiro, Criador dos céus e da terra, porque os pagãos sempre se deixaram levar pelo ateísmo, pela incredulidade e pela idolatria. Cada nação mais antiga tinha suas próprias divindades, e não buscava a Deus, Mas Cristo mudou esta estatística pela sua graça.

FUI MANIFESTADO AOS QUE POR MIM NÃO PERGUNTAVAM. O Espírito de Cristo falava por meio do profeta ao afirmar, antes mesmo de sua chegada a terra, que se voltaria para os gentios. Por isso que o Cristo de Deus também é chamado de Redentor da humanidade, porque ele veio ao mundo para estabelecer uma nova aliança da graça de Deus, não somente com Israel, mas sim com todos os povos do mundo.

MAS PARA ISRAEL DIZ. Neste caso, o apóstolo Paulo cita o que está registrado no profeta Isaías 65:2 - Estendi as minhas mãos o dia todo a um povo rebelde, que anda por caminho, que não é bom, após os seus pensamentos. Esta era uma mensagem de juízo para os filhos de Israel, que já não mais guardavam os mandamentos da legislação de Moisés nem tão pouco davam ouvidos as advertências dos profetas.

TODO O DIA ESTENDI MINHAS MÃOS A UM POVO. O Senhor encontrou os filhos de Israel no Egito como escravos, sendo maltratados pelos seus dominadores, os tirou com mão forte e braço estendido da casa da servidão, os implantou em uma terra boa, que manava leite e mel. Mas o povo judeu deram as costas ao seu Deus, abandonando seus estatutos e desprezando sua palavra e a voz dos seus muitos profetas.

REBELDE E CONTRADIZENTE. Desde o deserto, de quando da peregrinação de quarenta anos com Moisés, que os filhos de Israel vinham sendo dominados pelo sentimento de rebeldia. Depois da posse da terra prometida, não se comportaram de outra maneira, porque tinham prazer em contrariar ao seu Deus, fazendo coisas que desagradavam ao seu Criador. Os cativeiros assírio e babilônico, bem como o domínio dos romanos sobre os judeus, se deram como consequência da desobediência deles.

Romanos 10:19

Romanos 10:19 - Mas digo: Porventura Israel não o soube? Primeiramente diz Moisés: Eu vos porei em ciúmes com aqueles que não são povo, Com gente insensata vos provocarei à ira.

MAS DIGO: PORVENTURA ISRAEL. Não tem como dizer que a mensagem de Paulo, não seja diretiva aos seus conterrâneos, os judeus, que precisavam de conselhos da parte do Senhor, no sentido de se converterei de verdade ao cristianismo, até para que reparassem o grande erro cometido, ao rejeitarem ao seu Messias, Jesus de Nazaré. Antes da vinda de Cristo, Israel foi um dos povos antigos mais privilegiados que se possa imaginar, porque recebeu luz o suficiente para seguir o plano de Deus.

NÃO SOUBE? Desde o seu primeiro representante, e um dos mais importantes ilustres daquela nação, chamado Abraão, que os hebreus receberam o conhecimento da vontade de Deus. E a lei de Moisés foi a mais perfeita revelação, para a sua época, que um povo poderia receber do seu Deus, porque na legislação de Moisés havia estatutos para todas as áreas da vida daquele povo, principalmente para as atividades religiosas.

PRIMEIRAMENTE DIZ MOISÉS. O grande legislador, Moisés, foi chamado e preparado do Deus para ser um canal das revelações de Deus ao seu povo, Israel. Aquele patriarca era um homem preparado em todas as ciências de um país, o Egito, que na época era primeira potência mundial. Além do mais, Moisés tinha uma comunhão muito estreita com Deus, é tanto que, Deus falava diretamente com ele, face a face.

EU VOS POREI EM CIÚMES. Paulo faz uma interpretação do que Moisés escreveu em Deuteronômio 32:21 - A zelos me provocaram com aquilo que não é Deus; com as suas vaidades me provocaram à ira: portanto eu os provocarei a zelos com o que não é povo; com nação louca os despertarei à ira. Israel era o povo escolhido, deveria amar a Deus acima de qualquer coisa, mas chegaria o tempo que se desviaria de Deus.

COM AQUELES QUE NÃO SÃO POVOS. O apóstolo dos gentios ver nesta passagem dos escritos de Moisés uma profecia escatológica para um futuro que já era realidade em seu tempo. Não há dúvida que estão em foco os gentios, ou as demais nações do mundo, que durante a velha dispensação da lei de Moisés, não estavam ligadas por nenhuma aliança com Deus, mas que agora estavam sendo alcançadas por Cristo.

COM GENTE INSENSATA. Os judeus se achavam os mais sábios dentre todos os povos da terra, e na verdade tinham mais que motivos para isso, porque os hebreus tinham as leis mais perfeitas do planeta terra. Porem, as demais nações do mundo antigo eram consideradas pelos descendentes de Abraão, Isaque e Jacó, como povos insensatos, porque não serviam ao Deus único e verdadeiro, criador de todas as coisas.

VOS PROVOCAREI À IRA. A vinda do Messias de Deus foi na realidade o cumprimento deste tema escatológico abordado por Moisés, e que os filhos de Israel não perceberam. A implantação da nova dispensação da graça de Deus com a humanidade, tirou o foco de Israel, que era até então chamado o povo de Deus, para a igreja de Cristo, que é o novo Israel de Deus, composta de pessoas de todos os povos do mundo. O arrebatamento da igreja vai despertar Israel sobre o Messias, que é Jesus.

Romanos 10:18

Romanos 10:18 - Mas digo: Porventura não ouviram? Sim, por certo, pois Por toda a terra saiu a voz deles, E as suas palavras até aos confins do mundo.

MAS DIGO. Paulo era uma testemunha vida do que ele declara neste versículo de sua carta. Israel conhecia muito bem a legislação de Moisés, os profetas de Deus também deram seu recado a suas respectivas gerações. E já no novo tempo da dispensação da graça de Deus muitos foram os que testemunharam do evangelho da libertação, desta forma, ninguém tinha mais desculpa em dizer que não tinha conhecimento dos conselhos de Deus. Não obedeciam as verdades do evangelho, quem não queria.

PORVENTURA NÃO OUVIRAM. Há muito tempo que o Senhor vinha levantando os seus profetas, no sentido de alertar aos filhos de Israel sobre a vinda do seu Messias, bem como o tema da nova dispensação já era também conhecido dos hebreus. Antes mesmo da manifestação do Cristo de Deus, o Senhor mandou o seu precursor, João Batista, a voz que clamava no deserto, falando e pregando a palavra de Deus.

SIM, POR CERTO. Os judeus rejeitaram ao seu Messias porque eram obstinados mesmo e estavam de mente cauterizada para não darem ouvido a voz dos atalaias de Deus. Mas a verdade é que o evangelho chegou a todos os recantos de Israel. Assim como também as demais nações do mundo estavam sendo bombardeadas com as boas novas do evangelho por meio do ministério de Paulo e seus amigos de ministério.

POIS POR TODA A TERRA. Acredita-se que já no tempo de Cristo isto teve o seu fiel cumprimento, no que diz respeito ao país de Israel. E um pouco mais a frente, já no primeiro século de nossa era cristã, isto também era uma realidade, porque os apóstolos de Jerusalém evangelizavam a Palestina, e Paulo e seus amigos de ministério levavam a boa semente do evangelho de Cristo, as demais nações do mundo. Cristo ainda quando na terra, mandou que os seus servos pregassem o evangelho no mundo.

SAIU A VOZ DELES. A título de hoje, são os mais diversificados os meios pelos quais o evangelho é difundido em todo o planeta terra, tais como: Os livros e revistas que são publicas por escrito, e ainda a internet que é uma ferramenta poderosa para se publicar o evangelho da verdade. Porem, na época de Paulo, o evangelho era pregado ao vivo, por aqueles que usavam a sua voz para falar de Cristo e do seu evangelho.

E AS SUAS PALAVRAS. É provável que o apóstolo dos gentios se refira as palavras dos profetas de Deus, de João Batista, do próprio Senhor Jesus, que não escreveu de punho nenhum livro, mas que durante seu ministério usou de forma intensa o seu ministério de pregação para falar dos planos de Deus. Além dos apóstolos de Cristo que não cessavam de anunciar o evangelho de Cristo, como também Paulo, o pioneiro.

