sábado, 28 de maio de 2016

1 João 3:24

1 João 3:24 - E aquele que guarda os seus mandamentos nele está, e ele nele. E nisto conhecemos que ele está em nós, pelo Espírito que nos tem dado.
E AQUELE QUE GUARDA. O apóstolo do amor termina este capítulo deixando uma prova de quem realmente é um verdadeiro servo do reino de Deus e de Cristo. Muitos judaizantes e seguidores do gnosticismo se diziam cristãos, somente para se infiltrarem no meio da comunidade cristã, mas, no fundo, no fundo, a intenção era desviar os seguidores de Cristo do verdadeiro evangelho. “Guardar” neste caso era por em prática e buscar viver o evangelho, crendo no nome de Cristo e amando o seu semelhante.

OS SEUS MANDAMENTOS. Conforme a nova aliança da graça de Deus, Cristo resumiu sua legislação em dois importantes mandamentos, dos quais dependem a lei e os profetas, que são eles: Amará ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de todo a tua alma, e com todas as tuas forças. Como também amarás ao teu próximo como a ti mesmo. Em texto anterior, o apóstolo também fala sobre que, o mandamento de Deus é que creiamos no nome do Filho de Deus, Jesus Cristo, como meio legal para a salvação e vida eterna.

NELE ESTÁ. Simplesmente frequentar uma denominação ou dizer que é um cristão, não se constitui em prova real e verdadeira de que alguém está de fato ligado á videira verdadeira, que é Cristo. Para que alguém possa dar testemunho fidedigno de que está em Cristo, tal pessoa tem que viver conforme determina o evangelho das boas novas de Cristo, amando a Deus acima de qualquer coisa e ao seu próximo como a si mesmo. Está em Cristo é andar como ele andou, viver como ele viveu, e seguir os seus passos.

E ELE NELE. Alguém pode até querer dizer que está em Cristo ou que faz parte do corpo de Cristo apresentando uma religiosidade artificial, mas, o problema é se Cristo está na vida da pessoa. Quando Cristo está na vida de uma pessoa, seu modo de agir, pensar e falar faz a diferença no meio da sociedade, porque tal pessoa, pensa como Cristo pensou, anda como Cristo andou e suas palavras estão de acordo com o evangelho de Cristo. Quando Cristo está na vida de uma pessoa, ela se constitui em um discípulo de Cristo.

E NISTO CONHECEMOS QUE ELE ESTÁ EM NÓS. E nisto o que? O parâmetro da nova aliança de Deus com a igreja de Cristo estabelece comunhão plena com Deus e com Cristo pelo Espírito Santo. Tanto o escritor quanto os seus leitores eram conhecedores dos meios estabelecidos para se viver com Cristo e para Cristo. O evangelho ensina que os filhos de Deus são aqueles que aceitam a Cristo e vivem guiados pelo Espírito de Deus.

PELO ESPÍRITO. O nome “Espírito” esta posto na bíblia com letra inicial maiúscula identificando que trata do Espírito Santo de Deus. Cristo, quando ainda estava entre os homens, ele falou que, era necessário deixar a terra e subir para o Pai para que o Espírito de Deus viesse para estar com a sua igreja. No dia de pentecostes isso aconteceu.

QUE NOS TEM DADO. A vinda do Espírito Santo de Deus para ajudar a igreja de Cristo tem uma importância fundamental para a perpetuação do cristianismo na terra. A presença habitadora do Espírito Santo na vida dos que servem a Cristo é um presente da parte de Deus e de Cristo para sua igreja, cumprindo assim a sua promessa.

1 João 3:23

1 João 3:23 - E o seu mandamento é este: que creiamos no nome de seu Filho Jesus Cristo, e nos amemos uns aos outros, segundo o seu mandamento.
E O SEU. Este texto, ora que estamos comentando, nos faz reiterar o que dentro do nosso comentário temos defendido que, o que o Velho Testamento fala sobre o Deus Pai, dentro das páginas do Novo Testamento pode ser dito sobre o Cristo de Deus. E nisso não estará se cometendo o pecado do politeísmo, porque o Deus Pai é quem apresenta o Deus Filho como seu legítimo representante entre os homens, como sendo o seu Emanuel, ou seja, Deus entre os homens. Jesus era homem, mas também Deus.

