Atos 2:6

Atos 2:6 - E, quando aquele som ocorreu, ajuntou-se uma multidão, e estava confusa, porque cada um os ouvia falar na sua própria língua.

E QUANDO. Neste momento havia uma agitação muito intensa em Jerusalém, até porque há poucos dias aconteceu a morte por crucificação daquele que dizia ser o Messias, e de fato era, Jesus de Nazaré o Emanuel de Deus. Por outro lado, a maioria dos judeus queria mesmo que acontecesse um motim contra os romanos, a fim de que os filhos de Israel se libertassem do domínio do império político de Roma. Assim sendo, qualquer movimentação se constituía em motivo para tamanha agitação.

AQUELE SOM OCORREU. Não se sabe ao certo se os populares que estavam em Jerusalém ouviram o primeiro som, como de um vento veemente e impetuoso, que foi um som como de um sonido. É mais provável que este som citado neste texto, seja mesmo o som da voz dos que estavam reunidos no ambiente do Cenáculo. Como todos foram turbinados com o Espírito Santo, todos começaram a falar em línguas.

JUNTOU-SE. O que estava ocorrendo no ambiente do Cenáculo foi algo que chamou a atenção de todos que estavam ao redor daquele lugar, ao ponto de mais e mais pessoas se aproximarem do local, porque algo sobrenatural estava efetivamente acontecendo em Jerusalém. O fenômeno era de estarrecer, como nova experiência, uma vez que, somente os que seguiam a Cristo sabiam que este fato seria realidade.

UMA MULTIDÃO. A morte por crucificação do Messias de Deus já era fato em todo o país de Israel, e isso se espalho rapidamente por todos os países daquela época. Agora, uma outra notícia que gerou uma movimentação muito grande, foi justamente a notícia de que Jesus havia ressuscitado. Assim sendo, qualquer coisa que envolvia os cristãos, chamava atenção, porque pensavam que Jesus estava aparecendo entre eles. Este foi um dos motivos porque tanta gente se juntou para ver o que estava havendo.

E ESTAVA CONFUSA. Todavia, ao se aproximarem do ambiente do Cenáculo, se depararam com uma multidão, de mais de cem pessoas falando cada um em um idioma diferente, mesmo sendo aquelas pessoas tão simples. E aquela multidão ficou atônica diante do que estava ocorrendo naquele lugar, porque algo inusitado estava se dando com os cristãos. A verdade é que todos ficaram sem entender o sobrenatural.

PORQUE CADA UM OUVIA FALA. O dia de Pentecostes teve um fator fundamental para a evangelização transcultural dos judeus, em cumprimento ao que disse Jesus em Atos 1:8 - Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra. Até então, o evangelho da circuncisão era ouvido apenas em Israel.

NA SUA PRÓPRIA LÍNGUA. Mas, a partir deste momento, o evangelho da circuncisão começava a ser ouvido pelos judeus das principais nações do mundo civilizado daquela época. Neste caso, fica bem definido que, as línguas faladas pelos que foram cheios do Espírito Santo no dia de Pentecostes eram outros idiomas, daqueles que precisavam ouvir o evangelho de Cristo Jesus. Nos dias de hoje há uma certa confusão quanto as línguas estranhas que se ouve nas igrejas, porque ninguém entende quase que nada.

Atos 2:5

Atos 2:5 - E em Jerusalém estavam habitando judeus, homens religiosos, de todas as nações que estão debaixo do céu.

E EM JERUSALÉM. Apesar de Israel permanecer como subjugado pelo império político de Roma, porem, neste momento, o judaísmo estava em uma fase bastante praticada, porque os hebreus queriam manter viva sua religião oficial. E a cidade de Jerusalém era o centro religioso dos judeus, uma vez que, a construção do templo na capital de Israel sinalizava como que a libertação do povo de Deus. E esta festa das semanas estava sendo diferenciada pelos últimos acontecimentos com a morte de Cristo Jesus.

ESTAVAM HABITANDO. O que aconteceu em Israel, com a crucificação de Jesus, entre a Páscoa e o Pentecostes, teve uma repercussão em todo o mundo habitado daquela época, em que vieram judeus peregrinos de todas as partes do mundo. Uns acreditavam que Jesus era o Messias, outros ouviram falar da ressurreição do Cristo, outros queriam uma revolução. Desta forma, milhares estavam ali em Jerusalém.

JUDEUS. Quando se diz que os judeus estavam habitando em Jerusalém, não era que eles estivessem morando em Jerusalém, mas que os judeus da dispersão estavam visitando a cidade de Jerusalém, na festa das semanas, que tinha início na Páscoa e terminava no dia de pentecostes, que eram sete semanas. Esta festa, no caso do Pentecostes, bem como a da Páscoa eram festividades exclusiva dos filhos de Israel.