ATÉ OS CONFINS DO MUNDO. Lucas 24:47 - E em seu nome se pregasse o arrependimento e a remissão dos pecados, em todas as nações, começando por Jerusalém. Marcos 16:15 – Desse Jesus, ide por todo o mundo, e pregai o evangelho a toda a criatura. Atos 1:8 – E recebereis poder ao vir sobre vós o Espírito Santo, e ser-me-eis testemunha, tanto em Jerusalém, como em toda a Judeia, em Samaria e até os confins da terra. Hoje esta palavra profética e escatológica tem seu fiel cumprimento.

Romanos 10:16-17

Romanos 10:16-17 - Mas nem todos têm obedecido ao evangelho; pois Isaías diz: Senhor, quem creu na nossa pregação? De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus.

MAS NEM TODOS TÊM OBEDECIDO. No caso dos judeus, poucos foram aqueles que ouviram a João Batista, a Jesus Cristo e aos seus apóstolos. A grande maioria dos que procuravam a Jesus era por outros motivos, tais como as curas, os milagres e outros apenas para saciar a fome, mas não por que acreditassem que Jesus era o Messias prometido do Deus. Se os hebreus tivessem obedecido às profecias messiânicas não teriam rejeitado ao Filho de Deus, o que trouxe inumeráveis prejuízos para os judeus.

AO EVANGELHO. Paulo afirma que o evangelho é o poder de Deus para todo aquele que crer, tanto judeus como gentios. Podemos dizer que este evangelho citado por escritor é tudo aquele que as Escrituras falam sobre o Cristo de Deus bem como tudo que envolve a nova dispensação da graça de Deus com a humanidade. Portanto, o evangelho já era pregado ainda no tempo da velha dispensação da lei de Moisés.

POIS ISAÍAS DIZ: SENHOR, QUEM DEU CRÉDITO. Paulo faz referência ao que está escrito em Isaías 53:1 - Quem deu crédito à nossa pregação? E a quem se manifestou o braço do Senhor? Este capítulo cinquenta e três do profeta Isaías é absolutamente messiânico em sua essência, porque já falava do ministério de Cristo em prol da humanidade, e apresenta o Cordeiro de Deus como Redentor do seu rebanho amado.

A NOSSA PREGAÇÃO. De forma que, o profeta Isaías já falava a respeito do Messias de Deus, bem como os demais profetas também, além da própria lei de Moisés e muitos outros escritos das literaturas religiosas dos hebreus já falavam a respeito da nova aliança da graça de Deus. Lamentavelmente, os filhos de Israel não deram crédito à pregação dos que já falavam a respeito do Messias e da nova dispensação.

DE SORTE QUE A FÉ. O apóstolo dos gentios fala a respeito da fé cristã, que deve estar depositada no nome do Cristo de Deus, bem como em tudo que diz respeito a obra perfeita de redenção realizada pelo Cordeiro de Deus que tira o peado do mundo e também em tudo que nos fala a nova dispensação da graça de Deus. Esta é a fé que nos justifica diante da justiça de Deus, a mesma fé de Abraão nosso pai.

VEM PELO OUVIR. Os judeus não quiseram ouvir o que estava escrito a respeito de Cristo e da nova dispensação, na lei, nos salmos e nos profetas, por isso não tiveram condições e dignidade para crerem que Jesus de Nazaré era o Messias de Deus. Mas os poucos que creram, estavam seguindo ao cristianismo, assim como os gentios que estavam recebendo de bom grado a mensagem poderosa e liberadora do evangelho.

E O OUVIR PELA PALAVRA DE DEUS. O evangelho é em essência a palavra de Deus, portanto, quem escuta e dá crédito a mensagem do evangelho, pode ter certeza de que está recebendo a palavra de Deus. O primeiro século de nossa era cristã foi pioneiro na divulgação deste evangelho de Cristo, e Paulo foi um dos principais mensageiros da palavra de Deus daquela época, uma vez que, como missionário transcultural levou as boas novas do evangelho de Cristo nem todo o mundo gentílico.

Romanos 10:15

Romanos 10:15 - E como pregarão, se não forem enviados? como está escrito: Quão formosos os pés dos que anunciam o evangelho de paz; dos que trazem alegres novas de boas coisas.

E COMO PREGARÃO. No caso de Israel, certamente o autor pensa nos dois cativeiros, assírio e babilônico, em que os hebreus foram transportados para outras ações, e que tiveram a oportunidade de em terras estranhas pregarem sobre o Deus de Abraão. Porem, segundo a crítica de Paulo aos judeus é que os filhos de Israel não glorificaram ao nome do Senhor, pelo contrário, deixaram que os gentios, ou as demais nações do mundo blasfemassem do seu Deus, culpando ao Senhor e não aos judeus por tal situação.

SE NÃO FOREM ENVIADOS? Portanto, Israel não cumpriu de forma digna a missão estrangeira que Deus lhes permitiu que lhes acontecessem. Já no que diz respeito aos missionários Cristãos, e Paulo era um exemplo deles, estavam cumprindo com sucesso as determinações de Cristo, quanto a fazer missões transculturais, cumprindo assim o ide imperativo de Cristo Jesus, Ele disse: Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho.

COMO ESTÁ ESCRITO. Muitas são as vezes que o apóstolo Paulo faz esta colocação em seus escritos, mas principalmente nesta sua carta aos Romanos. Por isso que, vários dos comentaristas do Novo Testamento declaram que o destino desta correspondência de Paulo eram os judeus que moravam em Roma, fossem eles convertidos ao cristianismo ou não, isso porque os hebreus acreditavam muito nos escritos de suas literaturas religiosas.

QUÃO FORMOSOS OS PÉS. Paulo cita o que está registrado em Isaías 52:7 - Quão formosos são, sobre os montes, os pés do que anuncia as boas novas, que faz ouvir a paz, do que anuncia o bem, que faz ouvir a salvação, do que diz a Sião: O teu Deus reina! Não há dúvida de que o profeta Isaías falava em termos escatológicos para um futuro que veio a se cumprir efetivamente já dentro do tempo da nova dispensação da graça de Deus.

DOS QUE ANUNCIAM A PAZ. Estes são todos aqueles que pregam sobre a verdadeira reconciliação com Deus, tempo este inaugurado por Cristo Jesus, por meio da sua propiciação ou sacrifício de expiação, que o Cordeiro de Deus executou em prol da humanidade, e que a sua igreja remida desfruta de verdade com Deus. Esta paz da qual fala Paulo nos ensina sobre o acesso que temos ao trono da graça, bem como da salvação.

DOS QUE TRAZEM ALEGRES NOVAS. Dos que trazem boas novas, porque esta é uma das definições do verdadeiro evangelho de Cristo. O evangelho é boas novas, porque fala do plano da salvação de Cristo para toda a humanidade, e que a sua igreja amada é a mais favorecida. Bem-aventurados são aqueles que têm o privilégio de serem anunciadores das boas novas do evangelho de Cristo, cumprindo com dignidade o ide de Cristo Jesus.

DE BOAS COISAS. Tudo que envolve a missão de Cristo, já realizada com sucesso absoluto, são coisas boas para todas as nações do mundo, uma vez que, a nova dispensação da graça de Deus proporciona oportunidade para toda a humanidade se reconciliar com Deus. Deus abriu a porta da graça para todos, basta os filhos dos homens crerem no nome de Cristo Jesus, como sendo o Messias de Deus, enviado a este mundo para trazer o homem de volta aos braços do Pai.

Romanos 10:14

Romanos 10:14 - Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? e como crerão naquele de quem não ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue?

COMO, INVOCARÃO. O povo hebreu aprendeu com os patriarcas Abraão, Isaque e Jacó de como invocar o nome do Senhor, porque o próprio Deus buscou ter comunhão com seu amigo Abraão. Mas os gentios não tiveram este mesmo privilégio, pelo contrário, as demais nações do mundo foram ensinadas pelos seus líderes religiosos e políticos que deveriam adorar e venerar aos ídolos, as imagens de esculturas e as falsas divindades, além dos próprios líderes políticos que eram endeusados.

AQUELE EM QUEM. Paulo fala do Deus que tirou o seu povo do Egito, da casa da servidão com mão forte e com braço estendida, e que implantou Israel em Canaã, terra que manava leite e meu. O mesmo Deus fiel, que cumpria sua promessa feita a Abraão, e que se comprometeu a abençoar ricamente o seu povo, se eles dessem ouvido aos seus conselhos através da sua aliança, que mandara por meio de Moisés.