MANDAMENTO É ESTE. E o seu mandamento é este. Certamente o apóstolo se refere ao evangelho das boas novas, que traz consigo o legado de uma nova aliança de Deus com a igreja de Cristo. O Novo Testamento confirma esta nova aliança de Deus, com uma nova revelação dos planos de Deus para a humanidade, mediante a intervenção do seu Cristo, como redentor da humanidade. Este novo mandamento da lei de Deus não implica em quebra da regra do monoteísmo judaico, mas é a confirmação do pacto messiânico.

QUE CREIAMOS NO NOME. O judaísmo cultural e religioso de Israel, sempre defendeu a crença em um único Deus verdadeiro, diferente das demais nações pagãs do mundo, com seu politeísmo, com crenças em uma diversidade ilimitada de deuses. O cristianismo continua defendendo o monoteísmo com a crença em um Deus único e verdadeiro, em três pessoas, Deus pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo. O Deus Filho é a manifestação de Deus entre os homens, também conhecido como o Emanuel de Deus, Deus conosco.

DE SEU FILHO. O Novo Testamento confirma por inúmeras referências bíblicas que Jesus de Nazaré é de fato o Filho de Deus. E uma das provas bastante convincente é o fato de Jesus ter sido gerado pelo Espírito de Deus (Mateus 1:18,20). Portanto, crer no nome do Filho de Deus, não é politeísmo ou idolatria, porque tudo que envolve a pessoa bendita de Jesus Cristo está de conformidade com o plano de Deus. A pessoa de Jesus foi a manifestação do Messias de Deus, o Emanuel de Deus ou Deus entre os homens.

JESUS CRISTO. Essa composição de um nome próprio e um adjetivo qualificativo, dizem muito mais do que se possa imaginar. Jesus é o nome próprio do Filho de Deus, que nos fala de sua natureza humana e da encarnação do Verbo de Deus, cumprindo assim o propósito de Deus, no que tange a expiação e propiciação em prol da igreja remida. Já o adjetivo, Cristo, nos ensina sobre a missão do Messias de Deus com seus efeitos positivos.

E NOS AMEMOS UNS AOS OUTROS. A nova aliança de Deus com a humanidade, por meio de Cristo, tem como base horizontal a prática do amor fraternal entre os seres humanos. Esse mesmo mandamento foi reiterado pelo próprio Jesus, ele que, primeiro deu o seu próprio exemplo, para então, ensinar que devemos amar uns aos outros. Este amor não pode ser demostrado somente com palavras, mas em prática e em verdade.

SEGUNDO O SEU MANDAMENTO. É bem provável que o pensamento do apóstolo esteja focado no que falou o Senhor Jesus Cristo, cumprindo seu ministério em Marcos 12:31 – amarás ao teu próximo como a ti mesmo, não há outro mandamento maior do que estes.

1 João 3:21-22

1 João 3:21-22 - Amados, se o nosso coração não nos condena, temos confiança para com Deus. E qualquer coisa que lhe pedirmos, dele a receberemos, porque guardamos os seus mandamentos, e fazemos o que é agradável à sua vista.
AMADOS, SE O NOSSO CORAÇÃO NÃO NOS CONDENA. É recorrente dentro dos escritos de João o seu tratamento amoroso para com os seus leitores, uma vez que, de conformidade com as tradições do cristianismo, ele ficou sendo conhecido como o apóstolo do amor. O autor ressalta a importância de se ter uma consciência livre de acusações diante de se mesmo para com Deus. E isso fala sobre o esforço do servo de Deus para viver de tal maneira a evitar a prática do pecado, falhas e erros no dia a dia.

TEMOS CONFIANÇA PARA COM DEUS. Quem procura viver de forma a cumprir as exigências das leis de Deus, constrói uma ponte segura de acesso rumo ao coração do Pai, no sentido de ser bem aceito perante o trono da graça. E esta confiança se traduz por certeza de que, o Criador ouvira a oração e entrará em ação para responder positivamente, conforme o desejo do que clama. Uma vida digna perante o Senhor produz convicção de que a comunhão será favorável em todos os aspectos com o Pai.