HOMENS. Há quem diga que há da parte do Escritor uma colocação intencional em falar nos homens, porque, antes e também ainda naquela época, os judeus não permitiam que as mulheres participassem diretamente destas festividades. A cultura judaica sempre foi marcada pela descriminação das mulheres em suas práticas religiosas, desde os tempos mais remotos de sua história e até os dias de hoje ainda. Já o cristianismo teve avanços significativos, principalmente nos países do ocidente.

RELIGIOSOS. Com os dois cativeiros assírio e babilônico, bem como com a sujeição ao império politico de Roma, neste momento, muitos judeus viviam dispersos pelas demais nações do mundo, e com isso, muitos deixaram de seguir fielmente o tradicional judaísmo. De forma que, só vinham as festividades de Israel para Jerusalém aqueles que mantinham suas convicções religiosos de acordo com o judaísmo.

DE TODAS AS NAÇÕES. É claro que o Dr. Lucas não está falando de todo o globo terrestre, até porque se diz que o mundo ocidental ainda não era descoberto como humanidade civilizada. Mas pode-se dizer que o escritor se reporta sobre o antigo mundo oriental, em que naquela época já eram civilizações bem estruturadas como nações e povos. Um pouco mais a frente vamos comentar sobre as principais nações.

QUE ESTÃO DEBAIXO DO CÉU. Quem eram todas estas nações sobre as quais se reporta o escritor deste livro histórico? Atos 2:9-11 - Partos e medos, elamitas e os que habitam na Mesopotâmia, Judéia, Capadócia, Ponto e Ásia. E Frígia e Panfília, Egito e partes da Líbia, junto a Cirene, e forasteiros romanos, tanto judeus como prosélitos. Cretenses e árabes, todos nós temos ouvido em nossas próprias línguas falar das grandezas de Deus. Entre estas nações haviam grandes e poderosos impérios políticos.

Atos 2:3-4

Atos 2:3-4 - E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles. E todos foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem.

E FORAM VISTAS POR ELES. No versículo anterior, foi utilizado o sentido da audição para se ouvir um som muito forte que de princípio se ouviu na redondeza do Cenáculo, mas que de repente se concentrou no ambiente da casa onde a igreja de Cristo estava reunida. Agora, é o sentido da visão que estava sendo utilizada para ver algo inusitado acontecendo dentro do Cenáculo. Quem foi que viu o que estava se manifestando dentro da casa? Eram cerca de cento e vinte discípulos de Cristo Jesus.

LÍNGUAS REPARTIDAS, COMO QUE DE FOGO. Todos que estavam no ressinto do Cenáculo passaram a ter visões espirituais de magnitude celestiais. Estas línguas repartidas falam de algo como tochas de fogo, que divididas pousaram sobre cada um deles. Não se tratava de fogo literal, como vemos em nosso mundo atual, mas fala-se de glória espiritual, uma energia sobrenatural, que é símbolo do Espírito Santo.

AS QUAIS POUSARAM SOBRE CADA UM DELES. As quais, nos fala sobre cada uma das tochas de fogo que se espalharam no ambiente do Cenáculo, e que neste momento, cada uma destas luzes incandescentes procuravam sua direção. Este pousar fala da forma como estes focos de luzes foram se chegando de forma individual sobre a vida dos que estava presente no Cenáculo. Esta foi uma cena única na história do homem.

E TODOS FORAM CHEIOS DO ESPÍRITO SANTO. Primeiro, o som como de um vento veemente e impetuoso, e agora, estas tochas de luzes, foram os canais para o recebimento do Espírito Santo na vida dos servos e servas de Cristo. Este evento descreve sobre o contato direto entre o humano e o divino, com a chegada do advento do Espírito de Deus para cuidar, dirigir e ensina a igreja remida de Cristo Jesus.

E COMEÇARAM A FALAR NOUTRAS LÍNGUAS. Todos que estavam no Cenáculo foram cheios do Espírito Santo e estar “cheio” é o termo mais comum no livro de Atos para a presença do Espírito Santo na vida de uma pessoa. A presença do Espírito Santo sobre os que estavam presente naquele momento produziu algo novo, que foi justamente o falar em noutras línguas. Que línguas era estas? Mais adiante vamos falar sobre elas.