NÃO CRERAM? Percebe-se, ainda que indiretamente uma crítica do apóstolo aos seus irmãos judeus, porque eles não cumpriram seu papel como deveriam, em honrarem o nome de Deus diante das demais nações do mundo antigo. Se Israel tivesse sido fiel ao seu Deus como determinava a legislação de Moisés, sistematicamente os demais povos teriam se rendido ao Deus verdadeiro crendo Nele, por ver Israel abençoado.

E COMO CRERÃO NAQUELE. Os judeus tinham uma função missionária e de representação muito importante para o mundo antigo, como os remidos de Cristo tem nos dias de hoje para o mundo. Os dois cativeiros, assírio e babilônico, além do domínio de Roma sobre os hebreus se constituiu em uma vergonha para os judeus, porque as demais nações ridicularizavam com eles, dizendo: Cadê o vosso Deus, em quem vocês tanto confiam? E o nome de Deus era blasfemado por causa dos judeus.

DE QUEM NÃO OUVIRAM? Israel não honrou o nome de Deus como era o seu dever, não serviu de testemunho iluminador para os povos antigos, pelo contrário envergonharam o nome do seu Deus. Mesmo em terras estranhas, não falaram das grandezas do seu Deus, porque poucos dos judeus deram testemunho do Senhor, como fez Mardoqueu, Daniel e seus amigos, Sadraque, Mesaque e Abednego.

E COMO OUVIRÃO. Já que Deus permitiu que o seu povo fosse levado cativo para outros países, então, os judeus deveriam servir de luz para os gentios, mostrando de que o Deus a quem eles serviam era o Deus Todo-poderoso. Os cativeiros permitidos por Deus para o seu povo deveria servir de testemunho, a fim de que as demais nações ouvissem falar das grandezas do Deus de Israel, como aconteceu lá no Egito.

SE NÃO HÁ QUEM PREGUE. Mas, os judeus ficaram calados, e não honraram ao nome do Senhor como deviam. Muitos se acomodaram e não buscaram ao Deus que os havia libertado do Egito. Nota-se a importância dos ministros do evangelho diante da sociedade onde vivem, porque como representantes do reino de Deus devem influenciar positivamente outras pessoas quanto à pessoa de Cristo. Precisamos pregar o evangelho para aquelas pessoas que ainda não tiveram um encontro com Cristo.

Romanos 10:12-13

Romanos 10:12-13 - Porquanto não há diferença entre judeu e grego; porque um mesmo é o Senhor de todos, rico para com todos os que o invocam. Porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.

PORQUANTO NÃO HÁ DIFERENÇA. Antes da vinda do Messias de Deus, sim, havia uma diferença gritante dos povos quanto à comunhão e acesso da Deus. Mas com a vinda de Cristo, tudo mudou e mudou para melhor para todos os povos do mundo. O evangelho declara que Cristo derribou a parede de separação que havia no meio entre os hebreus e as demais nações do mundo, os chamados gentios. Cristo como Mediador de uma nova aliança, Ele estabeleceu a reconciliação de todos com Deus.

ENTRE JUDEU. No caso do tempo da antiga dispensação ou no tempo da antiga aliança da lei, somente os judeus foram favorecidos com o pacto mosaico, em que o tratado era nacionalista e exclusivista com os filhos de Israel. Com a manifestação do Emanuel de Deus, Jesus Cristo, então, a relação de Deus com os judeus passou a ser igual com todos os demais povos de todo o planeta terra, é isso que declara o evangelho.

E GREGO. Na antiga aliança da lei, os gregos ou gentios ficavam de fora da aliança mosaica, por isso que os judeus afirmavam de que os gentios não tinham direito as bênçãos de Criador de todas as coisas. Os gregos sobre os quais fala o escritor eram os pagãos que não participavam do judaísmo, e nem queriam saber de Deus, por isso que está escrito, fui achado por um povo que não me procurava, diz o Deus de Israel.

PORQUE UM MESMO É O SENHOR DE TODOS. Antes da vinda de Cristo, somente os judeus invocavam ao Deus verdadeiro, porque aprenderam isso com Abraão, Isaque e Jacó. As demais nações ou povos do mundo, não adoravam, nem serviam e nem amavam ao Deus de Israel, porque os gentios sempre foram enganados pela idolatria, ou politeísmo, com a adoração e veneração aos ídolos e as imagens de esculturas.

RICO PARA COM TODOS OS QUE O INVOCAM. Notamos nesta colocação de Paulo a importância da obra de Cristo em prol de todos os povos do mundo, incluindo também os judeus, porque a propiciação e expiação de Cristo criou um novo ambiente de reconciliação e paz entre Deus e os filhos dos homens. Agora, todo aquele que crer em Cristo Jesus tem livre acesso ao trono da graça e ter comunhão com Deus.

PORQUE TODO AQUELE QUE INVOCAR O NOME DO SENHOR. Este “Senhor” sobre o qual escreve o apóstolo dos gentios, tanto se refere a Deus, o Deus de Israel, como também ao Senhor Jesus Cristo. Mas como ninguém chegará diante de Deus, se não for por Jesus Cristo, Ele que é o único Mediador entre Deus e os homens, há quem diga que neste caso, o pensamento de Paulo estava focado em Cristo Jesus, o Salvador.

SERÁ SALVO. Percebe-se o quanto ficou elevado o conceito de salvação já dentro da nova aliança da graça de Deus para com a humanidade. No tempo da lei de Moisés, os filhos de Israel por mais que se esforçassem, não conseguiram por méritos próprios cumprirem todas as exigências da lei. Mas vindo Cristo, Ele facilitou o acesso a Deus, proporcionando que os seus remidos sejam abençoados pelos céus, além e principalmente proporcionando a salvação e vida eterna aos seus escolhidos.

Romanos 10:10-11

Romanos 10:10-11 - Visto que com o coração se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação. Porque a Escritura diz: Todo aquele que nele crer não será confundido.

VISTO QUE COM O CORAÇÃO. Paulo faz uma defesa forte em prol do cristianismo, diante de seus leitores judeus, ao afirmar que a religião fundada por Cristo é diferente do tradicional judaísmo de Israel. Porque conforme a legislação de Moisés, o judeu tinha que mostrar as obras exteriores da lei, como justificativa de que era de fato um seguidor do judaísmo. Já no cristianismo, não precisa o homem mostrar para os outros que segue a Cristo, mas neste caso a fé é algo construído no coração de cada um.

SE CRER PARA A JUSTIÇA. A fé que justifica o remido de Cristo não é algo exterior, como faziam os seguidores do judaísmo, que diante da sociedade judaica tinham que ser até certo ponto hipócritas, para então provar que faziam parte da sociedade religiosa do judaísmo. A fé é algo misterioso, em que não se ver com os filhos físicos, mas que representa a plena confiança do eleito de Cristo, no seu Senhor e Salvador.

E COM A BOCA. A fé é dentro do coração, agora, ela se manifestava por meio da confissão pública, não por obras de justiça própria do escolhido de Cristo, mas com o testemunho de que Jesus era de fato o Messias de Deus. Muitos dos cristãos primitivos foram levados perante as autoridades judaicas ou romanas como prova de fé, no sentido de que negassem o nome de Cristo e blasfemassem contra o Senhor.

SE FAZ CONFISSÃO PARA A SALVAÇÃO. Porem, os verdadeiros discípulos do Senhor Jesus, não negavam a sua fé no nome do Senhor Jesus, como sendo o Messias de Deus, por isso que muitos foram mortos em defesa da sua confissão de fé em Cristo. Portanto, era crença comum entre os seguidores do cristianismo que, todos aqueles que morressem em defesa da fé em Cristo Jesus, eram dignos da vida eterna.

PORQUE A ESCRITURA DIZ. Esta é uma frase recorrente de Paulo nesta sua carta aos Romanos, como confirmação de que tudo que estava acontecendo, quanto a pessoa de Jesus Cristo, bem como o modo operante da nova dispensação, tinha o apoio das Escrituras mais antigas das literaturas religiosas dos hebreus. Esta faceta utilizada por Paulo também revestia de autoridade suas teses, principalmente diante dos judeus.