E QUALQUER COISA QUE LHE PEDIRMOS. A vida de pecaminosidade, dando lugar as concupiscências da carne e a soberba da vida, cria empecilho para que alguém possa ter êxito em suas orações, isso porque, Deus é santo, e exige santidade dos que lhe servem. Mas, quando alguém se dispõe a viver no centro da vontade de Deus, renunciando a si mesmo e tudo que o mundo oferece, esse servo tem plena liberdade para entrar perante o Senhor e depositar diante do seu Deus, tudo que lhe convêm solicitar e pedir.

DELE A RECEBEREMOS. “Dele”, fala do Deus que está atento a tudo que acontece, principalmente as orações e petições que os seus servos lhe dirigem, porque o Senhor é um Deus vivo que ouve as orações dos seus servos e se prontifica a trabalhar por aquele que nele espera. Quem busca o reino de Deus em primeiro lugar e as coisas que são de cima como prioridade, possui fé o suficiente para construir um canal de respostas positivas as suas orações, isso porque, é a palavra de Deus quem nos garante e assegura.

PORQUE GUARDAMOS OS SEUS MANDAMENTOS. A legislação de Moisés estabelecia os parâmetros de uma aliança de Deus com o povo de Israel, enquanto que o evangelho das boas novas estabelece as diretrizes da nova aliança de Deus, por meio de Cristo, com a igreja remida do Senhor Jesus. Todo aquele que faz parte do novo Israel de Deus, a igreja de Cristo, e que obedece as doutrinas cristãs, é ouvido e respondido pelo Criador.

E FAZEMOS O QUE É AGRADÁVEL. Essa frase nos ensina sobre a vida digna que leva o discípulo de Cristo, que busca com seus atos, palavra e pensamentos agradar ao Deus Onisciente, que tudo conhece e que tudo ver também. A renúncia das coisas desta vida, e a busca do reino de Deus e das coisas que são de cima, são regras desta nova aliança.

A SUA VISTA. O religioso simplesmente busca se apresentar para a sociedade como alguém que se considera melhor que os outros. Mas o cristão verdadeiro se esforça e se empenha para viver dignamente perante Deus, ele que tudo ver e que tudo conhece.

quarta-feira, 25 de maio de 2016

1 João 3:19-20

1 João 3:19-20 - E nisto conhecemos que somos da verdade, e diante dele asseguraremos nossos corações. Sabendo que, se o nosso coração nos condena, maior é Deus do que o nosso coração, e conhece todas as coisas.
E NISTO CONHECEMOS QUE SOMOS DA VERDADE. E nisto o que? Que o seguidor do Senhor Jesus pratica o amor fraternal, cuidando e protegendo uns aos outros, e que o amor no meio do povo de Deus, não é apenas de palavras. O conhecimento tão defendido pelos gnósticos era falso, mas os ensinos do evangelho eram a verdade de Deus. A expressão: “Somos da Verdade”, significa dizer que, os inimigos do cristianismo eram todos falsos, mas os apóstolos e líderes do cristianismo eram todos verdadeiros.

E DIANTE DELE. Jesus ensinou durante o seu ministério que, ele devotou todo o seu amor para com o Pai, buscando o reino de Deus em primeiro lugar e fazendo a sua vontade, em tudo que praticava e falava. Deixou os seus ensinos de que, os seus discípulos amassem ao Senhor Deus Criador acima de qualquer coisa. De forma que, os seguidores de Cristo tinham, além de praticarem o amor fraternal para com o próximo, buscar com todo empenho agradar ao Pai, e isso, os leitores de João faziam com toda dedicação.

ASSEGURAMOS NOSSOS CORAÇÕES. João se inclui em sua declaração para dizer que, a igreja de Cristo estava cumprindo em tudo as exigências propostas pela mensagem e as doutrinas do cristianismo. Eles viviam tranquilos diante de Deus, porque suas consciências lhes testificavam de que estavam executando o querer de Deus. Não é paradoxal dizer que, o autor quando, neste caso, fala a respeito do coração, ele está se reportando aos pensamentos e consciência dos seus leitores e dele próprio também.