CONFORME O ESPÍRITO SANTO. É bom dizer que estas outras línguas, que foram faladas pelos irmãos e irmãs no dia de Pentecostes eram outros idiomas estrangeiros, conforme mais adiante vamos explicar. Quem produzia estas outras línguas ou idiomas na fala dos que estavam presentes? O agente destes novos idiomas falados por todos os que estavam no Cenáculo foi efetivamente o Espírito Santo, que encheu a todos. Lembrando que, tais línguas não eram dos anjos nem da vontade dos que falavam.

LHES CONCEDIA QUE FALASSEM. Este era um novo momento para a vida da igreja, porque se cumpria a promessa de Cristo para aqueles que faziam parte do novo Israel espiritual, que é a igreja remida de Cristo. Percebe-se a influência iluminadora do Espírito Santo de Deus na vida dos servos e servas de Cristo, no sentido de cumprirem missões importantes no reino de Deus. Esta línguas tinham objetivos bem definidos.

Atos 2:1-2

Atos 2:1-2 - E, cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos concordemente no mesmo lugar. E de repente veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados.

E CUMPRINDO-SE O DIA DE PENTECOSTES. De fato, o dia de pentecostes era uma sucessão de eventos em que se cumpriam e se consumavam sete semanas desde o dia da Páscoa. Quando o Senhor Jesus comemorou a última Páscoa com os seus apóstolos, então tem início a contagem destas sete semanas, até que se cumprisse o dia de Pentecostes. De conformidade com a cultura judaica, pelo menos três festas anuais eram celebradas em Jerusalém, que eram a Páscoa, o Pentecostes e do tabernáculo.

ESTAVAM TODOS CONCORDEMENTE. Os apóstolos aprenderam com Cristo que a Páscoa celebrada por Cristo seria a última, em que a partir de então, seria celebrada a Santa Ceia do Senhor. Mas quanto ao dia de Pentecostes, que era cinquenta dias depois da Páscoa como seria? Não há dúvida que havia uma crença comum de que no dia de Pentecostes Cristo cumpriria a sua palavra do derramamento do Espírito Santo.

NO MESMO LUGAR. Este lugar é descrito como sendo o Cenáculo, conforme (Atos 1:13). Depois da morte do Cordeiro de Deus até este momento, havia uma grande expectativa sobre tudo que tinha acontecido. E este lugar era um local propício para que o rebanho de Cristo se reunisse para deliberar as primeiras providências sobre a obra de Deus. Foi neste lugar que Cristo fez a promessa da descida do Espírito Santo.

E DE REPENTE VEIO DO CÉU. As melhores e mais preciosas coisas que o ser humano pode receber como dádiva só pode vir do céu, que é a morada de Deus e de Cristo Jesus. Os apóstolos viram que o Senhor Jesus foi assunto ao céu, (Atos 1:9-11), e de lá é que eles estavam esperança a descida do Espírito Santo de Deus. Certamente os discípulos de Cristo, estavam orando, quando de repente algo maravilhoso aconteceu.

UM SOM, COMO DE UM VENTO VEEMENTE E IMPETUOSO. Este é um tipo de som dos mais difíceis de descrever, porque não é um só específico, uma vez que, o som do vento é um tanto sobrenatural. Como este som era um tanto indescritível, então, o Dr. Lucas afirma que ele era intenso e impetuoso. Não houve vento, como alguns pregadores costumam dizer, mas o som é que era como se fosse um zunido forte.

E ENCHEU TODA A CASA. Esta casa, sobre a qual escreve o Dr. Lucas, diz respeito o Cenáculo, em que os discípulos de Cristo estavam reunidos para o dia de Pentecostes, o mesmo lugar em que Cristo prometeu enviar ou derramar o Espírito Santo sobre sua igreja. Neste momento, aquele som forte ficou localizado no ambiente do Cenáculo, e isso foi um momento único, em que Deus se fez presente poderosamente, mediante o enchimento de todos pelo Santo Espírito da promessa, o que já era esperando.

EM QUE ESTAVAM ASSENTADOS. Não está definido o que estava ocorrendo naquele ambiente de quando houve o derramamento do Espírito Santo sobre a igreja remida de Cristo. Há quem diga que alguém estava neste momento falando da palavra de Deus, enquanto que o restante se encontrava assentados. Também existem aqueles que defendem que neste momento a igreja reunida estava orando, mas assentados.

Atos 1:26

Atos 1:26 - E, lançando-lhes a sortes, a sorte caiu sobre Matias. E por voto comum foi contado com os onze apóstolos.