TODO AQUELE QUE NELE CRER. “Nele” fala sobre Jesus de Nazaré, o Messias prometido por Deus, conforme as profecias messiânicas do Velho Testamento, que também era o Emanuel de Deus, ou seja, Deus entre os homens. Todo aquele que tem fé em Cristo Jesus e em sua obra perfeita e poderosa de redenção, ganha o direito a salvação e vida eterna, porque passa a ser justificado diante da justiça de Deus.

NÃO SERÁ CONFUNDIDO. O apóstolo dos gentios assegura que, os remidos de Cristo estão firmes nas mãos do Salvador da humanidade, e com isso podem ficar tranquilos que não serão envergonhados. A forma como Deus opera por meio da nova dispensação e pela obra já realizada de redenção do Senhor Jesus gera no coração dos seus escolhidos a segurança de que vamos ser herdeiros da salvação. O que Deus oferece a humanidade de forma gratuita é algo mais que fantástico, é só bênção.

Romanos 10:9

Romanos 10:9 - A saber: Se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo.

A SABER: SE COM A TUA BOCA. Verdade é que muitos dos judeus creram que o Senhor Jesus era o Messias de Deus, mas por causa das perseguições dos líderes do judaísmo, não confessavam publicamente sua fé em Cristo Jesus. A bíblia fala de multidões que foram beneficiadas pelas virtudes do Senhor Jesus, com Milagres, prodígios e sinais que Ele operava em favor dos necessitados, porem, estes mesmos o negaram na hora da condenação, quando autorizaram sua crucificação na cruz.

CONFESSARES. O Senhor Jesus foi um guerreiro por enfrentar todas as autoridades religiosas de Israel, bem como as autoridades políticas de Roma, quando veio realizar a implantação da nova dispensação da graça de Deus. E o que Ele esperava dos seus conterrâneos hebreus era de que confessassem diante dos líderes do judaísmo de que Ele era o Messias prometido por Deus, e ainda o Mesmo Emanuel, Deus conosco.

AO SENHOR JESUS. Os apóstolos de Jerusalém também demostraram grande coragem ao continuarem a obra do cristianismo em todo o Israel, e o apóstolo Paulo foi igualmente um lutador pela causa do Mestre, porque aonde ele chegava, procurava uma sinagoga judaica, e quando tinha oportunidade, confessava que Jesus Cristo era o Messias de Deus. Confessar a Jesus é dizer que Ele é nosso Senhor e Salvador.

E EM TEU CORAÇÃO CRERES. Enquanto os méritos pessoas, tais como as obras da lei era o elemento essencial da lei de Moisés, o que reprovava os seguidores do judaísmo, por não conseguirem cumprir as exigências da lei. No cristianismo, o elemento humano que leva o homem a ter paz com Deus é a sua fé. Porque a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que não se veem. Razão porque Paulo fala da fé no coração, porque a confiança em Deus é algo indispensável.

QUE DEUS O RESSUSCITOU. A ressurreição de Cristo passou a ser a base da fé cristã nos seus começos, porque se Cristo não tivesse ressuscitado, a fé dos seus seguidores seria em vão. Quando se diz que Deus foi quem ressuscitou a Cristo, isso nos fala da forma como Deus o exaltou soberanamente, e o ato da ressurreição do Filho de Deus foi só o começo de como o Pai engrandeceu e glorificou o seu Cristo.

DENTRE OS MORTOS. Este fato também era importante para o testemunho de que Cristo estava sentado à destra de Deus, uma vez que, poderia ser que alguém, tais como as autoridades judaicas ou romanas viessem a dizer que Cristo Jesus não havia morrido. Jesus morreu, ficou três dias no seio da terra, transportou os que estavam no seio de Abraão para o paraíso e desceu ao hades para pregar no inferno a sua vitória.

SERÁS SALVO. A fé no coração e a confissão pública são condições indispensáveis para que alguém encontre a graça salvadora de Deus. Portanto, de acordo com a declaração e defesa do evangelho de Cristo, a salvação tem começo na vida de um ser humano a partir de que tal pessoa crer no Senhor Jesus e passa a confessa-lo como Senhor e Salvador. Esta mesma salvação tem prosseguimento na partida desta vida para a outra com Cristo, e principalmente na eternidade, o que se traduz por vida eterna.

Romanos 10:7-8

Romanos 10:7-8 - Ou: Quem descerá ao abismo? (isto é, a tornar a trazer dentre os mortos a Cristo). Mas que diz? A palavra está junto de ti, na tua boca e no teu coração; esta é a palavra da fé, que pregamos.

OU: QUEM DESCERÁ AO ABISMO? O versículo sete faz menção ao que escreveu Moisés em Deuteronômio 30:13 - Nem tampouco está além do mar, para dizeres: Quem passará por nós além do mar, para que no-lo traga, e no-lo faça ouvir, para que o cumpramos? Sendo que Paulo faz um trocadilho de palavras para adaptar essa mensagem ao que realmente ele tencionava dizer aos seus leitores. No caso, o autor fala em abismo, em vez de mar, para então falar a respeito de Cristo Jesus.

ISTO É, A TORNAR A TRAZER DENTRE OS MORTOS. No caso do texto escrito por Moisés, o patriarca desejava dizer para os filhos de Israel que eles não precisavam ir a outro país em busca de uma outra legislação, porque eles tinham a melhor lei possível. No caso dos judeus ou gentios da nova dispensação, eles contavam com o evangelho que de princípio foi pregado por Cristo e pelos líderes do cristianismo.

A CRISTO. No caso da intenção de Paulo em escrever para os judeus, seus leitores, eles não precisavam de que Cristo ressuscitasse mais uma vez, voltar de entre os mortos, porque isso já havia acontecido, e Ele foi visto pelos seus apóstolos e por mais de quinhentos irmãos. É provável que os judeus diziam: Se Ele ressuscitar de entre os mortos, então, nos cremos que Ele é efetivamente o Messias prometido por Deus.

MAS QUE DIZ? A PALAVRA ESTÁ JUNTO DE TI. Agora, o apóstolo dos gentios fala do que está escrito em Deuteronômio 30:14 - Porque esta palavra está mui perto de ti, na tua boca, e no teu coração, para a cumprires. O evangelho das boas novas de Cristo era uma mensagem que se difundia cada vez mais, principalmente entre o povo de Israel, desde os profetas messiânicos, passando por João Batista, por Jesus, pelos seus apóstolos de Jerusalém e por Paulo e os demais líderes do cristianismo.

NA TUA BOCA E NO TEU CORAÇÃO. Entre os judeus era só no que se falava, até mesmo os que ainda não confessavam o nome de Cristo como sendo o Messias de Deus era só o que se comentava, porque tudo que aconteceu com o Filho de Deus teve uma repercussão muito grande em Israel. Depois da morte e ressurreição de Jesus Cristo, houve uma cobrança muito grande pelo que fizeram com o Cristo de Deus.

ESTA É A PALAVRA DA FÉ. Com a implantação da nova aliança da graça de Deus por Cristo Jesus, o Messias de Deus, não mais devia prevalecer às exigências da lei de Moisés, como regras para se agradar a Deus, porque o Criador exigia agora simplesmente a fé do povo judeu, bem como de todos os povos do mundo. A justificação passou a ser, não pelas obras da lei, mas pela fé em Cristo na redenção.

QUE PREGAMOS. Esta carta de Paulo aos Romanos é um exemplo de como o apóstolo pregava o começo de um novo tempo, tanto para os judeus, e principalmente para os gentios. O evangelho passou a ser a nova legislação pela qual o homem crendo no nome de Cristo, como sendo o Messias de Deus, bem como em sua perfeita obra de redenção e propiciação, então, passa a ser justificado diante da justiça de Deus.

Romanos 10:6

Romanos 10:6 - Mas a justiça que é pela fé diz assim: Não digas em teu coração: Quem subirá ao céu? (isto é, a trazer do alto a Cristo).

MAS A JUSTIÇA. Essa justiça citada por Paulo era totalmente diferente da justiça que defendiam os seguidores do judaísmo, uma vez que, os judeus estabeleciam a justiça própria para auto se justificarem diante de Deus, o que eles não conseguiram, uma vez que estavam totalmente fora do que exigia a legislação de Moisés. Porem, a justiça que é pela fé no nome de Cristo e em sua obra de redenção, não depende de esforços dos filhos dos homens, porque Cristo já fez pelos seus remidos o necessário.