SABENDO QUE, SE O NOSSO CORAÇÃO NOS CONDENA. Os conhecimentos difundidos pelos falsos mestres gnósticos, em vez de proporcionar sabedoria ao ser humano, tinham efeitos contrários, porque imprimia a cauterização de heresias negativas nas mentes das pessoas. Enquanto que, a vida digna que os cristãos viviam, trazia tranquilidade e segurança aos servos de Deus, tendo a convicção de que a justificação que vem de Cristo é suficiente para deletar os pensamentos contrários do coração.

MAIOR É DEUS. João faz lembrar aos seus leitores, que somos seres humanos com suas alterações de caráter e personalidade, pelas consequências do pecado, em que qualquer um está passível de erros e falhas na vida pessoal. O apóstolo mostra uma luz no fim do túnel, para iluminar a escuridão do pecado, quando este atua na vida dos seres humanos, focando na bondade de Deus e a ação de sua misericórdia em perdoar aos pecadores.

DO QUE OS NOSSOS CORAÇÕES. Se o nosso coração nos condena, maior é Deus do que os nossos corações. Certamente, o escritor sinaliza na direção de salientar o valor da beneficência de Deus, em favor daqueles que nascem de novo, em aceitar a Cristo Jesus como Senhor e Salvador. Deus tem a capacidade de superar o peso de nossa consciência, proporcionando tranquilidade e paz em nossos corações.

E CONHECE TODAS AS COISAS. O apóstolo trata dentro desta frase, de um dos temas muito importante, que é a Onisciência de Deus. O Senhor Deus que conhece todas as coisas é o mesmo Deus que compreende as falhas dos seres humanos para perdoar-lhes. Mesmo conhecendo as nossas falhas, ele providenciou a reconciliação, por meio da obra perfeita de propiciação em Cristo Jesus.

1 João 3:17-18

1 João 3:17-18 - Quem, pois, tiver bens do mundo, e, vendo o seu irmão necessitado, lhe cerrar as suas entranhas, como estará nele o amor de Deus? Meus filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas por obra e em verdade.
QUEM, POIS, TIVER BENS DO MUNDO. A igreja de Cristo sempre foi composta por pessoas de diferentes classes sociais, e neste caso, o apóstolo se dirige aos filhos de Deus que tinham uma melhor condição financeira. O povo de Cristo, neste período, viviam sob a perspectiva eminente da volta de Cristo, como também, boa parte dos seguidores do cristianismo estavam tendo seus bens confiscados pelo império romano, de forma que, não era momento de se apegar as coisas materiais desta vida.

E VENDO SEU IRMÃO NECESSITADO. Neste texto, a palavra “irmão” se confirmava como sendo um bom costume dentro da comunidade cristã para representar o novo Israel de Deus, a igreja remida de Cristo. Por conta das perseguições sofridas pelos seguidores do Senhor Jesus, muitos dos servos de Deus perderam seus bens, enquanto outros, que estavam se convertendo ao cristianismo eram pessoas consideradas pobres economicamente. O apóstolo faz uma radiografia realista da situação da igreja de Cristo.

LHE CERRAR AS SUAS ENTRANHAS. Desapego ás coisas matérias, era a palavra de ordem dentro desta mensagem escrita por João, estimulando aos seus leitores a que não fechassem suas mãos, negando-se a ajudar aos que mais precisavam. O livro de Atos dos Apóstolos é o conteúdo literário e histórico da igreja primitiva, que narra os fatos comportamentais do início do cristianismo. No capítulo dois nos mostra que a igreja de Cristo, desta época, mantinha o sentimento de comunhão comum de bens entre todos.

COMO ESTARÁ NELE O AMOR DE DEUS? O apóstolo faz uma pergunta, com gostinho de mensagem de estímulos, para que os irmãos se sentissem pressionados a cooperar financeiramente com os que estavam passando por necessidades. Quando alguém de fato se converte ao reino de Deus, o amor do Pai é derramado sobre seu coração, a fim de que, o servo de Deus possa praticar o amor fraternal para com o seu semelhante. Negar uma boa ação para com os mais necessitados, era negar a amor de Deus.