LANÇANDO LHES A SORTE. Esta história remonta aos tempos do antigo testamento. Porque até este momento a igreja ainda não usava o método da imposição das mãos. O lançamento de sorte era uma espécie de cerimônia que vinha dos tempos mais antigos do judaísmo. Comumente se colocava a quantidade de pedras de cores diferente em (no caso em destaque seria duas) um vaso e balançava até cair à primeira. Também se utilizavam tabuinhas com os nomes das pessoas, e é bem provável que neste caso tenha sido feito neste método, com os nomes dos dois.

A SORTE CAIU SOBRE MATIAS. Lançada a sorte e isso na presença de toda a igreja para que a escolha fosse com total transparência. Esta veio a cair sobre Matias. Não que José Barsabás não tivesse qualificação para ocupar tal cargo. A ressalva é que tinha que ser escolhido apenas um dos candidatos. Matias foi convertido em apóstolo após a ascensão de Jesus. Não há nenhum relato sobre sua vida depois de sua escolha como apóstolo sucessor de Judas Iscariotes. A tradição diz que pregou e foi martirizado na Etiópia. Atos.1:23-26.

E POR VOTO COMUM. Além dos critérios estabelecidos pelo grupo de apóstolos, conforme aprendemos em Atos 1:21-22 - É necessário, pois, que, dos homens que conviveram conosco todo o tempo em que o Senhor Jesus entrou e saiu dentre nós. Começando desde o batismo de João até ao dia em que de entre nós foi recebido em cima, um deles se faça conosco testemunha da sua ressurreição. Tinha que passar pelo crivo da aprovação dos demais apóstolos e da igreja ali reunida. Um exame criterioso neste caso da escolha do novo apóstolo que assumiu o lugar deixado por Judas Iscariotes, nos ensina de que hoje são feitas nomeações e indicações e não escolhas de alguém para fazer parte do ministério das igrejas.

FOI CONTADO. Não tem como saber se neste momento da igreja primitiva já havia um relatório ou estatuto com as relações dos membros e dos que faziam parte do ministério. Pelo menos, ao que tudo indica, havia uma relação com os nomes dos apóstolos, quando se diz: Foi contado. Certamente as demais funções ministeriais como pastores, bispos, presbíteros, diáconos e outros, se deram com o desenvolvimento e crescimento da igreja, até para suprir as demandas advindas deste crescimento. O que se sabe é que com o passar do tempo surgiram estes cargos.

COM OS ONZE APÓSTOLOS. Com a apostasia de Judas Iscariotes, procurando o seu próprio destino e perdição, houve vacância em uma das vagas do grupo de apóstolos escolhidos pelo Senhor Jesus, que era o número de doze. Mas agora, depois de todo o processo de escolha e aprovação do nome de Matias, este cargo na igreja primitiva já estava devidamente preenchido. Estava formada a cúpula ministerial da igreja.

Atos 1:25

Atos 1:25 - Para que tome parte neste ministério e apostolado, de que Judas se desviou, para ir para o seu próprio lugar.

PARA QUE TOME PARTE. O mais novo apóstolo que fosse escolhido a partir de então passaria a fazer parte do grupo de apóstolos que estiveram durante todo o tempo junto com Cristo em seu ministério. Com uma importante missão de dar testemunho de tudo aquilo que o Messias fez e realizou desde o batismo de João Batista até a sua ascensão às mansões celestiais. Passando é claro por sua morte remidora em prol da humanidade como também sua ressurreição de entre os mortos. Assumindo este novo posto o escolhido deixaria de ser um discípulo para ser um apóstolo de Cristo.

NESTE MINISTÉRIO. Quando o Messias ainda estava entre eles, o ministério apostólico não teve um destaque e uma importância o quanto a partir de então passava a desfrutar diante da igreja. Até porque antes, a atenção estava voltada inteiramente para o Cristo de Deus. Durante anos o povo de Israel ficou esperando a promessa da vinda do Messias e quando ele se apresentou ao seu povo gerou uma expectativa muito grande. No entanto, com a ascensão de Cristo o ministério apostólico passou a ser essencial para dar continuidade a obra de Jesus na terra.

E APOSTOLADO. Além de passar a fazer parte do ministério dos mais influentes líderes da igreja primitiva, o escolhido para assumir o lugar deixado por Judas Iscariotes, seria indicado pelo colegiado de líderes para receber o título de apóstolo, por agora, fazer parte do ministério apostólico. Fazer parte do apostolado junto aos demais escolhidos pelo próprio Cristo, era sair da estaca zero e chegar em um único passo ao degrau mais alto da escala de líderes importantes da igreja de Cristo. E neste particular a igreja vinha orando para que o novato fosse realmente escolhido por Deus.

