Apocalipse 14:2

Apocalipse 14:2 - E ouvi uma voz do céu, como a voz de muitas águas, e como a voz de um grande trovão; e ouvi uma voz de harpistas, que tocavam com as suas harpas.

E OUVI. No primeiro versículo, João fala a respeito do sentido da visão, por meio do qual ele recebeu muitas das revelações do que está escrito no livro do Apocalipse, por isso, que os comentaristas deste livro o chamam de vidente. Mas agora, o escritor nos faz saber que o sentido da audição também foi importante, no tocante a um dos canais, pelo qual lhe chegaram as informações contidas do livro das revelações. Há coisas a serem mostradas e outras tantas para serem apenas ouvidas.

UMA VOZ DO CÉU. O fato desta voz vir do céu, já nos dá a certeza que ela faz parte do comando de Deus, porque este céu, sobre o qual se refere o vidente João, é a própria presença do Deus Altíssimo. Os hebreus dividiam os céus em sete níveis diferentes, já os cristãos, pelo menos crer em três níveis de céus, quando Paulo fala a respeito ao terceiro céu (2 Coríntios 12:2,4), que o apóstolo chama de paraíso.

COMO A VOZ DE MUITAS ÁGUAS. Esta voz como de muitas águas já foi mencionado neste livro Por João em Apocalipse 1:15 - E os seus pés, semelhantes a latão reluzente, como se tivessem sido refinados numa fornalha, e a sua voz como a voz de muitas águas. Há outras frases que descrevem também esta voz, como aquela voz que não tem como ser abafada, mas quando pronunciada tem que ser ouvida por todos.

E COMO A VOZ DE UM GRANDE TROVÃO. Esta voz de trovão também é mencionada em outros trechos do livro das revelações, bem como em outras partes da bíblia. Apocalipse 19:6 - E ouvi como que a voz de uma grande multidão, e como que a voz de muitas águas, e como que a voz de grandes trovões, que dizia: Aleluia! pois já o Senhor Deus Todo-Poderoso reina. Quem pode deter a voz de um grande trovão? Essas metáforas nos fala da grandeza da voz de Deus, e do poder de seu cumprimento.

E OUVI UMA VOZ DE HARPISTAS. Antigamente, o harpista era alguém que tinha grande capacidade de tocar instrumentos de cordas. Anteriormente, neste mesmo versículo, João escreve a respeito de grandes vozes, como que de muitas águas, bem como de um grande trovão. Agora, é passa a descrever um ambiente suave, de calmaria absoluta, com um harpista e solar seu instrumento em plena paz e harmonia.

QUE TOCAVAM. Os levitas comuns de Israel, que não eram sacerdotes nem sumos sacerdotes tinham a tarefa de se especializarem na música, uns como cantores sacros e outros como tocadores de instrumentos. Temos na bíblia o maior livro, chamado de Salmos, que fazia parte do hinário de Israel, como prova de que o louvor já era um ministério no tempo da velha dispensação, e que continua na nova também.

COM A SUA HARPA. Nos tempos dos templos de Israel, a harpa era o instrumento musical que representava aos demais tantos outros instrumentos de cordas. Hoje o mais comum é o violão e depois a guitarra, desde que estilos musicais mais fortes passaram a ser moda. Mas o que João queria mesmo destacar é que no ambiente celestial, o louvor ocupa lugar de destaque. Já se diz entre os cristãos que, o ministério do louvor é o tipo que não vai cessar, mais vai ter continuidade na eternidade.