MEUS FILHINHOS. Alguns comentaristas bíblicos afirmam que, essa frase, diz respeito á forma carinhosa com que o apóstolo João sempre tratava os seus leitores e os seguidores de Cristo, é tanto que ele ficou conhecido como o apóstolo do amor. Mas outros afirmam que, essa frase, se refere a o indicativo que, os leitores originais desta carta eram de fato filhos na fé do grande apóstolo do amor, João.

NÃO AMEMOS DE PALAVA NEM DE LÍNGUA. Percebe-se uma exortação do escritor, aos que amam apenas no discurso. Este é um ataque direto ao artificialismo religioso, em que as pessoas falam sobre o amor fraternal, mas negam o amor para com o seu próximo por meio de suas obras.

MAS POR OBRA E EM VERDADE. O Senhor Jesus foi o exemplo modelo, neste assunto, quando viveu na prática o amor fraternal. O que ele repassou como disciplina e ensinamentos para os seus apóstolos, que a partir de então, deveriam ser postos em prática pela sua igreja amanda. O amor cristão deve ser demonstrado por meio de obras, e não apenas de palavras.

1 João 3:16.

1 João 3:16 - Conhecemos o amor nisto: que ele deu a sua vida por nós, e nós devemos dar a vida pelos irmãos.
CONHECEMOS O AMOR NISTO. O apóstolo deixa a teoria e mostra um exemplo pratico do que é em essência o amor fraternal, e com isso, ele estimula efetivamente a que os seus leitores dessem o devido valor uns aos outros, olhando para o exemplo deixado pelo grande Mestre, Cristo Jesus. Quem sabe os leitores de João conheciam pessoalmente à pessoa amorosa de Cristo, ou os que não conheciam estavam bem informados sobre a sua forma prática de amar ao seu semelhante, de forma fidedigna e real.

QUE ELE. O escritor se refere ao Messias prometido por Deus, nas antigas profecias messiânicas, proferidas pelos profetas do Senhor, o mesmo Emanuel, ou seja, Deus conosco ou Deus entre os homens, uma vez que, o Cristo de Deus foi á epifania do Senhor entre os seres humanos. O apóstolo fala a respeito de Jesus de Nazaré, o Filho de Deus, que como o Cristo de Deus, também era o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. O evangelho o chama também de Redentor, Salvador e bom Pastor.

DEU. Este verbo, dentro deste texto, nos ensina sobre a entrega voluntária, em que o Cristo de Deus se deu a si mesmo, por amor incondicional a sua igreja. João fala também de uma entrega total, e desta forma, ele combate uma das heresias do gnosticismo, que afirmava que na crucificação do Senhor, estava ali apenas a natureza humana do Filho de Deus, por isso que negavam a encarnação do Verbo, na pessoa de Jesus de Nazaré. Quando na verdade, o cristianismo diz que Jesus é em essência o Cristo e Messias.

A SUA VIDA. O bem mais precioso de um ser humano, nesta dimensão terrena, é justamente a sua vida. De forma que, o Cristo de Deus deu tudo de si mesmo, para resgatar a sua igreja do pecado e das consequências do mesmo. Na cruz do calvário, não aconteceu apenas o espetáculo da crucificação, pura e simples, mas ali se efetuava a redenção da humanidade, pela propiciação dos pecados do povo. Cristo estava dando a sua vida, para aplacar a ira de Deus contra o mundo, executando a reconciliação e a paz.

POR NÓS. O escritor aponta em direção à missão propriamente dita, do Messias de Deus em prol da sua igreja. De fato, já estava previsto por Deus, e anunciado por meio dos seus antigos profetas, sobre a obra de redenção, com seus efeitos universais. A frase “por nós” fala sobre a igreja remida de Cristo, incluindo o próprio apóstolo João, ele que se declara por convicção fazer parte do corpo de Cristo, a igreja, é o novo Israel.

E NÓS DEVEMOS DAR A VIDA. O ministério de Cristo, é tido como modelo para aqueles que após a morte do Messias de Deus, teriam a missão de dar continuidade, á implantação do cristianismo no mundo. Os acontecimentos que se deram na vida e no ministério, das principais lideranças do cristianismo, confirmam essa declaração do apóstolo João.