QUE É PELA FÉ. Os cristãos são filhos de Abraão conforme a fé, e não os descendentes físicos do patriarca. A nova dispensação não requer a circuncisão física, nem o cumprimento das exigências da lei de Moisés, mas da fé do seguidor do Senhor Jesus em tudo que determina e promete o evangelho da verdade. A fé não dá méritos ao que há possui, apenas o torna gracioso para receber os benefícios da redenção.

DIZ ASSIM. É bem provável que o escritor esteja pensando no que escreveu Moisés em Deuteronômio 30:11-12 - Porque este mandamento, que hoje te ordeno, não te é encoberto, e tampouco está longe de ti. Não está nos céus, para dizeres: Quem subirá por nós aos céus, que no-lo traga, e no-lo faça ouvir, para que o cumpramos? Sendo que o apóstolo faz uma adaptação para expor seus pensamentos e ideias.

NÃO DIGAS. No caso do que falou Moisés aos filhos de Israel, o recado é bem claro de que os filhos dos hebreus não teriam desculpas para defenderem de que não teriam aceso nem compreensão dos escritos da lei. Já no caso dos leitores de Paulo, não seria diferente, além de terem as profecias falando sobre o Messias de Deus, conheciam tudo que estava sendo exposto sobre a nova dispensação da graça de Deus.

EM TEU CORAÇÃO. Conhecendo Paulo os motivos porque muitos dos filhos de Israel haviam rejeitado a Cristo e os que continuavam resistindo aos planos de Deus quanto à nova dispensação da graça. Então, o apóstolo penetra no mais íntimo do coração dos seus leitores para revelar suas intenções mais profundas. Jesus se manifestou e deu todas as provas cabíveis de que era na realidade o Messias prometido. Assim sendo, os seguidores do tradicional judaísmo eram indesculpáveis, quanto a sua incredulidade.

QUEM SUBIRÁ AO CÉU? Diante do exposto por Paulo, há quem diga que os judeus que ainda tinham dúvidas se Jesus de Nazaré era de fato o Messias de Deus, queriam que Jesus viesse outra vez, para passar por tudo que ele já havia passado, provar mais uma vez que ele era de verdade o Messias que Deus tinha falado, a fim de que os seguidores do judaísmo viessem a se converter ao cristianismo, e isso não poderia ser.

ISTO É, A TRAZER DO ALTO A CRISTO. Quanto á missão redentora que o Filho de Deus havia de realizar na terra, já estava tudo consumado, conforme Ele, Jesus deu o brado no alto do Gólgota. Portanto, o que os judeus intentavam em seus corações não poderia ser concretizado, até porque estava determinado que o Cristo de Deus morresse uma única vez pelos pecados do povo. Agora, o Cristo de Deus vem para buscar a sua igreja, mas para os judeus, somente depois é que ele vira para o milênio.

Romanos 10:4-5

Romanos 10:4-5 - Porque o fim da lei é Cristo para justiça de todo aquele que crê. Ora, Moisés descreve a justiça que é pela lei, dizendo: O homem que fizer estas coisas viverá por elas.

PORQUE O FIM DA LEI É CRISTO. A lei de Moisés era uma aliança ou pacto com os filhos de Israel, e conforme o evangelho das boas novas de Cristo, esta mesma lei só tinha validade enquanto o Messias não se manifestasse na terra. Cristo veio e implantou uma nova aliança ou pacto, não só com os judeus, mas com todo aquele que crê no seu nome, bem como em sua obra de redenção. Portanto, quem permanece no regime da lei de Moisés tem negado a Cristo, como muitos judeus.

PARA JUSTIÇA. Na antiga aliança da lei, o que os seguidores do judaísmo estabeleceram era de que o judeu que de fato guardasse todos os mandamentos da legislação de Moisés seria justificado diante de Deus. Na nova dispensação, o que tem crédito diante da justiça de Deus, não são as obras dos homens, mas sim, a justiça que Cristo fez em prol do que nele crê, porque agora é a fé e a graça de Cristo que justifica.

DE TODO AQUELE QUE CRÊ. Conforme a lei de Moisés, o seguidor do judaísmo tinha que fazer por onde ser justificado diante da lei por seus méritos pessoas, o que ninguém conseguia. Já na nova dispensação, os remidos de Cristo entram não com as suas obras de justiça própria, mas com a sua fé no nome de Cristo e na sua obra completa de redenção, propiciação e expiação em prol dos que nele crê de verdade.

ORA, MOISÉS DESCREVE A JUSTIÇA. Moisés foi um dos mediadores da lei de Deus para com os filhos de Israel, além de ser o homem que foi designado para escrever tudo que na sua legislação estava ordenado. Portanto, o que estava determinado no código da lei de Moisés, os filhos de Israel tinham que cumprirem, caso contrário seriam reprovados e não justificados diante da lei, que se tornou realmente impraticável.

QUE É PELA LEI, DIZENDO. As regras eram todas muito claras de acordo com os mandamentos estatutos e juízos da legislação de Moisés. Os filhos de Israel eram obrigados a conhecerem todos os detalhes da lei de Moisés, porque assim a própria lei determinava que os pais ensinassem seus filhos toda a lei, desde a mais tenra idade. Ninguém tinha desculpa de dizer que não conhecia as regras rígidas do judaísmo.

O HOMEM QUE FIZER ESTAS COISAS. Eis aqui o grande problema da lei de Moisés no que diz respeito aos filhos de Israel, isso porque, as regras se tornavam uma exigência que por obrigação os hebreus tinham que cumprirem. Não demorou muito até que os judeus se desviassem completamente das exigências da lei de Moisés, ao ponto de virem os dois cativeiros sobre Israel, assírio e babilônico, além do domínio romano.

VIVERÁ POR ELAS. Se os filhos de Israel tivessem cumprido as exigências da lei de Moisés o resultado seria a bênção total de Deus sobre eles, e por fim, a vida eterna para os seguidores do judaísmo. No entanto, como não obedeceram as ordenanças da lei, então, o resultado foi o castigo, surgindo a necessidade de uma nova ordem de coisa, por isso que Deus enviou o seu Messias, para implantar a nova dispensação da graça, o que já era profetizado por Deus, como um tempo de salvação pela fé e graça.

Romanos 10:3

Romanos 10:3 - Porquanto, não conhecendo a justiça de Deus, e procurando estabelecer a sua própria justiça, não se sujeitaram à justiça de Deus.

PORQUANTO. Paulo continua escreveu para seus irmãos judeus, eles que receberam uma tremenda luz da parte de Deus, que foi a lei de Moisés, mas que não fizeram caso do plano bom que o Senhor estabeleceu para com eles. O que o Senhor fez com o seu povo Israel, não fez com nenhuma outra nação deste planeta terra, uma vez que Deus se deu a conhecer de forma prática aos hebreus, e isso fez revelando completamente sua vontade para aquela época, por meio dos seus estatutos da lei.

NÃO CONHECENDO. Os judeus conheciam a lei de Moisés de cor, porque desde criança que os pais dos hebreus tinham a obrigação de ensinar os mandamentos da legislação de Moisés como o Estado tem o dever de alfabetizar o cidadão. Mas, mesmo tendo conhecimento da vontade de Deus, mediante a lei de Moisés, porem não faziam aquilo que o Senhor exigia, que era confiar na justiça que vem somente de Deus.

A JUSTIÇA DE DEUS. A justiça de Deus era a implantação do seu reino sobre a vida de todos os descendentes de Abraão, Isaque e Jacó. Deus não queria prender os hebreus a simplesmente um código de lei, da letra, mas sim, ao prazer dos filhos de Israel o amá-lo acima de qualquer coisa, e o servi-lo de todo o coração. Isso era o que constituía o âmago e a essência dos ensinamentos da boa e perfeita lei de Moisés.

E PROCURANDO ESTABELECER. Os judeus não entenderam a legislação de Moisés como sendo algo espiritual, mas transforaram aquela lei em algo material, com promessas apenas materiais e terrenas, a prova disto é que barganhavam com Deus, cumprindo as exigências da lei, mas por outro lado, colocando Deus contra a parede. Deus é totalmente Espírito, e, portanto, seus pactos são espirituais e não materiais.
A SUA PRÓPRIA JUSTIÇA. Trocando as bolas da essência do que tencionava a lei de Moisés, os judeus buscaram estabelecer a justiça própria dos filhos dos homens, como moeda de troca, com isso, tentavam forçar a Deus a fazer por eles, o que não mereciam de bom, porque toda justiça do homem é trapo de imundícia. Quem é o homem para tentar burlar a Deus, o Senhor que conhece as mais íntimas intenções dos seres humanos. O evangelho declara enfaticamente, não há um justo, nenhum sequer.