JUDAS SE DESVIOU. Ele havia sido escolhido pelo Senhor Jesus, assim como os demais, Além disto, o Senhor Jesus fez mais uma escolha sobre ele o colocando como tesoureiro do grupo de apóstolos. Certamente ele era uma pessoa de confiança do nosso salvador. No entanto, se desviou dos propósitos para os quais foi chamado, escolhendo outro final, que foi um final de tragédia. Deus criou o homem com o direito a livre escolha pelas suas decisões. Cada um escolhe o caminho que desejar ir sem que com isto se exima de suas responsabilidades. Judas Iscariotes escolheu o lado do mal.

PARA IR PARA O SEU PRÓPRIO LUGAR. Judas Iscariotes fez a escolha pelo pior, recebendo com consequência da sua rebelião a punição pelo seu erro. Cometer erros e praticar falhas é coisa da natureza humana. A escritura diz que não há um único justo na face da terra, e também não há que não peque. O problema não estar em falhar ou errar, o mais grave é o caso de apostatar da fé. Judas Iscariotes esteve todo o tempo vendo com os próprios olhos os feitos de Cristo e pelo fato de que esteve ao lado do Mestre por muito tempo, não resta dúvida de que tinha a crença madura o suficiente para ter a certeza de que Jesus de Nazaré era de fato o Messias de Deus. A expressão: O seu próprio lugar. Não sabemos no que Pedro se referia, se o lugar do seu enforcamento ou numa linguagem mais forte, ao lugar da geena que era, conforme os conceitos judaicos, o lugar de punição para os que se rebelassem.

Atos 1:24

Atos 1:24 - E, orando, disseram: Tu, Senhor, conhecedor dos corações de todos, mostra qual destes dois tens escolhido.

E ORANDO. Na escolha daquele que tinha a possibilidade de ocupar a vaga deixada no apostolado por Judas Iscariotes a igreja primitiva decidiu que o melhor caminho é a oração a Deus. Não podia prevalecer a vontade humana neste negócio, que por demais importante para a comunidade cristã. Os líderes da igreja primitiva precisavam da orientação de Deus para escolher a pessoa certa. Infelizmente nos dias de hoje as indicações de pessoas para cargos nas igrejas não mais passa por este tema, porque são indicações humanas, por outros interesses e não pela escolha de Deus.

TU, SENHOR. Nenhum dos apóstolos tentou por mais influente que fosse fazer a indicação de qualquer um dos dois que foram apresentados. Decidiram de que esta era uma coisa que o Senhor é quem deveria fazer. Eles tinham conhecimento de que isto era coisa de tamanha importância, que apelaram para o ser Supremo, o Deus que tem o domínio absoluto em cima nos céus e em baixo na terra. Como servos que eram estavam se submetendo ao Senhorio do Rei dos reis e Senhor dos senhores. Eles solicitaram que o Senhor escolhesse qual seria o mais indicado para o cargo.

CONHECEDOR DOS CORAÇÕES. Humanamente falando ambos os dois estavam aptos para assumir o cargo. Todavia, era necessário passar pelo crivo da sinceridade interior, passando em revista as intenções do coração. Como nenhum ser humano tem o direito de penetrar nos corações dos outros, eles pediram a Deus que sondasse o coração de ambos para que o mais ideal fosse o escolhido.

MOSTRA QUAL DOS DOIS. Os apóstolos estavam pedindo ao Senhor que revelasse qual dos dois seria a melhor opção para ser apóstolo juntamente com os doze. Eles tinham certeza de que o Senhor tem conhecimento de todas as coisas, ou seja, eles sabiam de que Deus é Onisciente. O Senhor conhece cada um de nós, não pela aparência apenas, mais ele sabe exatamente quais são os propósitos dos nossos corações e intenções.

TENS ESCOLHIDO. O pedido era bem objetivo e eles desejavam saber qual dentre os dois o Senhor já tinha escolhido para ser o mais novo apóstolo do grupo apostólico. As decisões individuais até certo ponto pode-se tomar por escolha pessoal. Todavia, quando se trata de decisões relativas a igreja, o Senhor Deus tem que ser consultado e o que deve prevalecer e a sua vontade, e não as deliberações dos seres humanos.

A ORAÇÃO. A oração cristã baseia-se na convicção de que o Pai Celeste, que tem providencial cuidado sobre nós (Mateus 6.26,30 - 10.29,30), que é ‘cheio de terna misericórdia’ (Tiago 5.11), ouvirá e responderá às petições dos seus filhos da maneira e no tempo que Ele julgue melhor. A oração deve, então, ser feita com toda a confiança (Filipenses 4.6), embora Deus saiba de tudo aquilo que necessitamos, antes de Lhe pedirmos (Mateus 6.8,32).