PELOS IRMÃOS. Esse tratamento do autor aos seus leitores, aponta em direção da igreja de Cristo, composta por todos aqueles, que agora, faziam parte da família de Deus, o novo Israel, a igreja amada de Cristo. Não somente o Mestre, Jesus Cristo, mais também, muitos outros participaram do nascimento do cristianismo como representantes de Deus.

1 João 3:15.

1 João 3:15 - Qualquer que odeia a seu irmão é homicida. E vós sabeis que nenhum homicida tem a vida eterna permanecendo nele.
QUALQUER QUE. Neste caso, não importa se a pessoa é alguém que confessa seguir o cristianismo, ou o judaísmo, ou o gnosticismo, ou qualquer outra religião. E ainda se é um ateu, ou um incrédulo, ou ímpio, ou que haja se rebelado ou não contra o Senhor, ou que seja desobediente ou não aos mandamentos de Deus, ou que se mantenha alienado dos planos do Criador. Sejam quem for, quem não praticar o amor fraternal, não faz parte da igreja de Cristo, porque o mandamento de Cristo é o amor fraternal na prática.

ODEIA. Os seguidores do judaísmo, mesmo tendo aprendido com a legislação de Moisés, que deveriam amar ao próximo, mas eles odiavam aos cristãos, porque achavam que o nascimento do cristianismo significava a morte do judaísmo. O império romano agia com base no ódio contra os seguidores de Cristo, isso porque, as autoridades romanas acusavam aos cristãos de deixarem de adorar as autoridades do império, que se consideravam semideuses, e passavam a adorar unicamente a Cristo Jesus como Senhor.

SEU IRMÃO. Desde os tempos mais remotos da história da humanidade que os seres humanos se consideravam irmãos uns dos outros, porque acreditavam que surgiram de uma mesma arvore genealógica chamada Adão e Eva. Os Judeus, se consideravam irmãos uns dos outros, por se encontrarem nos seus antepassados ilustres, os patriarcas, Abraão, Isaque e Jacó. Já os cristãos se consideravam irmãos, porque temos a Deus como Pai. O evangelho diz que os que aceitam a Cristo, tem o direito de serem feitos filhos de Deus.

É HOMICIDA. Quem odeia a seu irmão é um homicida. Certamente o autor ainda tem em mente o caso citado por ele anteriormente de Caim que matou a seu irmão Abel, e assim procedeu, porque foi tomado e dominado pelo sentimento da raiva. As perseguições impetradas pelos inimigos de Deus contra a igreja de Cristo, sejam eles os judeus, ou os líderes das demais religiões, ou do império romano, era justamente o sentimento de odeio que dominava aquela gente, que se levantavam contra a igreja de Cristo.

E VÓS SABEIS QUE NENHUM HOMICIDA. O apóstolo faz lembrar aos seus leitores de que, eles eram conhecedores daquilo que estavam lendo, seja por meio da legislação de Moisés, que determinava que ninguém podia tirar a vida do seu semelhante. A palavra “homicida” humanamente falando, fala sobre aqueles que por qualquer motivo tira a vida do seu próximo, mas espiritualmente, fala de alguém que faz seu irmão perder a fé cristã.

TEM A VIDA ETERNA. Quem tira a vida do seu próximo, por meio da morte biológica ou que na esfera espiritual contribui para que alguém perca a sua fé genuína em Cristo Jesus, não tem direito a vida eterna. Essa vida eterna fala de salvação ou de uma modalidade de vida espiritual, após essa vida terrena. A volta de Cristo é a porta que se abre para a vida eterna.

PERMANENTE NELE. O homicida não tem firmeza no que tange a salvação e a vida eterna. Nem os judaizantes, nem os falsos mestres gnósticos ou os falsos líderes das seitas heréticas, não tinham em si mesmo condições de herdarem a vida eterna, porque perseguiam e até matavam os seguidores de Cristo. E com isso, João deixa claro para os seguidores de Cristo, que os hereges eram falsos cristãos, que se infiltravam no meio do povo de Deus para matarem espiritualmente os cristão, por meio de suas heresias.

Atos 28.30-31

Atos 28.30-31 - E Paulo ficou dois anos inteiros na sua própria habitação que alugara, e recebia todos quantos vinham vê-lo. Pregando o rein...