NÃO SE SUJEITARAM. Neste momento, a mente do escritor é iluminada de forma grandiosa a ver a verdadeira justiça que vem de Deus, que foi justamente tudo de bom que o Messias de Deus fez e executou em prol da humanidade. Mas que os filhos de Israel rejeitaram, porque achavam de que não precisavam da ajuda de Cristo, por isso que deram as costas para p Filho de Deus, ele que era o Redentor.

A JUSTIÇA DE DEUS. Todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus, nenhum ser humano tem condições de por méritos pessoas melhorar sua condição diante da justiça de Deus. Por isso que o grande Deus estabeleceu seu critério único e incondicional, a necessidade inevitável de todos se submeterem a sua justiça, justiça essa que é o próprio Cristo e tudo que ele já prodigalizou em prol dos seus remidos. Nem judeu, nem muito menos gentio serão justificados perante Deus, sem Cristo.

Romanos 10:1-2

Romanos 10:1-2 - Irmãos, o bom desejo do meu coração e a oração a Deus por Israel é para sua salvação. Porque lhes dou testemunho de que têm zelo de Deus, mas não com entendimento.

IRMÃOS, O BOM DESEJO DO MEU CORAÇÃO. Esta carta tinha endereço certo, que era efetivamente os que faziam parte da igreja de Cristo na cidade de Roma, sejam eles judeus convertidos ao cristianismo ou gentios que foram alcançados pelo evangelho das boas novas e viviam para o reino de Cristo. O escritor expressa seus desejos mais fortes quanto aos hebreus, ele que também era um israelita, que deixou o judaísmo, mas que tinha maior consideração pelos seus conterrâneos, os judeus.

E A ORAÇÃO A DEUS. Cristo Jesus, concentrou todas as suas atividades em Israel, e foi até as últimas consequências para salvar o povo hebreu, porque morreu por eles na cruz do Calvário. Compreendendo o amor que Cristo tinha pelo seu povo é que Paulo orava a Deus, sem desistir, na esperança que os judeus compreendessem que ainda havia possibilidade deles se converterem dos seus maus caminhos para o evangelho.

POR ISRAEL. Apesar de tudo que houve que o povo judeu, antes da vida do Cristo de Deus, bem como pelo fato de terem rejeitado o seu Messias, mas os hebreus sempre foram o povo muito querido por Deus. Desde Abraão, Isaque e Jacó, que as melhores promessas do Criador foram feitas aos filhos de Israel, porque o coração do Criador sempre esteve voltado para os descendentes de Abraão, o Senhor sempre os amou.

É PARA SUA SALVAÇÃO. A igreja de Cristo teve seu começo com judeus crendo que Jesus de Nazaré era o Messias prometido por Deus. E as principais lideranças do cristianismo do primeiro século de nossa era cristã eram israelitas, tais como os apóstolos de Jerusalém, bem como o grande apóstolo dos gentios, Paulo. De forma que, a salvação veio para os hebreus, e por graça de Deus chegou também aos gentios.

PORQUE LHES DOU TESTEMUNHO. Antes de se converter ao verdadeiro cristianismo, Saulo de Tarso pertencia a mais alta corte dos judeus, que era o Sinédrio, uma vez que ele era fariseu, e estava a serviço do judaísmo. Depois que teve um encontra transformador com Cristo, voltou a Jerusalém, e certamente desejava fazer um trabalho entre os judeus, mas foi separado para o evangelho da incircuncisão.

DE QUE TEM ZELO DE DEUS. Ninguém mais do que Paulo tinha autoridade em falar desta forma, porque o apóstolo dos gentios sofreu na pele, mais do que qualquer outro dos apóstolos, as perseguições dos judeus. Os judeus demonstravam tal zelo por Deus ao defenderem com unhas e dentes o judaísmo, por isso que eles perseguiram a Jesus, aos seus apóstolos de e principalmente ao apóstolo Paulo.

MAS NÃO COM ENTENDIMENTO. Foi na verdade um ato de insensatez tremenda o fato dos judeus terem rejeitado ao seu Messias, Jesus de Nazaré. Em nome de uma religião, que conforme a vontade de Deus já estava ultrapassada, o judaísmo, foi que eles, os judeus deram as costas para o plano de Deus, ao perseguirem, condenando e matando o Filho de Deus. Além de perseguirem os líderes do cristianismo já fundado por Cristo. Com os judeus se aprende que o fanatismo religioso só trás prejuízo.

Romanos 9:33

Romanos 9:33 - Como está escrito: Eis que eu ponho em Sião uma pedra de tropeço, e uma rocha de escândalo; E todo aquele que crer nela não será confundido.

COMO ESTÁ ESCRITO. É recorrente nos escritos de Paulo esta colocação, como indicativo de que ele vai em seguida fazer uma citação da literatura religiosa dos judeus, principalmente quando ele tem como alvo os seus conterrâneos. Não resta dúvida de que os hebreus na cidade de Roma tomariam conhecimento da maior parte do conteúdo desta carta, por isso que o autor recorre muitas vezes aos escritos religiosos dos israelitas. Esta era uma forma do escritor dar autoridade a sua carta.

EIS QUE EU PONHO. Paulo continua citando o profeta Isaías em que ele alerta aos hebreus sobre a vinda do Messias, bem como prevê neste caso a rejeição do Salvador. Isaías 8:14 - Então ele vos será por santuário; mas servirá de pedra de tropeço, e rocha de escândalo, às duas casas de Israel; por armadilha e laço aos moradores de Jerusalém. Portanto, isso já era previsível sobre a rejeição ao Messias.

EM SIÃO. Essa era uma colocação para indicar a nação de Israel, sendo que em alguns casos bíblicos se refere somente a cidade de Jerusalém como capital daquela nação. Verdade é que o Messias de Deus exerceu seu ministério em todo o país de Israel, mas foi na cidade de Jerusalém que ele foi condenado pelas principais autoridades dos judeus, isso tanto, no que diz respeito a religião, quanto ao Estado.

UMA PEDRA DE TROPEÇO. Isaías 8:15 - E muitos entre eles tropeçarão, e cairão, e serão quebrantados, e enlaçados, e presos. Esse era um provérbio utilizado pelos líderes do cristianismo para alertar aos judeus sobre o que eles fizeram com o seu Messias, quando na realidade conheciam todas as profecias que falavam a respeito da chegada do Emanuel. Quando os judeus rejeitaram a Cristo tiveram muitos prejuízos. A nação de Israel já pagou um alto preço por ter negado que Jesus era o seu Messias.

E UMA ROCHA DE ESCÂNDALO. Isaías 28:16 - Portanto assim diz o Senhor Deus: Eis que eu assentei em Sião uma pedra, uma pedra já provada, pedra preciosa de esquina, que está bem firme e fundada; aquele que crer não se apresse. Cristo Jesus deu todas as provas irrefutáveis de que era na verdade o Messias de Deus, porem, em vez de os judeus crerem nele, o rejeitaram, prendendo e o condenando injustamente.

E TODO AQUELE QUE CRER NELA. Pedro identifica esta Pedra como sendo o Senhor Jesus Cristo 1 Pedro 2:6-7 - Por isso também na Escritura se contém: Eis que ponho em Sião a pedra principal da esquina, eleita e preciosa; E quem nela crer não será confundido. E assim para vós, os que credes, é preciosa, mas, para os rebeldes, A pedra que os edificadores reprovaram, Essa foi a principal da esquina.

NÃO SERÁ CONFUNDIDO. Estes representam todos àqueles que dos judeus ou dos gentios creram que o simples Jesus de Nazaré era na verdade o Messias prometido por Deus. Os eleitos de Deus, os escolhidos de Cristo e todos os remidos do Senhor não serão confundidos porque atenderam ao chamado do Deus Todo-poderoso para uma nova aliança da graça, em que os salvos não se justificam por justiça própria, como tentavam se justificarem os seguidores do judaísmo, mas pela justiça de Cristo Jesus.

Romanos 9:31-32

Romanos 9:31-32 - Mas Israel, que buscava a lei da justiça, não chegou à lei da justiça. Por quê? Porque não foi pela fé, mas como que pelas obras da lei; tropeçaram na pedra de tropeço.

MAS ISRAEL. O que Paulo passa a declarar nestes dois versículos deve ter causado espanto aos seus leitores judeus, eles que achavam que estavam corretos, no que diz respeito a viverem de acordo com o judaísmo milenar. Os hebreus receberam da parte de Deus uma oportunidade de serem ricamente abençoados por Deus, porque a legislação de Moisés era, para a época, uma das melhores leis que existia no mundo antigo, até porque foi revelada pelo Deus que é a própria sabedoria em essência.

QUE BUSCAVA. E todos aqueles que entraram na terra prometida, Canaã, começaram até bem, na obediência aos mandamentos da lei, no entanto, não demorou muito para que o sentimento de rebelião predominasse entre os judeus. Com o passar do tempo, o judaísmo passou a ser uma religião artificial, em que os israelitas faziam de conta que amavam a lei de Moisés, porem, não lhe obedecia em nada.

A LEI DA JUSTIÇA. O apóstolo fala da justiça da lei, que é a mesma coisa. Na realidade a lei foi promulgada para preparar Israel para um novo tempo, em que no futuro Deus enviaria o seu Messias prometido. Como a hipocrisia religiosa passou a ser o âmago da vida nacional dos judeus, aparentemente estavam fazendo o que a lei mandava, porem, não diante dos olhos de Deus, porque o zelo deles pela lei, não existia mais.

NÃO CHEGOU A LEI DA JUSTIÇA. Os próprios cativeiros, assírio, babilônico e o domínio dos romanos sobre os judeus serviram de comprovação de que os filhos de Israel estavam completamente fora dos planos de Deus, quanto à lei de Moisés, que era boa, com grandes promessas de prosperidade, mas que os seguidores do judaísmo se desviaram dela. Ninguém tinha condições de cumpria às exigências da lei de Moisés.

POR QUE? PORQUE NÃO FOI PELA FÉ. De fato, os seguidores do judaísmo procuravam estabelecer a justiça própria, na tentativa de cumprirem as exigências da lei, e com isso barganharem com Deus. Israel tinha o exemplo de Abraão, que viveu muito antes da promulgação da lei, e os próprios escritos de Moisés ensinavam de que o patriarca foi justificado pela fé em Deus, e não pela justiça própria, ou pela justiça de uma lei.

MAS COMO QUE PELAS OBRAS DA LEI. Pelo que o Novo Testamento deixa bem claro, a lei de Moisés era transitória, até que viesse o tempo da nova aliança da graça de Deus, o que já era previsível. De forma que, com a aproximação do movo tempo da graça, os mandamentos da legislação de Moisés foram se tornando impraticáveis, para que se cumprisse o que as profecias messiânicas previam sobre o novo pacto.

TROPEÇARAM NA PEDRA DE TROPEÇO. João 1:11 – Veio para o que era seu, e os seus não o receberam. O tropeço do qual fala o apóstolo dos gentios foi justamente o fato de que os judeus rejeitaram ao Messias de Deus. Eles estavam tão cegos, ao ponto de o Emanuel estar entre eles, e eles não perceberem que Jesus era o Cristo prometido. Qualquer que procura estabelecer a justiça própria em detrimento da fé genuína em Cristo e em sua obra de redenção, termina por negar o Filho de Deus, Jesus Cristo.

Romanos 9:30

Romanos 9:30 - Que diremos pois? Que os gentios, que não buscavam a justiça, alcançaram a justiça? Sim, mas a justiça que é pela fé.

QUE DIREMOS POIS. Chegando já bem próximo do final deste capítulo, o escritor não poderia deixar de falar de um novo tempo, em que Deus trabalha pela humanidade diferente do que tratou com os judeus por meio da legislação de Moisés. Mas que também beneficiaria diretamente o remanescente dos hebreus, aqueles que por fé recebessem o Messias em seus corações. Porem, os maiores favorecidos neste novo pacto estabelecido por Deus, por meio do seu Cristo, seria todos os povos do mundo.

QUE OS GENTIOS. Estes coitados gentios, de quem tanto fala Paulo em seus escritos eram todos os demais povos do mundo, que não teriam nenhuma ligação familiar com os patriarcas Abraão, Isaque e Jacó. Outra forma de chamar uma pessoa de gentio era justamente por tal pessoa não seguir o tradicional judaísmo, religião oficial dos que guardavam todos os mandamentos, estatutos e juízos da lei de Moisés.

QUE NÃO BUSCAVAM. Como os judeus monopolizavam o judaísmo, e por meio da circuncisão faziam a separação de um verdadeiro israelita dos demais homens pagãos, então, as demais nações do mundo nem se interessavam em buscar a Deus, porque os próprios judeus diziam que somente os descendentes de Abraão, Isaque e Jacó poderiam adora e servir ao verdadeiro Deus. Era assim que as coisas funcionavam.

A JUSTIÇA. No caso do tempo da lei, ou seja, no período da velha dispensação, falar em justiça para um judeu, era a mesma coisa que falar em ser circuncidado e guardar todas as exigências de lei de Moisés. Como os gentios não conheciam nem guardavam as ordenanças da lei, portanto, não eram em hipótese alguma praticantes da justiça da lei. Se chamado de um gentio por um judeu era a mesma coisa que ser classificado de pagão, ou seja, alguém que vivia fora da vontade de Deus, por não guardar a lei.

ALCANÇARAM A JUSTIÇA? Não por méritos pessoas ou por serem dignos da bondade de Deus, mas porque estava em operação um novo modo de Deus tratar com os filhos dos homens. Como que os gentios alcançaram essa justiça? Tudo provem de Deus que reconciliou consigo mesmo o homem, isso por meio da obra perfeita de justiça praticada por Cristo Jesus, o Filho de Deus, portanto, a justiça que vem de Cristo.

SIM, MAS A JUSTIÇA. Nem judeu nem gentio se encontravam em condição favorável de se aproximarem do Juiz dos vivos e dos mortos. Mais veio Cristo, com um perfeito ato de justiça, e derribou a parede de separação que estava entre os pecadores e o Deus de amor, provendo assim o caminho de retorno do homem para o Deus de misericórdia, quando o Cordeiro de Deus fez a propiciação pelos pecados dos remidos.

QUE É PELA FÉ. No tempo da lei de Moisés, para que os filhos de Israel alcançassem as bênçãos prometidas na legislação de Moisés tinham que com grande esforço guardarem todos os mandamentos da lei. Agora, no tempo favorável da nova dispensação da graça de Deus, o homem entra apenas com a sua fé em Cristo Jesus e passa a ser gratuitamente justificado diante da justiça de Deus, por isso que é dito que a salvação é pela fé, sem as obras da lei, para que a justiça seja a de Cristo e não nossa.

Romanos 9:29

Romanos 9:29 - E como antes disse Isaías: Se o Senhor dos Exércitos nos não deixara descendência, Teríamos nos tornado como Sodoma, e teríamos sido feitos como Gomorra.

E COMO ANTES DISSE ISAÍAS. Este versículo nos remete ao que está escrito em Isaías 1:9-10 - Se o Senhor dos Exércitos não nos tivesse deixado algum remanescente, já como Sodoma seríamos, e semelhantes à Gomorra. Ouvi a palavra do Senhor, vós poderosos de Sodoma; dai ouvidos à lei do nosso Deus, ó povo de Gomorra. Nota-se que os filhos de Israel estavam sendo comparados aos moradores destas duas cidades depravadas, porque o estado de rebelião dos judeus era literalmente extremo.

SE O SENHOR DOS EXÉRCITOS. Este sempre foi um dos títulos de que os hebreus se utilizavam para se referir ao Deus dos céus, como sendo o dominador de todas as coisas, por isso que ele é chamado de Senhor. Este exército sobre o qual fala o profeta diz respeito aos anjos, arcanjos e serafins, que são as miríades celestiais de Deus, eles que cumprem ardem do reino de Deus e estão a serviço dos eleitos de Deus.

NÃO NOS DEIXARA DESCENDÊNCIA. Apesar do duro castigo a que os judeus foram submetidos, isso por conta da sua desobediência, porem, o profeta percebe que mesmo assim Deus ainda usou de misericórdia para com o seu povo. Um remanescente foi que escapou, como aconteceu na peregrinação do deserto, bem como o número pequeno dos que reconheceram que Jesus de Nazaré era o Messias.

TERÍAMOS NOS TORNADO. O profeta também teve uma visão futurística da desolação e destruição que aconteceria não somente com a cidade de Jerusalém, mas também com o país de Israel. Os dois cativeiros ao se completarem, deixou aquela nação um deserto de gente, em que os inimigos de Israel acabaram com tudo de valioso que os judeus haviam construído durante séculos na terra de Canaã, que já não era a mesma.

COMO SODOMA. Ao que tudo indica, esta era uma das cinco cidades-estados que ficavam no vale do Sidim. As demais cidades desta região, que na atualidade compreende como sendo o local do Mar Morto na Palestina, eram elas: Gomorra, Zebolim, Zoar e Admá. Sodoma foi completamente destruída pelo fogo e enxofre caídos do céu, como retribuição dos pecados que dominavam os seus habitantes.

E TERÍAMOS SIDO FEITOS. Biblicamente falando, Sodoma e Gomorra são utilizadas como metáforas para descrever o estado máximo de rebelião que um povo pode chegar, bem como a demonstração do castigo vindo do alto, como aviso de que com Deus não se brinca. A comparação que o profeta faz de Israel com Sodoma e Gomorra, representava o pior momento de apostasia de um povo que deveria ser fiel a Deus.

COMO GOMORRA. Conforme a maioria dos comentaristas descrevem, das cindo cidades daquela região, Gomorra seria a segunda mais importante, como também a segundo maior delas. Essa metáfora utilizada por Isaías, e mostrada como exemplo por Paulo falava da situação a que chegou o país de Israel antes da vinda do Messias, mas também apontava para seu futuro desastroso, por terem os judeus rejeitado o seu Cristo. A história comprova isso, em que Israel só veio a ser uma ação a pouco tempo.

Romanos 9:27-28

Romanos 9:27-28 - Também Isaías clama acerca de Israel: Ainda que o número dos filhos de Israel seja como a areia do mar, o remanescente é que será salvo. Porque ele completará a obra e abreviá-la-á em justiça; porque o Senhor fará breve a obra sobre a terra.

TAMBÉM ISAÍAS CLAMA ACERCA DE ISRAEL. Paulo faz uso do trecho de Isaías 10:22 - Porque ainda que o teu povo, ó Israel, seja como a areia do mar, só um remanescente dele se converterá; uma destruição está determinada, transbordando em justiça. Portanto, esta mensagem tinha endereço certo, que eram os judeus, convertidos ou não ao cristianismo, que frequentavam as reuniões cristãs na capital do império romano. Como também fica explicito que era uma palavra de juízo.

AINDA QUE O NÚMERO DOS FILHOS DE ISRAEL. Esta colocação feita pelo escritor se reporta aos descendentes de Abraão, Isaque e Jacó, eles que como nação, foram introduzidos na terra de Canaã, em cumprimento as promessas feitas de Deus aos patriarcas, mas que no memento em que falava o profeta Isaías, se encontravam em estado de alerta, quanto aos cativeiros assírio e babilônico, que já era realidade.

SEJA COMO A AREIA DO MAR. Pelo que nos faz saber a história dos hebreus, o cativeiro assírio já era realidade no tempo de Isaías, em que as duas tribos do sul já não estavam mais na Palestina, principalmente as autoridades de Israel. Já as dez tribos do norte ainda não havia sido transportada para Babilônia. Juntando-se o número dos filhos de Israel todos, era grande a população de judeus naquele tempo.

O REMANESCENTE É QUE SERÁ SALVO. Porem, como Paulo diz em outra parte dos seus escritos, nem todo filho de Israel é um verdadeiro israelita. Na vinda do Messias teve cumprimento esta profecia vaticinada por Isaías, e a prova disto é que poucos dos judeus creram que Jesus de Nazaré era o Emanuel de Deus. Veio para o que era seu, e os seus não o receberam (João 1:11), isso já era profetizado por Deus bem antes.

PORQUE ELE COMPLETARÁ A OBRA. O profeta apontava em direção a vinda do Messias de Deus, bem como da implantação de uma nova dispensação, com a rejeição de Israel e a abertura da porta da graça para os gentios. O que Deus estava para fazer por meio do seu Filho foi o melhor que poderia acontecer com a humanidade, porque a obra de redenção e reconciliação salvou o mundo da destruição merecida.

E ABREVIÁ-LA-A EM JUSTIÇA. A medida da tolerância de Deus estava cheia quanto a suportar as iniquidades do povo de Israel, em uma linguagem bem humana diríamos que Deus não suportava mais aquela situação. Por outro lado, o Criador queria mesmo manifestar a sua misericórdia e graça para com toda a humanidade, enviando o seu Messias para resolver o problema da inimizade pela propiciação e reconciliação.

PORQUE O SENHOR FARÁ BREVE A OBRA SOBRE A TERRA. O profeta Isaías foi na realidade um dos atalaias de Deus mais usado em profecias messiânicas, em que Deus lhe revelava a aproximação de um novo tempo de paz com os filhos dos homens. O que Deus estava prevendo por meio desta profecia, era algo maior e melhor do que o pacto da lei, e Paulo como judeu que era, já desfrutava dos seus benefícios práticos.

Romanos 9:26

Romanos 9:26 - E sucederá que no lugar em que lhes foi dito: Vós não sois meu povo; Aí serão chamados filhos do Deus vivo.

E SUCEDEU QUE. O escritor continua falando ainda dentro do livro profético de Oséias, fazendo uma interpretação no que está registrado em (Oséias 1:9-10), quando o Senhor falava a respeito de Israel, mas que agora se cumpria na igreja de Cristo, que era o novo Israel. O uso por parte de Paulo de textos do Velho Testamento era estratégico para dar autoridade aos seus escritos, principalmente quando seus leitores eram judeus, eles que davam realmente crédito as suas literaturas de cunho religioso.

NO LUGAR. O apóstolo efetivamente reconhece que esta profecia, que para a época em que Oséias escreveu era uma mensagem escatológica escrita para os judeus, mas em lugar de se cumprir na vida nacional de Israel como nação, estava se cumprindo na vida da igreja de Cristo, composta de hebreus e gentios. Essa tese defendida por Paulo era motivo de guerra dos judeus contra ele e contra as lideranças do cristianismo.

EM QUE LHES FOI DITO. Esta colocação feita pelo apóstolo dos gentios era a mesma coisa que a recorrente frase: Como está escrito, que foi muito usada por Paulo, bem como por outros escritores do Novo Testamento. Na realidade, a nova dispensação teve o total apoio da velha dispensação, e como dizem alguns comentaristas, a nova aliança da graça de Deus para a igreja de Cristo deu continuidade a antiga aliança.

VÓS NÃO SOIS. Em se tratando do tempo em que o profeta Oséias proferiu e escreveu tais profecias, no que se refere aos judeus, à colocação do profeta estava correta, porque os filhos de Israel estavam absolutamente fora dos planos de Deus. E no que tange aos gentios, sobre quem veio a se cumprir esta palavra, a mensagem era mais realista ainda, até porque, as demais nações do mundo não queriam saber de Deus. Desta forma, Deus também não dava atenção, nem tinha comunhão com os gentios.

MEU POVO. Essa era a teologia separatista dos judeus em se tratando das demais nações do mundo, os gentios, ou pagãos. Conforme fica bem claro nos parâmetros da legislação de Moisés, a aliança da lei era exclusivista, porque era um pacto nacional com os filhos de Israel, e isso ficou evidente, quando ainda da conquista da terra de Canaã, quando foi ordenado aos hebreus que não se misturassem com os povos.

AÍ SERÃO CHAMADOS FILHOS. Paulo tinha uma visão profunda das regras estabelecidas na nova dispensação da graça de Deus com a igreja remida de Cristo Jesus. Quem tem uma compreensão mais apurada sobre as realidades do período da igreja primitiva quanto ao cristianismo, logo chega à conclusão que os demais apóstolos de Cristo, não tiveram a mesma visão que Paulo sobre estas realidades.

DO DEUS VIVO. Deus em Cristo Jesus estava realizando uma coisa nova na terra, implantando um novo pacto, em que todos os povos e nações eram chamadas para ter comunhão com o Criador de todas as coisas, isso por meio da reconciliação. Quem aceita a Cristo Jesus, o Filho de Deus como Senhor e Salvador, agora, também são considerados filhos do Deus vivo. E esta filiação dos remidos de Cristo a família divina nos ensina sobre a Salvação e vida eterna, porque a soteriologia fala da mesma coisa.